Notícias da política nacional

Levy terá seu dia D no Senado

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, será questionado por senadores da oposição e da base aliada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta terça-feira (31). No início da Semana Santa, em que católicos celebram a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo, Levy terá seu dia D no Congresso, quando deverá ser atacado por oposicionistas, governistas e até petistas por causa de suas propostas de ajuste fiscal, que desagradam a trabalhadores, empresários e governadores. A audiência do ministro no Senado ganhou um ingrediente inesperado nas últimas horas: a divulgação de um áudio em que ele diz que, embora bem-intencionada, Dilma nem sempre age da maneira mais “fácil” e “efetiva”. Munição que a oposição pretende utilizar para atacar a presidenta e tentar derrubar, com o apoio de aliados, as medidas do pacote de Levy.

Petrobras pede reajuste de 13%

Na maior crise de sua história, com denúncias de corrupção e declínio financeiro em declínio, a Petrobras pede aos acionistas reajuste de 13% em relação a 2014 para diretores da empresa. Segundo a Folha de S.Paulo, a companhia também quer reduzir a remuneração variável, atrelada a resultados, e aumentar a proporção fixa. O assunto será discutido em assembleia com acionistas no próximo dia 29. De acordo com a reportagem, o teto médio fixo proposto para os atuais oito diretores é de R$ 1,6 milhão por ano. Ou seja, dividido por 12 meses mais o 13º salário, o valor de 2015 equivale a um salário médio mensal de R$ 123 mil.A proposta para participação nos resultados é pagar, e média, R$ 92 mil a cada um dos executivos, 64% menos do que em 2014. O bônus por desempenho seria zero.

Renan dá ultimato a governo 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sinalizou que o governo não terá vida fácil nesta terça (31) no Congresso, quando os senadores deverão votar em plenário o Projeto de Lei Complementar (PLP) 37/15. Já aprovado na Câmara, o texto obriga a União a assinar no prazo máximo de 30 dias contratos com os estados e municípios reduzindo o índice de correção das dívidas que eles pagam à administração federal. O impacto da medida é estimado em R$ 3 bilhões anuais. Caso o Palácio do Planalto deseje evitar essa despesa, terá de oferecer uma contrapartida convincente até amanhã, “dia D” para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a equipe econômica da presidenta Dilma Rousseff.

 

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *