Nova fiscalização na Adutora Tabocas identifica 35 ligações clandestinas

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Duas pessoas foram presas em flagrante por furto de água, ontem (23), durante nova ação de fiscalização na Adutora Tabocas, que transporta água do Sistema do Prata para abastecer o município de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste do Estado. A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) iniciou a operação na quinta-feira (17) passada e contou com o apoio do Ministério Público do Estado e da Polícia Militar. Foram identificadas 35 ligações clandestinas num trecho de cinco quilômetros da adutora, localizado no Sítio Tabocas, distrito de Brejo da Madre de Deus.

A operação, executada por quatro equipes da Compesa e policiais militares, efetivou a primeira prisão numa propriedade que estava furtando água da adutora para irrigação de uma plantação de coco. A água estava sendo despejada no local por meio de um cano aberto, sem controle do fluxo. A segunda pessoa presa em flagrante tinha feito uma ligação clandestina para sua propriedade, da onde saíam mais duas tubulações para levar água a outras duas propriedades vizinhas.

A Compesa tomou a iniciativa de realizar a fiscalização após constatar uma queda de 10% da vazão de água na chegada da adutora à Estação de Tratamento Poço Fundo, em Santa Cruz. As ligações clandestinas estavam retirando uma quantidade de água que correspondia a 10 litros por segundo da vazão da adutora – que tem capacidade de transportar 110 l/s – prejudicando uma população de cerca de 80 mil pessoas, que já convive com um regime de abastecimento rigoroso.

“Em função dos furtos, não conseguimos abastecer o município na sua totalidade e nem cumprir o calendário vigente, principalmente, nas áreas mais periféricas. Quanto mais ligações clandestinas houver, menor será a quantidade de água para a população”, contextualiza o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Mário Heitor Filho.

De acordo com o gerente, só será possível constatar o quanto da vazão foi recuperada, na próxima semana, quando Santa Cruz vai receber água novamente. A Compesa também vai continuar com as ações de fiscalização na adutora, que tem uma extensão de 50 quilômetros, entre a Barragem Tabocas e Santa Cruz do Capibaribe, considerando que há o aumento do consumo de água nesta época do ano e que a Região Agreste enfrenta seis anos consecutivos de seca.

No começo do mês de novembro, uma operação conjunta da Compesa, MP e Polícia Militar de combate ao furto de água fiscalizou outros 15 quilômetros da Adutora Tabocas, após verificar a redução em 30% da vazão no sistema que abastece Santa Cruz do Capibaribe.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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