Números de unidades locais e empregos recuam na indústria em Pernambuco

25/04/2018. Credito: Leo Lara/Divulgacao. (Fabrica) Polo automotivo Jeep em Goiana.

Pernambuco teve uma redução de 3,7% no número de unidades locais do total de indústrias do estado, entre 2016 e 2017, segundo a Pesquisa Industrial Anual Empresa (PIA Empresa), realizada anualmente pelo IBGE. No Brasil, a variação negativa foi de 3%. O setor que apresentou a maior redução foi o de fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que apresentou uma queda de 26,09%. Por outro lado, a maior expansão foi sentida no segmento de fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, passando de 14 unidades locais para 50 em 2017, um incremento de 257,14%.

Em relação ao número de empregos, também houve retração no setor industrial em Pernambuco, com queda de 2,21% no período. O setor que mais empregou no estado continou sendo o de produtos alimentícios, com 69.730 pessoas ocupadas, embora tenha apresentado recuo de 6,85% em relação a 2016. Já o setor de fabricação de produtos de fumo foi o que menos empregou, com apenas 153 pessoas ocupadas, e apresentando uma retração de 57,26% no pessoal ocupado sobre o ano anterior.

O maior salário pago em 2017 veio do setor de fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com valor médio mensal de R$ 6.707,79. Já o segmento de confecção de artigos do vestuário e acessórios registrou o menor salário médio mensal, de R$ 1.164,31.

O setor de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (R$ 535.700,02) foi o que teve o maior Valor da Transformação Industrial (VTI) por unidade local. Já os de menores VTI por UL foram os de fabricação de produtos do fumo (R$ 803,92) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (R$ 20.045,07). O VTI consiste na diferença entre o que se gastou com insumos de um modo geral (custo das operações industriais) e o valor da produção industrial.

A Pesquisa Industrial Anual Empresa (PIA Empresa) é realizada anualmente pelo IBGE junto às indústrias de transformação de todo o Brasil e utiliza dois estratos estatísticos: o estrato certo investiga todas as unidades fabris com mais de 30 pessoas ocupadas, enquanto o estrato amostral é definido levando em conta pessoal ocupado e atividade industrial, por Unidade Federal.

Diario de Pernambuco

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *