O bom e velho frio que impulsiona a economia

Pedro Augusto

De forma oficial, o inverno 2018 começou no último dia 21 de junho em todo o país, mas, antes mesmo do vivenciar da data, as lojas de vestuários de Caruaru já vinham contabilizando significativa demanda no que se refere a artigos voltados para a época mais fria do ano. Hoje, com a temperatura podendo chegar até aos 14º graus, de acordo com os dados do portal Climatempo, a expectativa é de procura ainda maior no que diz respeito aos casacos, moletons, calças, luvas e cachecóis. Melhor impossível para os estabelecimentos do tipo que enxergam no período de frio a oportunidade ideal de lucrar um pouco mais após o término do Maior e Melhor São João do Mundo – evento tradicionalmente bastante impulsionador das atividades do comércio.

Os festejos juninos se despediram do calendário 2018 no último sábado (30), data em que a temperatura chegou a marcar 17º na Capital do Forró. Com tanto frio ainda previsto para ser sentido – o inverno se estenderá até o próximo dia 22 de setembro -, as lojas de vestuários esperam faturar alto, umas delas até desejando recompensar o desempenho que foi obtido durante o período de São João. A Emanuelle, por exemplo, que neste ano projetava uma lucratividade superior em relação aos festejos de 2017, agora se encontra depositando todas as suas fichas na comercialização de artigos voltados para o inverno.

De acordo com o gerente de vendas, Juraci Ferreira, até o presente momento, a demanda por estes tipos de vestuários está satisfatória. “Infelizmente não comercializamos o esperado durante o período de São João em decorrência da greve dos caminhoneiros, que acabou mexendo com os bolsos de todos os consumidores, bem como devido ao fechamento do varejo durante os jogos do Brasil na Copa, que, inclusive, ainda vem ocorrendo. Mesmo assim, apesar de tudo isso, até agora não estamos tendo do que se queixar em relação à procura específica por esses produtos. Se continuarmos nesse ritmo de vendas até o término do inverno, deveremos obter certa recuperação em relação ao desempenho do último São João”, avaliou.

Na Beijamim Empório, o volume de vendas de moletons, calças, além de outros vestuários bastante utilizados durante esta época do ano, também se encontra em ordem crescente com as constantes quedas de temperaturas. Foi o que confirmou a gerente Ana Camila. “Parece que o frio se encontra ainda mais rigoroso neste ano, tanto é que a procura pelos artigos sazonais está superior na nossa loja em comparação com o mesmo período do ano passado. Do infantil ao adulto, estamos comercializando casacos na casa dos R$ 40 até aos R$ 80 e a procura, pelo menos até agora, tem sido muito boa. Quanto mais as temperaturas caírem, mais produtos deveremos vender, o que é animador”, pontuou.

Atuando no comércio de Caruaru há quase 55 anos, a Chapelaria Brasil é especializada na venda de produtos voltados para o inverno. De acordo com a proprietária Joana Ribeiro, até agora as luvas e os cachecóis têm sido os campeões de venda. “Mas a estação mais fria do ano só está apenas no começo e o nosso quadro de vendas pode mudar. O certo mesmo é que o inverno é um período muito bom para aumentarmos o nosso faturamento e esperamos lucrar ainda mais relação ao mesmo intervalo do ano passado. Além de luvas e cachecóis, contamos com uma vasta linha de toucas, chapéus, guarda-chuvas e sombrinhas”, destacou Joana.

De folga no trabalho, a vendedora Mireli Silva aproveitou, a manhã da última terça-feira (3), para ir até o centro de Caruaru comprar um artigo. Depois de pesquisar bastante nas lojas, ela conseguiu encontrar o moletom que procurava. “O modelo e o preço estavam bons, então decidi comprar logo. O frio está muito grande e não podemos dar brecha para não ficarmos doentes. Na próxima semana, virei novamente ao comércio para, desta vez, escolher os casacos dos meus dois filhos. É interessante os demais consumidores pesquisarem porque a alternância nos preços é grande”, comentou.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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