A pré-candidata ao Governo do Estado, Raquel Lyra, se reuniu na noite desta terça, 31, com os Sindicatos das Polícias Civil (Sinpol) e Científica para discutir a segurança pública no estado. “Vamos recomeçar a segurança pública em Pernambuco. Eu tenho o compromisso de futuro, de dialogar e construir junto com as categorias com toda a responsabilidade de quem não está aqui por aventura, de quem é servidora por escolha, por vocação”, afirmou a pré-candidata, que assinou uma carta-compromisso com as principais demandas do Sinpol.
A falta de estrutura, o aumento do efetivo, a ampliação de investimentos e a interiorização das forças de polícia foram alguns dos assuntos debatidos nos encontros. “Esse é o início de um diálogo. Me comprometo a fazer investimento de verdade na segurança pública, valorizando os trabalhadores, e também vou trabalhar para ser a melhor governadora da área de segurança de Pernambuco. O estado precisa liderar isso, não só no discurso, mas na realidade das pessoas com políticas de prevenção”, ressaltou. “Nosso papel é compreender que a segurança pública tem de ser levada a sério, mas o que a gente vê é a decadência absoluta dos órgãos operacionais de segurança que demanda que a gente tenha a capacidade de trabalhar juntos”, complementou Raquel.
Raquel, que já foi delegada da Polícia Federal, também destacou algumas ações de sua gestão à frente da Prefeitura de Caruaru, como a redução dos homicídios em mais de 50% e a intervenção no Monte Bom Jesus, que devolveu à população um espaço revitalizado.
O presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti, defendeu uma atenção permanente com as forças de segurança. “Queremos ser tratados como trabalhadores e não como máquinas, queremos ser ouvidos. Não apresentamos apenas críticas, mas também soluções. É preciso que se firme um compromisso com o próximo governador ou governadora, para que o eleito já assuma sabendo das nossas reivindicações e das necessidades do investimento em Segurança Pública”, declarou.
A ex-chefe da Polícia Científica de Pernambuco, Sandra Santos, destacou a independência do órgão. “A Polícia Científica tem que ser autônoma e isenta, não deve sofrer interferência. No entanto o que vivemos hoje é uma desvalorização da nossa categoria”, exclamou. Já o presidente do Sindicato da Polícia Científica e médico legista, Carlos Medeiros acrescentou que “há um improviso na medicina legal do estado. É a nossa realidade. São estruturas precárias que a rigor não poderia funcionar”, pontuou.
No Sindicato da Polícia Científica, também estiveram os presentes o presidente do Cidadania, João Freire; os pré-candidatos a deputados a deputado federal Chico Rodrigues e Rodolfo Albuquerque; e o pré-candidato a deputado estadual, Coronel Basílio.
Foto: Tiago Calazans