Prouni abre inscrições do primeiro semestre de 2022

UnB foi a primeira universidade federal a adotar sistema de cotas raciais
UnB reserva vagas para negros desde o vestibular de 2004
Percentual de negros com diploma cresceu quase quatro vezes desde 2000, segundo IBGE

Começam hoje (22) e vão até sexta-feira (25) as inscrições para o Programa Universidade para todos (ProUni) do primeiro semestre de 2022. O programa oferece bolsas de estudo integrais ou parciais (50%), em faculdades particulares, a estudantes de baixa renda.

Requisitos
Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa. É necessário também que o estudante tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou da rede privada, na condição de bolsista integral.

Este ano, a novidade é que um decreto, assinado na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro, estabelece que a pré-seleção dos estudantes inscritos no Prouni considere as duas últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingresso em cursos de graduação ou sequencial de formação específica. No Enem, o candidato deve ter alcançado, no mínimo, 450 pontos de média das notas e não pode ter tirado zero na redação.

Até então, a regra em vigor era de que apenas a nota da última edição do Enem, aquela imediatamente anterior ao processo seletivo do Prouni, poderia ser utilizada pelos candidatos para entrar no programa.

Consulta
Os candidatos já podem consultar as vagas disponíveis. A busca pode ser feita por curso, instituição de ensino ou município no site do programa.

Cronograma
Primeira chamada: 2 de março.

Comprovação de informações: 3 a 14 de março.

Segunda chamada: 21 de março.

Comprovação de informações: 21 a 29 de março.

Lista de espera: 4 e 5 de abril.

Resultado: 7 de abril.

Comprovação de informações: 8 a 13 de abril.

Agência Brasil

Senador Randolfe pede que Supremo investigue Aras por prevaricação

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu, nesta segunda-feira (21), ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o procurador-geral da República, Augusto Aras, seja investigado por prevaricação. No documento, endereçado ao ministro do STF Alexandre de Moraes, o parlamentar sustenta que o PGR teria cometido crime ao pedir arquivamento em inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Randolfe cita que Aras contrariou a Polícia Federal e pediu o arquivamento do inquérito conta Bolsonaro pelo vazamento de dados sigilosos sobre uma tentativa de ataque hacker aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O senador classifica como “risíveis” os argumentos de Aras para pedir o encerramento da investigação e acusa suposta “inércia ministerial”.

“O ilustre procurador-geral da República parece renunciar às suas verdadeiras atribuições constitucionais quanto à adoção de providências cabíveis em face de eventuais crimes comuns praticados pelo senhor presidente da República”, afirma.

“É preciso que se diga que a conduta está inserida em um contexto mais amplo de aparente subserviência do procurador-geral da República aos interesses nada republicanos do senhor presidente da República: proteger sua família e seus afiliados políticos a troco de subverter toda a lógica do funcionamento das instituições democráticas e republicanas brasileiras”, escreve o senador.

A Polícia Federal concluiu que Bolsonaro cometeu crime por vazar na internet um inquérito sigiloso que apurava uma suposta invasão de um dos softwares do TSE. A investigação foi fechada mesmo sem o depoimento do chefe do Executivo, que não compareceu na audiência marcada.

O relatório final foi assinado pela delegada federal Denisse Ribeiro. No documento, ela também pede o compartilhamento do caso com a investigação das milícias digitais. Ribeiro reiterou convicção, mesmo sem o depoimento do presidente. Para a corporação, as provas juntadas durante a investigação são suficientes para a conclusão. O caso está nas mãos do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Na avaliação de Augusto Aras, não houve crime de violação de sigilo funcional por parte de Bolsonaro porque os documentos vazados não estariam sob sigilo.

“Mesmo com a PF apontando o crime, Aras se manifestou pelo arquivamento de inquérito em que se atribuiu ao Bolsonaro a prática de crime de violação de sigilo”, escreveu Randolfe Rodrigues no Twitter nesta segunda-feira.

O pedido é para abertura de apurações sobre a conduta do PGR na esfera administrativa, pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal, na seara penal, pelo STF, e ainda no Senado Federal, órgão responsável por processar um eventual pedido de impeachment do procurador-geral.

Vazamento de dados
A Polícia Federal analisava uma live do presidente Jair Bolsonaro, realizada em 4 de agosto, ao lado do deputado Filipe Barros, na qual o chefe do Executivo afirma haver uma investigação sobre um ataque hacker contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No vídeo, o presidente faz campanha contra as urnas eletrônicas e diz que elas não são seguras.

O caso ganhou proporção porque a investigação da PF era mantida em sigilo por ainda estar em andamento. Portanto, os dados divulgados pelo presidente não poderiam ser tornados públicos.

Correio Braziliense

Liderança do governo no Senado permanece vaga há mais de dois meses

Mais de dois meses após o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) ter entregue o cargo de líder do governo no Senado, ao se sentir traído pelo Palácio do Planalto na disputa por uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), o posto permanece vazio. O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem encontrado dificuldade para escolher um nome adequado à função, que tem como papel principal negociar com as bancadas aliadas a votação de projetos de interesse do governo, além de orientar os senadores integrantes da base governista sobre como votar nas sessões em plenário. Sem a figura do líder, parlamentares tem passado propostas contrárias ao entendimento da equipe econômica, e o Planalto pode ter dificuldade com a tramitação de medidas consideradas prioritárias.

No mês passado, Bolsonaro tentou emplacar Alexandre Silveira (PSD-MG) na liderança, mas ouviu uma negativa após a repercussão ruim no partido de Silveira — que assumiu, na Casa, a vaga deixada por Antônio Anastasia (PSD-MG), nomeado ministro do TCU.

A preferência agora é de que o novo líder do governo no Senado seja do PL, sigla presidida pelo ex-deputado Valdemar da Costa, à qual Bolsonaro se filiou recentemente. O atual líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), que deve se filiar à legenda na janela de troca partidária, é um dos nomes ventilados nos bastidores. Porém, teria de acumular as funções. Outro nome citado é o do vice-líder do governo, Marcos Rogério (PL-RO).

André César, cientista político, sócio da Hold Assessoria, avalia que o Senado virou uma trincheira contra Bolsonaro. “Nesse sentido, é difícil um parlamentar assumir a liderança do governo na Casa, embora se trate de posição estratégica para o Planalto, justamente no momento que antecede as eleições”, observou.

O cientista político Cristiano Noronha, da Arko Advice, ressaltou que a disputa pela escolha do líder do Senado sofre impacto da disputa eleitoral. “O senador Alexandre Vieira, por exemplo, não aceitou o convite porque houve resistência no partido Del. E Kassab (Gilberto Kassab, presidente do PSD) tem um projeto próprio de ter candidato da República, fazendo oposição, de certa forma, ao governo de Bolsonaro. Então, foi uma opção a menos.”

Além disso, Noronha avalia que muitos dos políticos considerados para o posto têm feito exigências, como a de que os acordos fechados na Casa sejam, de fato, cumpridos. “Especialmente em ano eleitoral, a cobrança de senadores é muito forte. Então, eles estão exigindo liberdade para negociar, o que pode esbarrar na equipe econômica, que tem muita preocupação com projetos de impacto fiscal relevante. Esses entendimentos eleitorais e pressão internas tem dificultado essa escolha, mas há uma expectativa de que isso ocorra ainda nesta semana”, completou.

Na análise do cientista político André Rosa, desde a redemocratização, em períodos eleitorais, os governos se mostraram inexpressivos em termos de articulação no Congresso. Além disso, normalmente o ano legislativo tende a ser mais curto, com algumas votações até maio.

“Isso se dá em razão dos parlamentares de modo geral estarem disputando reeleição e, em outros casos, envolvidos em campanhas estaduais. Além disso, alguns senadores que ainda possuem mais quatro anos de mandato por vezes se envolvem em articulações da legenda, o que impossibilita uma atividade legislativa intensa, tal como a atividade de líder. Em linhas gerais, a atividade de liderança exige muito esforço e articulação política, o que inviabiliza o sucesso eleitoral nas eleições. As votações costumam retomar após o mês de novembro”, afirmou André Rosa.

Correio Braziliense

Covid-19: Brasil registra mais 318 mortes e caminha para marca de 650 mil óbitos

A pandemia da Covid-19 continua a gerar notificações de mortes no Brasil e, nesta segunda-feira (21), o país confirmou mais 318 óbitos pela doença e alcançou a triste marca de 644.604 mortes. Os número são do Ministério da Saúde. O país caminha para as 650 mil vidas perdida para a Covid-19, três semanas antes do se completar dois anos do primeiro óbito pela doença no país.

Além das mortes, mais 37.339 infecções foram adicionadas ao balanço nacional do Ministério da Saúde, que já registra 28.245.551 de casos positivos acumulados.

Com os acréscimos, as médias móveis de casos e mortes continuam em queda após registrarem um aumento grande no último mês. Segundo o cálculo do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), hoje o país confirma, em média, por dia, 101.007 infecções e 824 óbitos.

No início de fevereiro, o país chegou a confirmar cerca de 189.526 diagnósticos positivos e 951 mortes pela doença. O aumento de casos e mortes está relacionado com o surgimento da variante ômicron, considerada muito transmissível.

A previsão do Portal Covid-19 Brasil, iniciativa formada por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade São Paulo (USP), é de que o Brasil encerre o mês de fevereiro com mais de 650 mil mortes pela Covid-19.

Correio Braziliense

Belo Jardim realiza 1º Fórum Comunitário do Selo UNICEF

A Prefeitura de Belo Jardim, por meio das secretarias de Assistência Social, Educação, Juventude e Saúde e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA), realiza, nesta terça-feira (22), o 1º Fórum Comunitário do Selo UNICEF 2021-2024.

O encontro é um momento de planejamento participativo com o diálogo entre diversos membros da comunidade para analisar a situação local das crianças e adolescentes e fortalecer as ações, projetos e políticas públicas para eles. Além de aprovar o Plano Municipal de participação Cidadã e o Plano de Ação dos Direitos da Criança e do Adolescente.

“O Fórum Comunitário é um momento democrático de participação cidadã, no qual a gestão escuta a opinião da população”, diz o articulador do Selo UNICEF em Belo Jardim, Ricardo Nunes.

Em razão das restrições sanitárias impostas pelo Governo do Estado por conta da pandemia da Covid-19, o Fórum Comunitário será realizado no formato híbrido, no horário das 9h às 12h, na Câmara Municipal de Belo Jardim, e terá transmissão ao vivo pelo blog Se Liga Belo Jardim.

A população também poderá acompanhar, de forma presencial e seguindo os protocolos (máscara e passaporte vacinal) através de cinco espaços disponíveis: a própria Câmara Municipal, o CRAS Santo Antônio, o CRAS Cohab I, CREAS e Centro Social Urbano.

Confira a programação:
08h30 – Credenciamento
08h40 – Coffee break
09h – Abertura
10h05 – Início da apresentação, debate das propostas e aprovação do Plano de Ação Municipal pelos Direitos das Crianças e dos Adolescentes e o Plano de Participação Cidadã
12h – Encerramento

Selo UNICEF – A certificação, conferida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, reconhece as cidades que estabelecem políticas públicas eficientes para o bom desenvolvimento de crianças e adolescentes que vivem nas regiões da Amazônia e do Semiárido Nordestino.

A metodologia do selo inclui, entre outros pontos, o monitoramento de indicadores sociais e a implementação de ações robustas que ajudem os municípios a cumprirem a Convenção sobre os Direitos da Criança, e que, no Brasil, é refletida no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Na edição 2021-2024, os municípios que iniciaram o processo de adesão ao selo se comprometem a melhorar as políticas públicas municipais em sete áreas: desenvolvimento infantil na primeira infância; educação de qualidade; desenvolvimento integral, saúde mental e bem-estar de crianças e adolescentes na segunda década da vida; hábitos de higiene e acesso à água assegurados para crianças e adolescentes nas escolas; oportunidades de educação, trabalho e formação profissional; prevenção e resposta às violências contra crianças e adolescentes; e famílias vulneráveis que recebam atenção integral em serviços intersetoriais de proteção social no município.

Garota de programa e designer de sobrancelha são presas com quase 10 kg de cocaína

Duas mulheres residentes no estado do Amapá foram presas, nessa segunda-feira (21), com quase 10 quilos de cocaína no Aeroporto Internacional do Recife, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul da capital pernambucana.

O flagrante feito pela Polícia Federal (PF) foi divulgado nesta terça-feira (22). Durante fiscalização dos policiais federais, foi identificada uma pssageira com 9,7 quilos de cocaína. Na sequência, também foi identificada e presa uma segunda mulher que estava hospedada num hotel no bairro de Areias, Zona Oeste do Recife.

De acordo com a corporação, as mulheres são uma designer de sobrancelhas de 24 anos e uma profissional do sexo de 27 anos. No hotel, foi encontrada a sua mala contendo pó de café, utilizado para esconder o odor da cocaína, e papéis brancos, mesma característica encontrada na mala da primeira presa. A droga, no entanto, não foi achada.

“Ao ser perguntada sobre o que estava fazendo no Recife, informou ter vindo fazer turismo, porém não soube responder e nem sequer mencionar qualquer ponto turístico da cidade”, disse a PF.

As duas foram autuadas por tráfico internacional de entorpecentes e, caso sejam condenadas, poderão pegar penas que variam de cinco a 20 anos de reclusão. Segundo a PF, a droga veio da Bolívia e iria ficar no Recife.

Em seus interrogatórios, as suspeitas disseram que pegaram a mala com a droga em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e desembarcaram no Recife após conexão no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

As mulheres também contaram à PF que ganhariam R$ 1,5 mil por quilo de cocaína transportada, o que totalizaria mais de R$ 13 mil. “Não deram detalhes sobre quem seria a pessoa que as havia aliciado, limitando-se apenas a informar que todo o contato com o traficante foi feito por aplicativo de mensagem”, acrescentou a polícia.

As presas passarão por audiência de custódia nesta terça-feira e, caso sejam confirmadas suas prisões, serão encaminhadas para o presídio feminino. Caso contrário, responderão ao processo em liberdade.

Folhape

Fachin diz que ‘não há dúvida’ de que Bolsonaro vazou dados sigilosos

O ministro Edson Fachin, que assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (22), afirmou que “não há dúvida” de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) vazou dados sigilosos e sensíveis à Justiça Eleitoral, na investigação que apura um ataque hacker ao TSE. A declaração foi dada em entrevista ao programa Jornal das Dez, da GloboNews.

Questionado sobre a atitude do presidente, Fachin foi direto, e ressaltou a importância do respeito ao processo eleitoral.

— Sim, quanto a isso não há dúvida [de que Bolsonaro vazou dados sigilosos]. O povo precisa ir de modo livre escolher os seus representantes. A Justiça Eleitoral garantirá a organização das eleições para que isso ocorra, diplomará os eleitos, eles tomarão posse e governarão. A partir das escolhas das lideranças que o exercício da soberania popular fizer. E este é o caminho que deve ser utilizado — disse o ministro.

Fachin afirmou ainda que “realizar eleições significa encontrar um meio não violento de solver as controvérsias” e que, por outro lado, “fomentar excessos de dúvidas artificiais e crises artificiais sobre o processo eleitoral significa, a rigor, ir na contramão daquilo que assegura a democracia”. O ministro classificou o ato como uma agressão à “própria instituição da democracia e as instituições que a mantém”.

Provocado sobre o pedido de arquivamento do inquérito que apura se Bolsonaro cometeu crime ao divulgar as informações, feito pelo procurador-geral da República Augusto Aras, o ministro disse que a PGR “tem a prerrogativa de ofertar a denúncia ou eventualmente pedir o arquivamento do inquérito”. No entanto, Fachin disse que não teria a mesma atitude que o presidente da República.

— De um modo geral, embora esses fatos sejam relativamente públicos e divulgados, nós estamos falando de documentos que, ao menos em tese, deviam estar ou estavam sob sigilo. E, portanto, que os procedimentos respectivos também. E, portanto, eu tenho por hábito não me manifestar sobre circunstâncias que deviam ou devem estar obviamente sob sigilo — acrescentou.

Fachin também classificou a desinformação no processo eleitoral como “uma preocupação imensa que todas as mentes e corações democráticos no Brasil têm hoje”.

— É a de não observarmos a propagação do que já se chamou de engenheiros do caos. Da ruína do Estado, da ruína das instituições, afirmações que nivelam a política por baixo.

Segundo o ministro, sua preocupação é com a utilização da desinformação para “propalar o caos, para a partir do caos, recriar uma estrutura autocrática de Estado”. Sem citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro, Fachin deu recado aos ataques que têm como alvos os ministros do STF, inclusive com pedidos de impeachment, como já ocorreu com o ministro Alexandre de Moraes, e do fechamento do Supremo, durante os atos antidemocráticos em 7 de setembro do ano passado.

— Há parlamentares que erram? Sim, e devem responder. Mas o parlamento é essencial à democracia. Há juízes que erram? Sim, e devem responder. Mas o Judiciário é essencial à democracia. Há gestores, no estado da administração, que erram? Devem responder. Mas o estado da administração é essencial na democracia — destacou Fachin, depois de dizer que deve separar o ator político do chefe de Estado, com quem sempre terá relação cordial.

Ao comentar as manifestações antidemocráticas, o ministro relembrou episódios de 2020 e do ano passado, e foi mais incisivo:

— Manifestações em frente ao quartel de uma das forças integrantes das Forças Armadas, harmonizando-se com pedido de intervenção militar, com pedido de fechamento do Supremo Tribunal Federal não são atitudes coerentes com a defesa democrática — destacou Fachin, antes de citar a invasão ao Capitólio, em janeiro do ano passado, nos Estados Unidos, como outro exemplo de manifestação antidemocrática.

— Nos Estados Unidos da América do Norte, no caso de 6 de janeiro da invasão do Capitólio, as instituições da maior democracia do mundo ocidental foram testadas. E responderam ao lado da democracia, e não ao lado daqueles que queriam fazer a democracia capitular — disse Fachin — A função da Justiça Eleitoral neste momento é precisamente garantir a integridade do processo eleitoral. E mais: garantir o respeito ao resultado, ao escore das urnas. Aqui, todas as instituições do estado brasileiro, as instituições democráticas, poderão ser testados no mês de outubro próximo.

Agência O Globo

Petrópolis: Homem que se passava por policial civil para desviar doações é preso

Policiais militares do 26º Batalhão de Polícia Militar (Petrópolis) prenderam nesta segunda-feira (21) um homem que se passava por policial civil para desviar produtos arrecadados em pontos de doação no bairro Bingen, em Petrópolis, que sofre com a tragédia causada pelas chuvas da semana passada. Ele foi conduzido para a 106ª Delegacia de Polícia (Itaipava).

No carro que o homem usava, uma picape, foram encontradas garrafas d’água, uma sirene e um papel com o brasão da cidade de Petrópolis exposto no painel. O detido não teve sua identidade revelada.

A Polícia Militar reforçou o efetivo no município, que chegou a registrar a ocorrência de saques após o desastre das chuvas. São 210 policiais mobilizados para atuar em ações de apoio e patrulhamento na cidade.

A corporação informa ainda que todas as suas unidades montaram bases para recebimento de água e produtos de higiene pessoal para atender os desabrigados em Petrópolis. A logística para o transporte dos donativos ficará a cargo das próprias unidades.

Agência O Globo

Com recorde de inscrições, 15º Curta Taquary divulga selecionados

O Curta Taquary chega à sua 15ª edição colhendo frutos e semeando novas histórias. O festival de cinema sediado em Taquaritinga do Norte, que acontecerá entre os dias 16 e 22 de março, recebeu um número recorde de inscrições, com 777 filmes submetidos, sendo selecionados 113 curtas-metragens, que irão compor a programação. Foram contemplados projetos de todas as regiões do Brasil, além de filmes de cinco países, incluindo o indicado ao Oscar “Bestia”, do Chile. As atividades, como exibições de filmes, oficinas e intervenções artísticas, acontecerão de forma híbrida, presenciais e online.

Após última edição, bem-sucedida, realizada no formato virtual, por conta da pandemia de Covid-19, o Curta Taquary retorna este ano com o objetivo de reocupar também o espaço público, seguindo todos os protocolos e regras para a prevenção da pandemia. Uma das novidades desta 15ª edição é a reativação do Cine Teatro Santo Amaro, que irá receber algumas sessões da maratona cinematográfica. O projeto também ocupará outros espaços na zona rural de Taquaritinga do Norte, onde serão exibidos filmes e também realizadas oficinas, como a de cinema de animação ministrada por Renata Claus.

Dos filmes submetidos, a curadoria selecionou 113 curtas-metragens que oferecem um panorama multifacetado da produção nacional, uma vez que há representantes das cinco regiões do Brasil. Também destaca-se a forte presença feminina nesta edição, com 51 obras dirigidas por mulheres. A diversidade de gênero e sexualidade está entre os pilares do Curta Taquary desde sua fundação.

Outro fato interessante é o número de produções fomentadas pela Lei Aldir Blanc, cujo aporte financeiro ajudou a amenizar a forte crise instaurada no setor cultural após a eclosão da pandemia de covid-19. Entre as obras que contaram com o fomento está “Sideral”, dirigido por Carlos Segundo (RN), que representou o país na Mostra Competitiva de Cannes.

Ao todo, são dez mostras competitivas: Brasil, com obras de temática livre; Primeiros Passos, voltada para os primeiros filmes de novos realizadores; Dália da Serra, com filmes produzidos em atividades pedagógicas, projetos de formação e oficinas; Universitária, direcionada para produções oriundas de estudantes de graduação; Diversidade, com obras que abordem questões de sexualidade e de gênero. Completam ainda a programação a Curtas Fantásticos, com foco no horror, ficção científica e fantasia; Criancine, para o público infantojuvenil; Pernambucana, com trabalhos produzidos no Estado; a Por Um Mundo Melhor, focada na educação ambiental; e a Mostra Internacional. Além delas, o festival promoverá sessões fora de competição, como a Mostra Agreste e Sessão Especial.

No âmbito internacional, serão exibidos filmes de cinco países: Argentina, Chile, França, Peru e México. Entre as obras estrangeiras que compõem a programação do festival está o aclamado “Bestia”, de Hugo Covarrubias, que representa o Chile na disputa pelo Oscar de melhor curta-metragem de animação.

“Estamos muito orgulhosos do formato que esta edição está tomando. É muito recompensador observar a potência das diretoras e dos diretores, de diferentes idades e com histórias de vidas múltiplas, que lançam olhares sensíveis sobre o nosso tempo. O número recorde de inscrições que recebemos mostra como, apesar das dificuldades, temos uma pulsão criativa em constante movimento e esperamos conseguir ecoar essas vozes para que elas atinjam o maior número de pessoas, inspirando e transformando”, pontua Alexandre Soares, coordenador do Curta Taquary.

O 15º Curta Taquary contará ainda com várias ações complementares, entre elas uma masterclass ministrada pela atriz Zezita Matos. A artista paraibana é uma presença marcante na cinematografia nacional e já participou de filmes como “O Céu de Suely”, “Baixio das Bestas”, “A História da Eternidade”, “Deserto Particular”, entre outros.

Compromisso ambiental

Engajado no fomento do audiovisual de Pernambuco e de todo o país, o Curta Taquary reforça nesta edição outro pilar caro à sua história: o destaque para pautas sociais e a conscientização sobre a importância do cuidado com a natureza. O evento acontece em datas simbólicas: 16 de março é o Dia Nacional da Conscientização das Mudanças Climáticas, enquanto 22 de março, encerramento do festival, é o Dia da Água. Além da programação, o compromisso com o meio ambiente também estará expresso no plantio de 1298 plantas, sendo 777 relativas aos inscritos em 2022 e 521 aos filmes submetidos na última edição.

A programação completa será divulgada nos próximos dias. Para mais informações, acesse o site do festival (www.curtataquary.com.br).

Explosão em mina de ouro em Burkina Faso deixa cerca de 60 mortos

Cerca de 60 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, nessa segunda-feira (21), em explosão em área informal de mineração de ouro no sudoeste de Burkina Faso, informou a televisão estatal, citando autoridades locais.

A causa da explosão na província de Poni ainda não é conhecida, disse o alto comissário de Poni, Antoine Douamba, à TV.

As imagens mostraram grande local de explosão, com árvores derrubadas e casas destruídas. Corpos estavam espalhados no chão, cobertos por tecidos.

Não ficou claro exatamente que tipo de mineração de ouro era feita no local.

Burkina Faso abriga algumas das principais minas de ouro administradas por empresas internacionais, mas também centenas de locais menores e informais que operam sem supervisão ou regulamentação.