“Não apresentava sinais de violência”, diz delegado sobre morte de médico

Delegado deu entrevista ao repórter Adielson Galvão/ Foto: Reprodução

Pedro Augusto

Em entrevista ao repórter policial, Adielson Galvão, a Polícia Civil de Caruaru, através do delegado de plantão, Eduardo Sunaga, comentou a respeito da morte do médico Eriksson Magno Pereira, de 40 anos. O corpo dele foi encontrado, por volta das 6h de hoje, em um dos banheiros do Hospital Mestre Vitalino.

De acordo com o policial, o cadáver não apresentava sinais de violência. “Ele estava sentando no vaso sanitário do banheiro, encontramos um instrumento junto ao seu corpo, não apresentava qualquer sinal de violência, entretanto só o laudo pericial do Instituto Criminalística, é quem irá apontar a causa morte dele”, explicou Sunaga.

Segundo ainda o delegado, não está descartada a hipótese de suicídio. “Exatamente. Os exames periciais são que irão constatar se ele fez uso de algum medicamento, ou seja, a causa da morte. Conversamos preliminarmente com colegas de trabalho e eles informaram que aparentemente o médico estava vivenciando mais um dia de plantão. Infelizmente, aconteceu essa tragédia!”, acrescentou.

Eriksson atuava como médico no setor da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Mestre Vitalino. O corpo dele foi encaminhado para o IML.

PSB e PT: Pernambuco pode ter dois palanques para Lula em 2022

Existe a possibilidade do ex-presidente Lula (PT) ter dois palanques em Pernambuco para 2022. A jogada seria um palanque com o PSB – que, no momento, encontra-se dividido quanto a quem apoiar ou sair com candidatura própria – e com o próprio Partido dos Trabalhadores. É o que vaticina socialista em reserva. Alguns petistas, procurados pela reportagem, confirmam que “existe, sim, a possibilidade de palanque duplo, mas tudo depende dos posicionamentos”.

Sobre isto, existe uma ala do PSB que resiste à aliança com o líder petista. Esta ala, inclusive, é composta pelo deputado federal Felipe Carreras, o atual prefeito do Recife, João Campos e o ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio. Todos acreditam que a legenda pode lançar nomes próprios. A despeito disso, ao Diario, Carreras (PSB) assinalou que torce para que a sigla tenha candidatura própria ao Palácio do Planato e destacou alguns nomes. “Temos nomes como o próprio Governador Paulo Câmara (PSB-PE), Flávio Dino (PSB-MA), Renato Casagrande (PSB-ES) Geraldo Júlio (PSB-PE) e (Marcelo) Freixo (PSB-RJ)”, afirma em conversa com o Diario.

Contudo, há socialista, em reserva, que acredita que “o momento do PSB é focar em governos estaduais. Se preciso for, abrir mão da candidatura ao Planalto”. Complementa: “não é momento para discussões sem muito fim. Precisamos nos unir contra Bolsonaro. Claro que temos nossas opiniões que diferem (PT e PSB), mas, também precisamos reconhecer que o Lula fez muito pelo Brasil e pelo Nordeste. Montar um palanque aqui (em Pernambuco) seria uma opção viável, sim. Contanto que seja uma decisão unânime dentro do partido”.

O PSB ainda busca nomes para representar a sigla nas eleições de 2022. O nome do ex-prefeito Geraldo Julio segue no radar dos socialistas, mas o mesmo já havia dito, ao Diario, que não possui interesse e que cabe a Paulo Câmara alinhavar as decisões. Enquanto isso, nos bastidores, nomes como o do ex-ministro José Mucio e do atual secretário da Fazenda, Décio Padilha, tomam novas proporções.

A respeito do governador Paulo Câmara sair como candidato ao Senado pela Frente Popular, Felipe crava que essa é uma decisão que precisa ser tomada pelo chefe do executivo pernambucano. E, garante que o PSB de Pernambuco está unido. “Ele que coordena a sucessão. Como ele foi escalado por Eduardo Campos para liderar um projeto, acho que essa resposta só ele pode dar. PSB de Pernambuco está unido e seguirá a decisão tomada pelos nossos líderes”, arremata.

O deputado federal Tadeu Alencar (PSB) enxerga a possibilidade de dois palanques. Ele pondera que como ainda não tem uma definição, um caminho único, no nível nacional, isso pode ser reproduzido no Estado. “Você pode ter uma reprodução, em nível local (em Pernambuco), onde cada partido coloque suas candidaturas e em um segundo turno a gente pode se encontrar, inclusive, se enfrentando. Não é o mais provável, mas na eleição de prefeito tivemos uma candidatura do PT e do PSB. Vejo isso com naturalidade”, alerta.

Já no campo dos trabalhadores, há quem acredite que o PT possa e tenha “cacife” para apostar em nome próprio em Pernambuco. “Eles entendem que o nosso objetivo é derrotar Bolsonaro em 2022 e ainda assim não se decidem. Precisam tomar uma decisão. Ou é união ou é união. Essa união, que segue caminhando, por exemplo, deve surtir um ótimo efeito: o de dois palanques”, vaticina em reserva.

A máxima é defendida pela deputada estadual Teresa Leitão (PT). Além de acreditar na possibilidade de um palanque duplo em Pernambuco, questionada sobre uma repetição de 2006 em 2022, a petista alerta que o cenário de 2022 é diferente. “Na época, Lula era presidente e candidato à reeleição. Agora, ele está candidato à eleição. As pesquisas já o apontam como favorito. O campo da aliança (dentro do PSB) com Lula cresceu muito. Mas, ainda há quem resista. Se eles não se decidirem, poderemos, sim, sair com candidatura própria em 2022”, assegura Teresa.

Questionada se os nomes permanecem os mesmos, a parlamentar retruca que sim. “O negócio é se preparar. Existe a possibilidade também. Marília e Humberto são os nomes colocados pelo PT”, responde. Contudo, pondera que: “é uma disputa que a gente espera que não aconteça”.

Construção de Lula

A construção do palanque do ex-presidente Lula (PT) pelo Nordeste teve início no Recife. Na capital pernambucana, reuniu-se com correligionários – para debater os rumos da legenda localmente -, opositores e antigos aliados. Este último grupo, inclusive, refere-se ao PSB – com quem Lula jantou, no dia 16 de agosto, no Palácio do Campo das Princesas.

Após o jantar, que segundo assegurou auxiliares palacianos, contou com uma conversa incisiva entre o líder petista, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que é vice-dirigente nacional do PSB, e com o prefeito do Recife, João Campos (PSB), ambas legendas começaram a iniciar as tratativas para reconstruir a aliança, bastante desgastada após o segundo turno das eleições municipais do Recife em 2020.

Paulo para o Senado

O nome do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), volta a ser foco das especulações para ocupar uma cadeira no Senado Federal. Segundo a revista Veja, o chefe do executivo pernambucano assinalou que sairá para o Senado. Nos bastidores do PSB, conforme sinalizou fonte à reportagem, a notícia ainda não circula. Para alguns socialistas, a novidade só chegou lá devido ao contato com o Diario.

Procurado pela reportagem, o deputado estadual, Tadeu Alencar (PSB), sinalizou que a possibilidade é vista com bons olhos. Além disso, destacou que: “Para quem está fechando o governo com uma série de ações, e ações bem pensadas, acho que ele estaria apto a disputar qualquer cargo”.

Outra fonte, em reserva, apontou que “em nenhum momento isso (de Paulo Câmara seguir para o senado) foi debatido dentro do partido”. E continua: “que ele tem merecimento, ele tem. Mas, acho que isso não deve ser o foco do nosso partido (PSB). Tem muita água para rolar e outros nomes para representar a Frente Popular”.

Sobre isto, há socialistas que discordam. “Há sim a possibilidade do PSB ocupar algumas vagas, mas, não há lógica de querer todas as principais. Precisa haver uma ligação e uma distribuição justa de representações”, aponta. Em off, socialista pondera que “Acho que ele tem merecimento para disputar. Só não acho que deve querer isso agora. E os demais (aliados da Frente Popular), como ficam?”. A fonte indaga: “o PSB não pode pretender também ter todos os cargos na chapa, tem que ver como é que fica isso: qual a aliança possível desta circunstância? Na hora que você tem a cabeça de chapa e o senado, o que é que sobre para os aliados?”.

Falando em aliados, os deputados Silvio Costa Filho (Republicanos) e André de Paula (PSD) seguem na linha de frente para representar a Frente Popular no Senado. O que, por sua vez, não deixaria espaço aberto para o governador Paulo Câmara (PSB) prosseguir. Recentemente, na chegada do ex-presidente Lula (PT) a Pernambuco, Silvio foi ao encontro do líder petista. Tudo isso para buscar fortalecer seu nome ao Senado pela Frente Popular, que o PT poderá voltar a integrar por uma Frente Ampla contra Bolsonaro.

Procurada pelo Diario, a secretaria de Imprensa do governo de Pernambuco assinalou que “Ele (Paulo) não vai comentar isso (de ser candidato ao senado pelo PSB)”.

Diario de Pernambuco

Amoêdo diz que só o impeachment de Bolsonaro vai trazer ‘paz entre poderes’

O empresário João Amoêdo (Novo), candidato nas eleições presidenciais de 2018 e apontado como um dos nomes da ‘terceira via’, voltou a pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas redes sociais.

“O único manifesto, no momento, capaz de trazer pacificação entre os Poderes e estabilidade institucional é o impeachment de Bolsonaro”, escreveu.

Amoêdo já afirmou que não será candidato em 2022. Apesar disso, o nome dele tem forte relevância entre aqueles que não apoiam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mais cedo, um manifesto que atraiu a assinatura de 200 entidades empresariais para pedir harmonia entre os Poderes da República circulou nas redes. Várias entidades querem assinar o texto e pediram prazo para que o documento seja submetido a suas diretorias.

Estado de Minas

Do Litoral ao Sertão, vereadoras se alinham pelo fim da violência contra a mulher em PE

O mês está chegando ao fim, mas a conscientização levantada pela campanha Agosto Lilás não cabe em apenas 30 dias, o combate à violência contra a mulher precisa ser feito o ano inteiro. Pensando nisso, vereadoras do Litoral ao Sertão pernambucano têm buscado trazer essa pauta para dentro das Câmaras Municipais com o intuito de que políticas públicas sejam efetivadas e garantam segurança às mulheres. Dani Portela (Psol) e Andreza Romero (PP), em Recife; Perpétua Dantas (PSDB), em Caruaru; a mandata coletiva Fany das Manas (PT), em Garanhuns; e Gal Mariano (PDT), em Afogados da Ingazeira são algumas das parlamentares que se destacam nessa luta.

Dentro dessa atmosfera de violência que tem acometido e ceifado a vida de diversas mulheres, é importante levar em consideração um agravante: a pandemia da Covid-19. Durante esse período de isolamento social, muitas mulheres estão tendo que conviver por muito mais tempo com seus agressores, o que tem contribuído com o aumento desses casos de violência no estado. Dados da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) apontam que em 2020 o número de casos de feminicídio em Pernambuco aumentou 31,5% em relação ao ano anterior, sendo 57 vítimas em 2019 e 75 em 2020.

Em meio a esses números, outro ponto chama bastante atenção: a grande maioria dessas vítimas são mulheres negras. Do total de mulheres assassinadas por razões de gênero em 2019, 98,2% eram negras. Em 2020, houve uma pequena queda nos números, mas o cenário permaneceu preocupante, visto que esse mesmo grupo representou 93,3% dos feminicídios naquele ano. Durante o ano de 2021 os casos continuam crescendo. No primeiro semestre foram notificados 56 casos de feminicídio, enquanto que em 2020 foram 40, o que representa um aumento de 40% este ano.

Por um objetivo comum

Esses dados têm chamado atenção de diversas vereadoras pernambucanas que apesar das diferentes regiões de onde atuam orquestram um movimento sintonizado em busca de um objetivo comum: o fim da violência contra as mulheres. Em Recife, Dani Portela é um dos nomes que tem se destacado nessa luta que ganha corpo em um dos seus Projetos de Lei Ordinária (PLO) apresentado à Câmara de Vereadores, o PLO 62/2021, que ainda está em tramitação na Casa. O projeto busca incluir no calendário de eventos da cidade o “Dia Marielle Franco de Enfrentamento à Violência Política contra Mulheres Negras, LGBTQIA+ e Periféricas” como enfrentamento ao que a parlamentar classificou como “feminicídio político” em referência ao pequeno número de mulheres nos espaços de poder.

“Esse nosso PL institui o dia 14 de março, que é o dia da execução sumária de Marielle Franco, como uma data pela luta por mais mulheres na política, em especial mulheres negras, LBTs, pobres e faveladas”, explica Dani. “É necessário enfrentar a violência política e principalmente o silenciamento das vozes femininas, (…) a gente precisa dizer que nossa voz vai ecoar e que não vamos nos calar”, assinalou Dani.

Também vereadora pela capital pernambucana, Andreza Romero é outra figura na Casa de José Mariano que tem buscado políticas de incentivo à segurança das mulheres. A parlamentar é autora do PLO 106/2021 que obriga estabelecimentos como bares, casas noturnas e casas de eventos da cidade a estabelecerem iniciativas que auxiliem mulheres que estejam em situação de risco. “A ideia da proposta é criar um mecanismo que auxilie mulheres a escapar e a ter ajuda em casos de violência ou abuso nesses estabelecimentos”, conta a vereadora. O PLO que transita na Câmara Municipal, na última terça-feira recebeu parecer favorável na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.

No interior do estado, parlamentares também têm se articulado nessa mesma empreitada. Em Garanhuns, no Agreste, a mandata coletiva Fany das Manas, a primeira eleita na região – composta por Fany Bernal, Marília Ferro e Fernanda Limão – conseguiu aprovar, em abril deste ano, na Câmara Municipal da cidade, um requerimento que solicita à Prefeitura a efetivação da Lei Municipal 4.723/2020 que institui a criação da Patrulha Maria da Penha. Aprovado na Casa, o requerimento foi encaminhado ao prefeito Sivaldo Albino (PSB), que, de acordo com as parlamentares, deu sinal favorável para a execução da Lei, mas ainda não há uma data prevista.

“Temos um cenário de pandemia que tem influenciado o aumento dos casos de violência contra a mulher (…) os fato dos possíveis agressores estarem em casa 24h contribuiu com o agravamento da situação”, analisa a co-vereadora Marília Ferro, ao mencionar alguns dos principais motivos que exigem a urgência da patrulha nas ruas de Garanhuns.

Na maior cidade do Agreste pernambucano, Caruaru, a vereadora Perpétua Dantas também integra o grupo de parlamentares que tem buscado estratégias de enfrentamento ao cenário de violência. A tucana elaborou o Projeto de Lei (PL) 8888/21, que institui a criação do Fundo Municipal de Garantia dos Direitos da Mulher no município caruaruense visando proporcionar apoio financeiro para o desenvolvimento e estruturação de iniciativas referentes à efetivação de políticas públicas para mulheres naquela cidade.

“Não existe política pública sem investimento”, asseverou. “O que nos levou à elaboração do projeto foi o intuito de ver a evolução gradativa desses investimentos para a garantia dos direitos das mulheres”. A vereadora informou que o projeto aguarda aprovação nas comissões para poder ser votado em plenário. Perpétua Dantas também é autora, junto com o vereador Fagner Fernandes (PDT), do PL 8945/2021 – aprovado na Casa e sancionado pelo Executivo – que institui medidas preventivas contra importunação sexual de mulheres em transportes coletivos na cidade de Caruaru.

Avançando para o Sertão pernambucano, no município de Afogados da Ingazeira, Gal Mariano (PDT), única mulher eleita na legislatura atual da Câmara de Vereadores da cidade, também tem encontrado na política ferramentas emancipatórias que buscam livrar mulheres sertanejas das situações de violência. De acordo com a parlamentar, estão sendo elaboradas medidas para a criação de um Projeto de Lei que garanta a filhos/as de mulheres vítimas de violência prioridade para vagas em creches no município.

“A Câmara Municipal não é o remédio, mas leva à cura desse mal que é a violência contra a mulher, por isso estou usando até a última gota desse instrumento porque enquanto eu estiver nessa Casa essa luta será meu estímulo”, declarou.

Iniciativas como as de Dani, Andreza, Perpétua, Fany, e Gal apontam para uma necessidade cada vez maior de mais parlamentares mulheres ocupando as Casas Legislativas fortalecendo um mantra que não se perde no tempo: “nada sobre nós, sem nós”. Referente a isso, um recado certeiro lançado por Dani Portela traduz bem essa perspectiva: “Vamos seguir lutando contra quem teima em dizer que nosso lugar não é na política. Chegamos pra ficar, para não dar nenhum passo atrás”.

Diario de Pernambuco

PGR denuncia Roberto Jefferson por incitação ao crime

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta segunda-feira (30), o ex-deputado Roberto Jefferson. O presidente do PTB é acusado de incitar o crime contra o STF e o Congresso Nacional. A informação foi divulgada pela jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil.

A denúncia foi assinada pela subprocuradora Lindôra Araujo. A procuradoria detalha uma série de entrevistas nas quais Roberto Jefferson estimulou a população a invadir o Congresso, a reagir a policiais militares e a atacar instituições, como o Supremo Tribunal Federal.

Jefferson está na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, na Zona Oeste do Rio, desde o último dia 13.

Estado de Minas

Médico é encontrado morto em banheiro do Hospital Mestre Vitalino

O médico Eriksson Magno, foi encontrado morto, na manhã desta terça-feira (31), no banheiro do Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru.
Por meio de nota, a direção do Hospital Mestre Vitalino, comentou sobre a morte do profissional de Saúde.

“No início da manhã desta terça, 31 de agosto, os profissionais de plantão perceberam a ausência de um dos médicos que atuava na UTI do Hospital Mestre Vitalino (HMV). Ao entrarem no banheiro da unidade, localizaram o profissional já sem sinais vitais. A área foi isolada, a Polícia foi acionada e está no local realizando os devidos procedimentos para a investigação. A direção do HMV lamenta o ocorrido, e irá acompanhar o trabalho do órgão competente até o devido esclarecimento do caso”.

Falta de consenso pode jogar Senado no colo de Paulo Câmara

A tese ganha eco entre aliados. Nos bastidores, o nome do governador Paulo Câmara começou a ser apontado como uma possível solução para um tipo de cenário: aquele marcado por ausência de consenso entre as alternativas, hoje, ventiladas na Frente Popular para concorrerem ao Senado. Leia-se: a escolha de Silvio Costa Filho, do Republicanos, pode desagradar André de Paula, dirigente do PSD em Pernambuco e vice-versa, além de que o páreo conta ainda com Eduardo da Fonte, presidente do PP-PE. Resultado: para evitar ruídos, o nome do chefe do Executivo estadual poderia ser alçado à condição de postulante à Casa Alta. Essa já é uma das possibilidades em questão, mas não vinha sendo tratada com tanta ênfase, porque, em paralelo, circula a hipótese de Paulo ficar à frente do Governo de Pernambuco até o fim, projeção que se ancora mais fortemente na necessidade do PSB de manter o comando da sucessão.

Há preocupação latente pelo fato de a vice-governadora, Luciana Santos, embora aliada de primeira hora e com um perfil de extrema lealdade aos socialistas, ser do PCdoB. No meio dessa equação, no entanto, o Congresso Nacional aprovou a federação partidária. Nas coxias, socialistas advertem que, valendo esse mecanismo em 2022, ainda que Paulo precise deixar o cargo seis meses antes da eleição, o partido seguiria tendo o comando da sucessão, mesmo com Luciana na cadeira. A legenda de maior tamanho, dizem, nesse caso o PSB, ditaria as regras do jogo. Ou seja: vigorando a federação, funcionaria como se Luciana fosse do PSB e isso daria tranquilidade ao partido para que Paulo possa se desincompatibilizar. O presidente Jair Bolsonaro pode vetar a federação, o Congresso pode, ou não, derrubar o veto. Até lá, Paulo não pode dizer nada diferente: tem afirmado que ficará no governo. Aliados, no entanto, apostam na chance de a disputa pelo Senado “cair no colo dele”.

Gatilho para debandada

Nas Oposições, um cenário com Paulo Câmara candidato ao Senado é visto como gatilho para uma debandada de partidos aliados da Frente Popular. E isso anima oposicionistas, que fazem a conta, considerando a possibilidade de o PSB trabalhar para ter a cabeça de chapa e a vaga do Senado, o que poderia também gerar insatisfação em partidos da aliança interessados na majoritária.

Atentos > Aos nomes da Oposição, cotados para corrida pelo Palácio das Princesas, como Miguel Coelho, Raquel Lyra e Anderson Ferreira, essa hipótese de o PSB ocupar duas vagas na chapa não estaria passando batida. Há até quem aposte nisso.

Na conta > Na base governista, aliados do governador Paulo Câmara também estão atentos à intenção dos opositores de “ir buscar os dissidentes”, caso o PSB decida acumular vagas na chapa.

Não tem pressa > Em entrevista, na última sexta, ao jornal O Globo, Paulo Câmara declarou trabalhar “com a responsabilidade de governar o Estado até o fim do mandato, em 31 de dezembro”. Aliados traduzem assim: “Não é tempo de dizer outra coisa”.

Torres Gêmeas > Não foi sem imprevisto que se deu o almoço na casa de Bruno Araújo, no último sábado, oferecido ao governador João Doria. Não teve esforço certo da equipe precursora. Na hora H, o presidenciável ficou preso no elevador de um dos edifícios conhecido como “torres gêmeas”. Ele não estava só no resumido espaço, mas acompanhado do anfitrião, da prefeita Raquel Lyra e do ex-governador João Lyra Neto, durante os mais de 20 minutos em que os tucanos esperaram pelo desfecho, ou resgate.

Folhape

Prefeitura de Caruaru retoma o plano das atividades de Esporte e Lazer do município

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, retoma, nesta terça-feira (31), o plano gradual das atividades de esporte e lazer no município e reforça os locais e horários de funcionamento dos núcleos.

De acordo com o gerente de Esporte e Lazer da SDSDH, Allyson Florêncio, é importante destacar que as vagas para as atividades foram reduzidas, conforme orientação e protocolos de segurança devido ao combate e controle à Covid-19. “Cada turma terá entre 15 e 20 alunos, levando em consideração cada local e espaço das aulas, além do cumprimento de todas as medidas de distanciamento, higienização e uso da máscara durante as atividades”, afirmou.

Os interessados devem procurar a Gerência de Esporte e Lazer, localizada na Rua Armando da Fonte, 197, Maurício de Nassau, sala 3 da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, para realizarem suas pré-inscrições. O horário de funcionamento é das 8h às 15h.

É necessário comparecer à gerência portando a seguinte documentação:

Para os núcleos do Vida Ativa: 1 foto 3×4, documento original com foto e Cartão de Vacina com as 2 (duas) doses ou dose única contra a Covid-19.

Para as Escolinhas Esportivas: 1 foto 3×4, documento original da criança/adolescente, documento com foto original do responsável

Para mais informações, ligar para a Gerência de Esporte e Lazer: (81) 99474-0417.

Programação

Locais e horários de funcionamento dos Núcleos do Vida Ativa – Adultos e Idosos

Espaço Cultural/Pátio de Eventos: segunda a sexta-feira, das 7h às 8h

Escola Laura Florêncio (Salgado): quartas e sextas, das 6h às 7h

Escola Luiz Pessoa (Santa Rosa): segundas e quartas, das 6h às 7h

Alecrim/Peladas: segundas e quartas, das 7h às 8h

Centro Integrado de Direitos Humanos: terças e quintas, das 7h às 8h

CRAS Centenário: terças e quintas, das 15h às 16h

Restauração (Indianópolis): terças e quintas, das 16h30 às 17h30

Escola Kermógenes (Vassoural): terças e quintas, das 17h30 às 18h30

Escola Professor Machadinho: segundas e quartas, das 17h30 às 18h30

Locais e horários de funcionamento dos Núcleos das Escolinhas Esportivas – Crianças e Adolescentes de 7 a 14 anos.

Monte Bom Jesus – Modalidade de Futsal: terças e quintas, das 7h às 9h e 16h às 18h

Via Parque 3 – Judô (Cidade Jardim): segundas e quartas, das 17h30 às 20h30

Academia Municipal de Artes Marciais – Judô (Murici – 1º Distrito): Terças e Quintas, das 15h às 20h30

Anexo do Sinhazinha – Academia Municipal de Artes Marciais Judô Comunitário Maurício Tibúcio (Salgado) – 8h às 11h, 14h às 17h30, 18h às 21h

Residencial Jardins – Modalidade de Judô – Sextas-feiras, das 15h30 ás 18h30

Bolsonaro flerta com ‘golpe dentro do golpe’, diz Dilma 5 anos após impeachment

A atual crise política no país, sob gestão Jair Bolsonaro, é um desdobramento do processo de impeachment ocorrido em 2016, afirma a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Nesta terça-feira (31) são completados cinco anos do impedimento que tirou a petista do poder sob acusação de pedaladas fiscais -e com grande mobilização nas ruas em meio à impopularidade de Dilma e à crise econômica.

Em entrevista ao portal da Fundação Perseu Abramo, ela afirma que “o golpe de 2016 é o ato zero do golpe, é o ato inaugural, mas o processo continua”. “É o pecado original dessa crise que o país atravessa. É a partir dali que se desenrola todo o processo golpista”, diz.

“O que estamos vivendo são as etapas do possível endurecimento do regime político no Brasil. O governo flertando com a possibilidade de um golpe dentro do golpe”, afirma a petista.

No segundo processo de impeachment presidencial do Brasil pós redemocratização, o plenário do Senado aprovou o afastamento de Dilma em 31 de agosto, interrompendo um ciclo de 13 anos de gestão PT.

Embora ela tenha sido condenada por crime de responsabilidade, não perdeu direito de exercer funções públicas. Em 2018, disputou uma cadeira de senadora por Minas Gerais e acabou derrotada.

Questionada sobre o tom de ameaça recorrente nas falas de Bolsonaro, Dilma afirmou que o país vive a possibilidade de um segundo golpe, já que ela considera o processo de deposição ao qual foi submetida como ilegítimo.

“É preciso entender o jogo. O golpe ocorreu em 31 de agosto de 2016. O que estamos vivendo agora é a possibilidade de um novo golpe baseado nas formas derivadas da guerra híbrida. Lá atrás, houve um golpe parlamentar, Judiciário e midiático. Mas, sobretudo, um golpe do setor financeiro, do capitalismo financeirizado. Um golpe neoliberal”, afirma.

Na entrevista ao portal da Fundação Perseu Abramo, Dilma afirmou que “ali aconteceu uma ruptura violenta contra o status quo da democracia” e que o impeachment permitiu “dois crimes imediatos” contra o país: o teto dos gastos e a destruição da Amazônia.

A ex-presidente disse que o processo de militarização da política é anterior à eleição de Bolsonaro. “Lembra que no governo Temer, deram uma importância grande aos militares, voltando a ter o GSI -entregue ao general Sérgio Etchegoyen-, levando um militar para dirigir o Ministério da Defesa? Isso nunca tinha acontecido. Entregar o Ministério da Defesa a um militar”.

Ela cita ainda a intervenção federal no Rio de Janeiro, também ocorrida durante o governo Temer. “É uma marca inequívoca da volta dos militares à política.”

A ex-presidente fez ainda um paralelo entre o período de ditadura militar e o impedimento que a tirou do poder.

Segundo ela, como em 1964, “o golpe se recusa a ser chamado de golpe, desde o primeiro momento”. Dilma afirma que, durante o processo do impeachment, deputados e senadores entraram com ações no STF para impedir que a petista chamasse “o golpe de golpe”.

A ex-presidente criticou ainda a imprensa que, em sua avaliação, nunca tratou o impedimento ocorrido em 2016 como um golpe “nem jamais fez autocrítica”.

Outro segmento criticado pela ex-presidente foi o Judiciário, que, segundo ela, só percebeu agora as ameaças à democracia porque “chegou agora neles”. “Quando eu disse, há cinco anos, que o golpe não ficaria ali, é porque sabia que haveria um avanço rápido sobre todas as instituições.”

Dilma afirma que “o ato seguinte ao golpe do impeachment foi a prisão do Lula”, em abril de 2018, para, na visão dela, inviabilizar a possibilidade de o petista se candidatar à Presidência.

“Ora, se o Lula é eleito, o golpe seria interrompido. Mas, não bastou prendê-lo. Afinal, ele não perdeu a popularidade que desfrutava. Ainda era competitivo. E não perdeu a confiança do povo. Daí então, passa-se a um novo ato do golpe: a interdição de Lula do processo eleitoral. Ele é condenado, preso e, finalmente, tiraram-no das eleições de 2018. Não pode falar e nem fazer campanha. O golpe foi se aprofundando.”

Lula lidera com folga as pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2022 para presidente, seguido pelo atual ocupante do Planalto.

João Doria e Eduardo Leite (que disputam as prévias do PSDB), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Sergio Moro (sem partido) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) são alguns dos presidenciáveis que brigam para se consolidar como uma terceira opção para o próximo pleito.

Nesta segunda-feira (30), um dos principais destaques da CPI da Covid, o senador Alessandro Vieria (Cidadania-SE) se apresentou como pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2022.

O senador é membro suplente da comissão, mas se tornou peça importante do grupo majoritário que dita os rumos do colegiado, por sua experiência como delegado de polícia.

Além disso, vem ganhando destaque durante os depoimentos por conseguir pressionar os depoentes e conseguir informações importantes para a investigação.

O senador busca se apresentar como mais um nome para a chamada terceira via, em oposição à polarização atual entre Bolsonaro e Lula.

“Considerando as pesquisas de opinião mais recentes, bem como as movimentações de partidos, parlamentares e movimentos de renovação, entendo que o Cidadania estão ficando para trás no processo de construção da terceira via […]. Isso terá impactos negativos para o partido e para a democracia como um todo, pois acaba fortalecendo a polarização”, afirmou o senador.

“Entendo que é necessário um fato novo, com potencial de mobilização que reposicione o Cidadania no cenário nacional, com evidentes impactos nos cenários locais. É neste sentido que estou colocando meu nome à disposição do Cidadania como pré-candidato à Presidência da República”, completa.

Folhapress