ARTIGO: Como melhorar a gestão de riscos da sua empresa

Por Jeferson D’Addario

Administrar uma empresa sem ter um processo formal de gestão de riscos, pode ser a diferença entre vencer, perder ou até mesmo quebrar. Afinal, um negócio sempre tem riscos e eles precisam ser entendidos e gerenciados, além do sentimento (feeling) dos donos ou diretores. Experiência e sorte ajudam nos negócios, mas uma boa gestão de riscos técnica e processual pode colocar a empresa em vantagem e ainda adicionar um bom valor a ela.

Segundo a norma internacional ISO 31000:2009, risco é o efeito da incerteza nos objetivos. Uma incerteza é a condição ou natureza do que é incerto; qualidade daquilo que incita dúvida(s); indecisão ou ainda hesitação, indecisão, dúvida, imprecisão. Ou seja, algo que temos medo, receio e é difícil de prever.

O sentimento de falta de previsibilidade é um dos mais temidos entre os empresários ou gestores. Líderes gostam de medir e prever para poder antecipar ou evitar situações que possam prejudicar os negócios.

Risco nada mais é que uma equação, na qual consideramos a probabilidade de algo acontecer versus a vulnerabilidade e os possíveis impactos apresentam um resultado para classificação, medição e monitoramento, ou seja, risco = probabilidade de acontecer X vulnerabilidade X impactos.

Com isso, temos alguns tipos de riscos que são comuns nas empresas:

Riscos de continuidade de negócios: riscos compostos por ameaças relacionadas a probabilidade de interrupção das atividades gerando impactos financeiros, de imagem, legais ou operacionais, ocasionando a incapacidade de realização, operação ou prestação de serviços. Exemplo: parada de processamento, interrupção de links, impossibilidade de operar, sistemas fora do ar por um período longo, perda total da capacidade de gerenciar, interrupção total do prédio sede, entre outros (ref. ISO 22301);

Riscos de segurança empresarial: riscos compostos por ameaças relacionadas a segurança física e ambiental. Exemplo: invasão causando perdas, sabotagem, destruição de instalações, roubo, furto, danos intencionais, roubo de carga, acessos indevidos causando perdas, entre outros (ref. OHSAS 18001 e ASIS);

Riscos de saúde e meio ambiente: riscos compostos por ameaças relacionadas a saúde laboral e meio ambiente, riscos que possam afetar sua integridade, e seu bem-estar físico ou psíquico. Como por exemplo: máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, excesso de trabalho e pressão por home office, instalações inadequadas, riscos de segurança empresarial, falta de CIPA ou ambiente inadequado para a prática dessa organização (ref. ISO 14001 e OHSAS 18001);

Riscos tecnológicos ou de segurança da informação: riscos compostos por ameaças relacionadas a perda de dados e informações, acessos indevidos lógicos, ataque hacker causando perdas, vírus de computador provocando interrupções, falhas de tecnologias, perda de links, entre outros (ref. ISO 27001, ISO 27701 e ISO 20000);

Riscos de governança: riscos compostos por ameaças relacionadas a mentiras, corrupção, lavagem de dinheiro, perda de executivos líderes, falha ou falta de gestão, espionagem, falta de conformidade legal e regulamentar etc. (ref. IBGC, ISO 38500);

Riscos de responsabilidade social corporativa: riscos compostos por ameaças relacionadas a falhas ou falta de gestão de fornecedores para evitar trabalho escravo, trabalho infantil, aquisição de subsídios ou produtos que violem leis e regulamentos sociais, entre outros (ref. ISO 26001);

Riscos de conformidade: riscos compostos por ameaças relacionadas a violação de leis trabalhistas, tributários ou contratuais, processos judiciais a uma empresa são um grande risco aos negócios, podendo impactar negativamente nas operações e resultados da companhia etc. (ref. Leis e regulamentos, PLD, ESG).

Para evitar que a empresa seja afetada, listo algumas dicas iniciais e estratégicas para qualquer tipo de negócio. Porém, a implantação de um bom gerenciamento de riscos pode garantir a continuidade da companhia, maximizando as oportunidade e competitividade nos negócios.

Crie um Comitê de Riscos multidisciplinar incluindo: Lideranças, RH, Jurídico (mesmo que terceirizado), TI, Finanças, Vendas, Logística e/oi operações. De 10 a 12 pessoas está satisfatório, pode incluir também consultores ou até mesmo parceiros estratégicos;
Crie uma planilha com todos os riscos que preocupam e /ou já são sabidos pelos líderes, cada um no seu tema. Comece pelos estratégicos do negócio;
Defina papéis e responsabilidades. Uma política de gestão de riscos é aconselhável, onde será definido o Apetite de Riscos corporativo (o quanto a empresa vai aceitar/correr riscos);
Defina uma periodicidade para reuniões e discussões sobre o tema, ou até mesmo use estes encontros para aprender (compre cursos, palestras e assista filmes sobre o assunto), recomendado a cada três meses, mínimo de duas vezes por ano;
Escolha uma metodologia para a Análise, Avaliação e Tratamento de riscos;
Identifique e classifique os riscos estratégicos para o negócio. Exemplo: a) quebra de um fornecedor chave, b) variação cambial abrupta (ex.: dólar), c) vazamento e/ou perda de dados e informações de clientes (LGPD), d) interrupção total das tecnologias e website de vendas por mais de oito horas sem previsão de retorno;
Classifique qual a probabilidade, vulnerabilidade e impactos, frente a cada um dos riscos identificados em caso de acontecerem (materialização);
Defina quem será o responsável pelos riscos. Exemplo: risco financeiro ficará com a diretoria de Finanças, ela deverá acompanhar, monitorar e prestar contas ao comitê;
Crie um plano de ação para monitorar e medir estes riscos;
Defina um indicador chave e de riscos (KRI) para que possa acionar um plano de ação para gerenciar o risco ou enfrentar uma situação em que ele se materializou. Exemplo: dólar subiu e chegou a cinco reais, isto pode ser um gatilho para o acionamento de um plano de resposta, gerenciamento de risco ou de crise.
*Jeferson D’Addario é CEO do Grupo DARYUS e especialista em Continuidade de Negócios e Gestão de Riscos.

Sobre o Grupo DARYUS

Desde 2005 com o propósito de iluminar mentes, proteger pessoas e negócios, por meio de educação e serviços em gestão de riscos, o grupo DARYUS tornou-se referência em consultoria, educação e eventos nos temas: Gestão de Riscos, Segurança de Informação, Cibersegurança, Proteção de Dados (LGPD) e Governança de Tecnologia da Informação (TI). O Grupo é composto por 4 unidades de negócios: 1) A DARYUS Consultoria – especializada em Gestão de Riscos e Cibersegurança, 2) O IDESP – instituto DARYUS de Ensino Superior Paulista – que é líder na formação em GRC, com mais de 30 mil profissionais formados desde 2006, e pioneira na criação dos cursos de pós-graduação em segurança da informação, forense computacional, cibersegurança e continuidade de negócios, 3) A DARYUS Eventos, que tem foco em criar e gerenciar eventos que desenvolvam a comunidade de cibersegurança e gestão de riscos no Brasil, e 4) A DARYUS StartLab, aceleradora de startups focada em Riscos, TI e Cibersegurança. Para saber mais visite: https://www.daryus.com.br/

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 31.07.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até este sábado (31), 97,51% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 07 novos casos, 33 pessoas recuperadas da doença e nenhum óbito.

O número de testes realizados subiu para 103.799 dos quais 39.465 foram através do teste molecular e 64.334 pelo teste rápido, com 31.456 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 71.772.

Também já foram registrados 119.339 casos de síndrome gripal e 1.299 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 571 casos, 63 pessoas em isolamento domiciliar e 23 internamentos.

Inteligência artificial pode desafogar sistema de saúde na pandemia

Teste do novo

Estudo feito em parceria por pesquisadores da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Fundação Getulio Vargas (FGV) e Instituto Laura Fressatto provou que atendimentos feitos com uso de inteligência artificial, por meio do robô Laura Care, ajudaram a desafogar o sistema de saúde durante a pandemia de covid-19.

O médico Murilo Guedes, pesquisador pós-doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da PUCPR, disse à Agência Brasil que foi desenvolvido um algorítimo de inteligência artificial (IA) que tem a capacidade de fazer a triagem de pacientes com covid-19. “O paciente entra em contato com a plataforma do robô Laura e digita algumas informações que o robô identifica e interpreta. O paciente tanto pode receber informações, como prevenção, vacinas e orientações sobre covid-19, mas também pode descrever os sintomas [que está sentindo] para o algorítimo”.

A partir da descrição dos sintomas, o algorítimo detecta a gravidade da doença no paciente, disponibilizando as informações para um profissional de saúde. A ferramenta funciona como um pronto atendimento digital, fazendo triagens e encaminhamentos para o atendimento e acompanhamento de pacientes.

Se o paciente é classificado como leve, ele continua em interação com o robô, fazendo atualizações a cada três dias para que sejam tomadas as medidas apropriadas. Se o paciente piora, o robô redireciona o paciente para um teleatendimento com enfermeiro ou médico, para consulta por mensagem ou vídeo.

Segundo Murilo Guedes, a ferramenta permite o atendimento por níveis de cuidado, otimizando o uso inteligente dos recursos e o atendimento imediato do usuário.

Análises
O trabalho analisou atendimentos feitos por essa plataforma a 24,1 mil pessoas, entre julho e outubro de 2020, em três municípios: Curitiba (PR), São Bernardo do Campo (SP) e Catanduva (SP). Desse total, 44,8% dos pacientes foram classificados com sintomas leves de covid-19, 33,6% dos casos foram considerados moderados e apenas 14,2% foram diagnosticados como casos graves da doença.

Segundo os pesquisadores, o atendimento feito com inteligência artificial, ao mesmo tempo que se apresenta como solução para a triagem de pacientes e acompanhamento da evolução dos sintomas da covid-19, faz com que o acesso ao sistema de saúde ocorra de maneira coordenada, contribuindo para não sobrecarregar os hospitais e unidades de pronto atendimento.

Os resultados preliminares de viabilidade dessa tecnologia constam do estudo Covid-19 in Brazil – Preliminary Analysis of Response Supported by Artificial Intelligence in Municipalities, publicado no jornal Frontiers in Digital Health, considerado referência internacional para trabalhos que abordam as intersecções entre saúde e tecnologia.

Eficácia
No momento, os pesquisadores estão executando novos estudos com o robô Laura Care para avaliar a segurança e eficácia desse algorítimo para implementação em mais ampla escala, em nível nacional. “O que a gente ainda precisa fazer, daqui para a frente, é mostrar que a ferramenta tem eficácia na avaliação dela e que ela é segura”. Essa fase nova tem prazo de conclusão prevista em torno de três a seis meses.

Murilo Guedes afirmou que a tecnologia está sendo aplicada em outros contextos, sejam públicos, como sistemas de saúde municipais, ou privados, como seguradoras de saúde. “Ou outras instituições que possam se beneficiar da triagem, usando inteligência artificial para pacientes que procuram pronto atendimento”. Isso se aplica não só para a covid-19, mas para outras doenças.

De acordo com o pesquisador, o objetivo é que a tecnologia seja aplicada em todos os contextos na medicina de urgência e emergência, para triagem de pacientes para pronto atendimento. “O grande objetivo aqui é otimização de recursos em saúde para desafogar as instituições de saúde”, disse o pesquisador da universidade.

Mega-Sena pode pagar R$ 38 milhões neste sábado

Bilhetes de aposta da mega-sena.

A Mega-Sena pode pagar R$ 38 milhões neste sábado (31) ao apostador que acertar as seis dezenas do concurso 2.395. O sorteio será realizado a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo (SP), com transmissão ao vivo pelas redes sociais (perfil @LoteriasCAIXAOficial no Facebook) e pelo canal da Caixa no Youtube.

As apostas podem ser feitas até as 19h de hoje em qualquer lotérica do país, no portal Loterias Caixa e no app Loterias Caixa (disponível para Android e iOS). Clientes do banco também tem a opção de apostar por meio do Internet Banking Caixa.

O valor de uma aposta simples (6 dezenas) na Mega-Sena é de R$ 4,50.

Por se tratar de um concurso com final 5, o prêmio recebe ainda um adicional, conforme regra da modalidade.

Esportes Botafogo e Vasco disputam clássico carioca na Série B

Vasco x Botafogo no carioca de 2021.

Botafogo e Vasco jogam, neste sábado (31), às 21h (horário de Brasília), no Estádio Nilton Santos, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. A Rádio Nacional transmite o duelo com narração de André Luís Mendes, comentários de Waldir Luiz e plantão de Bruno Mendes.

Acompanhe Botafogo x Vasco , às 21h, clique abaixo:

O Alvinegro vem de duas vitórias seguidas contra Goiás e Confiança-SE. O time do zagueiro Gilvan também não levou gols nesta duas últimas partidas, o quê aumenta a confiança do Glorioso para o Clássico da Amizade. “Sabemos que é um jogo muito difícil”, comentou o defensor alvinegro.

Já o Vasco tenta se reabilitar da derrota, no meio da semana, para o São Paulo por 2 a 0 pela Copa do Brasil.  O técnico Lisca vai comandar o cruzmaltino pela terceira vez. Na partida de estreia, goleou o Guarani por 4 a 1. Lisca não vai contar com o lateral Zeca, suspenso pelo terceiro cartão amarelo e MT pode jogar improvisado na posição já que o reserva Riquelme está contundido

O Vasco soma 22 pontos na série B e ocupa a sétima posição da tabela. Enquanto, o Botafogo vem no décimo-primeiro lugar com 19 pontos.

Confira aqui a classificação da Série B.

Em virada histórica, Stefani e Pigossi ganham bronze inédito no tênis

 Luisa Stefani e Laura Pigossi - medalha de Bronze inédita.

As tenistas Luisa Stefani e Laura Pigossi fizeram história na Olimpíada de Tóquio (Japão). Neste sábado (31), as paulistas conquistaram a medalha de bronze das duplas femininas ao derrotarem Elena Vesnina e Veronika Kudermetova, do Comitê Olímpico Russo, por 2 sets a 1, com parciais de 4/6, 6/4 e 11.

É a primeira vez que o Brasil será representado no pódio olímpico do tênis. Nos Jogos de Atlanta (Estados Unidos), em 1996, Fernando Meligeni chegou à disputa do bronze, mas ficou na quarta posição. A medalha será entregue neste domingo (1º), após a decisão do ouro entre as tchecas Barbora Krejcíkova e Katerina Siniakova e as suíças Viktorija Golubic e Belinda Bencic, as algozes de Stefani e Pigossi na semifinal, em horário a ser definido.

As brasileiras tiveram a participação confirmada na Olimpíada faltando uma semana para o início, após várias desistências. Elas estrearam superando Gabriela Dabrowskim e Sharon Fichman, do Canadá, na primeira rodada. Em seguida, passaram pelas tchecas Karolina Pliskova e Marketa Vondrousova, de virada. Nas quartas, surpreenderam (também de virada) as favoritas Bethanie Mattek-Sands e Jessica Pegula, dos EUA, até a queda na semifinal para Golubic e Bencic.

“Não caiu a ficha do quanto é importante para gente essa medalha. Entramos aos 45 do segundo tempo na Olimpíada e só queríamos representar o Brasil da melhor maneira. Acreditem meninas, acreditem, sempre. Sonhem e trabalhem duro cada dia que vocês podem conquistar, é o meu recado. Escutei uma frase e escrevi no meu caderno antes de vir pra cá: ‘jogue pelo amor e não pelo resultado’. E foi assim, estamos muito felizes de trazer essa medalha para casa, para o tênis brasileiro”, celebrou Stefani, após o jogo, em comunicado à imprensa.

A partida contra Vesnina e Kudermetova foi de superação a todo instante. Stefani e Pigossi viram as russas abrirem 4 a 1, buscaram o empate, mas cederam uma quebra de serviço e perderam o primeiro set por 6/4. Na parcial seguinte, o cenário se inverteu, com as brasileiras fazendo 2 a 0 e administrando a vantagem para fecharem o set, também em 6/4.

A medalha seria decidida no match tie-break (melhor de dez pontos, em que os tenistas se alternam no serviço a cada dois saques). As russas começaram melhor e abriram 9 a 5 no placar, com quatro chances de fechar a partida. As brasileiras não desistiram, salvaram os match points, viraram o marcador e venceram o jogo após um erro de devolução das rivais.

A conquista de Stefani e Pigossi foi celebrada em publicações de Bruno Soares e Marcelo Melo – que também integram a seleção brasileira de tênis em Tóquio – no Instagram.

 

Além deles, o ex-tenista Gustavo Kuerten, o Guga, ex-número um do mundo, também comemorou o feito da dupla feminina brasileira pelas redes sociais.

Autorização de viagem para menores de 16 anos poderá ser feita online

Rio de Janeiro - Pouso e decolagem no aeroporto Santos Dumont.

A partir de segunda-feira (2), os pais poderão emitir pela internet uma autorização para que seus filhos menores de 16 anos possam viajar sozinhos em voos nacionais.

O novo procedimento foi regulamentado neste ano pela Corregedoria Nacional de Justiça e implementado pelo Colégio Notarial do Brasil, que congrega mais de 9 mil cartórios espalhados pelo país.

Até agora, para que um menor de 16 anos pudesse viajar desacompanhado era necessário preencher um formulário em papel, que deveria ser assinado e ter firma reconhecida em cartório, para depois poder ser apresentado às empresas de transportes.

Agora, a Autorização Eletrônica de Viagem (AEV) permite realizar o procedimento inteiramente online, por meio da plataforma e-Notariado, que dispensa o comparecimento ao cartório para diversos serviços.

Na plataforma, os pais poderão realizar uma videoconferência com o notário, que após confirmar a autorização para a viagem, por prazo ou por trecho apontado. Um QR Code para verificação será então emitido e poderá ser apresentado nos guichês das companhias aéreas pelo celular ou impresso em papel.

Por essa via, a autorização poderá ser cancelada a qualquer momento pelos pais ou responsáveis, e o QR Code deixa de funcionar.

Nesse primeiro momento, a opção pela Autorização Eletrônica de Viagem (AEV) é disponibilizada apenas para as viagens aéreas nacionais. A previsão, contudo, é que a facilidade seja ampliada para voos internacionais e meios rodoviários e hidroviários, embora ainda não haja prazo para a expansão.

Desde 2011 a autorização de viagem para menores pode ser feita extrajudicialmente, diretamente nos cartórios, após uma regulamentação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nos casos mais complexos, com conflito entre os pais, por exemplo, pode ser necessário uma decisão judicial para permitir o embarque.

Pinacoteca abre exposição sobre pintor modernista John Graz

Exposição John Graz: idílio tropical e moderno

Começa hoje (31) na Pinacoteca de São Paulo uma mostra com 155 itens do artista suíço John Graz um dos mais importantes nomes do modernismo no Brasil. A a exposição John Graz: idílio tropical e moderno, reflete a visão particular do artista sobre o Brasil, país onde viveu a partir de 1920. A exibição revisita a obra de Graz, com foco em sua atuação como artista visual e a dedicação de seus trabalhos à temática indígena, a fauna, flora, história e cultura popular brasileiras.

Segundo a curadoria de Fernanda Pitta, curadora sênior, e Thierry Freitas, assistente curatorial do museu, a seleção dos trabalhos inclui um conjunto de itens doados pelo Instituto Graz à Pinacoteca e empréstimos de outras instituições e coleções privadas. A programação ocorre no ano que antecede o centenário da Semana de Arte Moderna, que teve Graz como um dos participantes.

A organização das obras segue núcleos temáticos relacionados aos principais assuntos trabalhados pelo artista em sua produção: Arcádia; Temática Indígena; Natureza brasileira, História e cultura popular; indigenismo e abstração e design. Tudo pode ser visto no segundo andar da Estação Pinacoteca.

A curadoria destacou ainda a dedicação de Graz à criação de um imaginário moderno e tropical, a partir de suas pinturas, desenhos e estudos, refletindo também sobre a multiplicidade e versatilidade do artista. “Nessas obras aparecem representações de indígenas, imagens da natureza, festividades como o carnaval e festas gaúchas, trabalhadores brasileiros como os jangadeiros, além de narrativas históricas, como as que retratam a invasão portuguesa no Brasil”, disse a curadoria.

Pinacoteca abre exposição sobre John Graz
A programação ocorre no ano que antecede o centenário da Semana de Arte Moderna – Reprodução/Pinacoteca/Direitos reservados

De acordo com a Fernanda Pitta, um dos maiores núcleos da mostra é composto pela temática indígena e ainda que não seja possível saber ao certo o que despertou esse interesse, é possível perceber uma concepção romantizada do tema. “Assim como uma forte relação com uma certa ideia de forma primitiva, sintética e quase abstrata, explorada por artistas das vanguardas, refletida no alongamento das figuras, nas extremidades ora pontiagudas, ora compactas, de seres humanos, animais e plantas”.

A exposição exibe ainda mobiliários que demonstram o interesse do artista pela criação de um design moderno e brasileiro, além de estudos de arquitetura, decoração e fotos dos ambientes que o artista idealizou.

A exposição conta com um catálogo de 80 páginas com texto crítico dos curadores Fernanda Pitta e Thierry Freitas, um ensaio do professor e pesquisador Horacio Ramos e uma cronologia completa do artista elaborada por Daniel Ribeiro e Gabriela Gotoda. A publicação é bilíngue português-inglês e estará disponível na loja do museu.

A mostra fica aberta até 31 de janeiro de 2022.

Geral Aneel: bandeira tarifária de agosto se manterá vermelha

Brasília - O consumo de energia elétrica fechou os primeiros três meses do ano com queda acumulada de 4,2% em relação ao mesmo período do ano passado  (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter a bandeira vermelha, patamar 2, para o mês de agosto. Com isso, o custo de cada 100 kilowatt-hora (kWh) consumido continua sendo de R$9,492. Segundo a agência, não houve mudança nos cenários hidrológicos do país. Ou seja, os reservatórios das usinas hidrelétricas ainda sofrem com o período de seca, forçando o uso de fontes de energia mais caras.

“Agosto inicia-se com igual perspectiva hidrológica, com os principais reservatórios do SIN [Sistema Interligado Nacional] em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano. Essa conjuntura sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e necessidade de acionamento máximo dos recursos termelétricos”, explicou a Aneel.

Em períodos de seca e consequente baixa nos níveis dos reservatórios, é necessário captar energia de outros tipos de usina, como as termelétricas. Esse tipo de usina gera energia a partir de combustíveis fósseis, como diesel e gás. Além de ser mais poluente, é mais cara. Por isso, quando as termelétricas são acionadas, o custo da geração de energia aumenta e a bandeira tarifária muda.

Dentre as dicas trazidas pela Aneel para reduzir o valor da conta de luz, estão o uso racional do chuveiro elétrico (banhos mais curtos e em temperatura morna), do ar condicionado (manter os filtros limpos e reduzir ao máximo seu tempo de utilização) e do ferro de passar (juntar roupas para passar de uma só vez e começar por aquelas que exigem menor temperatura).

Covid-19: Escassez de doses e desigualdade marcam vacinação na África

Dificuldades logísticas, escassez de doses e forte desigualdade entre os países marcam a campanha de vacinação contra a covid-19 no continente africano. Enquanto o Marrocos conseguiu imunizantes o suficiente para 36,32% da sua população, Burundi e Eritreia não receberam nenhuma dose, segundo os dados dessa sexta-feira (30) do Africa Centres for Disease Control and Prevention (CDC África).

Outros países receberam quantidades irrisórias de imunizantes, como Saara Ocidental, com 20 mil doses para uma população de 600 mil pessoas, Sudão do Sul, que recebeu 60 mil doses e tem 11,2 milhões de pessoas ou a República Centro-Africana, com 80 mil doses para 4,8 milhões de pessoas.

De acordo com o CDC África, o país mais adiantado na vacinação é o Marrocos, que recebeu 26,8 milhões de doses para uma população de 36,9 milhões de pessoas, tendo aplicado as duas em 26,89% das pessoas e a primeira em 33,93%.

O segundo país que mais vacinou foi a África do Sul. Com população de 59,3 milhões de pessoas, recebeu 8,7 milhões de doses, aplicou a primeira em 11,56% das pessoas e 0,57% recebeu a segunda dose. O Egito, com 102,3 milhões de pessoas, recebeu 7,3 milhões de doses e imunizou completamente apenas 1,46% da população. Um total de 3,57% dos egípcios recebeu a primeira dose.

O país mais populoso do continente, a Nigéria, com 206 milhões de pessoas, recebeu 3,9 milhões de doses, tendo aplicado a primeira em 1,23% da população e imunizado completamente apenas 0,68% com as duas doses, já esgotando o estoque disponível.

Dificuldades

De acordo com o pesquisador do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cris-Fiocruz) Augusto Paulo Silva, em entrevista ao portal da Fiocruz, a União Africana, que reúne os 55 países do continente, aderiu à iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) Covax Facility, para a aquisição de vacinas contra a covid-19. Porém, as doses estão longe de ser o suficiente para o continente, que tem 1,2 bilhão de habitantes.

“A União Africana também aderiu à Covax. Só que muito antes de os europeus começarem a doar vacinas para a Covax, doaram dinheiro. Mas esse dinheiro nunca foi suficiente. Para o abastecimento e fornecimento da Covax, contava-se com China e Índia. Mas a Índia teve uma explosão de casos, as vacinas começaram a não ser suficientes, e a Covax passou um tempo quase seca”.

Segundo o escritório regional da OMS na África, 43 países africanos aderiram ao Covax, garantindo vacinas para 20% da população, com 600 milhões de doses. Desse total, 82 milhões já foram entregues e 63,8 milhões aplicadas até o momento. O pesquisador explica que a segunda opção do continente são os 400 milhões de doses que a União Africana tentou garantir de forma suplementar, por meio da Equipe de Intervenção para a Aquisição de Vacinas (AVATT, do inglês African Union’s COVID-19 Vaccine Acquisition Task Team), mas os países terão que pagar por essas vacinas.

“A União Africana, por meio dos seus bancos de fomento, agiu como se fosse caução para garantir o pagamento. E o Banco Mundial está fornecendo dinheiro aos países para adquirirem essas vacinas. Mas a maioria está endividada, tem tetos de gastos já limitados pelo Banco Mundial por causa dos programas de ajuste estruturais”.

Silva detalha, também, o problema logístico para a distribuição das doses, em uma região carente de infraestrutura de transporte e de saúde.

“Um programa de imunização tem toda uma logística por trás. E essa logística tem gastos. Por isso, muitos desses 55 países tiveram que devolver vacinas porque não conseguiram aplicá-las por falta de dinheiro para sustentar as campanhas. Precisam de câmaras frias, geradores. E como o Estado está endividado, não tem como bancar isso. São problemas estruturais que vêm lá de trás e que foram exacerbados pela pandemia. É por isso que a vacinação na África é muito lenta, não só por falta de imunizantes, mas por toda a cadeia de infraestrutura e logística”.

Covid-19 na África

De uma forma geral, o continente surpreendeu o mundo com a relativa baixa taxa de contágio o óbitos pelo novo coronavírus. Segundo Silva, explicações possíveis para o fenômeno incluem a pouca conectividade de muitos países africanos com outros continentes e também entre si, além da faixa etária média mais baixa que a da população mundial.

Comparativo de casos e mortes por covid-19
Comparativo de casos e mortes por covid-19 – Arte Agência Brasil

O continente todo tem população de 1,2 bilhão de pessoas e registra, até o momento, cerca de 6,7 milhões de casos de covid-19, segundo dados do Wordometers. O número é um terço do registrado no Brasil, que tem 210 milhões de habitantes, população seis vezes menor. Ou seja, a África está com uma taxa de incidência da doença de 558,3 casos por 100 mil habitantes, enquanto no Brasil a taxa é de 9.460,2, segundo dados desta sexta-feira (30) do Ministério da Saúde.