Produção industrial tem variação nula em junho

Após crescer 1,4% em maio, a produção industrial teve variação nula (0,0%) em junho. Apesar da estabilidade, três das quatro grandes categorias econômicas e a maior parte (14) das 26 atividades investigadas pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) registraram recuo na produção. No acumulado do primeiro semestre, a produção avançou 12,9%. Os dados foram divulgados hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O gerente da pesquisa, André Macedo, destacou que em maio, após três meses de queda, houve uma volta ao campo positivo e a indústria igualou o patamar de antes da pandemia. No entanto, esse resultado não superou as perdas anteriores. “Com essa variação nula em junho, o setor permanece no patamar pré-crise, mas no resultado desse mês observa-se uma predominância de taxas negativas entre as atividades industriais”, afirmou.

Para o pesquisador, os efeitos da pandemia de Covid-19, tanto no processo de produção como na economia, explicam o menor dinamismo do setor. “Há, no setor industrial, uma série de adversidades por conta da necessidade das medidas de restrição, como a redução do ritmo produtivo, a dificuldade de obtenção de matérias-primas e o aumento dos custos de produção”, disse.

Macedo acrescentou que, pelo lado da demanda, observando a economia como um todo, a alta taxa de desemprego influencia o resultado. “Há também uma taxa de desocupação alta, o que traz uma consequência para a massa de salários. São fatores que não são recentes, mas ajudam a explicar esse comportamento da produção industrial”, afirmou.

O setor de veículos automotores, reboques e carrocerias com a queda de 3,8%, foi o principal impacto negativo no mês, voltando a cair depois de registrar resultados positivos em abril (1,6%) e maio (0,3%). Segundo o pesquisador, essa atividade foi muito atingida pelos efeitos da pandemia, uma vez que várias montadoras estão fazendo paralisações em seus parques produtivos. “Isso explica não só o resultado negativo de junho, mas o movimento de perda mais importante que essa atividade vem mostrando nesse início de 2021.”

O setor de celulose, papel e produtos de papel, foi outro impacto negativo. A produção recuou 5,3% em junho. Essa foi a terceira queda consecutiva do setor, que acumula no período perda de 8,4%. “O principal produto nessa atividade é a celulose, que é uma matéria-prima. Em junho, especificamente, houve paralisação em uma unidade produtiva desse setor, o que explica a magnitude de perda que esse ramo industrial teve nesse mês”, disse.

A retração na produção do setor de produtos alimentícios ficou em 1,3% em junho. No mês anterior, tinha registrado crescimento de 2,9%. Nessa atividade, o açúcar provocou impacto significativo. “Alguns itens importantes que têm uma característica de volatilidade muito grande, como é o caso do açúcar, tiveram uma queda maior em junho. Isso pode ter uma relação mais direta com o clima mais seco, que afeta mais a safra e o processamento da cana-de-açúcar”, informou.

Impacto positivo
O principal impacto positivo em junho em relação a maio (4,1%) ficou com a atividade de produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. Em maio, a produção da atividade já tinha registrado alta de 2,7%. “São duas expansões em seguida, sobre o mês de abril, quando a atividade teve uma queda de 9,9%. É uma melhora de ritmo muito calcada nos derivados do petróleo, como óleo diesel, mas não repõe a perda recente que essa atividade teve”, ressaltou.

O pesquisador acrescentou que o setor está muito relacionado às consequências da pandemia. “Essa melhora recente também pode estar diretamente associada a um grau maior de flexibilização das medidas de isolamento, com maior número de pessoas vacinadas. Então, há uma tendência ao aumento de mobilidade e isso pode se traduzir em efeitos positivos dentro dessa atividade”, pontuou.

Primeiro semestre
A pesquisa indicou que a expansão de 12,9% da produção industrial do país, no acumulado de janeiro a junho, atingiu as quatro categorias econômicas, como também em 21 das 26 atividades analisadas. Com o crescimento de 56,9% no período, a atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias foi a maior influência no resultado. Máquinas e equipamentos (41,5%), metalurgia (26,3%) e produtos minerais não metálicos (31,3%), também representaram impactos positivos no indicador.

“Esse avanço acontece diante de uma base de comparação muito depreciada. No acumulado de janeiro a junho de 2020, há a perda de 10,9%. A magnitude de crescimento de dois dígitos está associada ao fato de que o setor industrial, por conta da pandemia de Covid-19, mostrou perdas importantes naquele período.”

Comparação
Em relação a junho de 2020, o setor industrial avançou 12%. As principais influências foram em veículos automotores, reboques e carrocerias (81,5%), em metalurgia (47,7%) e em máquinas e equipamentos (52,5%). As quatro grandes categorias econômicas também tiveram taxas positivas. O destaque ficou com bens de capital (54,8%) e com bens de consumo duráveis (31,0%). Mesmo com a variação positiva, os bens intermediários (10,8%) e os bens de consumo semi e não duráveis (1,6%), ficaram abaixo da média da indústria.

De acordo com Macedo, em grande parte, as taxas altas se devem à baixa base de comparação, uma vez que, em junho do ano passado, várias unidades produtivas do país sentiam os efeitos do isolamento social para conter a pandemia de Covid-19. “Em 2020, a economia e o setor industrial foram muito atingidos pelos efeitos da pandemia. A base de comparação baixa faz com que, nas comparações interanuais, os resultados sejam de crescimento alto e com espalhamento das taxas positivas pelas atividades”, analisou.

Pesquisa
Conforme o IBGE, desde a década de 1970, a PIM Brasil produz indicadores de curto prazo relacionados ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação.

Em maio de 2014, começou a divulgação da nova série de índices mensais da produção industrial, elaborada após reformulação para atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes. Foi criada uma estrutura de ponderação dos índices, com base em estatísticas industriais mais recentes para se integrar às necessidades de implantação da Série de Contas Nacionais – referência 2010, e adotadas as novas classificações de atividades e produtos usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007, que são a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0) e a Lista de Produtos da Indústria (Prodlist-Indústria).

Agência Brasil

ACIC promove seminário sobre importância do coaching nas empresas

No Brasil, uma a cada cinco empresas fecham as portas sem completar um ano de funcionamento. O índice, constatado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antes mesmo da pandemia, demonstra a necessidade de que gestores adotem posturas mais dinâmicas e assertivas na condução dos negócios. Por isso, o trabalho de acompanhamento dos processos de gestão tem se tornado cada vez mais importante no meio empresarial, tornando-se um diferencial para empreendedores que desejam se adaptar às mudanças.

Pensando nisso, a Câmara Setorial de Coaching da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (ACIC) promoverá, no dia 12 de agosto, o Seminário Gestor Coach III. Com o tema “Como ter uma empresa competitiva frente às adversidades do mercado?”, o evento acontecerá no auditório da Associação, a partir das 19h.

A programação contará com mediação do Empresário e Coach Lindomar Luiz e palestras do Coach e consultor empresarial Carlos Daniel, do Coach e Consultor Contábil Elvio Costa e do Economista, Coach e Consultor Osiris Caldas, que vão debater sobre comunicação para gestores e empresários, a jornada para evoluir um negócio e ações fundamentais para manter e ampliar empresas. Além disso, ao final da noite, serão sorteados brindes especiais para os participantes.

“O seminário visa aprofundar as informações sobre a atuação em coaching, promovendo o debate sobre qual a importância do coaching nas empresas e mostrando como a liderança e o coaching estão interligados. O desenvolvimento do capital humano é um fator de grande relevância. Portanto, as empresas tem que fazer com que isso se torne a fonte de ‘vantagem competitiva’, se adequando às mudanças do ambiente externo”, defende o Coordenador da Câmara Setorial de Coaching, Francisco Oliveira.

As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas por meio de um formulário digital disponível em: https://bit.ly/2WekYSF. A taxa é de R$ 20 para não associados da ACIC e R$ 15 para associados e estudantes. Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone (81) 3721-2725.

A ACIC está localizada na Rua Armando da Fonte, Nº 15, bairro Maurício de Nassau.

Serviço
Seminário Gestor Coach III – Como ter uma empresa competitiva frente as adversidades do mercado?
Data: 12 de agosto (quinta-feira)
Horário: 19h
Local: Auditório da ACIC
Valor: R$ 20 (não associados) e R$ 15 (associados e estudantes)
Link para inscrições: https://bit.ly/2WekYSF

Covid-19: média móvel de mortes fica abaixo de mil pelo terceiro dia

Inauguração do
primeiro hospital de campanha da rede estadual.
Foto: Mauricio Bazilio

Depois de seis meses seguidos com uma média de mais de mil vítimas diárias de Covid-19, o Brasil registrou ontem (2) o terceiro dia consecutivo com a média móvel de sete dias abaixo desse patamar, segundo o painel de dados Monitora Covid-19, mantido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A média móvel de mortes é calculada somando as mortes confirmadas nas últimas 24 horas com as que foram registradas nos seis dias anteriores. O resultado é dividido por sete. Esse dado é observado por pesquisadores para avaliar a tendência de evolução da pandemia de forma mais clara, já que menos informações são notificadas pelas secretarias de saúde municipais e estaduais nos fins de semana e ficam represadas nos primeiros dias de semana, gerando grande oscilação nos números.

Em queda desde a segunda quinzena de junho, a média móvel de mortes chegou a menos de mil (988,86) em 31 de julho, e manteve esse patamar em 1° de agosto (987,14) e 2 de agosto (960,14). Essa foi a primeira vez que a média ficou abaixo de mil desde 23 de janeiro deste ano, quando atingiu 1.021,29 vítimas. Daquela data até o fim de julho, o Brasil viveu o período mais letal da pandemia, com picos em que a média móvel superou 3 mil mortes diárias.

Pesquisadores da Fiocruz apontam o avanço da vacinação como a explicação para a redução nas mortes e internações por Covid-19. No último boletim Observatório Covid-19, divulgado na semana passada, a fundação ressaltou, entretanto, que o número de óbitos se mantém em patamar muito elevado e que os casos de Covid-19 continuam aumentando.

“A diferença entre a curva de novos casos e a curva de óbitos é mais um indício da nova fase da pandemia no Brasil, em que há intensa circulação do vírus, mas com menor impacto sobre as demandas de internação e sobre o número de mortes”.

Apesar da queda das últimas semanas, o patamar da média móvel de mortes ainda supera a maior parte do ano passado. Enquanto em 2021 houve mais de seis meses seguidos com mais de mil vítimas diárias, em 2020, o indicador ficou acima desse nível entre 4 e 10 de junho, entre 19 e 29 de junho e entre 3 de julho e 7 de agosto. Também foram registradas mais de mil vítimas em 10, 11 e 22 de agosto, segundo o painel de dados da Fiocruz.

Entre setembro e novembro de 2020, a média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil recuou, chegando a 323 mortes diárias em 11 de novembro. A partir daí, houve uma nova tendência de alta, fechando o ano com 706 mortes diárias em 31 de dezembro. Fatores como o relaxamento das medidas de isolamento, as festas de fim de ano e a disseminação da variante Gama (P.1) fizeram com que a média móvel de mortes continuasse a aumentar em janeiro até igualar e superar os piores momentos da pandemia em 2020.

A situação continuou a piorar em fevereiro e março, e o Brasil registrou mais de 2 mil mortes diárias na média móvel de forma ininterrupta entre 17 de março e 10 de maio. Enquanto a maior média móvel de vítimas registrada em 2020 foi de 1.096.71 mortes diárias, em 25 de julho, o indicador chegou a 3.123, 57 mortes em 12 de abril de 2021.

A média de mortes caiu ao longo de maio de 2021, mas ainda se manteve acima de 1,5 mil vítimas por dia. Entre 6 e 19 de junho, houve uma nova alta, e a média voltou a superar as 2 mil mortes. Desde então, a tendência é de queda.

Agência Brasil

Wanderson Florêncio prega unidade da oposição em 2022 para não repetir os erros das últimas eleições

Analisando o cenário político para 2022, o deputado estadual, Wanderson Florêncio (PSC), defende que a oposição tem vários nomes capazes de representar o bloco oposicionista na disputa pelo governo do estado no próximo ano. Para ele, só com os antagonistas unidos, o grupo sairá vitorioso nas próximas eleições.

“Temos várias figuras importantes dentro do PSC, do PL, do Podemos, do PSDB, do Democratas que tem condições de aglutinar nessa chapa majoritária. Portanto, o problema da oposição não é falta de opções, é acertar no momento para que a gente não repita os erros que cometemos nas últimas eleições. Esse dever de casa cumprido, tenho plena certeza de que, com a oposição unida, poderemos chegar ao pleito de 2022 com todas as chances de vitória”, afirmou.

O parlamentar citou como opção para a disputa os nomes da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB).

“Tanto a Raquel Lyra, mulher competente que tem um histórico vitorioso na política, assim como Miguel Coelho que vem revolucionando Petrolina, assim como Anderson Ferreira, que vem fazendo uma gestão competentíssima em Jaboatão. Enfim, temos a oposição bem estabelecida, qualquer um dos três nomes colocados, terá total condição de disputar de igual para igual com o governo que está aí”.

Em sua entrevista à Rádio Folha FM 96.7, na manhã desta segunda-feira (2), o parlamentar ressaltou ainda a importância de que os partidos antagônicos entrem em consenso até o fim de 2021 sobre qual estratégia irá adotar.

“Na oposição não falta boas opções de líderes capazes que saibam conjugar o verbo da junção, união, de buscar esse entendimento para que a gente chegue no final do ano com um caminho definido. Eu concordo plenamente que a oposição deva ter a definição de quem será o candidato a governador até o fechamento desse ano, para que viremos 2022 com uma perspectiva clara de qual caminho vamos traçar”, destacou.

Blog da Folha

Com presença de ministro, Miguel inaugura policlínica, posto de saúde e novo mamógrafo

Na primeira visita oficial a Petrolina, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi recepcionado pelo prefeito Miguel Coelho para a entrega de novas estruturas para atendimento básico e especializado à população. Foram inaugurados, nesta segunda (02), um novo posto de saúde, as obras de requalificação da policlínica e um equipamento para mamografias.

A agenda foi acompanhada também pelo senador Fernando Bezerra, os deputados Fernando Filho e Antonio Coelho. O roteiro teve como primeira atividade a entrega da Unidade Básica de Saúde do Vale do Grande Rio, construída com investimento de R$ 830 mil. Em seguida, o prefeito levou o ministro para conhecer a primeira biofábrica do Nordeste destinada a estudos sobre dengue, zika vírus e chikungunya.

A comitiva depois participou da inauguração da policlínica municipal, que foi ampliada para ter 22 especialidades. No ato, o prefeito ressaltou a importância da parceria com o Governo Federal para melhorar os serviços de atendimento médico em Petrolina. “Só hoje entregamos equipamentos que tiveram mais de R$ 2,4 milhões. Sem o apoio do Governo Federal, do senador e de nossos deputados, seria muito difícil realizar tantas ações para a saúde pública em nossa cidade. Nosso foco é trabalhar pela população, sem ficar debatendo ideologias, e sim, melhorando a vida das pessoas”, afirmou Miguel Coelho

Além das entregas, foi anunciada a aplicação de novos investimentos para as equipes de saúde da família e tratamento odontológico. O Ministério da Saúde destinará R$ 2,5 milhões a mais por ano para expandir o número de profissionais e atendimentos em diversos bairros de Petrolina. “Temos que investir forte em toda a estratégia de saúde da família. É controlando a pressão arterial, o diabetes, levando a atenção adequada às crianças que faremos a verdadeira revolução do sistema de saúde”, frisou o ministro Queiroga.

A agenda em Petrolina foi encerrada com a entrega de um equipamento para diagnósticos de câncer de mama. O ministro ainda visitou o hospital de campanha e uma ala onde funciona um centro de reabilitação para pacientes que tiveram covid-19.

Blog da Folha

Pequenos negócios respondem por 72% dos empregos gerados no país

Os pequenos negócios apresentaram um saldo positivo de 2.094.812 empregos com carteira assinada, o que significa 71,8% das vagas criadas no país. Número quase três vezes superior ao das médias e grandes que contrataram, entre julho de 2020 e julho de 2021, 717.029 trabalhadores, segundo levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

Apenas em junho de 2021, as micro e pequenas empresas (MPE) apresentaram 871.197 admissões contra 654.801 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 216.396 empregos gerados.

Admissões

Esse montante equivale a 70% do total de empregos no território nacional. Já as médias e grandes empresas (MGE) fizeram 663.993 admissões contra 596.048 desligamentos, com saldo positivo de 67.945 empregos, o que equivale a 21,9% do total gerado no país.

Ainda de acordo com Sebrae, o segmento de serviços, um dos mais afetados pela pandemia de covid-19, foi o que mais gerou empregos. Em junho, essas empresas criaram 87,2 mil novas vagas, seguidas pelas do comércio com 63,2 mil, indústria da transformação com 30,9 mil, construção civil com 26,4 mil e agropecuária com 5,9 mil. Todos os setores das MPE apresentaram resultado positivo, diferentemente do que ocorreu nas MGE, que fecharam cerca de seis mil vagas na construção civil.

Agência Brasil

ARTIGO — Entre Acrônimos e Elucubrações

Desenvolvi uma teoria que finalmente elucida a principal razão dos Estados Unidos serem o país mais rico do mundo. Sem falsa modéstia, minha revolucionária tese foge das tradicionais explicações como educação, colonização, religião ou patriotismo, mas tem origem na persistente prática desta sociedade de cometer um dos sete pecados capitais: a preguiça. Logo ao chegar nos EUA, se vê fortes evidências da minha elucubração resultante de anos de ampla reflexão e análise da cultura local. Os aeroportos possuem longas esteiras, inúmeros carrinhos elétricos, trenzinhos ligando os terminais… tudo para evitar ao máximo qualquer esforço físico.

A busca pelo empenho mínimo se espalhou e transformou o cotidiano da sociedade americana. Facilmente se identifica um dos principais instrumentos que levam ao pecado: o automóvel. Os Estados Unidos são uma nação feita para automóveis e tem mais automóveis per capita que qualquer outro país. São o símbolo máximo de independência e liberdade individual, algo tão caro a este povo. Graças aos drive-thrus, os americanos fazem de quase tudo sem precisar sair deles. O conceito de drive-thru surgiu há exatamente um século, em Dallas, no Texas, onde uma lanchonete começou a servir hambúrguer e fritas; a ideia deu tão certo que logo se espalhou pelo país.

Hoje, o conceito se ampliou para inúmeros outros usos, como bancos, lavanderias, floriculturas, farmácias, bibliotecas e bancos de alimentos. Em alguns estados como Califórnia e Havaí pode-se até votar passando por um drive-thru. Na cidade do pecado, Las Vegas, até se casar em um deles é possível e no Texas é permitido comprar armas e munições sem sair do seu carro.

Alguns ganham em sofisticação e vão além de apenas entregar. O drive-thru do meu banco parece ter saído de uma das cenas do desenho dos Jetsons: eu me conecto ao meu gerente do banco por uma caixa de som e um tubo pneumático é usado para enviar ou receber documentos sem sair do carro. Todas essas infraestruturas vieram a calhar em tempos de pandemia e o uso de drive-thrus se expandiu para a testagem e vacinação contra a COVID-19, como em outros países.

Entretanto, a mais concreta evidência da minha tese sobre a preguiça vem do campo da comunicação. Este país tem uma quantidade abrupta de abreviações, acrônimos (abreviações que podem ser pronunciadas como palavras) e atalhos que fazem necessário aprender uma linguagem toda particular para se desvendar essas abreviações. E, apesar do mundo das redes sociais ter proliferado essas novas formas de se comunicar, com poucos esforços como emojis e outros atalhos, essa moda de abreviar a comunicação é bastante antiga. Um dos acrônimos mais antigos, o OK, surgiu como uma brincadeira num jornal de Boston em 1838, que com sarcasmo desafiava os leitores a desvendarem os mistérios das abreviações publicadas. Uma das mais usadas no inglês e até mesmo em outras línguas é o OK (oll correct), com um intencional erro ortográfico que significa tudo certo (all correct).

Na política, várias formas de acrônimos são derivadas da versão reduzida de “os Estados Unidos”, conhecido como OTUS (Of The United States). Então, o presidente virou POTUS, a primeira-dama (First-lady) FLOTUS e a Corte Suprema (Supreme Court) SCOTUS.

Logo que vim morar aqui me chamou a atenção esta forma de abreviar os nomes de amigos e colegas dos meus filhos, que normalmente têm uma versão bem mais curta do nome, normalmente três ou quatro letras. E nome composto é uma coisa que nunca vi por essas terras. Notei que meu nome era um tanto extenso para os padrões americanos, já que às vezes ao falar parecia que tinha narrado uma redação por extenso. Então, resolvi fazer um experimento: na academia, me rebatizei de Gus e nunca vi tanta gente me cumprimentar e me chamar pelo meu novo nome!

Uso como final evidência da minha tese a reflexão de um dos maiores empreendedores dos EUA, Bill Gates. Durante o seu tempo no comando da Microsoft, fazia questão de dar um trabalho difícil para um preguiçoso, pois este encontrava uma forma mais fácil de resolver. Uma outra forma de ver a minha teoria é a busca constante por eficiência nestas terras, para atingir o máximo de produtividade com o mínimo de esforço perdido. A preguiça, aqui, é condição necessária para se conquistar o sonho americano. Se a necessidade é a mãe das invenções, acredito que a preguiça seja o pai.

*Gustavo Miotti é autor do livro Crônicas de uma pandemia – reflexões de um idealista. Empresário e Cientista Econômico, pesquisa atitudes relativas à globalização em seu doutorado no Rollins College (Estados Unidos).

Carros levados de locadora são recuperados em rodovias de Pernambuco

Três carros de locadora que haviam sido alugados e não foram devolvidos no prazo acordado foram recuperados entre a sexta-feira(30) e domingo(1), em Recife, Gravatá, no Agreste de Pernambuco, e Sertânia, no Sertão. Três homens foram detidos durante fiscalizações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O primeiro carro foi abordado na noite de sexta-feira, na BR 232, em Gravatá, no mesmo dia em que o proprietário prestou queixa. O motorista alegou que havia tido o celular clonado e por esse motivo o dono não havia conseguido falar com ele.

O segundo veículo foi recuperado domingo, na BR 232, em Sertânia, e possuía um registro de furto do dia 15 de julho deste ano, em Belém, no Pará. A motorista disse que havia pego o carro emprestado com um homem que aluga garagens em Serra Talhada. Ele se apresentou à equipe e informou que um cliente havia deixado o automóvel no estabelecimento dele, para utilizar à vontade.

No mesmo dia, um carro que havia sido alugado em junho do ano passado foi recuperado na BR 101, no Recife. O condutor informou que trabalhava como motorista de aplicativo e iria devolver o veículo quando tivesse condições de quitar a dívida com o aluguel.

Os carros foram encaminhados junto com os homens a delegacias de Polícia Civil de cada localidade.

Prefeitura de Caruaru leva água potável para população da zona rural

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural, segue assistindo os moradores da zona rural, com a distribuição de água potável através do serviço de abastecimento de cisternas por caminhão-pipa, nos quatro distritos rurais do município. Nos últimos seis meses, foram distribuídos, em média, 3 mil caminhões às famílias necessitadas, beneficiando cerca de 12 mil pessoas que não têm outra forma de abastecimento.

O serviço é efetuado diariamente, sem custos para os moradores, por meio de dez caminhões-pipa, que fazem a distribuição para as casas que ainda não são assistidas regularmente com o abastecimento de água ou que não possuem hidrômetro.

Para o secretário de Desenvolvimento Rural de Caruaru, Bruno França, o município tem buscado alternativas de melhorias para os cidadãos com a distribuição de água através de caminhão-pipa.

“Esse abastecimento faz parte de ações próprias da gestão municipal e seguimos cada vez mais atuantes, trabalhando, incansavelmente, para que a população tenha uma melhor qualidade de vida. Isso revela o comprometimento da Prefeitura com as pessoas da zona rural”, disse.

Serviço:

Para solicitar os serviços de abastecimento de água através de caminhão-pipa, a população da zona rural pode entrar em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Rural de Caruaru, por meio do telefone (81) 3701-1455, ou ir até o Bloco C da Prefeitura de Caruaru, que fica localizado na Rua José Rafael Cavalcanti, s/n°– Bloco C, no Bairro Pinheirópolis. O horário de atendimento vai das 7h às 13h, de segunda a sexta-feira.

Tony Gel e Tonynho Rodrigues se reúnem com Jarbas Vasconcelos

O deputado estadual Tony Gel e o empresário Tonynho Rodrigues, se reuniram na manhã desta terça-feira 03, com o Senador Jarbas Vasconcelos no seu escritório político na Capital pernambucana.

No encontro que contou também com a presença de Jarbas Filho, Tony e Tonynho conversaram tanto sobre o atual momento político do Brasil, como das eleições do ano que vem e de ações parlamentares que beneficiem Caruaru e outras cidades do Agreste.

“Tivemos na manhã desta terça-feira, um encontro bastante positivo com o amigo e senador Jarbas Vasconcelos, um dos mais importantes homens públicos do Brasil. Conversa boa, produtiva e focada nos interesses de Caruaru e Pernambuco “, disse o deputado.