Preços do café em forte alta durante geada no Brasil

(FILES) In this file photo taken on June 27, 2013 a person holds coffee beans during the exhibition “World of coffee”, in Nice, southeastern France. – Coffee prices were catapulted last week to multi-year peaks, extending stellar gains so far this year after frosts damaged crops in the world’s biggest producer Brazil. (Photo by Jean-Christophe MAGNENET / AFP)

Os preços do café registraram esta semana o maior nível nos últimos anos, após uma série de altas recentes no momento em que o Brasil, principal produtor mundial, perdeu parte de sua colheita devido a geadas.

O café do tipo arábica subiu na sexta-feira a mais de dois dólares por libra, o maior nível desde fevereiro de 2014. O preço do grão arábica, de maior qualidade, disparou 60% desde janeiro.

Ao mesmo tempo, o café robusta, de qualidade inferior e cultivado majoritariamente no sudeste da Ásia, registrou a maior cotação desde outubro 2017, a 1.993 dólares por tonelada, um aumento de 40% desde o início do ano. “Várias razões explicam a alta astronômica nos preços do café”, declarou à AFP Carlos Mera, analista do Rabobank, ao citar as condições climáticas no Brasil.

Mera mencionou também o aumento dos custos de transporte e a turbulência política na Colômbia, terceiro maior produtor mundial do grão. O Brasil sofreu uma seca histórica há alguns meses, seguida por uma forte geada esta semana em plantações importantes de Minas Gerais, responsável por 70% da produção de café arábica do Brasil.

Temperaturas abaixo de zero “provocaram a desfolha das safras e até mataram as plantas mais novas”, fundamentais para as colheitas futuras, disse Mera.O café arábica tem um ciclo de produção bienal, no qual um ano de baixo rendimento é seguido por outro de alta produtividade.

Longa crise de preços
A alta do mercado aconteceu “pelas temperaturas geladas em áreas de cultivo do Brasil”, afirmou Jack Scoville, analista do Price Group. “Temperaturas gélidas foram relatadas em grande parte de Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Ainda não se sabe a extensão dos danos, mas uma parte significativa da safra foi afetada”, completou. Ele explicou é o período de florada para a próxima colheita, “e as flores congelaram e vão cair”, disse, antes de indicar que a temperatura começou a subir.Ao mesmo tempo, a demanda mundial de café subiu este ano com a reabertura das economias globais após a turbulência pela pandemia.

O grão arábica se viu favorecido com a abertura, porque é muito utilizado em cafeterias e restaurantes, ao contrário do robusta, usado em cafés instantâneos. Embora as condições favoreçam os preços elevados, o economista Philippe Chalmin explicou que o valor do café foi particularmente baixo nos últimos anos.

“Os produtores de café passaram por uma longa crise de preços”, destacou à AFP Valeria Rodríguez, da associação de comércio justo Max Havelaar. “Nos últimos quatro ou cinco anos, a maioria trabalhou com perda”, disse. A analista advertiu que “se a colheita é menor, isto significa que há produtores de café em algum lugar do Brasil que não terão café para vender, portanto não terão receita”.

Lento aumento
Os preços crescentes estão sendo transferidos aos consumidores “lentamente”, segundo Mera.”Os torrefadores usam o mercado futuro para se proteger dos aumentos de preço a curto prazo, então normalmente demora de três a nove meses para que os consumidores vejam os efeitos”, explicou.Ainda assim, afirmou, os aumentos para os consumidores serão mais moderados do que os da matéria-prima devido a outros fatores que afetam o preço no varejo, como transporte, embalagem e comercialização.

“O café em grão é vendido em média a 15 euros (28 dólares) por quilo e em cápsulas a 45 euros (US$ 54) por quilo ou mais”, disse Rodríguez, após recordar que estes preços estão longe dos valores do grão arábica, de menos de quatro euros (4,8 dólares) por quilo.O atual contexto nos preços do café também é parte de um cenário geral de alta das matérias-primas, tanto agrícolas como industriais.

AFP

Crise aguda no governo Bolsonaro mexe com tabuleiro para eleição de 2022

Brazilian President Jair Bolsonaro speaks during a press conferece at the Vila Nova Star Hospital in Sao Paulo, Brazil, on July 18, 2021. – Bolsonaro received his medical discharge this Sunday, July 18, after being treated for four days for an intestinal obstruction in a hospital in Sao Paulo. (Photo by Miguel SCHINCARIOL / AFP)

A crise do governo de Jair Bolsonaro, que na semana que passou deu um cavalo de pau na composição política do Planalto, acentuou as composições do presidente e de seus rivais visando as eleições de 2022.

O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB) e José Luiz Datena (PSL) se movimentam de olho no novo cenário pela deterioração da posição de Bolsonaro. Até Sergio Moro reapareceu em conversas sobre o ano que vem.

O presidente experimentou um tombo em pesquisas no primeiro semestre na esteira da crise da pandemia e da associação de seu governo com acusações de corrupção feitas na CPI da Covid.

Houve ainda os entrechoques institucionais promovidos por Bolsonaro, que colocou a pauta da adoção do voto auditável por impressão como cavalo de uma batalha perdida e resolveu sugerir risco para a eleição em si.

Para temperar, a presença do fantasma militar com a polêmica da defesa do voto impresso pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto.

Tudo isso aumentou a instabilidade no Planalto e fez com que Bolsonaro cedesse espaço ao centrão, personificado na presença de Ciro Nogueira (PP-PI) na Casa Civil.

Rasgando o que dissera de 2016 até aqui, Bolsonaro até se declarou integrante do grupo político –segredo de polichinelo, mas para quem se elegeu prometendo acabar com a “velha política”, é um golpe de imagem ainda a ser mensurado entre sua base mais fiel.
A aposta dos apoiadores do presidente é que a eleição está longe, e uma retomada econômica bombada pelo ciclo de commodities em curso e a anunciada distribuição de renda aos mais pobres, somada ao avanço da vacinação contra a Covid-19, darão uma chance de recuperação a ele.

Neste cenário, Bolsonaro se manteria como um candidato viável, acima dos 20%-25% que tem registrado de intenção de voto, barrando adversários no campo da centro-direita rumo ao segundo turno com o hoje líder Lula.
Aí, afirma um cacique do centrão, ele ser contraditório ou autoritário valeria menos.

Discorda dessa avaliação o petismo, que neste momento acredita em um Bolsonaro enfraquecido e sem discurso para 2022. A desconstrução seria mais política, independendo tanto da economia.

Com efeito, Lula tem ampliado, assim como Bolsonaro, a presença em programas de rádio no interior do Brasil. No dia 8 de agosto, deverá iniciar um giro pelo Nordeste, sua base eleitoral mais forte, no que será visto como o início formal de sua pré-campanha –que, de resto, está em curso desde sua inabilitação para concorrer em 2018.

O impeachment de Bolsonaro, que passou a ter apoio majoritário na população segundo o Datafolha, parece ter ficado mais distante com a ocupação do governo pelo centrão, provavelmente às expensas da ala militar.

Assim, Lula defenderá retoricamente o impedimento, mas sua real torcida segue sendo pela manutenção de um Bolsonaro enfraquecido até o pleito. Não por acaso, ambos os rivais adotaram discursos semelhantes em relação às opções da chamada terceira via, de desprezo que denota algum temor.
No petismo, preocupa também o que chamam de alquimia de golpe, a discussão sobre o sempresidencialismo para retirar poder do Planalto.

Em outra sinalização, um alto cacique do PT procurou na semana retrasada um tucano de alta plumagem para dizer ter certeza de que Bolsonaro tentará um golpe à la crise do Capitólio de Donald Trump, conclamando apoiadores ao conflito caso venha a perder a eleição.

Sua sugestão de pacto de não agressão com o PSDB mirando o primeiro turno, a quem considera jogador certo no xadrez, não foi levada pelo valor de face, até porque embutia a esperteza de servir ao interesse de Lula. Interlocutores do ex-presidente, contudo, disseram que essa não é a posição do chefão petista.

Além disso, o principal ator tucano, Doria, não foi sondado. Se fosse, o emissário ouviria uma negativa do governador paulista.
Se não está batendo particularmente em Lula nesses dias, o governador paulista tem um longo histórico de antipetismo e sacará essa carta na campanha, cedo ou tarde.

A posição política de Doria está robustecida, faltando neste ponto a intenção de voto. Mirando as prévias de novembro, ele tem se movimentado, passando pelo circuito de rádios do interior e TVs.

Antes de ficar no estaleiro pela reinfecção pela Covid, no qual seu bom estado virou um outdoor para a eficácia da vacina que quer usar como mote de campanha, ele vinha com agenda de visitas estaduais.

Doria também resolveu fazer o dever de casa. Para fortalecer a candidatura do vice Rodrigo Garcia (ex-DEM, agora PSDB) à sua sucessão, promoveu a filiação de quase 50 prefeitos paulistas.

O governador encurralou o tucano Geraldo Alckmin, que queria voltar ao Palácio dos Bandeirantes, ao dizer que ele fugiu das prévias estaduais. O ex-governador, que deve ir para o PSD, agora enfrenta o dilema de concorrer sem a máquina, situação na qual perdeu eleições em 2006, 2008 e 2018.

Há ainda dúvidas sobre o impacto da adesão formal do PP a Bolsonaro em algo que não é lateral, a participação da sigla na pessoa de Alexandre Baldy (Transportes Metropolitanos) no secretariado de Doria. Uma saída parece ser o cenário mais provável.

O rival de Doria nas prévias, o governador gaúcho Eduardo Leite, também tem se mexido após apresentar-se ao país quando assumiu ser gay. Em viagens que têm sido criticadas no seu estado por ocorrerem durante dias de semana, ele tem percorrido a convite pontos estratégicos.

Leite tem o apoio tácito dos outros competidores nominais das prévias, Tasso Jereissati (CE) e Arthur Virgílio (AM), mas é uma certeza no partido que a disputa será entre o gaúcho e o paulista.

Na visão do decano do tucanato, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Doria deverá levar a melhor ao fim, embora precise polir sua inserção política.

A insistência do paulista, alvo de objeções por parte do PSDB e de alguns aliados, tem sido avaliada por caciques como um trunfo. Os outros nomes da dita terceira via estão em extinção, com exceção de Ciro Gomes (PDT), que de todo modo tem dificuldade de se posicionar num jogo em que Lula está presente.

O pedetista é muito de esquerda para ser atraente à direita, e a esquerda tem dono. Outras figuras, como o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM), carecem de musculatura nacional, e o apresentador Luciano Huck preferiu ficar com o seu novo contrato na Rede Globo.

Sem se mexer está Rodrigo Pacheco (DEM-MG, rumo ao PSD), o presidente do Senado vendido por Gilberto Kassab (PSD) como a terceira via ideal. Não se espera nada dele até a virada do ano.

Já o apresentador José Luiz Datena, recém-filiado ao PSL pelo qual Bolsonaro se elegeu, joga fechado em copas. Ele já ameaçou entrar na política diversas vezes, mas integrantes da direção de seu partido dizem que ele estará no páreo presidencial se estiver marcando dois dígitos no começo de 2022. Se não, Senado ou nada são opções.

Um ponto à parte é o ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro. Dado como carta fora do baralho, ele autorizou a volta da especulação em torno de seu nome, animado justamente pela debacle política de Bolsonaro.

Mas a avaliação consensual entre seus rivais é de que Moro, ainda uma figura popular, mas desgastado após ser rotulado de parcial no julgamento de Lula pelo Supremo Tribunal Federal, acabará sendo um participante do processo, mas não como candidato.

Folhapress

Na categoria street, skatista Kelvin Hoefler conquista a prata, primeira medalha do Brasil em Tóquio

A primeira medalha brasileira nas Olimpíadas de Tóquio foi conquistada na estreia do skate nos Jogos, com Kelvin Hoefler. Neste domingo (25), ele faturou o prata na categoria street, com 36.15 pontos.

Disputando em casa, o japonês Yuto Horigome foi medalha de ouro, com 37.18. Jagger Eaton, dos EUA, foi prata com 35.35.

O atleta de 28 anos natural de Itanhaém, que cresceu no Guarujá e hoje mora na Califórnia, tem um histórico de sucesso na modalidade (campeão da Street League em 2015) e conseguiu repeti-la no ambiente totalmente novo para o skate nas Olimpíadas.

Ela começou a andar aos 9 anos, quando o pai, Eneas de Souza, policial, e a mãe, Roberta Hoefler, dona de casa, deram um skate de presente para o garoto e montaram uma pequena rampa na garagem, já que no Guarujá não havia locais adequados para a prática.

Ele também surfava até a adolescência, mas as águas geladas o afastaram do mar e o fizeram se firmar nas pistas, ou nas ruas.

Desde cedo, Kelvin queria se estabelecer nos EUA em busca da carreira profissional. A competição que mudou tudo ocorreu em 2014, na África do Sul, quando ele faturou um na época inimaginável prêmio de US$ 100 mil. Isso lhe permitiu fincar raízes na Califórnia.

A final, com oito skatistas classificados após as eliminatórias, foi disputada sob sol forte e temperaturas acima de 30ºC no parque de esportes urbanos de Ariake, no início da tarde no Japão.

O Brasil também tinha outros dois atletas na competição, Giovanni Vianna e Felipe Gustavo, que terminaram a classificação em 12º e 14º, respectivamente.

Felipe Gustavo, 30, natural de Brasília, foi responsável pela inauguração do skate nos Jogos, como primeiro atleta a dar uma volta na primeira bateria.

Ele disse que normalmente acharia melhor ficar mais para o final, quando os critérios dos juízes estão mais claros, mas que nesse caso recebeu a notícia com muito prazer.

“Eu me senti honrado de ser o primeiro skatista da história a dropar. E eu tinha na minha cabeça que precisava acertar as primeiras manobras, porque todo mundo ia ligar a televisão, nunca viu o esporte na TV, aí vai ligar e o cara erra uma manobra?”, brincou.

“Depois que acertei a primeira linha, falei ‘nossa, que felicidade’. Foi um sentimento que nunca tive antes e só tenho a agradecer o skate por ter me proporcionado isso. Fizemos história. O skate salva.”

Folhapress

Banhista é atacado por tubarão na praia de Piedade; segunda vítima em menos de um mês

Na tarde deste domingo (25), mais uma pessoa foi vítima de um ataque de tubarão na Praia de Piedade, em frente a Igrejinha, em Jaboatão dos Guararapes.

A vítima foi um rapaz de 32 anos e sofreu uma lesão na parte posterior da coxa esquerda e glúteos e foi conduzida, consciente, para o Hospital da Aeronáutica, de acordo o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBM).

O rapaz estava em águas rasas e os guarda-vidas realizaram a contenção da hemorragia no local, com o apoio da equipe de Moto resgate.

Segundo o Hospital da Aeronáutica, a vítima foi estabilizada e transferida para o Hospital da Restauração (HR).

Folhape

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 24.07.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até este sábado (24), 97,44% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 11 novos casos, 28 pessoas recuperadas da doença e nenhum óbito.

O número de testes realizados subiu para 102.925 dos quais 39.279 foram através do teste molecular e 63.646 pelo teste rápido, com 31.130 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 71.249.

Também já foram registrados 118.235 casos de síndrome gripal e 1.423 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 546 casos, 53 pessoas em isolamento domiciliar e 22 internamentos.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 23.07.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta sexta-feira (23), 97,38% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 60 novos casos, 58 pessoas recuperadas da doença e nenhum óbito.

O número de testes realizados subiu para 102.914 dos quais 39.268 foram através do teste molecular e 63.646 pelo teste rápido, com 31.119 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 71.249.

Também já foram registrados 118.162 casos de síndrome gripal e 1.373 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 546 casos, 53 pessoas em isolamento domiciliar e 22 internamentos.

Prefeitura de Caruaru lança edital para o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Condema) – Biênio 2021/2023

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Serviços Públicos e Sustentabilidade, lançou, na última quarta-feira (21), o edital para cadastramento das entidades da sociedade civil para o processo eleitoral do Conselho Municipal de Meio Ambiente – Biênio 2021/2023.

As entidades e instituições, com atuação em Caruaru, devem entregar a documentação para credenciamento, entre os dias 2 de agosto e 10 de setembro, a fim de participarem do processo eleitoral, caso sejam habilitadas, que elegerá as entidades representantes da Sociedade Civil do Condema nos próximos dois anos.

Os interessados podem acessar e fazer download do texto integral do Edital, assim como verificar a documentação necessária, no endereço eletrônico www.caruaru.pe.gov.br, através do link avisosdelicitacoes.caruaru.pe.gov.br.

Para o secretário executivo de Sustentabilidade, Ramon Abelenda, é importante que a população caruaruense faça parte do conselho, que ajuda na pauta ambiental da cidade. “O conselho é um espaço onde podemos debater e chegar ao melhor caminho para uma Caruaru mais sustentável, verde, limpa e saudável”, explica.

Outras informações podem ser obtidas na sala da Secretaria Executiva do Condema, localizada no Bloco C da Prefeitura, na Rua Doutor José Rafael Cavalcanti, s/n°, Pinheirópolis, no horário das 7h às 13h, ou através do e-mail gabinetesesp.blococ@gmail.com.

Estudo da Prefeitura de Caruaru destaca importância da BR-104 para economia local

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa (Sedetec), realizou estudo sobre a relevância da BR-104 para a economia local. Com quase 50 quilômetros de extensão na área territorial da cidade, esta rodovia federal, que interliga os estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte, é a principal rota de circulação do Polo de Confecções do Agreste (Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama), bem como atravessa 13 bairros, com várias vocações econômicas, da zona urbana caruaruense.

Exemplo disso é a Boa Vista I e II que atualmente possui cerca de 2.100 empresas instaladas no seu perímetro territorial. Nesse bairro, que conta com 34.722 habitantes e representa a terceira maior renda domiciliar de Caruaru, ao todo, R$ 34,6 milhões, têm-se prevalecido de atividades de empreendimentos de gêneros alimentícios, de serviços, da confecção, além de varejistas veiculares. Todas elas dispondo da boa trafegabilidade oferecida pela BR-104.

Esta última, de acordo com o levantamento da Sedetec, dispõe hoje de mais 100 empresas instaladas nas suas margens somente na extensão de Caruaru. Hotéis, postos de combustíveis, restaurantes e oficinas estão entre as várias atividades que vêm caracterizando o setor de serviços na rodovia. Por lá, os circulantes também encontram grandes redes de supermercado, de materiais de construção, de concessionárias, todas juntas, fortalecendo ainda mais o comércio local.

Proprietário de uma empresa de transportes, Renan Carvalho, enxergou na BR-104 a oportunidade ideal para alavancar os seus negócios e não se disse arrependido. “Pelo contrário. Desde que viemos para cá, isso já há três anos, percebemos um aumento significativo em relação ao nosso faturamento. Haja vista que ficávamos muito escondidos no endereço anterior e acabávamos perdendo clientes para concorrência. Hoje não, a visibilidade tem sido alta, fazemos parte da rota de tráfego do Polo de Confecções e a demanda por nossos serviços de transporte só tem aumentado”, destacou o empresário.

Além de empreendimentos do comércio, serviços e da indústria, às margens da BR-104, também se encontram instalados vários equipamentos que têm propiciado o crescimento da economia caruaruense. Dentre eles, o Armazém da Criatividade e o Porto Digital, a Central de Abastecimento de Caruaru (Ceaca) e a Universidade de Pernambuco (UPE). Já no aspecto social, os destaques ficam por conta do Hospital Mestre Vitalino, do Detran e da 3ª Vara do Trabalho.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa de Caruaru, André Teixeira Filho, o estudo realizado veio reforçar ainda mais a importância da BR-104 para o setor financeiro da cidade. “Por sua localização, trafegabilidade e estrutura física, ela tem sido imprescindível para manutenção e chegada de novos investimentos na nossa cidade. Sem dúvidas, uma das grandes aliadas de Caruaru em termos socioeconômico”, avaliou.

Deputada discute agricultura familiar em Caruaru

Promover o incentivo aos pequenos agricultores, garantindo uma melhor qualidade de vida e mais assistência para a continuidade da sua produção e do sustento de sua família. Foi com esses pontos em pauta que a deputada estadual Laura Gomes (PSB) esteve em agenda, na manhã desta sexta (23). A parlamentar foi até Caruaru conversar com produtores da agricultura familiar e representantes da Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA), para viabilizar meios de incentivo à organização e aos agricultores da região Agreste.

A CSA é uma iniciativa sem fins lucrativos que constrói projetos agrícolas baseados na comunidade. O principal objetivo é desenvolver uma diversidade na agricultura na qual os agricultores tenham garantida uma renda equilibrada, para a sua família, e que a sociedade civil participe como contribuinte e consumidor do que se é produzido por quem faz parte da comunidade. Para a deputada, ações como essas são essenciais, para que todos possamos conhecer o importante trabalho dos pequenos agricultores. “Esse foi apenas o primeiro passo de uma parceria que será proveitosa para toda a sociedade, com a criação de uma CSA em Caruaru” afirmou Laura.

Valter França participou da reunião como representante da organização e ficou muito feliz em saber do interesse da parlamentar com essa ação, que faz a diferença na vida de muitos. “O nosso papel é juntar pessoas da cidade, que tem sensibilidade para ajudar o pequeno produtor, com as pessoas que fazem a agricultura familiar, que vão oferecer o que produzem – que são alimentos de qualidade, sem agrotóxicos ou qualquer outro químico-, com ética e sem cobrar a mais por isso”, explicou Valter, que completou: “Somo uma família, o vínculo é afetivo”.

Já há seis CSA’s em Pernambuco, com unidades na região metropolitana e no interior. Agora, a demanda é conscientizar os caruaruenses e moradores de outras cidades, para fomentar a importância da iniciativa e ampliar a sua atuação.

Delta deve ser predominante na cidade do Rio em breve, diz secretário

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, disse hoje (23) que a variante delta do coronavírus deve ser predominante na capital muito em breve. Segundo Soranz, na maioria dos países em que a delta entrou, a circulação foi muito rápida, mas, apesar de a variante ser mais transmissível, há hipótese de que seja menos letal, o que ainda está sendo analisado por pesquisadores em todo o mundo.

Soranz revelou que os quatro casos de morte de pessoas com a variante delta, que que ocorreram fora da capital, foram por falha na barreira vacinal.

De acordo com o secretário, é muito importante tomar a vacina. “Se estiver no seu dia, se já estiver elegível, vá se vacinar. A vacina protege contra casos graves, protege contra o óbito. A variante delta, na maioria dos países, têm avançado nas pessoas que deixaram de se vacinar na data correta. Tem muitos países com dificuldade de vacinar as pessoas, mesmo tendo a vacina, e aqui no Rio de Janeiro, recomendamos que, se está elegível, vá no seu dia”, recomendou Soranz, ao divulgar o 29º Boletim Epidemiológico da Prefeitura do Rio.

Variantes

Nesta semana, foram identificados 136 resultados de variantes em moradores do Rio. Conforme dados apresentados nesta sexta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde, até agora, foram anotados 908 casos, sendo 769 em moradores na cidade. A maioria dos registros (730) é da variante gamma, a P.1 de Manaus, 12 são da variante Alfa, B.1.1.7 britânica, e 27, da delta, a B.1 617.2 indiana. O número de altas ou curas chegou a 700 e o de óbitos, 48. Há 21 internadas.

O superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Márcio Garcia, informou que os dados da delta ainda se referem ao mês de junho e que a predominância ainda é dos casos da variante gamma. “Com a introdução da delta no mês de julho, estamos aguardando novos resultados.” Segundo Garcia, hoje são 27 casos de delta, mas os laboratórios de referência ainda não liberaram os demais resultados e, por isso, não é possível calcular a taxa de predominância desta variante.

Garcia disse que a prefeitura está atenta à chegada da variante delta na capital. “Nos 27 resultados de identificação da delta em moradores do Rio, não se tem diferença mais importante em relação ao sexo. Em relação à idade, a predominância é a faixa etária de adulto jovem, de 20 a 59 anos. A maioria absoluta (96,3%) dos casos é de síndrome gripal, não tem praticamente casos de delta causando síndrome respiratória aguda grave, ou óbito, e mesmo os caos de síndrome respiratória aguda grave evoluíram para a cura.”

Monitoramento

O Centro de Vigilância e Informações Estratégicas, que funciona dentro da Secretaria Municipal de Saúde, e os serviços de vigilância de cada área monitoram os casos das variantes e, com base nos comunicados, é feito o rastreamento das pessoas que tiveram contato com infectados. Soranz disse que até agora não foi identificado nenhum caso de transmissão entre os contatos na cidade do Rio. “A princípio, são poucas as pessoas que ainda estão em monitoramento entre os 27 casos”, afirmou.

“Na verdade, nem temos óbitos referentes à variante delta na cidade do Rio de Janeiro. Este é um ponto positivo, mostrando que a vacina e essa ampliação de vacina que estamos fazendo no Rio de Janeiro vêm funcionando, mas ainda falamos com muita cautela, porque são só os primeiros resultados. Entrando no final de julho, começo de agosto, vamos ter um perfil da variante delta com mais clareza”, completou Márcio Garcia.

Estabilidade

O superintendente de Vigilância em Saúde chamou a atenção para a estabilidade nos atendimentos da rede de urgência e emergência de casos de síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave nos últimos dias, diferentemente do que se espera no inverno, quando seria normal o aumento de atendimentos. Segundo Garcia, dados da secretaria indicam redução de 81% em atendimento de casos graves de covid-19, na comparação da semana atual com as quatro semanas anteriores; de 85% nos óbitos; e de 32% de síndrome gripal, na mesma base de comparação.

“Em relação aos casos confirmados, a tendência é de declínio. Não tivemos grandes mudanças. Em relação à semana passada, teve uma certa estabilidade, comparando-se esta semana com a semana passada. Em relação aos óbitos, continuamos com tendência de redução por mortes por covid”, disse Garcia.

De acordo com Garcia, o efeito da vacinação pode ser comprovado nos gráficos que indicam a manutenção ainda dos casos leves de síndrome gripal, mas, nas últimas semanas e meses, houve redução dos casos graves e dos óbitos, mostrando o efeito da vacina de forma positiva.

Em dados atualizados, a cidade do Rio registra 174.146 casos de covid-19, sendo 30.810, graves; 10.768 de óbitos; letalidade de 6,2% e a taxa de mortalidade de 161.6 por 100 mil habitantes.

Mapa de risco

No cenário desta semana, nove das 33 regiões estão em risco moderado (portuária e Santa Teresa, na área central; Ramos, Penha, Ilha do Governador, Maré e Vigário Geral, na zona norte; e Bangu e Santa Cruz, na zona oeste.

As outras 24 regiões são consideradas com alto risco de transmissão de covid-19. Na semana passada, eram 11 regiões em risco moderado e 22 no alto. A Barra é uma das regiões que saíram para o risco alto.

Agência Brasil