FBC e Antônio Coelho inauguram laboratório para ampliar acesso de produtores à inovação

O senador Fernando Bezerra Coelho, o deputado estadual Antonio Coelho e o vice-prefeito de Petrolina, Simão Durando, participaram, neste sábado (17), da inauguração do Laboratório de Carcinicultura e Biológicos da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Um equipamento inovador com a finalidade de fomentar novas oportunidades de negócio para todo o setor agrário do semiárido, oferecendo suporte técnico aos agricultores da região, particularmente aos situados na área de sequeiro.

Essa nova vertente de desenvolvimento para Petrolina e o semiárido foi comemorada pelo deputado Antonio Coelho. Segundo o parlamentar, o laboratório é um importante instrumento nessa busca por novas perspectivas econômicas em uma região carente de oportunidades.

“Estamos prestes a descobrir uma nova virtude de um recurso mineral que tínhamos durante todo esse tempo, a água salobra, e que pode ser um grande tesouro para permitir a geração de riqueza para o homem da área de sequeiro”, destacou o parlamentar, ressaltando que essa descoberta vai permitir a essas pessoas criaram camarão, abrindo perspectivas para uma nova fonte de renda, além da agricultura e da pecuária.

O deputado ainda ressaltou que a produção de conhecimento para o semiárido será não só um instrumento de redenção econômica para o homem da área de sequeiro como um mecanismo para compartilhar riquezas entre as diversas regiões do município de Petrolina.

“Precisamos, cada vez mais, garantir que todo esse conhecimento chegue em projetos lá no homem do campo a fim de que a gente possa fazer diversos arranjos produtivos e permitir que pessoas que hoje não conseguem ter escala na produção – seja na agricultura ou na pecuária -, tenham um mecanismo de desenvolvimento para garantir a dignidade de suas famílias e possam trazer mais prosperidade para o semiárido, para que a área de sequeiro”, pontuou Antonio.

O senador Fernando Bezerra Coelho, por sua vez, destacou sua confiança e expectativa na retomada dos investimentos por parte do governo federal na área da Educação, particularmente para as universidades brasileiras. De acordo com o senador, a expectativa é que, em agosto, inicie-se a liberação dos recursos, contribuindo para a manutenção do andamento de projetos desenvolvimentistas como o do laboratório da Univasf.

“Acredito que a Univasf, inicialmente, pode ser contemplada com cerca de R$ 130 milhões. Recursos, esses, que vão contribuir com os esforços das universidades para que projetos, como esse que aqui hoje estamos lançando, não fiquem apenas na teoria e se traduzam na área prática”, sublinhou FBC. O senador disse, ainda, que, com apoio da Prefeitura de Petrolina e da universidade, será possível replicar na área rural do município uma experiência já exitosa em outras regiões e estados brasileiros.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 17.07.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até este sábado (17), 97,29% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 32 novos casos, 29 pessoas recuperadas da doença e nenhum óbito.

O número de testes realizados subiu para 102.112 dos quais 39.078 foram através do teste molecular e 63.034 pelo teste rápido, com 30.751 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 70.825.

Também já foram registrados 116.628 casos de síndrome gripal e 1.438 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 536 casos, 45 pessoas em isolamento domiciliar e 22 internamentos.

Disfunção erétil pode surgir como consequência da Covid-19, dizem especialistas

A dificuldade para manter uma ereção foi adicionada à lista de possíveis sequelas da Covid-19. Segundo especialistas, o distúrbio pode acontecer como consequência da ação direta do vírus nos vasos sanguíneos ou da ansiedade e da depressão que a doença deixa para trás quando o evento é muito traumático –com longas internações e dificuldades para recuperação da saúde.

Os dados disponíveis sobre a relação entre a Covid-19 e a disfunção erétil permitem dizer que ela é possível, mas ainda faltam estudos para que os mecanismos sejam totalmente conhecidos.

Depois de mais de um ano dentro da pandemia, os especialistas veem a Covid-19 hoje como uma doença sistêmica, com consequências espalhadas pelo corpo que podem durar após a infecção aguda. Um estudo realizado com quase 4 mil pessoas que tiveram a Covid-19 identificou mais de 200 sintomas da chamada Covid longa, que permanece após a infecção aguda. O artigo foi publicado nesta semana na revista científica The Lancet.

Ainda em 2020, um grupo de cientistas alertou para a possibilidade de que algumas pessoas poderiam sofrer, em algum nível, perda de função sexual, especialmente pelo potencial de dano ao endotélio (tecido que reveste os vasos sanguíneos). Como a Covid pode agravar doenças cardiovasculares, o risco do surgimento de disfunção erétil também cresce, escreveram os cientistas em um artigo no periódico científico Journal of Endocrinological Investigation.

Em maio deste ano, um grupo de pesquisadores da Escola Miller de Medicina, ligada à Universidade de Miami, nos Estados Unidos, mostrou que o coronavírus Sars-CoV-2 pode ser encontrado no pênis mesmo após a doença. Na revista científica The World Journal of Men’s Health, os cientistas afirmam que os danos causados pela Covid nas células do endotélio podem contribuir para a disfunção erétil.

“É uma condição que pode ocorrer por uma conjunção de fatores após a Covid”, afirma o urologista Marco Lipay, doutor em urologia pela Unifesp e titular da Sociedade Brasileira de Urologia. O médico conta que tem recebido pacientes que se queixam da dificuldade de manter ereção após a infecção pelo coronavírus.

“O paciente pode ter um processo inflamatório na microcirculação que resulta em falha de ereção; mas há ainda outros fatores, como alteração no olfato (que está ligado ao estímulo sexual) ou inseguranças que aparecem com a condição física ainda um pouco debilitada e que compromete a performance sexual”, diz o médico.

A boa notícia é que o distúrbio não parece ser permanente, de acordo com Lipay. Segundo o médico, o tratamento com remédios para ereção (como sildenafila e outros) tem dado bons resultados. Para alguns pacientes, porém, o tratamento deve incluir hormônios e acompanhamento de outros especialistas, como psicólogos, nutricionistas e educadores físicos.

Se a condição é detectada, Lipay diz que um urologista deve ser procurado o quanto antes. “Postergar o tratamento vai tornar difícil a busca por uma solução. É melhor fazer o diagnóstico e tratar cedo do que esperar que maiores inseguranças apareçam”, conclui o urologista.

fOLHAPRESS

ARTIGO — O impacto do estresse na saúde dos pacientes

Fábio Akiyama e *Fernanda Gil Machado

Muitos profissionais da saúde e principalmente pacientes, não compreendem como funciona o sistema nervoso autônomo, o simpático e o parassimpático. O sistema nervoso simpático, por exemplo, é um acelerador responsável por manter o corpo ativo, com a liberação de catecolaminas, como a adrenalina e o cortisol. Já o parassimpático funciona como um freio, que atua em momentos de descanso e digestão. Dessa forma, o corpo atua de maneira equilibrada.

No entanto, quando alguma situação gera estresse, o sistema nervoso simpático atua de forma descontrolada, como se o corpo estivesse em constante situação de perigo ou agitação, fazendo com que ele esteja preparado para uma situação de luto ou fuga. Em decorrência disso, o freio deixa de funcionar e coisas simples como o sono e digestão ficam irregulares.

Essa situação também pode ser conhecida como a Lei Bifásica, a 2ª Lei de Hamer. Em um gráfico, o sistema simpático é predominante e está na linha superior, pois funciona durante o período do dia e abaixo da linha está o parassimpático, que atua no período noturno e é chamado de vagotonia.

Quando esses sistemas estão equilibrados, a saúde é uma consequência, mas quando alguma situação coloca o indivíduo em alerta, o ritmo diurno é estendido e gera alterações físicas, como extremidades frias, taquicardia, insônia, falta de apetite e a mente passa a trabalhar constantemente para tentar solucionar a situação.

É importante ressaltar que a situação de alerta depende da percepção individual, pois nem sempre se trata de algo extremo. Muitas vezes, o trauma pode ser antigo e levar uma vida de tratamento. Cada pessoa responde a essas situações de forma individual e a fase ativa de conflito pode levar algum tempo para ser solucionada.

A resolução ocorre na fase PCL e possui 3 etapas, sendo elas a PCL-A, crise epileptoide e PCL-B e a duração desse momento é de aproximadamente 21 dias. Normalmente, a primeira delas costuma ser a que apresenta mais sintomas, pois é um momento inflamatório, em que há muitos edemas e líquidos justamente para fazer a reparação do que foi gasto na fase ativa. Um bom exemplo desse momento é quando determinado paciente corta um dedo durante a fase ativa e não percebe como aconteceu, mas durante a cicatrização sente incômodo com qualquer toque.

A crise epileptoide ocorre logo após a PCL-A e é basicamente uma releitura do conflito na fase ativa, que acontece para drenar o líquido que foi retido durante o período, fazendo o controle da hipertensão craniana, uma vez que se trata de um edema em nível orgânico e cerebral. Já a última fase pode ocorrer de duas formas, sendo a PCL-B uma etapa do sistema parassimpático, quando os sintomas são mais fracos e menos desconfortáveis e então o processo de resolução chega ao fim.

A vida de uma pessoa habitualmente possui esses momentos curtos, mas boa parte dos pacientes que procuram por um osteopata estão no que chamamos de cura pendente, quando eles passam pela PCL-A e a epicrise, mas ao invés de finalizarem o problema na PCL-B, voltam à fase inicial devido a gatilhos criados pelo cérebro. Esse processo acaba dificultando a cura de fato. Essas alterações biológicas são as chamadas “doenças” pela medicina oficial.

Para os médicos, é fundamental identificar em qual fase o paciente está para conseguir realizar o tratamento adequado. Os tecidos, as sensações do paciente e o correspondente cerebral ajudam nesse momento.

Já para os pacientes, de forma prática essa situação pode ser descrita como um dia de trabalho estressante em que o período de descanso não foi bem sucedido e acabou se estendendo por um longo tempo, gerando dores no corpo, enxaquecas, cansaço excessivo e passa a se tornar assintomático mesmo na fase ativa por conta de uma sobrecarga do estresse. Nesses casos, a válvula de escape sempre será o momento quando os sintomas serão mais claros.

O estresse precisa ser controlado não somente de forma medicamentosa e com um profissional da saúde, mas no dia a dia com uma análise do que causa o problema e evitando essas situações. Além disso, o descanso é essencial para processar esses momentos.

*Os dois profissionais mantêm um projeto de aconselhamento clínico para profissionais da saúde, sobre como que o stress e a ansiedade influenciam nos tratamentos

Sobre Fernanda Gil Machado

É especialista em Osteopatia e Medicina Germânica. Para mais informações, acesse @ fernandagilmachado

Sobre Fábio Akiyama

Atua na área da saúde desde 2009. É fisioterapeuta e trabalha com a microfisioterapia, terapia que estimula a auto cura através do toque, ou seja, faz com que o corpo reconheça seu agressor e inicie o processo de reprogramação celular. É pós-graduando em técnicas osteopáticas e terapia manual, além da formação em osteopatia visceral, posturologia clínica e equilíbrio neuro muscular. Possui curso na área de tratamento da articulação temporomandibular (ATM) e introdução ao Método Rosen. Em 2014, realizou um curso de especialização em prevenção e tratamento de lesões de membros inferiores e análise biomecânica de corrida, pela The Running Clinic no Canada. Atua desde 2012 também como instrutor de Pilates e treinamento funcional. Em 2015, foi monitor no Instituto Salgado de Saúde Integral no módulo avançado do curso de formação em microfisioterapia. Para saber mais, acesse www.mindtouch.com.br

Caruaru Shopping sedia ExpoJardimExótico 

Você que aprecia plantas diferentes não pode perder a oportunidade de visitar a ExpoJardim Exótico que o Caruaru Shopping está sediando. A mostra, que reúne plantas exóticas e ornamentais, acontece próximo à academia.

A exposição segue até o dia 31 de julho, e funciona de acordo com o horário do centro de compras e convivência, isto é, de segunda a sexta, das 10h às 22h; nos sábados, das 10h às 21h, e, nos domingos, das 12h às 21h.

Lá, você vai encontrar várias espécies, bem como poder comprar plantas decorativas, para jardins, vasos e produtos para deixar plantas e jardins bem cuidados e impecáveis. Rosas, suculentas, frutíferas e muito mais, você irá encontrar na ExpoJardim.

O Caruaru Shopping está localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis

Polícia Federal apreendeu mais de uma tonelada de maconha

A Polícia Federal tirou de circulação pouco mais de 1 Tonelada de maconha na tarde de sexta-feira. A droga estava escondida em um caminhão camuflada em meio a uma carga de feno para animais. Além da apreensão, a PF ainda prendeu, em flagrante, três pessoas, todas elas com antecedentes criminais, inclusive por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

A prisão aconteceu em Igarassu/PE, durante diligências destinadas a reprimir o tráfico de drogas bem como outros tipos de ilicitudes de competência federal. O caminhão foi bordado enquanto entrava em uma propriedade próxima a área das abordagens.

Durante a inspeção, os policiais conseguiram identificar uma grande quantidade de drogas embaladas com fita adesiva e papel laminado que estava escondida por baixo da carga de feno. Após a pesagem oficial, foi constatado o peso bruto de 1.014Kg de maconha. Além da droga, também foram apreendidos dois veículos, sendo um caminhão e um carro de passeio, quatro aparelhos celulares, a quantia de R$ 5.400 (cinco mil e quatrocentos) e um rifle calibre 44 com 20 munições.

Os suspeitos foram conduzidos para a Sede da Polícia Federal, onde foram autuados pela prática do crime contida nos artigos 12 da Lei 10.826/2003 e artigos 33 c/c Art. 40 e 35 da Lei 11.343/2006 (tráfico e associação para o tráfico e posse irregular de arma de fogo de uso permitido), cujas penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Prefeitura de Caruaru divulga calendário de volta às aulas presenciais

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Educação e Esportes, divulgou, nesta quarta-feira (4), o cronograma de volta às aulas presenciais dos estudantes da rede municipal de ensino. O ano letivo de 2021 foi iniciado desde o dia 1° de março, porém, de forma remota, seguindo decreto estadual.

O plano de retomada contará com três fases e seguirá todas as medidas de segurança contra a Covid-19. Na fase 1, que iniciará no dia 16 de agosto, as aulas presenciais voltam para os alunos do 5° e 9° anos do Ensino Fundamental. Nessa etapa, serão abertas 100 escolas.

Na fase 2, que começará no dia 30 de agosto, mais 30 unidades serão abertas e estarão de volta os alunos dos CMEIs (Centro Municipal de Ensino Infantil), que abrangem o Pré I e II, e do EJA (Educação de Jovens e Adultos).

Por fim, no dia 13 de setembro, começará a fase 3, quando retornarão as aulas para os alunos do 1° ao 4° ano e do 6° ao 8° do Ensino Fundamental, bem como os das ETIs (Escola de Tempo Integral), totalizando as 140 unidades de ensino atendidas pela rede municipal. Atualmente são mais de 43 mil alunos matriculados.

De acordo com o secretário de Educação, João Paulo Derocy, a retomada das aulas presenciais vem sendo planejada há meses. “Toda a equipe vem acompanhando as experiências pelo Brasil e pelo mundo e, para isso, um comitê específico foi criado. Esse grupo reuniu esforços para garantir toda a logística de materiais e informações às escolas devido à pandemia da Covid-19”, informou.

Um protocolo com medidas de segurança também foi elaborado, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde, e encaminhado às unidades educacionais. Entre as medidas, estão a aferição de temperatura, o uso de máscaras, a higienização das mãos com álcool em gel e o distanciamento entre as bancas.

“Para as salas onde não seja possível o retorno de todos os alunos, por conta do distanciamento de pelo menos um metro, uma parte da turma assistirá às aulas de forma presencial em uma semana e a outra ficará on-line e, assim, sucessivamente. Nos casos em que a turma toda possa ser acomodada em uma mesma sala, será possível ter o retorno de 100% dos estudantes”, explicou o secretário.

Ainda de acordo com João Paulo, a volta às aulas presenciais não é obrigatória. “Para os alunos que optarem pelo não retorno, eles continuarão recebendo as aulas de forma remota, por meio do Aula em Casa”, disse, acrescentando que mais de 90% dos professores já foram vacinados (com a primeira ou única dose). “Os que não tomaram ainda, estamos fazendo um trabalho de busca para que, quando as aulas voltem, 100% esteja imunizado.”

“Durante toda a pandemia do novo coronavírus, a Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Educação e Esportes, preservou o que há de mais importante: a vida. Adaptamos os planejamentos pedagógicos e apoiamos diretores, professores e profissionais da educação para viabilizarem o ensino remoto. Tivemos uma taxa de adesão às aulas remotas de 80%, o que é um ótimo indicativo, porém, também observamos os desafios de manter o vínculo com a escola em 2020″, afirmou João Paulo.

O secretário lembrou ainda que a importância da escola não é só pedagógica, mas também social. “Trazer os alunos de volta para as salas de aula é trazer a possibilidade de interação e desenvolvimento social, sendo aspectos importantes para a saúde mental das crianças e adolescentes. Voltar às aulas é retomar um pouco da normalidade que a pandemia nos tirou. E nós estamos trabalhando para que esse retorno seja feito com o máximo de segurança, seguindo todos os protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS).”

Para a Prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, o momento não é fácil e precisa da cooperação de todos para que saiamos o mais rápido possível dessa pandemia. “A volta às aulas presenciais, em tempos de pandemia, pode gerar muita expectativa, ansiedade e medo. Mas seguiremos juntos e atentos a todos os cuidados para vencer mais um desafio e garantir a aprendizagem de nossas crianças e jovens caruaruenses”, concluiu Raquel.

No Cabo, homem é suspeito de engravidar neta de 12 anos e abusar de duas crianças

No Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, um homem de 58 anos foi indicado como suspeito de ter engravidado a própria neta, uma adolescente de 12 anos. Segundo a Polícia Civil o homem também tem envolvimento em mais outros dois casos de estupros, de duas crianças, de 5 e 6 anos, também no Cabo. Ambos os casos foram registrados na mesma delegacia.

No primeiro caso, com o inquérito aberto no dia 7 de julho na Delegacia de Polícia da Mulher do Cabo, o homem – que não teve o nome revelado, para preservar a identidade das menores- responde por estupro de vulnerável por violência doméstica e familiar. Neste caso, o avô foi o responsável pela gravidez da neta.

No segundo caso, o inquérito foi aberto no dia 12 de julho, na mesma delegacia, o homem também foi indiciado por estupro de vulnerável por violência doméstica e familiar. Neste caso, a diferença é que o homem não tem grau de parentesco com as menores de 5 e 6 anos, que foram violentadas sexualmente.

Ainda segundo a nota divulgada pela Polícia Civil, as famílias das menores e do suspeito mantêm convívio e relação familiar. A polícia afirmou que, no segundo caso, as mães das vítimas só procuraram a delegacia para prestar queixa sobre o acontecido quando receberam informações do estupro envolvendo a adolescente de 12 anos.

As investigações sobre os casos já foram iniciadas pela Polícia Civil. Pernambuco registrou em um intervalo de apenas quatro meses, 952 casos de estupro entre janeiro e maio de 2020 segundo os dados da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS).

Folhape

PF erradica 58 mil pés de maconha no Sertão de Pernambuco

A Polícia Federal, junto com equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Militar (PMPE), erradicou 58 mil pés de maconha esta semana nos municípios de Salgueiro, Cabrobó e Orocó, no Sertão de Pernambuco. Caso fossem colhidos e levados ao mercado consumidor, renderiam 19 toneladas de droga.

A ação, que foi realizada da segunda passada até essa quinta-feira (15), faz parte das estratégias adotadas pela Coordenação-Geral de Polícia de Repressão a Drogas, Armas e Facções Criminosas-CGPRE, do Órgão Central da Polícia Federal em Brasília/DF, com o objetivo de combater a produção e distribuição de maconha no Sertão pernambucano.

Com essa ação, a Polícia Federal espera diminuir o abastecimento nos pontos de venda da região Nordeste e, consequentemente, reduzir a escalada de crimes violentos como roubos, furtos, homicídios e latrocínios, principais delitos relacionados ao tráfico de entorpecentes.

Folhape

Pecuária de leite vive incertezas quanto ao preço de insumos

O custo do alimento concentrado para rebanhos leiteiros tem apresentado forte elevação internacional. A mistura concentrada (milho mais farelo de soja na relação de 70% e 30%) chegou a US$ 0,34 por kg em maio, uma elevação de 51,4% em relação a média de 2018-2020. Considerando que milho e soja são commodities, cotados em dólar, a cotação atual da moeda americana no Brasil não alivia o problema. O dólar chegou a ficar abaixo dos R$ 5,00 em junho, abrindo uma janela interessante para compra, mas retornou ao patamar anterior, encarecendo novamente os insumos. Dados do ICPLeite (Índice de Custo de Produção de Leite da Embrapa) apontam que, em junho, a compra e produção de volumosos apresentou uma variação de 7% e a alimentação concentrada, 3,85%. Alimentar o rebanho está mais caro nesta entressafra.

Durante a reunião mensal de conjuntura do Centro de Inteligência do Leite, da Embrapa, pesquisadores e analistas da instituição se viram diante da pergunta: “quando os preços que integram os custos de produção irão começar a cair?” A conjunção de commodities agrícolas em alta com desvalorização do Real não tornam fácil esta resposta. O ICPLeite contabilizou uma alta de 39% nos últimos 12 meses finalizados em junho. O concentrado subiu 68%. “Para agravar a situação, a falta de chuva no Centro-Sul do país comprometeu a produção do milho safrinha”, diz o pesquisador da Embrapa, Glauco Carvalho. Ele demonstra preocupação com a alta significativa e diz não ver perspectivas de os custos de produção começarem a cair. “Além do atraso no plantio da safra de grãos e das poucas chuvas, mais recentemente, geadas em importantes regiões produtoras de milho safrinha afetaram a oferta”.

A alta nos custos, além de pressionar as margens de lucro do produtor, prejudicando a produção de leite, encarece os preços dos produtos lácteos, que naturalmente na entressafra apresentam cotações mais elevadas. No mercado atacadista, o leite UHT (de caixinha) estava sendo vendido na primeira quinzena de junho a R$ 3,55. O queijo muçarela chegou a ser cotado a R$ 27,81. “Após os preços registrarem alta no atacado, o mercado perdeu força nos últimos dias, mas ainda há uma sustentação em função da entressafra, que termina em agosto/setembro”, diz o pesquisador. De todo modo o cenário é de cautela, devido às incertezas sobre a demanda e o aperto nas margens do produtor e indústria.

Quanto ao produtor, o analista Denis Rocha diz que as margens lucro continuam apertadas, mas houve uma melhoria no último mês. Em junho, o produtor recebeu R$ 2,20 pelo litro de leite, com registro de altas consecutivas desde abril. “Essa tendência de alta é explicada pela menor disponibilidade do produto no mercado atacadista, devido à entressafra, o alto custo de produção e a menor entrada de leite via importações”, explica Rocha. Em relação a 2020, o analista lembra, no entanto, que nesse período do ano passado, o governo pagava um valor maior de auxílio emergencial, devido à pandemia, o que acabou elevando o consumo e aumentando o preço dos produtos, garantindo uma melhor margem de lucro para o setor produtivo naquele momento. O momento atual, segundo Rocha, é mais complexo devido às altas taxas de desemprego, embora o mercado de trabalho siga em recuperação devido ao arrefecimento da pandemia.

Carvalho vê com otimismo o cenário macroeconômico do pais: “Os investimentos no PIB do primeiro trimestre vieram bons e o consumo das famílias está em recuperação”. O pesquisador ainda afirma que apesar do fraco desempenho no mercado de trabalho, os indicadores de rendimento tendem a ser melhores neste segundo semestre, causando um impacto positivo no setor. A pesquisadora Kennya Siqueira constata que o comercio, de modo geral, apresentou uma melhora, com o consumo domiciliar voltando aos níveis pré-pandemia. “Ainda há um consumo reprimido muito grande, que o comércio vem absorvendo aos poucos. Ela ainda acredita que a volta do movimento nos restaurantes poderá contribuir para a elevação do consumo de lácteos.

Entrevista – Glauco Carvalho

Após um ano e meio de pandemia, o pesquisador Glauco Carvalho concedeu uma entrevista ao Anuário Leite, da Embrapa Gado de Leite, na qual fala sobre o comportamento do setor neste período:

Como o sr. avalia o comportamento do setor lácteo nesse tempo de pandemia?

O setor como um todo fez um excelente trabalho durante a pandemia, sobretudo em seu início, quando tudo era muito novo e desconhecido. Não houve ruptura na produção e nem na distribuição. E o setor foi ágil em realocar leite de laticínios com maior dificuldade em vendas para outros com menores problemas de logística e distribuição. Dessa forma, a cadeia produtiva conseguiu manter a oferta de leite e derivados em todo o país, atendendo às necessidades de consumo dos brasileiros.

Houve mais impacto no segmento de produção de leite ou no de consumo?

Houve um crescimento do setor como um todo. Crescemos na produção de leite e crescemos no consumo. Mas como a nossa balança comercial foi negativa, ou seja, importamos mais do que exportamos, eu diria que o impacto no consumo foi maior. Mas neste caso foi um impacto positivo. Se olharmos a produção de leite formal, ou seja, com inspeção, houve um aumento de 2,1% no ano passado. Já a disponibilidade, que é o volume absorvido internamente no consumo direto ou indireto, registrou um crescimento de 2,8%. Por isso, digo que o impacto sobre o consumo foi maior e muito impulsionado pelo efeito renda que ocorreu na população via Auxílio Emergencial. Mas também tivemos novos hábitos de consumo que ajudou nas vendas.

No primeiro ano da pandemia, houve crescimento do setor, devido ao auxílio emergencial. Este ano, o auxílio é menor. O ano de 2021 pode fechar com uma crise estabelecida na cadeia produtiva, que se estenderá para 2022?

A cadeia do leite é muito resiliente a crises e, em geral, se ajusta rápido. Mas o cenário de curto prazo não é dos melhores, por uma série de fatores. Do lado macroeconômico estamos com elevada taxa de desemprego, queda na renda e uma inflação e juros subindo. Além disso, o crescimento econômico previsto é baixo, ficando bem aquém da expansão mundial. Especificamente em relação ao setor, estamos com uma enorme pressão de custos e com dificuldade para repassar preços ao consumidor final pela própria fragilidade macroeconômica. É uma conjuntura bastante desafiadora e, pode sim, se arrastar para além de 2021, sobretudo no âmbito dos custos. Portanto, é um ano que sugere decisões mais conservadoras. Mas não podemos esquecer que a economia está em recuperação, com reflexos positivos sobre renda e consumo ao longo dos próximos meses.

Como o senhor explica a alta nos custos de produção de leite, que se arrasta desde o princípio da pandemia?

Essa alta está relacionada a um conjunto de fatores, internos e externos. Externamente, podemos destacar: a desvalorização do dólar frente a outras moedas, o que elevou os preços das commodities em dólar; o forte crescimento do consumo global; as importações chinesas de milho que geralmente ficavam entre 3 e 5 milhões de toneladas/ano e agora devem superar 25 milhões de toneladas; o recuo nos estoques globais de milho e soja, com forte queda nos estoques dos Estados Unidos. Um outro fator, não muito falado, foi a migração de fundos de hedge para os mercados de commodities. Os fundos estão com uma posição comprada historicamente alta, o que acaba colocando mais pressão nas cotações. Mas tivemos fatores internos também. Além de problemas climáticos que afetaram plantio e colheita, houve uma desvalorização do real que tem forte impacto nos custos de produção de leite. Enfim, o fato é que temos uma demanda firme por milho e soja e com produtores bastante capitalizados, cadenciando a venda.

Além do preço das commodities, o que mais tem elevado os custos de produção de leite?

As principais altas foram no custo de concentrado como já falamos. Mas também estamos observando elevação no custo do alimento volumoso, com encarecimento de combustíveis, fertilizantes e defensivos. São insumos afetados pela taxa de câmbio, pelo preço do petróleo, pelo frete marítimo internacional, e todos estes fatores sugerem elevação.

A elevação do câmbio torna o leite brasileiro mais barato comparado aos preços internacionais. No entanto as importações estão em alta. Qual o papel do câmbio na atual crise?

No agronegócio geralmente a desvalorização cambial é positiva. Mas isso quando pensamos nas cadeias agroexportadoras como soja, café, laranja, etc. No caso do leite, apesar do câmbio segurar a importação, há um efeito direto em custos. No segundo semestre de 2020 o câmbio não foi suficiente para segurar a importação. A alta dos preços domésticos e a competitividade dos produtos lácteos oriundos da Argentina e do Uruguai elevou muito nossas importações. E isso ocorreu também no início de 2021, mas com volumes decrescentes. Neste início de ano, estamos vendo uma importação perdendo força e uma exportação crescendo. A alta dos lácteos no mercado internacional contribuiu para esse movimento.

Com relação à indústria, o que tem preocupado os laticínios?

A grande preocupação é a dificuldade em aumentar as margens e a agregação de valor. Por termos uma indústria muito fragmentada e sem poder de negociação junto aos varejistas, o setor acaba ficando pressionado em determinados momentos. A existência de baixas barreiras à entrada no setor acaba gerando esse resultado de pouco poder de mercado. Quando a economia cresce de forma mais acentuada esse efeito é mitigado, pois há uma expansão da renda e do consumo. Mas quando crescimento econômico é baixo, os problemas se agravam. O consumo de leite tem uma forte relação com a renda e o Brasil parou de crescer em 2014. Com isso, estamos praticamente estagnados no leite também. E quando você tem crises sequenciais o resultado é muito perigoso. O Brasil encolheu em 2015 e 2016, depois tivemos crescimento muito baixo no período 2017-2019. Em 2020 veio a pandemia e mais crise econômica. Isso vai minando a capacidade de investimento das empresas nos diversos setores, afeta emprego, renda, consumo e assim por diante. No primeiro ano da pandemia tivemos uma forte contribuição fiscal, o que gerou um consumo importante de lácteos. Mas é algo que não se sustenta por si e acaba aumentando o endividamento público, que tem outras consequências econômicas negativas, como aumento de juros, por exemplo.

Houve um aumento do consumo de leite no primeiro ano da pandemia, como o consumidor está se comportando neste momento?

A situação neste início de 2021 está mais complicada. Ano passado tivemos um grande consumo das classes D/E com a liberação do Auxílio Emergencial. Mas perdemos boa parte dessa parcela da população por falta de renda. Começamos 2021 com um crescimento tímido de consumo e que está limitando aumentos mais robustos de preços e pressionando negativamente as margens de rentabilidade no setor.

O sr. consideraria que o setor leiteiro foi o que menos sofreu com a pandemia dentro do agro?

Não vejo isso. No primeiro ano, o setor foi beneficiado com o aumento do consumo e melhoria das margens. Mas isso não se sustentou e já no final de 2020 o cenário piorou. O fato é que o mundo está crescendo rápido e as cadeias agroexportadoras estão aproveitando o momento, com maior remessa de produtos e a preços mais elevados. Ou seja, uma combinação perfeita. Não é o caso do leite, que depende quase que exclusivamente da renda interna para crescer. Deveremos ter um ajuste de oferta para melhorar a condição atual de preços.

Quais lições que o setor lácteo, dentro e fora da fazenda, pode tirar desse período tão atípico e qual a tendência daqui para frente?

Vejo que existem várias lições, como a própria adaptação exigida pela pandemia, de como lidar com as incertezas e de como lidar com a expectativa de má notícia, está última muito presente no cotidiano da pandemia. Nesse sentido, os maiores aprendizados estão relacionados a ação e cooperação. Ficar reclamando não ajuda em nada, mas agir sim. E vejo que o setor seguiu essa linha no primeiro ano da pandemia. Todos enfrentamos inúmeros desafios e o importante é buscar soluções para seguir adiante e com sucesso. No caso da cooperação, buscar boas parcerias no negócio é fundamental para lidar com a complexidade do mundo atual. E a pandemia mostrou que a cooperação entre indivíduos, empresas e nações foi a arma mais poderosa para a busca de soluções, como a vacina da Covid-19. Para o futuro, essa cooperação será fundamental nos negócios para produzir com mais eficiente, para realizar melhores compras de insumos, para melhorar a comercialização e para agregar valor. Existem também tendências relacionadas à segurança dos alimentos, saudabilidade, meio ambiente, responsabilidade social, todos temas que precisam estar na agenda do setor.

Com menos pessoas frequentando bares e restaurantes, sua opinião, a pandemia foi capaz de modificar hábitos de consumo de lácteos?

Certamente que sim. Houve a substituição de alimentação fora do lar pela alimentação domiciliar, o que impulsionou a demanda por lácteos utilizados na culinária. Mas as mudanças de hábitos não ocorreram apenas pela menor presença em bares e restaurantes, e sim por uma série de mudanças que vivenciamos. Com a pandemia, as famílias privilegiaram os gastos com alimentos. Além disso, ao passo que uma parcela da população teve ganhos de renda e passou a gastar mais com alimentos, outras tiveram crescimento de poupança devido a economias de outros gastos, como viagens e mesmo bares e restaurantes. Essas famílias acabaram privilegiando uma alimentação mais elaborada e mais prazerosa. Enfim, tem sido um período com diferentes experiências de consumo. E vejo também que a pandemia acelerou algumas tendências como as compras online. É uma forma de comercialização que o setor lácteo precisa explorar mais. Existem outros temas relacionados a segurança do alimento e origem que tendem a ganhar força nos próximos anos.

O sr. tem citado que é bem provável que uma nova ordem se estabeleça no agro brasileiro e mundial quando a nossa vida voltar ao normal. O que devemos esperar?

É crescente a cobrança por práticas de ESG (Ambiental, Social, Governança) no campo. A sociedade e os investidores buscam um modelo de desenvolvimento sustentável que considere essas questões, ou seja, a proteção ambiental, a responsabilidade social e maior transparência. São questões que ganham peso na análise do investidor, no comércio global, e o Brasil tem um potencial enorme nessa direção, com agricultura de baixo carbono e produção de alimentos para abastecer grande parte da população mundial, sem subsídio. Essa é a sinalização que estamos vendo para o futuro. As cadeias agroalimentares se movem no sentido de ganhos de produtividade para segmentação de mercado e customização do consumo e aí estamos falando de agregação de valor aos produtos. No caso do leite, a forma como ele é produzido, e por quem, ganhará cada vez mais importância. Com isso, surgem as demandas por rastreabilidade, bem-estar animal, pegada de carbono, resíduo e reciclagem, sustentabilidade, produtos locais, produtos naturais, entre outras tendências. O consumidor busca essas informações e o setor pode utilizá-las como uma importante fonte de valor.