Caruaru inicia pré-cadastramento da vacinação contra a Covid-19 para trabalhadores da Educação acima de 18 anos

Foto: Edmilson Tanaka

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Saúde, vai iniciar o pré-cadastramento para vacinação contra a Covid-19 pelo site www.vacina.caruaru.pe.gov.br. Neste primeiro momento, o pré-cadastramento será destinado aos trabalhadores de Educação acima de 18 anos.

O pré-cadastramento é necessário por conta da quantidade de doses, insuficientes para vacinar toda a população. Só quem estiver pré-cadastrado terá o agendamento confirmado e poderá receber a vacina. Serão vacinados os trabalhares de Educação que atuem em escolas sediadas no município.

“O objetivo é consolidar um censo de caruaruenses que precisam ser vacinados e, assim, promover estratégias ainda mais eficazes de imunização no município para quando chegarem novas doses”, disse o secretário de Saúde de Caruaru, Breno Feitoza.

O pré-cadastramento está disponível a partir desta segunda-feira (21). Para se cadastrar, é necessário preencher um formulário com número de CPF, cartão do SUS (CNS), endereço, telefone para contato e informar dados da instituição de ensino onde atua. É fundamental que o número de telefone esteja preenchido corretamente para facilitar a comunicação de informações sobre a vacina.

*Chamamento*

À medida que as vacinas forem chegando e for possível realizar a ampliação de novas faixas etárias, as pessoas que estão pré-cadastradas no sistema terão seu agendamento realizado, automaticamente, e irão acessar o site para imprimir a guia de agendamento, onde estarão disponíveis as informações como dia, hora e local para o recebimento da vacina.

Para receber a imunização, conforme agendamento, é necessário apresentar documento oficial com foto, cópia do CPF, cartão do SUS (CNS), comprovante de residência e contracheque.

Administração moderna e humanizada marca início de gestão de Janjão em Bom Jardim

Com muita determinação, diálogo e trabalho, o prefeito de Bom Jardim Professor Janjão (PL), tem colocando a cidade da Terra da Música e da Pedra do Navio no rumo do desenvolvimento. Seu lema é humanizar a administração pública, para isso adotou o slogan “Bom Jardim é de todos nós”.

No primeiro semestre de 2021, Professor Janjão conseguiu reiniciar as obras da UBS de Tamboatá e da ponte do Catolé, requalificou ruas, realiza o trabalho de manutenção de estradas e iluminação pública, amplia ações de limpeza e construção de barragens, distribuiu sementes para agricultores, ativou os programas Terras Produtivas e Água é Vida, entregou cestas básicas e kits de enxovais a famílias carentes e entregou livros didáticos na Escola 19 de Julho.

No combate a pandemia empreendeu o comitê de enfrentamento a Covid-19, está intensificado campanhas de conscientização para prevenção a contaminação ao vírus. Inseriu barreiras sanitárias nas feiras livres, realiza testes rápidos e monitora constantemente casos do Novo Coronavírus na cidade.

Recentemente, Janjão esteve em Brasília, foi em busca de novos investimentos para o município e em parceria com o deputado Fernando Rodolfo (PL), conquistou uma máquina retroescavadeira, equipamento de grande valia para o homem do campo.

João Francisco da Silva Neto ou Janjão, é natural de Bom Jardim, graduado em licenciatura em matemática pela Universidade de Pernambuco e Mestre em Ciências da Educação. Venceu o último pleito eleitoral com 61,45%, obtendo 14.065 votos. Derrotou João Lira, do PSD, que teve 35,19% (8.059 votos). Uma diferença de mais de 6 mil votos.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 21.06.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta segunda-feira (21), 96,93% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 184 novos casos, 216 pessoas recuperadas da doença e três óbitos.

O número de testes realizados subiu para 96.516 dos quais 36.394 foram através do teste molecular e 60.122 pelo teste rápido, com 28.990 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 66.967.

Também já foram registrados 111.986 casos de síndrome gripal e 2.131 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 559 casos, 40 pessoas em isolamento domiciliar e 63 internamentos.

Ministro da Saúde anuncia que 1,5 milhão de doses da Janssen chegam amanhã (22) no Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante coletiva no Palácio do Planalto

Durante audiência pública da Comissão Temporária da Covid-19, no Senado, nesta segunda-feira (21), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que um avião com 1,5 milhão de doses da vacina contra Covid-19, da farmacêutica Janssen, deve chegar ao Brasil amanhã (22).

A previsão inicial era de receber 3 milhões de doses até 15 de junho, mas de acordo com o Ministério da Saúde, o envio foi cancelado pela própria Janssen, que não teria explicado os motivos. Mesmo assim, o ministro voltou a afirmar que o governo planeja a vacinação, com ao menos uma dose, de 70% dos adultos até setembro, e a imunização completa de todas as pessoas acima de 18 anos até dezembro.

Para isso, a previsão da pasta é distribuir 60 milhões de doses em agosto e outros 60 milhões em setembro, além de 41 milhões confirmadas para julho. Entretanto, o cronograma detalhado ainda não foi divulgado pelo ministério.

Covid-19: A importância da vacinação, o PNI e o ritmo acelerado das pesquisas

No mês de junho, entre tantas outras comemorações, é celebrado em todo o Brasil o Dia Nacional da Imunização, criado sobretudo para lembrar a necessidade da vacinação. A coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade UNINASSAU Caruaru e doutora em Saúde Pública, Kelly Pessôa, explica a importância que a imunização tem para as pessoas e quais são as principais vacinas ofertadas para a população.

“O Programa Nacional de Imunização (PNI) é um sucesso do Brasil e reconhecido no mundo. São mais de 300 milhões de doses anuais distribuídas em vacinas, soros e imunoglobulinas’’, explica ela. A coordenadora afirma que na rede básica de saúde, as pessoas contam com as vacinas de BCG, Hepatite B, Tríplice Viral, contra polimielite, Menigogócica C, Varicela, Influenza, Febre Amarela, Hepatite A, anti-rábica, entre outras.

Já a professora do curso de Enfermagem da UNINASSAU Caruaru e doutora em Doutora em Biologia Aplicada a Saúde, Roberta Godone, afirma que a vacinação sensibiliza o sistema imunológico do organismo fazendo com que ele produza uma resposta imune e anticorpos específicos contra uma série de doenças capazes de acarretar a morte ou deixar graves sequelas na pessoa acometida.

“Entretanto, mesmo tendo um grande número de defensores, a vacina também atraiu uma quantidade significativa de pessoas que vão contra a sua utilização. Estamos passando pelo que chamamos de hesitação vacinal, em que algumas pessoas estão deixando de se vacinar e vacinar seus familiares e filhos por não acreditarem que essa é uma forma segura de proteção ou até mesmo por falta de informação”, alerta a professora doutora Roberta Godone.

“Temos que lembrar que trabalhamos com Saúde Pública coletiva, e que um ato deste pode comprometer a saúde de toda uma população, com a volta de doenças já erradicadas e a disseminação de doenças antes controladas”, complementa a doutora Kelly Pessoa. Ainda segundo Pessoa, é importante cada vez mais campanhas de incentivo à vacinação, e que os pais e responsáveis devem, em caso de dúvidas, buscar informações oficiais e científicas, como em sites oficiais ou conversando com profissionais da saúde.

Vacina, Covid-19 e o ritmo acelerado das pesquisas

Segundo Kelly Pessoa, as vacinas nem sempre conferem imunidades de 100%, não só a do coronavírus mas outras, como a própria Influenza. Contudo elas atuam não só evitando que peguem a doença, como para que a doença não se manifeste de forma grave, visto que o sistema imunológico já está sensibilizado para combater o patógeno de forma mais efetiva.

Sobre o ritmo de produção das vacinas na velocidade que aconteceu, a doutora em Saúde Pública afirma que isso demonstra o maior arsenal de conhecimentos e equipamentos que temos na atualidade, e está no Brasil respaldado pela Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) Nº 444, de dezembro do ano passado, que traz a autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, de vacinas contra o Covid-19. “As vacinas são sem dúvida nenhuma a maior e melhor ação de prevenção para qualquer doença”, conclui Pessoa.

Centro de Convenções de Caruaru volta a funcionar

O Centro de Convenções Empresário Djalma Farias Cintra, localizado nas dependências do Senac, em Caruaru, já está realizando agendamentos para eventos corporativos. Como o Agreste avançou no Plano de Convivência com a Covid-19, houve flexibilização das atividades econômicas e sociais e, a partir de 21 de junho, estão liberados eventos corporativos com até 50 pessoas ou 30% da capacidade do local. Os interessados em realizar eventos em um dos espaços do Centro de Convenções devem entrar em contato nos números (81) 3727-8265/8266 ou (81) 98493-1607, no horário das 8h às 17h.

Todos os cuidados estão sendo adotados no Centro de Convenções para que os participantes estejam seguros durante a realização dos eventos. “Estamos seguindo todos os protocolos exigidos: distanciamento social, uso de máscara, álcool gel, aferição de temperatura, higienização frequente, tudo para garantir a segurança de todos os usuários”, explicou a assessora técnica Silvia Suzarte, gestora do espaço.

Estrutura – O Centro de Convenções tem mais de 4 mil m², compostos por auditório principal com capacidade total de 644 pessoas, dois miniauditórios com capacidade para até 100 pessoas, um miniauditório com capacidade para até 250 pessoas, foyer, salão de eventos para até 300 pessoas, sala VIP, além de estacionamento. Os auditórios são equipados com sistema de sonorização, microfones, projetor, telão e internet, ou seja, a infraestrutura completa para realização de eventos de pequeno, médio e grande porte.

Obedecendo aos critérios estabelecidos pelo governo, a capacidade dos ambientes estará reduzida. Para os auditórios de 100 lugares, só poderão atender até 30 pessoas; para o auditório de 250 pessoas, o limite será até 50 pessoas; e, para o teatro, a capacidade será de até 100 pessoas. Ainda seguindo as orientações do decreto, o horário de funcionamento será de segunda à sexta das 8h às 22h, sábados, domingos e feriado das 8h às 21h.

Ouvidoria de Caruaru reforça canais de atendimento

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Controladoria-Geral do Município, informa que, atualmente, o telefone fixo da Ouvidoria-Geral do Município vem passando por manutenção e que breve, o número 156 estará em funcionamento. No momento, as manifestações de assuntos que competem à administração municipal devem ser registradas através dos outros canais de atendimento da Ouvidoria: atendimento presencial, na sala da Ouvidoria, que está localizada no Centro Administrativo I da Prefeitura de Caruaru, na Avenida Rio Branco, nº 315, 1º andar, no período de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h; ou pela plataforma Caruaru Digital, no link caruaru.pe.gov.br/portal-da-transparencia/ouvidoria/

Brasil teve 31,8% de aumento nos casos de leucemia em 2020

Um dos tipos mais frequentes e agressivos de câncer é a leucemia, que se manifesta na medula óssea. Para evitar essa doença e chamar atenção para o diagnóstico precoce, o mês de junho, representado pela cor laranja, é dedicado à conscientização sobre a leucemia e a anemia, ambas doenças que afetam o sangue. Segundo os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), só em 2020, o Brasil teve 10.810 novos casos de leucemia, um aumento de 31,8% em relação aos 7.370 de 2020. Ela atingiu 5.920 homens e 4.890 mulheres. A doença, em alguns casos, também pode se manifestar de forma silenciosa.

Essa enfermidade maligna dos glóbulos brancos, ainda não tem a origem reconhecida pelas pesquisas e pelos médicos. O nome leucemia é uma classificação para uma série de doenças que se manifestam na medula óssea, onde ocorre a fabricação do sangue, popularmente chamada de tutano – parte vermelha dos ossos. O aumento da produção de células defeituosas acaba prejudicando a formação das células sanguíneas normais, podendo também diminuir a quantidade de glóbulos vermelhos, podendo causar a anemia.

O paciente que tem o diagnóstico positivo para a leucemia pode apresentar sintomas como febre; perda de peso; desconforto abdominal; dores de cabeça; náuseas e vômitos. Entre os tipos, existem algumas variantes, separadas em agudas e graves. As graves, agravam-se lentamente e as agudas pedem um tratamento mais imediato.

A médica hematologista do Hospital das Clínicas da UFPE/Ebserh, Lorena Costa, explica que a classificação das leucemias agudas e crônicas podem ser separadas em mieloides e linfoides. As crônicas consistem na multiplicação das células estranhas na medula óssea, já as agudas são as células jovens que estão se multiplicando. “Através do leucograma podemos ver a quantidade dessas células que podem indicar algo, todas são produzidas na medula óssea, a fábrica do nosso sangue”, disse Lorena.

Ainda segundo a hematologista, todas as leucemias são doenças genéticas que ocorrem por mutações variadas. “Não sabemos o que causa, contribuintes importantes são a radiação, agentes tóxicos como agrotóxicos e também o benzeno, pessoas em contato com essa substância podem desenvolver a leucemia”, afirmou. Um dos tratamentos suportes é a transfusão de sangue, mas não é o único, em 80% dos casos de leucemias agudas os pacientes precisam de transfusão de sangue.

Existe também, a possibilidade de o paciente melhorar com o uso de comprimidos orais, quimioterapia e imunobiológicos -células criadas industrialmente voltadas para atacar as células de algumas leucemias. Com a ajuda do tratamento o paciente pode ficar sem sangramentos, melhorando o seu estado clínico. A duração do tratamento varia de pessoa para pessoa e também considera o tipo de leucemia. Para as crônicas, o tratamento pode pedir que o paciente use medicamentos orais para o resto da vida, já para as aguadas o paciente pode enfrentar um tratamento mais agressivo que dura de um até cinco anos e contar ainda com o transplante de medula.

Portadora de Leucemia Mieloiede Aguda (LMA), Eliciane Alves, de 37 anos, descobriu a doença em dezembro de 2018 e foi tratada no hospital, até abril de 2019. Tudo começou com tosse e muita secreção. Depois de alguns dias acordou com falta de ar e foi direto para o hospital, quando descobriu a doença e ficou internada por três meses e meio. “Fiz três sessões de quimioterapia no hospital e minha imunidade baixou muito. Foi horrível, mas meu organismo estava resistente à quimioterapia”, disse Eliciane.

Ainda hoje ela convive com um cateter para tomar as medicações. O maior medo durante o tratamento foi a possibilidade de transplante de medula. “O risco de morte pós-transplante era muito grande. Eu dizia que lutava pelo meu filho e era por ele que eu queria sair do hospital”, relembrou.

Números da leucemia no Brasil:

2020 – 10.810
2019 – 7.370

Por sexo

Homens
2020- 5.920
2019- 4.014

Mulheres
2020- 4.890
2019- 3.356

Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Diario de Pernambuco

Jogos de Tóquio terão torcedores locais e limite de 10 mil por sede

Os Jogos Olímpicos de Tóquio terão o limite máximo de 10 mil espectadores em cada sede anunciou nesta segunda-feira (21/6) a organização do evento, que começará em 23 de julho, mas com um alerta para a possibilidade de competições com portões fechados, em caso de aumento dos contágios de covid-19.

No comunicado, a organização explica que o limite será de 50% do local de competição, até o máximo de 10 mil espectadores. “Se houver uma mudança dramática na situação da infecção, talvez precisemos revisar a norma e considerar a opção de não ter espectadores nos locais de competição”, disse a governadora de Tóquio, Yuriko Koike.

Em um comunicado, a organização afirmou ainda que a decisão sobre o número de torcedores nos Jogos Paralímpicos (24 agosto-5 setembro) foi adiada para 16 de julho.

Em março, o comitê organizador vetou a presença de espectadores procedentes do exterior, devido ao risco de saúde considerado muito elevado – algo inédito na história olímpica.

Nesta segunda-feira, as autoridades japonesas deveriam decidir sobre a celebração dos Jogos Olímpicos: se a portas fechadas, ou com a presença de torcedores locais. A segunda opção foi a vitoriosa, mas com um número restrito de espectadores.

A reunião teve a presença de representantes de cinco instituições: o comitê organizador de Tóquio-2020, o governo japonês, o governo da cidade de Tóquio, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comité Paralímpico Internacional (CPI).

A suspensão do estado de emergência no domingo (20) em Tóquio e em outros departamentos foi um sinal positivo para os organizadores. Eles aguardavam a decisão do governo japonês para determinar se liberariam a presença de torcedores locais e, em caso positivo, quantos.

O governo japonês decidiu, no entanto, manter algumas restrições pelo menos até 11 de julho. O primeiro-ministro do país, Yoshihide Suga, advertiu que poderá reforçar as medidas, se os casos de covid-19 aumentarem, e o sistema de saúde ficar sob pressão.

Os especialistas de saúde que assessoram o governo afirmaram que o “ideal” seria organizar os Jogos sem torcedores. Algumas associações médicas pediram o cancelamento do evento.

Os atletas foram os primeiros a relutar diante da possibilidade de Jogos Olímpicos a portas fechadas, e alguns patrocinadores admitiram, de maneira privada, que preferiam a presença do público, apesar de limitada.

Em uma mensagem às autoridades japonesas no início da reunião, o presidente do COI, Thomas Bach, afirmou que a entidade apoiaria “totalmente a decisão que busca proteger da melhor maneira” a população japonesa e os participantes.

Também reiterou que mais de 80% dos residentes da Vila Olímpica serão vacinados, assim como quase 80% dos jornalistas.

Mais apoio nas pesquisas
Na sexta-feira (18/6), em uma entrevista coletiva, a presidente do comitê organizador de Tóquio-2020, Seiko Hashimoto, admitiu que era difícil tomar uma decisão.

“Organizar os Jogos sem espectadores é a melhor maneira de garantir os Jogos com total segurança. Mas, enquanto tivermos espectadores que desejam assistir aos Jogos, tentaremos satisfazê-los na medida do possível e limitar os riscos”, afirmou.

Os organizadores tentam superar a resistência da opinião pública japonesa, que, em sua maioria, mostrou-se contrária aos Jogos Olímpicos nos últimos meses.

Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira pelo jornal Asahi mostrou alguma mudança nessa tendência: 34% dos japoneses são favoráveis aos Jogos, contra apenas 14% do mês passado.

Outra pesquisa, divulgada no domingo pela agência Kyodo, indicou que 86% dos entrevistados continuam preocupados com o aumento de casos de covid-19 durante os Jogos, e 40% desejam o evento sem espectadores.

O Japão, que fechou suas fronteiras em março de 2020, teve uma pandemia consideravelmente menos grave que outros países, com 14.400 mortes registradas oficialmente.

O país demorou muito, porém, a iniciar a campanha de vacinação. Até o momento, menos de 7% dos japoneses receberam as duas doses da vacina.

Os organizadores dos Jogos Olímpicos reduziram a um terço o número original de representantes estrangeiros convidados e anunciaram medidas draconianas aos participantes, com ameaças de expulsão, caso violem as normas de saúde.

AFP

Conta de luz deve continuar subindo e risco de racionamento é alto

O Brasil é um país com enormes possibilidades energéticas, mas ainda está refém das chuvas e das usinas termoelétricas, que geram energia mais cara. Quem paga a conta é o consumidor, que ainda deverá arcar com um reajuste de cerca de 20% no valor das bandeiras tarifárias que será definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até o fim deste mês em função do baixo nível dos reservatórios.

A crise hídrica,que entrou no radar com falta de chuva nas regiões responsáveis pelo abastecimento da energia hidráulica, já está doendo no bolso do brasileiro. Um terço da alta histórica de 0,83% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, por exemplo, ocorreu devido aos reajustes da energia elétrica. E, para piorar, essa fatura subirá ainda mais com a sinalização da Aneel.

Essa queda dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas devido à estiagem já era esperada por todos que atuam no setor desde 2014, mas, de acordo com especialistas, faltaram investimentos, seja em térmicas, seja em energias alternativas (solar, eólica e biomassa) para evitar o cenário atual. Com isso, o país corre o risco de reviver o ano de 2001, quando a população e as empresas foram obrigadas a diminuir o consumo em 20% para evitar apagões. Para a maioria dos analistas, neste ano, há risco de racionamento, mas não de apagões. O problema maior, no entanto, será em 2022.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em 2001, o Brasil não tinha um sistema interligado de energia elétrica como hoje. “Nossa matriz elétrica, em 2001, era muito mais dependente de hidrelétricas, cerca de 85%. Hoje, é diferente. A dependência reduziu para cerca de 65% da geração hidráulica”, afirma o ministro. Ele conta que, para esclarecer a população, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) lançaram a cartilha Escassez Hídrica e o Fornecimento de Energia Elétrica no Brasil, na qual compara a matriz elétrica e a evolução das linhas de transmissão no Brasil, “que duplicou de extensão entre 2001 e 2020”.

Jerson Kelman, ex-diretor-geral da Aneel, alerta que o setor não está preparado para a pior crise em 91 anos, mas também não aceita a comparação com 2001. “No passado, não construíram usinas suficientes e chegamos com insuficiente água em estoque e poucas térmicas para fazer frente ao consumo médio. Não é essa a situação, de hoje, graças, em grande parte, à entrada de novas gerações: eólica, solar e térmicas”, afirma. Para ele, ainda dá tempo de tomar medidas para evitar uma grave crise hídrica.

Mas a falta de energia em horários de pico, segundo Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, pode ter sérios impactos, não somente no bolso do consumidor, mas no crescimento econômico. Sales avalia que eventuais alterações na energia podem forçar as empresas a mudar a rotina ou reduzir a capacidade de produção. “Qualquer mudança forçada significa uma certa perda”, acrescenta.

Níveis históricos
O nível dos reservatórios no Brasil poderá atingir o pior da série histórica, iniciada em 1931, em novembro, pelas informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Atualmente, as represas das hidrelétricas na regiões Sudeste e Centro-Oeste — responsáveis por mais da metade da energia brasileira — estão com cerca de 30% da capacidade, o pior patamar dos últimos 20 anos.

A falta de investimentos é a tônica de qualquer lado que se consulte, seja entre os representantes das usinas térmicas, seja dos alinhados ao vento e ao sol. Roberto D’Araujo, diretor do Instituto Ilumina, explica que não houve mudanças no sistema de produção e transmissão de energia desde a década de 1990, e as térmicas têm lucrado, prejudicando a natureza e o bolso do consumidor. “No governo de Fernando Henrique Cardoso, foi criado um plano prioritário para as térmicas. Quando elas são desligadas, vão ao mercado livre e vendem, na verdade, a energia das hídricas. O mercado brasileiro é diferente do da maioria do mundo. Não há ligação direta entre oferta e demanda”, lamenta.

E esse privilégio às térmicas poluentes, segundo ele, tende a se perpetuar com a Medida Provisória que trata sobre a privatização da Eletrobras, a MP 1031/2021. “Foi colocado um jabuti (emenda não relacionada ao tema principal da matéria) na proposta da privatização que apoia essas usinas em detrimento de energias alternativas”, critica. Aprovada na semana passada no Senado Federal, a MP precisa ser votada até amanhã (22), pela Câmara dos Deputados, caso contrário, perderá a validade. “E não adianta privatizar a Eletrobras pensando que os empresários vão investir em hidrelétricas. Não vão. O setor privado só constrói usinas quando tem o governo como sócio”, afirma D’Araujo.

Larissa Rodrigues, gerente de Projetos e Produtos do Instituto Escolhas, concorda que, nos últimos anos, o país deixou de investir em fontes de energia renováveis. “Hoje, grande parte da energia elétrica do país ainda vem de usinas hidrelétricas, mais de 60% do total. Solar, eólica e biomassa são pouco mais de 19%. Por isso, a gente fica preso nas hidrelétricas e termelétricas. Quando tem mais chuva, se aciona as hidrelétricas e, menos chuvas, as termoelétricas. E a conta do consumidor acaba subindo. Por isso, existem bandeiras tarifárias. Quando ela chega à cor vermelha, estamos acionando mais as térmicas”, resume Larissa, que também critica a MP Eletrobras e os jabutis que devem onerar o consumidor, deixando a conta mais cara.

Saiba mais
O Brasil atravessa um cenário hidrológico crítico, acendendo o alerta para o risco de racionamento

Nível dos reservatórios (Região- Em %)

Sudeste/Centro-Oeste 30,40
Sul 60,58
Nordeste 60,95
Norte 84,02

Como a sociedade pode contribuir?
» Você pode evitar o desperdício de água verificando possíveis vazamentos em descargas ou tubulações, fechando sempre bem as torneiras e tendo atenção com banhos prolongados.

» Evite também o desperdício de energia elétrica, cuidando para que aparelhos eletrônicos não fiquem ligados sem necessidade e mantendo as luzes apagadas durante o dia.

» Troque equipamentos que consomem mais energia, como o ar-condicionado, por produtos mais eficientes. Observar se têm selo A do Procel também é uma ótima opção.

Correio Braziliense