Famílias de classe D são as que sofrem mais impacto na pandemia

Famílias da classe D – com renda familiar média mensal de R$ 720 – foram as mais negativamente impactadas pela pandemia de covid-19 no que diz respeito aos cuidados com as crianças de até 3 anos.

Esse grupo (famílias da classe D) se sente mais triste, ansioso, sobrecarregado, exausto, impaciente e assustado que os demais. As famílias destacam que o fator financeiro é um ponto de atenção na forma como cuidadores têm lidado com a pandemia.

As informações fazem parte da pesquisa Primeiríssima Infância – Interações na Pandemia: Comportamentos de pais e cuidadores de crianças de 0 a 3 anos em tempos de covid-19, que será divulgada na íntegra nos próximos dias.

A pesquisa foi realizada pela Kantar Ibope Media, a pedido da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, e contou com a participação de famílias das classes sociais A, B, C e D, que convivem e são responsáveis por crianças de 0 a 3 anos. Ao todo, 1.036 pessoas participaram das entrevistas, feitas, em sua maioria, de forma online com o auxílio de uma plataforma, em março deste ano.

“Uma primeira infância de qualidade, de estímulos adequados propicia oportunidades para a criança. Ao mesmo tempo, há um efeito negativo quando não há oportunidade de disponibilizar o ambiente adequado”, diz a CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Mariana Luz.

“Com o isolamento social e uma natural crise socioeconômica, a gente percebe, pela pesquisa, o agravamento dessas oportunidades, os efeitos perversos da desigualdade e como esses ambientes e estímulos conseguem fazer o desenvolvimento [da criança] avançar ou retroceder.”

Mariana explica que os primeiros anos de vida das crianças representam uma oportunidade única e decisiva para o desenvolvimento de todo ser humano. Nessa etapa, são feitas conexões que formam a base das estruturas cerebrais e contribuem para a aprendizagem, além de criar condições para a saúde e a felicidade delas no presente e no futuro. Por isso, tanto a primeiríssima infância, até os 3 anos, e a primeira infância, até os 6 anos, precisam de atenção.

A especialista enfatiza ainda a necessidade de cuidar de quem cuida. “Os cuidadores e pais precisam estar bem para conseguir oferecer e estar disponíveis para que a interação aconteça. O desenvolvimento acontece por meio da interação”, diz.

No Brasil, cabe aos municípios fornecer a educação de base, que inclui as creches para crianças até 3 anos de idade.

Resultados
As situações vividas pelas famílias na pandemia são distintas, e a percepção em torno do trabalho de cuidar de crianças pequenas também muda, de acordo com a classe social de quem respondeu ao estudo.

Aqueles que puderam trabalhar em casa, por exemplo, relataram mais tempo de convivência das mães, pais e responsáveis com as crianças durante a pandemia. Isso ocorreu, sobretudo, nos segmentos de classe e educação mais elevados: 51% da classe AB1 – com renda familiar média mensal acima de R$ 11,3 mil – relataram que tiveram boas oportunidades de convivência com as crianças na pandemia. Essa porcentagem cai para 33% entre as famílias da classe D. Nesse grupo, a maioria, 52%, relatou que não houve alteração no tempo de convivência.

A pesquisa alerta que, apesar do tempo de convivência dos pais com os filhos não ter sido alterado para classe D, ele pode estar mais precário devido à sobrecarga e ao acúmulo de funções.

As mudanças na rotina tiveram efeitos também nas crianças. Cerca de uma em cada quatro (27%), de todas as classes, apresentou regressão neste um ano de pandemia. Isso significa que voltaram a ter comportamentos de quando eram mais novos, como chorar muito, fazer xixi na roupa sem pedir para ir ao banheiro e falar menos. O uso mais frequente de equipamentos eletrônicos também pode ter impactado no desenvolvimento.

O acesso à informação e a políticas públicas e a sensação de amparo também foram sentidas de forma diferente a depender da classe social da família. A maior parte (64%) da classe B2C Básica – que corresponde às famílias com renda média mensal entre R$ 1,7 mil e R$ 5,6 mil que cursaram até o ensino médio – e da classe D (70%) tiveram acesso à renda emergencial. O índice de visita domiciliar por programas sociais, como o Saúde da Família, ficou em cerca de 20% em todos os grupos.

Os benefícios recebidos dão, no entanto, sensação de amparo principalmente para os grupos de educação elevada. Na classe AB1, 58% sentiram-se amparados. A menor porcentagem, 32%, é de famílias da classe D. Já com relação a informações recebidas durante esse período, a classe AB1 se destaca como a que mais recebeu enquanto a D foi a com menor percentual registrado, respectivamente 22% e 10%.

Acolhimento
Segundo Mariana, os impactos negativos da pandemia podem ser revertidos e amenizados com acolhimento e atenção às crianças, o que exigirá a ação de toda uma rede que envolve familiares e escola. “Essa rede precisa estar pronta, de forma segura, para acolher as nossas crianças, para acolher também os desafios e retrocessos com naturalidade, como parte de um processo de desenvolvimento”.

Ainda em meio à pandemia, dentro do possível, dedicar tempo e atenção às crianças pode ajudá-las a passar por esse momento de estresse e medo.

“Em casa, a gente precisa continuar oferecendo esses estímulos, de brincadeiras, de ouvir, de identificar sentimentos, de entender, de explicar, de ajudá-los a identificar o que estão sentindo, de se expressar. Fazer isso por meio de contação de histórias, da leitura de livros, da conversa, da música”, defende Mariana.

Agência Brasil

Novavax: vacina anticovid tem mais de 90% de eficácia, inclusive contra variantes

A vacina anticovid-19 da Novavax tem uma eficácia de mais de 90%, inclusive contra as variantes do coronavírus – é o que afirma o laboratório americano, nesta segunda-feira (14), após um estudo em grande escala nos Estados Unidos.

A vacina “demonstrou uma proteção de 100% contra doenças moderadas e graves, e uma eficácia de 90,4% em geral”, disse a companhia em um comunicado.

Ainda de acordo com a nota, “o estudo foi feito com 29.960 participantes em 119 lugares de Estados Unidos e México para avaliar eficácia, segurança e imunogenicidade”.

A empresa com sede em Maryland disse que pretende solicitar a aprovação regulatória até o terceiro trimestre de 2021. Depois de obtê-la, planeja fabricar 100 milhões de doses por mês até o final do terceiro trimestre, e 150 milhões de doses por mês, até o final do ano.

“Hoje, a Novavax está um passo mais perto de abordar a necessidade crítica e persistente de saúde pública mundial por vacinas Covid-19 adicionais”, afirmou o CEO da empresa, Stanley Erck.

“A Novavax continua trabalhando com um senso de urgência para completar nossas solicitações de autorização regulatória e oferecer esta vacina, construída sobre uma plataforma bem conhecida e comprovada, para um mundo que ainda tem uma grande necessidade de vacinas”.

Embora alguns países ricos tenham avançado na vacinação de suas populações, persiste a preocupação de que muitos outros estão sendo deixados à margem da campanha mundial de inoculação.

As taxas de vacinação nos países mais pobres do mundo estão muito atrás das registradas nas potências industrializadas do G7 e em outras nações ricas. Considerando-se as doses administradas até o momento, o desequilíbrio entre o G7 e os países de baixa renda, conforme definição do Banco Mundial, é de 73 para um.

Ao contrário de algumas das vacinas que já estão sendo aplicadas, o imunizante da Novavax, conhecido formalmente como NVX-CoV2373, não precisa ser mantido em temperaturas ultrabaixas.

A empresa disse que fica “armazenada e estável entre 2°C e 8°C, permitindo o uso dos canais da cadeia de fornecimento de vacinas existentes para sua distribuição”. Isso significa, pelo menos em tese, que estas vacinas devem ser transportadas e administradas mais facilmente em países com infraestruturas sanitárias menos desenvolvidas.

AFP

Gestação e nascimento no contexto da COVID-19: É seguro se vacinar?

No dia 11 de maio deste ano, após a morte de uma gestante no Rio de Janeiro, dias depois de ter recebido a vacina da Oxford/AstraZeneca, o Ministério da Saúde (MS) decidiu interromper temporariamente a vacinação de grávidas e puérperas com o imunizante produzido no Brasil pela Fiocruz. Isso gerou um grande alvoroço na população, fazendo com que muitas mulheres passassem a se questionar sobre a eficácia e benefícios reais da vacina.

“A decisão do Ministério da Saúde nada mais é do que uma cautela que o programa nacional de imunizações tem até o fechamento do caso, visto que até o momento não há estudos que comprovem a relação da vacina com o óbito da grávida”, afirma a especialista Andressa Oliveira, enfermeira, mestranda em Educação no Ensino de ciências e professora do Centro Universitário UniFavip, que acrescenta:

“A coordenação do Programa Nacional de Imunização explica que, enquanto a proporção de trombose e AVC (quadro apresentado pela gestante) pela vacina está em 1 caso a cada 100 mil, o número de óbitos em grávidas pela covid-19 é de 20 por 100 mil. Dessa forma, é importante que as gestantes se vacinem porque o risco de óbito por covid-19 é muito maior”, afirma.

Em contrapartida, vários casos de bebês que nascem com anticorpos contra a covid-19 estão sendo vistos no Brasil. No Acre, em Santa Catarina e na Bahia já foram registrados esses casos, evidenciando assim a transferência da memória imunológica de longo prazo (IgG) das mães para os bebês.

De acordo com Andressa, a passagem de imunidade da mãe para o bebê aconteceu através da transferência placentária, ou seja, os anticorpos chamados IGG, desenvolvidos pelo sistema imunológico da mãe depois da vacina, cruzaram a placenta e chegaram até o bebê.

“Vale salientar que a eficácia da proteção em recém-nascidos e o momento ideal de vacinação materna permanecem “desconhecidos”. Mais estudos serão necessários para quantificar anticorpos neutralizantes virais presentes em bebês nascidos de mães vacinadas antes do parto. No entanto, notícias como essas nos enche de esperança”, destaca a docente, que respondeu algumas perguntas importantes sobre o tema. Confira:

Diante do cenário pandêmico, a gestante deve se vacinar?

SIM. A OMS recomenda que as gestantes não sejam desencorajadas a vacinação, uma vez que os riscos pelo acometimento da covid-19 são ainda maiores que os possíveis efeitos colaterais provocados pela vacina.

Qual vacina deve ser tomada por gestantes e puérperas?

O Ministério da Saúde determinou que a vacinação de gestantes e puérperas (mães de bebês com até 45 dias) fosse restrita aos imunizantes da CoronaVac e Pfizer, até que estudos mais efetivos da Aztrazeneca sejam realizados.

Quem são as gestantes que devem tomar a vacina no momento?

Aquelas que tiverem algum problema de saúde devem ser imunizadas com doses da Coronavac/ Butantan e Pfizer.

Qual a orientação para gestantes que foram vacinadas com a oxford/astrazeneca?

O Ministério da Saúde orienta que elas aguardem o parto e o fim do puerpério (45 dias depois do nascimento do bebê) para tomarem a segunda e, assim, completar o esquema vacinal.

O que essas gestantes precisam fazer?

Apesar de a probabilidade de trombocitopenia ser mínima, ficar atento aos sinais de alerta. São eles: falta de ar severa, dor no peito, inchaço nas pernas, dor abdominal persistente, fortes dores de cabeça ou outros sinais neurológicos, como confusão e visão turva. Se surgirem, procure IMEDIATAMENTE, o serviço de saúde.

Funase completa 55 anos com caravana de educação profissional para a juventude

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) de Pernambuco, completa 55 anos nesta segunda-feira (14). Para marcar a data, que não terá solenidades presenciais em decorrência da pandemia, a instituição vai promover a Caravana Juventude em Movimento, ação com três cursos simultâneos que terá o objetivo de estimular a capacitação de adolescentes e jovens em reinserção social após a prática de atos infracionais. A atividade contará com turmas reduzidas e manutenção do distanciamento social, conforme o Plano de Convivência com a Covid-19.

A iniciativa vai acontecer no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Caruaru, no Agreste, e terá como público-alvo 46 socioeducandos. Eles participarão de aulas de “Introdução ao Reparo de Computadores”, “Introdução à Automação Eletroeletrônica” e “Corte de Cabelo Masculino”, temas que, por estarem inseridos em serviços considerados essenciais, têm boa trabalhabilidade, mesmo em tempos de pandemia. A Caravana Juventude em Movimento será promovida pela equipe do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase. O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) é responsável pela certificação dos cursos.

“Nada melhor do que marcar esse dia com uma grande ação voltada à profissionalização desses jovens. Recentemente, em parceria com o Ministério Público do Trabalho, inauguramos o Parque Profissionalizante Professor Paulo Freire, um espaço único no Brasil e exclusivo para a educação profissional do público do sistema socioeducativo. Essa é a face da instituição que chega aos 55 anos hoje, inserida em um cenário de muitos desafios ainda, mas, sem dúvida, diferente daquela que muita gente conheceu pelas problemáticas que se colocavam”, avalia o secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Sileno Guedes.

Ao longo do mês de junho, outras ações marcarão as cinco décadas e meia de existência da Funase, como a publicação de uma revista digital, que reunirá relatos, fotos antigas e reflexões sobre avanços e desafios do sistema socioeducativo. Um logotipo comemorativo também passará a aparecer em documentos oficiais, no site e nas redes sociais. “Estamos buscando viver esse momento de forma coletiva, transparente e autocrítica, valorizando as várias formas de experiência que servidores, jovens e outras pessoas têm da nossa instituição”, explica a presidente da Funase, Nadja Alencar, que é servidora da fundação desde 1988.

HISTÓRIA – A Funase foi criada em 1966, como Fundação do Bem-Estar do Menor (Febem) e trabalho voltado a adolescentes apreendidos após a prática de atos infracionais e a crianças e adolescentes em situação de abandono. Após a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990, seu paradigma de atuação mudou e sua denominação passou a ser Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac). Em 2008, quando já havia as primeiras diretrizes do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), a instituição passou a se chamar Funase e deixou de atender a área protetiva, focando na execução das medidas socioeducativas de internação e de semiliberdade, além do atendimento inicial e da internação provisória. Hoje, a fundação tem 23 unidades e atende 819 adolescentes e jovens em espaços sem superlotação, uma conquista histórica alcançada em 2019.

Parques urbanos de Caruaru reabrem para o público

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Serviços Públicos e Sustentabilidade, informa que os parques urbanos (Severino Montenegro, Baraúnas, São Francisco e Rendeiras) e o Parque Natural Municipal Professor João Vasconcelos Sobrinho, em Serra dos Cavalos, voltaram a ficar abertos para visitação pública nesta segunda-feira (14). Segue o cartaz com horários e regras de funcionamento.

São Paulo retoma vacinação contra covid-19 por faixa etária

Vacinação drive thru na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), zona norte do Rio. A cidade do Rio de Janeiro retoma hoje (25) sua campanha de aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 em idosos da população em geral.

Pelo menos 200 mil pessoas entre de 58 e 59 anos são esperadas para a retomada da aplicação da primeira dose da vacina contra covid-19 a partir de hoje (14) na capital paulista. Para receber o imunizante é preciso apresentar comprovante de residência na cidade.

Assim como os demais grupos contemplados na imunização, este público poderá ser imunizado nas 468 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Ama/UBS Integradas, nos dez mega postos, farmácias e drive-trus implantados na cidade. Quem precisar tomar a segunda dose deve procurar uma das UBS.

“Na medida em que quase todos os grupos prioritários do Programa Municipal de Imunizações foram vacinados, agora entramos na população por idade”, disse o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

A recomendação da Secretaria Municipal da Saúde é de que as pessoas se encaminhem de forma gradual aos postos, para evitar aglomerações e façam o cadastro prévio no site Vacina Já preenchido para agilizar o tempo de atendimento.

Segundo a secretaria, desde o início da campanha de vacinação até ontem (13), foram aplicadas na capital 5.607.714 doses de vacinas. São 3.936.037 de primeira dose (D1) e 1.671.677 de segunda dose (D2).

Covid-19: Butantan entrega mais um milhão de doses de vacina ao PNI

Frascos de SinoVac no Butantan

O Instituto Butantan entregou hoje (14) ao Ministério da Saúde um lote de um milhão de doses da vacina CoronaVac contra a covid-19. Essa remessa é parte das cinco milhões de doses previstas para serem liberadas ao longo do mês de junho para o Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O novo lote de cinco milhões de doses está sendo produzido a partir dos três mil litros de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) recebidos no último dia 5 de maio. Desse total, já houve a liberação de 1,8 milhão de vacinas desde sexta-feira (11), quando foram entregues 800 mil doses. As doses disponibilizadas hoje contemplam o segundo contrato firmado com o Ministério da Saúde, de 54 milhões de vacinas. O primeiro, de 46 milhões, foi cumprido no dia 12 de maio.

Envase

Segundo informações do Instituto Butantan, o envase da matéria-prima foi iniciado no dia 27 e terminou na madrugada do dia 30. Parte das doses já envasadas está em outras etapas do processo produtivo, como inspeção de controle de qualidade. O Butantan informou ainda que até o fim de junho receberá um novo lote de seis mil litros de IFA para a produção de mais dez milhões de doses.

“Nesse caminhão que está aqui, nós estamos com a carga de um milhão de doses da vacina do Butantan a ser entregue, nesta manhã, ao Ministério da Saúde. E na próxima quarta-feira teremos uma nova remessa sendo entregue”, informou o governo paulista.

Ainda de acordo com o Butantan, com a entrega de hoje, já foram fornecidas ao PNI 49 milhões de doses desde 17 de janeiro, quando o uso emergencial do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Deputados da Bancada de Segurança da Alepe publicam nota sobre o comando das forças policiais no estado

Deputados que integram a ‘bancada de segurança’ da Assembleia Legislativa de Pernambuco publicaram uma nota acerca das mudanças no comando das forças policiais no estado. Na nota, os parlamentares solicitam que os quadros de secretário titular e executivo da pasta de Defesa Social sejam ocupados por integrantes das corporações policiais do estado, sejam da ativa ou da reserva. No documento, é sugerida uma alternância por biênio entre um coronel da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar e um delegado de Polícia Civil. A solicitação está em conformidade com um pleito apresentado através de ofícios pela Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (ADEPPE) e pelo Clube dos Oficiais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militares (PM/CBM-PE).

No documento, os deputados avaliam que “o exercício das atividades de segurança, embasado nos princípios constitucionais, requer conhecimentos e especificidades inerentes aos profissionais que integram os quadros corporativos das instituições policiais”. Os parlamentares registram que o momento é de um “intenso clamor popular por mais segurança pública e por novas formas de direcionamento das ações de segurança”. A nota é subscrita pelos deputados Fabrizio Ferraz, Antônio Moraes, Erick Lessa e Gleide Ângelo.

Confira o documento na íntegra:

Nota sobre o comando das forças policiais em PE

Nós, membros da Bancada de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), vimos a público defender novas medidas para garantir a segurança pública dos cidadãos e da sociedade, promovendo a vida, a justiça e a moralidade como princípios orientadores dos quadros no estado. Desta feita, registramos que recebemos o Ofício nº 111/2021, de 09 de junho de 2021, remetido pela Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (ADEPPE), e do Ofício nº 029/2021, do Clube dos Oficiais da Polícia Militar e Corpo dos Bombeiros Militares (PM/CBM-PE), também datado de 09 de junho de 2021, sobre os quais atestamos anuência com o seu conteúdo, e vimos, através desta nota, reiterar nosso comprometimento com a causa, da qual, o objetivo é garantir a segurança e a normalidade social como direitos inalienáveis aos cidadãos de Pernambuco.

A Secretaria de Defesa Social possui a missão institucional de promover a defesa dos direitos do cidadão e da normalidade social, através dos órgãos de segurança pública, integrando as ações do governo. Historicamente, a pasta vem sendo conduzida por profissionais alheios à realidade das corporações policiais. Sem o conhecimento intrínseco da dinâmica dos efetivos, esses comandantes enfrentam dificuldades para direcionar o segmento no melhor cumprimento de sua missão, em que pese os esforços dos profissionais e dos integrantes do sistema de segurança estadual.

Convém salientar que a Constituição da República Federativa do Brasil contempla, no artigo 144, a segurança pública como dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. Entrementes, o exercício das atividades de segurança, embasado nos princípios constitucionais, requer conhecimentos e especificidades inerentes aos profissionais que integram os quadros corporativos das instituições policiais, sejam da ativa ou da reserva.

Diante do momento de intenso clamor popular por mais segurança pública e por novas formas de direcionamento das ações de segurança, registramos nossa aderência ao pleito da ADEPPE e do Clube de Oficiais da PM/CBM-PE, no tocante à recomendação que os cargos de comando da Secretaria de Defesa Social sejam ocupados por um Delegado Especial de Polícia Civil e um Coronel da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar, alternadamente, com o intuito de oferecer uma maior liderança junto às tropas policiais e, deste modo, garantindo a segurança pública aos cidadãos, entendida como o livre exercício dos direitos, da liberdade e da cidadania. Ressaltamos, ainda, que tal paradigma poderá aproximar ainda mais a ação diária das corporações dos objetivos traçados na Constituição Federal e também está em consonância com as modernas tendências legislativas, embasados na compreensão de que a segurança pública é um serviço ‘uti universi’, destinado à coletividade como um todo.

Por meio desta, salientamos nossa solicitação ao Poder Executivo do Estado de Pernambuco, na pessoa do Governador, que os cargos de secretário titular e executivo da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco sejam ocupados por integrantes dos quadros que atuam no estado. Convém que a alternância ocorra por biênio, entre os Coronéis da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar, bem como Delegados Especiais da Polícia Civil.

Subscrevem:

Deputado Fabrizio Ferraz

Deputado Antônio Moraes

Deputado Erick Lessa

Deputada Gleide Ângelo

Coletivo que incentiva inovação em Olinda ganha recursos de emendas parlamentares

Espaço criado para incentivar projetos inovadores em diversas áreas, o coletivo Olinda Creative Community Action (OCCA) vai ganhar um novo impulso com recursos de emendas parlamentares que vão ser investidos na capacitação de estudantes e no incentivo ao empreendedorismo local. Formado por profissionais de diversas áreas, a OCCA, localizada no Sítio Histórico da cidade, conta com mentores qualificados e dispostos a fazer grandes transformações em áreas como tecnologia, lazer, turismo, empreendedorismo e educação.

As emendas parlamentares que beneficiam o coletivo foram de autoria dos  deputados federais Augusto Coutinho e Tadeu Alencar. Coutinho destinou R$ 200 mil para um programa de capacitação de jovens da rede de ensino público de Olinda em habilidades sócio emocionais, requisito fundamental para ingresso no mercado de trabalho. Já Tadeu Alencar assegurou R$ 150 mil para o programa de incentivo ao Empreendedorismo/Artefatos Digitais.

Os deputados encaminharam as emendas após terem conhecido pessoalmente a entidade. “Os deputados acompanham o dia a dia da OCCA. E isso é o reconhecimento de que nós criamos um espaço muito interessante de convergência, onde são discutidas as grandes questões do mercado de trabalho, empreendedorismo ligado à economia criativa e outros assuntos”, diz Kleber Dantas, idealizador e coordenador da entidade.

Criada no início da pandemia, a OCCA já abriga um laboratório com tecnologia 3D, que está lavando a tecnologia digital para a comunidade e para o artesanato local, através da Hactus Criative, empresa de corte a laser e personalizações. Também conta com a empresa Robô Livre, criadora da plataforma Robolivre, que tem como objetivo democratizar a ampliar o acesso à robótica. Em breve, o local vai contar com cervejaria artesanal e outras surpresas.

As grandes células da OCCA são a OCCA Learning (que vai abrigar também uma escola de ilustração), a Praça da Imaginação (que vai também oferecer refeições e lanches), e o clube de Upcycling, atividade que consiste em transformar um produto reciclado em outro com maior valor agregado do que o usado inicialmente. Veja mais informações no site www.occa.space

Pfizer ressarciria o Brasil caso não cumprisse prazo de entrega

A farmacêutica Pfizer se comprometeu a reembolsar o valor pago pelo Brasil por doses da vacina contra covid-19 caso o prazo de entrega não fosse cumprido. O compromisso foi firmado em agosto de 2020, segundo documentos entregues à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado e obtidos pelo Fantástico, da TV Globo.

Um dos documentos consultados pela reportagem é uma correspondência enviada em 27 de agosto pela embaixada do Brasil nos Estados Unidos ao Ministério das Relações Exteriores, então comandado por Ernesto Araújo.

Nela, os diplomatas informaram que a farmacêutica “se comprometeria a devolver ao governo brasileiro todo e qualquer pagamento antecipado, na hipótese em que a empresa não consiga honrar a obrigação de entregar a quantidade acordada da vacina”. Na época, a farmacêutica ofereceu 30 milhões de doses.

Ao depor à CPI, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello falou que um dos motivos para o contrato com Pfizer não ter sido assinado em 2020 era a falta de previsão de multa caso as entregas não fossem feitas no prazo determinado.

O gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, disse à CPI que governo brasileiro recebeu 6 propostas para comprar vacinas da Pfizer contra a covid-19 até fechar contrato com a farmacêutica.