Governo de Pernambuco tem novo Secretário da controladoria Geral do Estado

O governador Paulo Câmara anunciou, nesta terça-feira (08), alguns ajustes na sua equipe. Novos nomes estarão à frente da Secretaria da Controladoria Geral do Estado (SCGE) e do Porto do Recife, órgão vinculado à Secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico (SDEC). O ex-presidente do Porto, Marconi Muzzio, assumirá a SCGE e José Lindoso de Albuquerque Filho vai para o seu lugar na presidência do citado Porto.

Auditor concursado do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), Marconi Muzzio substituirá a ex-secretária da Controladoria Geral do Estado, Érika Lacet, que segue como servidora de carreira do quadro da Procuradoria-Geral do Estado (PGE).

“Quero desejar todo sucesso ao novo secretário Marconi Muzzio e ao presidente do Porto do Recife, José Lindoso, na certeza de que saberão cumprir bem os desafios que virão pela frente”.

TCU afasta auditor e pede investigação da PF sobre documento com dados falsos citados por Bolsonaro

O TCU (Tribunal de Contas da União) irá pedir à Polícia Federal investigação sobre a inclusão de documento com informações distorcidas sobre a Covid dentro do sistema do órgão.

A decisão foi anunciada, nesta quarta-feira (9), pela presidente do órgão, Ana Arraes, que também determinou abertura de processo disciplinar e afastamento do auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques. Ele inseriu o documento no sistema do órgão no domingo (6).

Arraes atendeu a pedidos do ministro-corregedor do TCU, Bruno Dantas. Os dados do documento foram usados pelo presidente Jair Bolsonaro para, mais uma vez sem provas, sugerir uma supernotificação de óbitos pela pandemia no Brasil.

No despacho, Dantas afirma que ainda não há elementos para afirmar que tenha “ocorrido a tentativa de manipulação da atividade fiscalizatória do TCU em razão de sentimento pessoal”, mas considera que a gravidade da situação já permite abertura de processo e afastamento do auditor.O auditor já foi retirado da equipe que fiscaliza ações contra a Covid. Ele agora será afastado do cargo efetivo de auditor por 60 dias. Além disso, fica impedido de entrar no prédio do tribunal e usar os sistemas da corte.

Na última segunda-feira (7), o TCU desmentiu a declaração de Bolsonaro de que o tribunal produziu relatório afirmando que “50% dos óbitos por Covid não foram por Covid”. O órgão disse em nota que não elaborou o documento.

Segundo o tribunal, o documento era uma análise pessoal de um servidor, que havia sido compartilhada para discussão e não integrava processos oficiais.

“Ressalta-se, ainda, que as questões veiculadas no referido documento não encontram respaldo em nenhuma fiscalização do TCU”, afirmou o órgão. A reportagem não conseguiu contato com o servidor.

O auditor Alexandre Marques foi indicado para a diretoria de compliance do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em 2019, mas acabou barrado para o órgão pelo próprio tribunal.

Integrantes do TCU dizem que filhos do presidente Bolsonaro, entre eles o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), estariam por trás dessa indicação à época.

O auditor admitiu à sua chefia imediata no TCU que foi ele o autor das análises. De acordo com informações preliminares já encaminhadas à corregedoria do tribunal, o auditor relatou que comentou o teor de suas opiniões com o pai, que é militar e amigo de Bolsonaro.

Após ser desmentido, Bolsonaro disse na terça-feira (8) que errou ao atribuir à corte o documento, mas insistiu que há indícios de supernotificação das mortes por coronavírus no país. Ele disse ter acionado a CGU (Controladoria-Geral da União) para investigar essas suspeitas.

“O TCU está certo, eu errei quando eu falei tabela, o certo é acórdão”, disse Bolsonaro em conversa com apoiadores ao deixar o Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência.

Mais uma vez, porém, ele não apresentou nenhuma prova que embase a afirmação -ao mencionar indícios, citou apenas “vídeos no WhatsApp”.

“As revelações que se tornaram públicas até o momento, apontam fatos que, se comprovados, se revestem de extrema gravidade, na medida em que, além da possível infração disciplinar, atingem de maneira severa a credibilidade e a imagem institucional do Tribunal de Contas da União”, escreveu Dantas no despacho.

Bolsonaro ainda disse nesta quarta-feira (9) que um dos acórdãos do TCU que trariam suspeita de supernotificação na pandemia foi retirado do ar -apesar de os relatórios citados pelo mandatário estarem disponíveis normalmente no portal do órgão.

“O TCU fez dois acórdãos, não sei porque um não está, tiraram do ar. Não sei por quê, mas nós temos aqui, dizendo que o critério mais importante para mandar recursos para estados eram notificações de Covid”, disse o presidente, em conversas com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

A fala foi transmitida por um site bolsonarista. “Temos aí os dois acórdãos do TCU, um foi retirado do ar, não sei por quê”, insistiu, em outro trecho da gravação. Procurada, a assessoria do TCU informou que “nenhum acórdão foi retirado do site”.

Bolsonaro voltou a declara que os documentos do TCU indicam que houve ação deliberada de governadores para inchar os registros de casos de Covid no Brasil.

“O próprio TCU disse que essa prática poderia não ser a mais salutar porque incentivaria as supernotificações. Então, os governadores, alguns governadores, para poder receber mais dinheiro, notificavam mais Covid, inclusive mortes.”

“Vocês devem ter visto na internet aí a quantidade de pessoas revoltadas porque o parente não havia morrido de Covid e botavam no atestado de óbito Covid. Isso, realmente, pelo que tudo indica, [é] um forte indício de que tivemos as supernotificações no Brasil”, disse o presidente.

Bolsonaro afirmou ainda que dados anuais de causas de morte no Brasil também sugerem supernotificação, que teriam sido justificadas por governadores e prefeitos com a adoção de medidas de isolamento social.

“Eu entendo que, realmente, isso tem que ser analisado. E, no meu entendimento, tivemos sim supernotificações no Brasil. Então, tem alguns governadores que praticaram isso daí”, disse.

Folhapress

China pretende aplicar a vacina CoronaVac em crianças a partir de três anos

A China se prepara para vacinar crianças a partir dos três anos de idade contra a Covid, o que deve fazer do país o primeiro do mundo a imunizar nesta faixa etária, anunciou um porta-voz do laboratório farmacêutico Sinovac, que produz a vacina CoronaVac.

“Foi aprovado o uso da vacina da Sinovac nos últimos dias para a faixa dos três aos 17 anos”, declarou o porta-voz, sem informar exatamente quando serão aplicadas as primeiras doses.

O laboratório concluiu os testes clínicos em crianças e adolescentes, e os resultados devem ser publicados pela revista britânica The Lancet, acrescentou.

O país já administrou quase 800 milhões de doses de vacinas, até agora apenas em pessoas com mais de 18 anos. Pequim, que praticamente erradicou a epidemia em seu território desde maio de 2020, espera poder vacinar ao menos 70% de sua população até o fim do ano, ou seja 1 bilhão de habitantes.

Além da CoronaVac, da Sinovac (administrada em duas doses), a China aplica os imunizantes da Sinopharm (duas doses) e Cansino Biologics (uma dose).

As vacinas da Sinovac e da Sinopharm já receberam a aprovação da OMS (Organização Mundial da Saúde) para administração em adultos.

Em outros continentes, União Europeia (UE), Reino Unido e Estados Unidos aprovaram o uso da vacina da Pfizer/BioNTech a partir dos 12 anos.

Folhapress

Com 6.487 novos casos da Covid-19 registrados em 24h, Pernambuco bate mais um triste recorde

Pernambuco registrou, nas últimas 24 horas, 6.487 novos casos -um recorde de notificação de novas infecções desde o início da pandemia- e 81 óbitos por Covid-19. Os dados são do boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (9), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).

Do total de casos confirmados, 2.810 foram registrados nos últimos três dias. Segundo a SES-PE, “Este maior registro de casos está ligado ao acúmulo de dados do fim de semana e em problemas na extração no sistema do Ministério da Saúde”.

Entre os confirmados, 267 (4%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 6.220 (96%) são leves. Já as mortes aconteceram entre os dias 1º de março de 2021 e a última terça-feira (8).

“No informe de hoje, cerca de 20 mil exames foram notificados no sistema, dos quais 31% foram positivos – a maior parte de casos leves”, afirma a Secretaria de Saúde.

Com isso, Pernambuco totaliza 509.184 casos confirmados da doença, sendo 46.718 graves e 462.466 leves, e 16.549 óbitos pela Covid-19.

Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela SES-PE.

Total de casos confirmados em 24h em 2021:

1º) 6.487 (9 de junho de 2021)
2º) 5.576 (29 de maio de 2021)
3º) 3.969 (21 de maio de 2021)
4º) 3.649 (03 de junho de 2021)
5º) 3.551 (2 de junho de 2021)

Total de casos confirmados em 24h desde o início da pandemia, em março de 2020:

1º) 6.487 (9 de junho de 2021)
2º) 5.576 (29 de maio de 2021)
3º) 3.969 (21 de maio de 2021)
4º) 3.649 (03 de junho de 2021)
5º) 3.551 (2 de junho de 2021)

Folhape

Pelo segundo ano seguido, Caruaru sofre impactos econômicos no Dia dos Namorados

Mais uma vez o Dia dos Namorados, que é considerada uma das datas mais importantes no aquecimento da economia, será de frustração para comerciantes, empresários e feirantes de Caruaru. Isso porque pelo segundo ano consecutivo as atividades econômicas estão fechadas nesta época do ano, atendendo a mais um decreto do Governo do Estado, devido à pandemia da covid-19. De acordo com a professora do Centro Universitário UniFavip e economista Eliane Alves, essa situação traz fortes impactos econômicos para a Capital do Agreste.

“A nossa região é essencialmente comercial, Caruaru respira o comércio, em especial de artigos do vestuário, que é exportado para todas as regiões do país, através das suas feiras, e é, sem dúvida nenhuma, o motor que aquece a economia. E quando falamos de datas, como a do Dia dos Namorados, que é especificamente comercial, o fato de não termos o comércio aberto impacta negativamente de forma expressiva, sem dúvidas”, destaca Eliane, que também ressaltou grandes efeitos nos setores de bares e restaurantes.

“É importante frisar que outros setores que estão interligados nessa “cadeia” comercial são ainda mais impactados, como é o caso do setor de bares e restaurantes, que estão no “pacote” das comemorações dos enamorados. Este setor, que sem dúvidas nenhuma tem sido um dos mais impactados pelas medidas restritivas em função da pandemia, infelizmente vê mais uma data de possível aquecimento do setor tendo que se adequar ao “novo normal” e, assim, também se reinventar com o sistema de delivery e promoções que possam atrair consumidores e gerar faturamento para se manter e aguardar dias melhores”, conclui a docente economista.

Imunoterapia – saiba como esta técnica tem sido fundamental no tratamento do câncer

O câncer é uma doença que preocupa muito as pessoas. Mas, nos últimos anos, novas técnicas têm sido implementadas na prevenção e no tratamento aos tipos deste mal. Afinal, os números de casos no mundo são muito altos. Dados da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC, sigla em inglês) apontam que um em cada cinco homens e uma em cada seis mulheres no planeta desenvolvem câncer durante a vida; e um em cada oito homens e uma em cada 11 mulheres morrem em decorrência da doença. No Brasil, por exemplo, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostra que, em 2019, foram registrados cerca de 582 mil novos casos, sendo quase 282,5 mil em homens e pouco mais de 300 mil em mulheres.

Um dos novos métodos que surgiram com resultados significativos, principalmente na melhoria da qualidade de vida dos pacientes é a Imunoterapia. “Este foi o principal avanço no tratamento do câncer nos últimos anos. Ela age de forma bem diferente da quimioterapia. Enquanto nesta e nas drogas-alvo a meta dos medicamentos é atacar diretamente as células tumorais, na Imunoterapia o principal objetivo é auxiliar o próprio sistema imunológico do paciente a identificar e combater o câncer. É como se ele estivesse adormecido e a Imunoterapia age para reativá-lo, a fim de que ele mesmo consiga destruir as células cancerígenas”, explica Dahra Teles, hematologista do NOA – Núcleo de Oncologia do Agreste.

Apesar de ser um tratamento que tem se apresentado muito eficiente, a Imunoterapia ainda não pode ser aplicado a todos os cânceres. “Cancêr de bexiga, de rim, de pulmão, de cabeça e pescoço e melanomas são alguns dos tipos de tumores tratados pelos oncologistas que podem fazer uso da Imunoterapia. Já na parte da Hematologia, a técnica pode ser utilizada no tratamento de leucemias e linfomas. A escolha do tratamento depende do diagnóstico do paciente, características da doença, se está mais avançada ou em fase inicial, e características do paciente como idade e outros problemas de saúde); após essa avaliação completa, a escolha do tratamento deve ser individualizada, definindo se será realizada apenas imunoterapia, se imuno mais quimioterapia ou se imuno mais radioterapia”, acrescenta a especialista.

A Imunoterapia é composta por diferentes medicamentos que agem de formas distintas com o propósito de estimular o sistema imunológico no combate às células cancerígenas. “A Imunoterapia ajuda o sistema imunológico a atacar as células doentes; com isso, temos menos efeitos colaterais do que no tratamento com quimioterapia. A técnica provoca menos impactos na qualidade de vida do paciente”. E são duas as maneiras mais comuns de administração dos medicamentos: “por via venosa, através de uma veia ou de um cateter implantado, e através de injeção por via subcutânea; a maneira vai depender do esquema escolhido para o tratamento” ressalta Dahra Teles.

9 de junho – Dia Mundial da Imunização: a data, anualmente, refere-se prioritariamente à importância das vacinas no combate a doenças. Mas, a Imunoterapia pode ser inserida em campanhas relacionadas ao tema. “Existe uma relação direta entre vacinas e Imunoterapia, pois algumas vacinas são utilizadas para prevenir o surgimento de cânceres. Um exemplo é a vacina contra o HPV, que atua estimulando o sistema imunológico para que não ocorra o surgimento de câncer do cólo do útero ou do cólo retal. Outro exemplo é a vacina contra a hepatite B, doença que pode evoluir para um tipo de câncer de fígado. Então, as vacinas têm um papel muito importante na prevenção de surgimento de lesões cancerígenas”, conclui a hematologista.

Trabalhadores podem pedir revisão do FGTS

Acontece com frequência: na hora de fazer o saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), seja por aposentadoria ou outra situação permitida pela lei, vem a decepção: os valores foram corrigidos de forma que o montante fica abaixo do esperado, geralmente incompatível com os períodos que trabalharam. Mas porque esta é uma situação tão recorrente?

Segundo João Varella, advogado especialista em Direito Previdenciário, antes de tudo é preciso entender que o FGTS é uma espécie de poupança compulsória, em que o empregador deposita, em nome do empregado, um valor que corresponde a 8% da remuneração do mês anterior. “Esse depósito é feito na conta vinculada à Caixa Econômica Federal e esta poupança vai sendo reajustada pela correção monetária e juros de 3% ao ano. ” – explica Varella, que acrescenta: “Acontece que, desde 1991, o saldo do FGTS passou a ser corrigido pela TR (taxa referencial), que ficou muito defasada a partir de janeiro de 1999, por causa de mudanças na metodologia do Banco Central, entre outras questões. Isso resultou numa imensa desvalorização dos depósitos do FGTS, se compararmos com outros índices inflacionários e o resultado é que os trabalhadores ficam no prejuízo. Não é justo.” – avalia o advogado.

QUEM TEM DIREITO – De acordo com Varella, todos os trabalhadores que tenham saldo na conta do FGTS a partir de janeiro de 1999 até hoje, mesmo os que já realizaram o saque ou se aposentaram podem pedir a revisão: “Nestes dois últimos casos, o trabalhador pode receber a diferença entre o que realmente sacou e o que teria sacado, se o dinheiro tivesse sido devidamente reajustado.” – avisa.

Para corrigir essa defasagem, é necessário procurar ajuda jurídica para entrar com uma Ação de Revisão do FGTS, que vai em busca do recálculo do saldo do FGTS usando índices mais favoráveis para o trabalhador, como o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ou IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial), que repõem perdas com a inflação. “Os valores reajustados podem ser muito mais interessantes do que os são apresentados no extrato da Caixa, por isso é uma ação que recomendo para quem cumpre os requisitos para buscar este direito.” – finaliza o especialista.

Judiciário de PE prorroga medidas restritivas até cinco de julho

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) prorrogou as medidas restritivas devido ao aumento da gravidade da crise sanitária causada pela Covid-19. As restrições seguem até o dia 5 de julho, podendo ser prorrogadas ou antecipadas, de acordo com as avaliações do quadro da pandemia.

De acordo com o Ato Conjunto nº 21/2021, foi prorrogada a suspensão dos prazos relativos a processos físicos de natureza criminal, infracional, cível e administrativos, ressalvados os relativos a réu preso e adolescente em conflito com a lei internado, às Medidas Protetivas de Urgência no âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, pessoas idosas e pessoas com deficiência nos termos da Lei nº 14.022/2020. Os prazos das sessões virtuais e das telepresenciais transcorrem normalmente.

As audiências presenciais e as sessões de julgamento do júri permanecem vedadas. As audiências virtuais só serão realizadas se as intimações puderem ser feitas eletronicamente. As sessões do 2º Grau e da Turma Recursal virtuais e telepresenciais continuam mantidas.

Durante a vigência do Ato, magistrados e magistradas devem comunicar à Corregedoria Geral da Justiça, em decisão fundamentada, a designação e realização de audiência presencial, em eventual situação de emergência, referente a processos que envolvam pessoa presa, adolescente em conflito com a lei internado, crianças e adolescentes acolhidos. As regras relativas às visitas exclusivamente nos processos envolvendo crianças e adolescentes em situação de acolhimento e os depoimentos especiais permanecem vigentes, conforme o art. 3º do Ato Conjunto nº 16/2021.

O Regime Diferenciado de Trabalho Remoto nos Juizados Especiais Cíveis, Fazendários e Criminais, bem como para as Unidades Judiciárias Cíveis, Fazendárias, Família e Registros Públicos, Sucessões, Acidentes de Trabalho, Infância e Juventude continuam mantidos. Nas unidades citadas e nos Juizados da Capital, apenas nos locais que tramitam processo físico, está permitido o expediente presencial, no limite máximo de duas pessoas, das 7h às 13h, tendo os Juizados os seus respectivos turnos. Nestes casos, o trabalho deve ser voltado para a migração dos litígios para o sistema PJe, bem como para a prática de atos urgentes, inclusive publicações, e nos Juizados, recebimento e digitalização de Avisos de Recebimento.

De acordo com o normativo, o coordenador da Central de Digitalização pode adotar o regime diferenciado, autorizando dois turnos de 3h com até 50% do total de pessoas alocadas no grupo volante e no grupo de estágio, tendo, este último, atuação exclusiva na classificação de processos a serem remetidos à Central de Digitalização da Capital. Já a gestão das unidades judiciárias das comarcas do interior poderá autorizar a realização dos procedimentos de migração do sistema em jornadas alternadas nas modalidades presencial e remoto do grupo de trabalho local. O Ato também recomenda que seja priorizada a migração de processos que tenham parte autora idosa, bem como os que integram as metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e os que entenderem como prioritários.

O expediente presencial nas unidades judiciárias de natureza criminal, infracional e violência contra a mulher continua autorizado, das 7h às 13h, no limite de duas pessoas por unidade, para a prática de atos e cumprimento de medidas judiciais urgentes. O atendimento presencial de processos físicos considerados urgentes pelo magistrado nestas unidades pode ser realizado desde que tenha agendamento prévio. Também está resguardado o atendimento presencial, mediante agendamento prévio, para litígios físicos envolvendo pessoa presa e adolescente em conflito com a lei internado, bem como em feitos físicos quando configurada a situação de urgência.

Enquanto durar a pandemia, todas as unidades administrativas e judiciárias continuam atendendo nos seguintes canais: e-mail, Siga-me, TJPE Atende, videoconferência, Juizado Digital e Balcão Virtual. Continuam sendo cumpridas as regras referentes ao rodízio no expediente presencial relativas aos servidores vacinados, conforme o Ato Conjunto nº 18/2021. Os setores de Distribuição, Protocolo, Diretorias Cíveis de 1º e 2ºgraus, de Família, Criminal e do Agreste permanecem com rodízio de equipe em expediente presencial, no horário de 7h às 13h, no percentual máximo de até 30% das pessoas da equipe. As demais unidades administrativas de 1º e 2º podem permanecer, durante a vigência do normativo, em regime de trabalho remoto.

Ainda de acordo com as regras estabelecidas, as Centrais de Mandados atuarão em regime diferenciado de trabalho remoto, devendo cumprir os expedientes de urgência. Nas comarcas onde não houver Central de Mandados, o diretor do Foro deve elaborar a escala de plantão dos oficiais de justiça, incluindo os lotados nos Juizados Especiais.

Barroso: voto impresso é “pior”, mas cumpriremos se Congresso aprovar

Comissão Geral para tratar da Reforma Eleitoral. Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ministro Luís Roberto Barroso

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, disse hoje (9) que a implementação do voto impresso reduzirá a segurança das eleições, trazendo de volta fraudes e falhas humanas, problemas que teriam ficado no passado com a adoção da urna eletrônica.

“A vida vai ficar bem pior, vai ficar parecido com o que era antes”, disse o ministro da tribuna da Câmara dos Deputados, onde compareceu para participar de uma comissão geral sobre assuntos eleitorais. Ele acrescentou, contudo, que se o Congresso aprovar, e o Supremo Tribunal Federal (STF) validar, o TSE implementará o voto impresso. “Eu torço para que ela [aprovação] não venha, mas se vier nós cumpriremos”, afirmou.

O ministro iniciou sua fala ressaltando não haver sido documentada nenhuma fraude na urna eletrônica desde sua adoção, em 1996. Ele voltou a defender a segurança do equipamento e lembrou de problemas que existiam antes do sistema informatizado de votação – como a compra de votos, o coronelismo e o clientelismo. O ministro avaliou que tais situações podem retornar com a adoção do voto impresso.

“A verificação manual não é verificação, é um perigo, é um risco que nós vamos criar”, disse Barroso. “Eu acho que o voto impresso vai nos trazer um problema do qual já nos livramos, que é o transporte, a guarda e a contagem manual dos votos”, o que seria “um retrocesso”, ressaltou o ministro.

Para Barroso, além de abrir margem para fraudes, um dos principais problemas do voto impresso é a possibilidade de violação do sigilo do voto, uma vez que por meio do recibo da votação seria possível saber a composição dos votos individuais – em quem a pessoa votou para diferentes cargos – o que abriria caminho para identificar o eleitor.

O ministro apontou ainda o que seriam dificuldades administrativas e orçamentárias para a adoção do voto impresso, que segundo a estimativa do TSE custaria R$ 2 bilhões. “Talvez essa não seja a melhor alocação de recursos no momento”, opinou Barroso. Ele lembrou que a realização do Censo, por exemplo, foi recentemente adiada por falta de recursos.

Confiança da população
Em seguida ao ministro, parlamentares envolvidos na discussão do tema disseram que não basta o sistema de votação ser seguro, sendo necessário também que a população confie nele e o entenda. Entre os que levantaram o ponto está o relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre o voto impresso, deputado Filipe Barros (PSL-PR), e o presidente da comissão especial que discute o projeto, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR).

“É a fé da população brasileira que nós temos que discutir”, disse Martins. “Hoje o eleitor brasileiro tem que ter fé no software. Tem que acreditar que o que ele digitou vai ser contabilizado e depois constar no boletim de urna. Ele não pode olhar e conferir se foi registrado conforme a escolha dele. E por mais que se confie no sistema, pode haver quem desconfie. Tem que haver esta confiança”, acrescentou o parlamentar.

Em resposta, o ministro Luis Roberto Barroso trouxe dados de uma pesquisa do instituto Datafolha, divulgada em janeiro deste ano, segundo a qual 73% dos entrevistados confiam na urna eletrônica. Ele argumentou que a adoção do voto impresso não ajudaria a dar mais confiança ao voto e inseriria mais elementos de desconfiança.

“Achar que 2 milhões de pessoas contando votos à mão é mais seguro que um software, que pode ser controlado pelos partidos, é voltar à vida analógica num mundo da revolução digital”, disse o ministro.

A sessão da comissão geral que discute temas eleitorais segue em andamento no plenário da Câmara, com deputados se revezando nos questionamentos ao ministro Luís Roberto Barroso.

SP prorroga fase de transição até o dia 30 de junho

Movimento no Viaduto do Chá em São Paulo durante a quarentena

O governo paulista decidiu, mais uma vez, prorrogar a fase de transição do Plano São Paulo. A expectativa era iniciar uma nova fase a partir de 14 de junho, mas com o crescimento de casos de covid-19 no estado, o Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo decidiu orientar o governo a manter a fase de transição até o dia 30 de junho. As regras já em vigência serão mantidas, inclusive o toque de recolher entre 21h e 5h.

Na fase de transição, comércio e serviços podem funcionar entre as 6h e 21h, com limite de 40% de ocupação.

A fase de transição está em vigor no estado desde o dia 18 de abril e, em princípio, iria funcionar apenas por duas semanas. Com o aumento dos casos e de internações por covid-19, a fase de transição foi sendo prorrogada e já está há quase dois meses em vigor.

Aumento de casos
Na última semana, o estado de São Paulo apresentou crescimento de 35,1% no número de casos em relação à semana anterior, com média diária de 14.330 novos casos. Esse aumento, segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, se deve a dois fatores: aumento da testagem e problema na plataforma e-SUS, que provocou atrasos no registro de novos casos e um acúmulo de casos na semana passada.

Já as internações cresceram 0,6% na semana passada em relação à semana anterior, com média de 2.688 internações por dia. Os óbitos também tiveram aumento no período: o incremento foi de 19,5%, com média móvel de 417 mortes por dia.

Atualmente, o estado registra 11.189 pessoas internadas em unidades de terapia intensiva (UTI) e 13.358 em enfermarias. Na quarta-feira passada, havia 10.925 pessoas internadas em UTIs, patamar que já era considerado alto.