Mês das Mães é no Caruaru Shopping

Uma das datas mais significativas está chegando, o Dia das Mães, que, neste ano, será comemorado em 9 de maio. Para isso, o Caruaru Shopping preparou uma campanha que faz jus ao dia, intitulada “Mês das Mães Caruaru Shopping”.

A ação segue até o dia 31 de maio e quem comprar, durante esse período, um valor correspondente a, no mínimo R$ 150, terá direito a um cupom para concorrer a um Fiat Mobi 0km.

De acordo com o gerente de Marketing do centro de compras e convivência, Walace Carvalho, a cada R$ 150 em produtos, o cliente deverá apresentar suas notas fiscais no estande de trocas da promoção e ganhará 1 (um) cupom para concorrer ao sorteio.

“Caso sua compra não chegue a esse valor ou passe dos R$ 150 (não completando o valor mínimo para outra troca), o cliente também deve ir ao estande para cadastrar suas notas, pois elas são cumulativas. Quando atingir os R$ 150, em outras oportunidades dentro do prazo da campanha, ele poderá receber um cupom”, explicou Walace.

Os clientes que também levarem ao estande a quantia mínima de 3kg de alimentos não perecíveis ou seus múltiplos em numeral, terão direito a 1 (um) cupom bônus para concorrer à premiação, desde que esteja atrelado as suas compras no valor mínimo de R$ 150,00. Os alimentos serão doados à Casa dos Pobres São Francisco de Assis e APAE.

Então, quem pretende presentear a sua mãe pelo seu dia, o Caruaru Shopping é o local ideal. Considerado o maior do segmento do Interior do Norte/Nordeste, o centro de compras possui mais de 200 operações, bem como uma grande variedade de produtos.

“Sem falar no amplo estacionamento, com cerca de 3.300 vagas, oferecendo mais segurança, conforto e comodidade, principalmente em época de pandemia, onde estamos cumprindo com todo o protocolo de saúde para combater a Covid-19”, concluiu Walace.

O Caruaru Shopping está localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Câmara aprova medida sobre renegociação de dívidas de empresas

A Câmara dos Deputados concluiu a votação da Medida Provisória (MP) 1.016/20, que prevê renegociação extraordinária de dívidas junto a fundos constitucionais do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste (FNE, FNO e FCO). O texto segue agora para o Senado.

A estimativa do governo é que os débitos que podem ser renegociados girem em torno R$ 9,1 bilhões, dos quais R$ 5,2 bilhões rurais (57,6%) e R$ 3,9 bilhões não rurais (42,4%).

A maior parte dos devedores, cerca de 268 mil, contraiu empréstimos rurais. Já os devedores não rurais somam 29,5 mil. Aproximadamente 87% das dívidas têm valor de até R$ 20 mil e quase 98%. de até R$ 100 mil.

A renegociação deve ser feita com os bancos da Amazônia, do Nordeste e do Brasil (BB) e é voltada a empréstimos de crédito rural e não rural feitos há, pelo menos, sete anos e lançados, no balanço do fundo, como prejuízo parcial ou total, ou coberto por provisão de devedores duvidosos, também parcial ou totalmente.

A renegociação extraordinária abrange apenas as parcelas das operações de crédito que não foram pagas até 18 de dezembro de 2020.

Pela proposta, o pedido de renegociação de empréstimos poderá ser feito sempre que o interessado reunir as condições estipuladas. Para ter acesso a descontos e bônus, o pedido deve ser feito até 31 de dezembro de 2022.

Serão abrangidas as parcelas em atraso, mas os descontos não poderão reduzir o valor original da operação de crédito ou implicar redução maior que 90% dos valores a serem renegociados. O prazo de pagamento será de até 120 meses.

Os descontos não serão oferecidos a quem estiver em situação de fraude ou irregularidade e não for oficialmente comunicado para as devidas correções.

TJPE se mantém entre os mais produtivos do país no primeiro trimestre de 2021

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) se manteve entre os mais produtivos do país ao longo do primeiro trimestre deste ano. No total foram praticados 611.080 atos, no primeiro trimestre de 2021, nos 1º e 2º Graus, entre sentenças, decisões, despachos, julgamentos monocráticos e acórdãos. O Judiciário estadual pernambucano é hoje o quinto mais produtivo entre as cortes de médio porte e o décimo entre os 27 tribunais do país, mantendo o ranking do ano passado, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Dos 611.080 atos praticados, o TJPE contabilizou 73.516 sentenças, 81.548 decisões e 324.059 despachos no 1º Grau. Nos Juizados Especiais foram 23.117 sentenças, 14.084 decisões e 49.439 despachos. No âmbito do 2º Grau foram contabilizados 15.265 sentenças, 9.901 decisões e 15.535 despachos. Já nas Turmas Recursais foram 2.781 sentenças, 500 decisões e 1.335 despachos.

Os números do primeiro trimestre de 2021 somados ao período da pandemia de 2020, vivenciado a partir 18 de março até dezembro, contabilizam, no TJPE, 2.400.894 atos, nos 1º e 2º Graus, entre sentenças, decisões, despachos, julgamentos monocráticos e acórdãos. “Se manter entre os mais produtivos representa a superação de situações complexas, como a ansiedade causada por tudo que a sociedade está vivendo, tristezas pelas perdas de pessoas próximas, como amigos e familiares, a adaptação a uma nova rotina de trabalho com o serviço remoto. Mesmo com todas as adversidades, os servidores, magistrados e todos que compõem o Judiciário se mantiveram firmes no propósito de servir bem ao cidadão. Então, para mim, é um fato que nos orgulha e nos emociona”, afirma o presidente do TJPE, desembargador Fernando Cerqueira.

Os desafios vencidos em 2020 fizeram não só com que o TJPE ficasse entre os mais produtivos do pais, mas também que tivesse a menor taxa de congestionamento processual dos últimos dez anos. O fator preponderante foi o número de processos baixados no 1º Grau no ano passado, de acordo com pesquisa realizada pela Coordenadoria de Planejamento, Gestão Estratégica e Orçamento (Coplan). O acervo nesse grau de Jurisdição passou de 1.979.954 processos em janeiro para 1.472.338 no mês de dezembro, o que resultou na marca de 62,85% de taxa de congestionamento do Judiciário estadual pernambucano. Medida pelo Conselho Nacional de Justiça, a taxa de congestionamento verifica a efetividade do tribunal em um período, levando-se em conta o total de processos novos que ingressaram na Justiça, os processos solucionados e o estoque pendente ao final do mesmo período.

A redução da taxa foi de cerca de 10% comparada ao ano de 2019, quando esse patamar era de 71,84%, e de 20% em relação a 2012, ano em que a taxa de congestionamento chegou a marca de 82,4%. Investimento em digitalização dos processos, números positivos alcançados pelo Programa de Governança Diferenciada das Execuções Fiscais, resultados expressivos conquistados nas unidades judiciárias no período de Autoinspeção do Tribunal foram decisivos para o avanço geral desse setor do Tribunal e a consequente diminuição da taxa.

O trabalho desenvolvido pela Governança Diferenciada foi responsável por 70,03% do total de processos baixados no 1º Grau. O relatório apresentado pelo Comitê Gestor do Programa aponta que o número dos processos de execuções fiscais caiu de 1.138.564 no mês de janeiro para 614.118 em dezembro de 2020. Durante o ano, foram arquivadas aproximadamente 602 mil ações, além de proferidas quase 31 mil sentenças e 158 mil decisões e despachos de executivos fiscais

Os resultados no setor foram possíveis devido às ações coordenadas do Comitê Gestor da Estratégia Diferenciada para Execuções Fiscais junto às Procuradorias dos Municípios visando à celebração de acordos com a finalidade de arquivamento definitivo dos processos com baixa probabilidade de recuperação de crédito público.

Por sua vez, a Autoinspeção desenvolvida pelo TJPE conseguiu baixar 106.211 processos, sendo 62.742 eletrônicos e 43.469 físicos, no período de 20 de julho a 11 de dezembro de 2020, envolvendo o acervo de todas as unidades judiciárias de 1º Grau, Juizados Especiais e Turmas Recursais. A ação contribuiu para a redução de 12,16% do total de processos baixados no 1º Grau.

Durante a Autoinspeção, houve a identificação de todas as pendências existentes nos processos sentenciados e a promoção dos atos necessários; a priorização da prolação de despachos e decisões fundamentais para baixa efetiva do processo ou a sua remessa à instância superior; a análise, nas ações criminais, de hipóteses de prescrição; além do arquivamento definitivo dos processos físicos de conhecimento no Judwin que possuíam execução ou cumprimento de sentença tramitando no processo judicial eletrônico, bem como dos litígios resultantes de acordos pré-processuais nos Centros Judiciários de Solução de Conflitos (Cejuscs) para geração de guias de custas.

O TJPE conta com o total de 551 magistrados e 8.018 servidores em seu quadro funcional. Desse número, 499 juízes e 5.478 servidores atuam no 1º Grau. Em 2020, foram praticados 1.879.476 atos nesse grau de jurisdição. Os números da produtividade incluem 335.701 sentenças proferidas, 294.133 decisões, e 1.249.642 despachos.

TJPE publica Ato Conjunto sobre retomada dos prazos processuais a partir do mês de maio

Nesta quarta-feira (28/4), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) publicou o Ato Conjunto nº 18/2021 que dispõe sobre a retomada, a partir de 1º de maio, do curso dos prazos dos processos físicos envolvendo réu preso e adolescente em conflito com a lei internado, em trâmite nas unidades judiciárias de 1º e 2º graus do Poder Judiciário de Pernambuco. O novo Ato ainda mantém suspensos os demais prazos dos processos físicos, até o dia 30 de maio, exceto os relativos às Medidas Protetivas de Urgência, no âmbito da Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, criança, adolescente, pessoas idosas e pessoas com deficiência.

Além dessas medidas, o TJPE autoriza o retorno do expediente presencial, a critério do magistrado ou gestor, em todas as unidades administrativas e judiciárias de 1º e 2º graus do Judiciário estadual. Porém, o quantitativo de usuários internos não deve ultrapassar o percentual de 30% do total de pessoas alocadas na unidade, respeitadas as regras de distanciamento social, com jornada presencial no horário das 7h às 13h, permanecendo os remanescentes em regime diferenciado de trabalho remoto, no horário do expediente regular da unidade.

Dentro da retomada da atividade presencial, recomenda-se o sistema de rodízio de servidores e colaboradores, inclusive dos profissionais que atuam na área de saúde do TJPE e dos servidores maiores de 60 anos, que foram vacinados, e deverão retornar ao trabalho presencial após o 28º dia da 2ª dose da vacina, apresentando cópia do cartão de vacinação à chefia imediata, que a encaminhará, obrigatoriamente, à Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP). No entanto, aqueles servidores maiores de 60 anos que optaram por não receber as doses da vacina imunizante, devem ser inseridos também no rodízio, respeitando as regras de distanciamento social e as especificidades de cada unidade.

O Ato também autoriza, a partir de 18 de maio, a realização de audiências presenciais e sessões de julgamento de júri, exclusivamente em processos de natureza criminal e infracional que envolvam réus presos e adolescente em conflito com a lei internado, a critério do magistrado e mediante decisão fundamentada, nas situações de urgência. Mas as designações de audiências presenciais ou híbridas, quando autorizadas, devem ocorrer em dias intercalados e horários espaçados, de modo a minimizar o fluxo de pessoas em circulação na unidade e no interior dos fóruns.

No tocante à expedição e cumprimento de mandados, ficam mantidas as regras estabelecidas nos artigos 3º e 4º do Ato Conjunto nº 13/2021, que mantém suspensas a expedição, distribuição e cumprimento de mandados com o fim exclusivo de reintegração de posse, imissão, remoção, busca e apreensão veicular, ressalvada situação de urgência verificada pelo magistrado, em decisão fundamentada. Bem como fica assegurada a distribuição igualitária de mandados, para todos os oficiais de justiça, estejam em regime presencial ou em trabalho remoto.

Por fim, continuam em pleno funcionamento, enquanto perdurar o quadro de pandemia, todos os canais de atendimento na modalidade virtual manejados pelas unidades administrativas e judiciárias: e-mail, Siga-Me, aplicativo TjpeAtende, videoconferência, Juizado Digital e o Balcão Virtual. Todas as unidades permanecem trabalhando também em regime remoto.

Armando apoia prefeitos que apontam desigualdade na distribuição de vacinas

Para o ex-senador Armando Monteiro (PSDB) é preciso que se apurem as cobranças feitas por prefeitos de todas as regiões de Pernambuco sobre o que apontam como falta de tratamento igualitário por parte do Governo do Estado na distribuição de vacinas contra o coronavírus.

“Ao que tudo indica, existe sim um problema na distribuição, uma falta de critérios que possa conferir um tratamento mais justo, mais igualitário, proporcionalmente ao perfil da população de cada região”, afirma.

Armando diz que é inaceitável haver um desequilíbrio no ritmo das vacinações porque não existem pernambucanos de duas classes ou uma região mais importante que a outra. “Os pernambucanos merecem o mesmo tratamento”, defende.

O apoio de Armando aos gestores municipais ocorre em função das queixas de falta de vacinação suficiente para cumprir as etapas iniciais do Programa Nacional de Imunização (PNI), enquanto o prefeito do Recife, João Campos (PSB), anuncia a entrada de novos grupos.

“Respeito a manifestação dos prefeitos, porque vejo que muitas vozes estão se levantando no sentido de apontar essa distorção. O que se verifica é que há um grande esforço para promover o Recife, no que alguns já estão apontando como marketing da vacina. É claro que nós todos desejamos que exista um ritmo maior, mas que contemple todo o Estado de maneira justa e homogênea”, conclui Armando.

Pernambuco conta com mais 212.450 doses de vacinas contra a Covid-19

Pernambuco recebeu, na manhã desta quinta-feira (29.04), mais 212.450 doses de vacinas, sendo 4.200 Sinovac/Butantan e 208.250 AstraZeneca. Os imunizantes chegaram em voo da Latam, que aterrissou no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre às 11h05. O insumo da Astrazeneca ajudará no avanço da aplicação da primeira dose nos grupos prioritários. As doses da Coronavac estão reservadas para a administração da segunda dose nos idosos que receberam a primeira aplicação com a vacina da mesma marca.

“Neste momento, recebemos mais de 212 mil doses, sendo 208.250 da AstraZeneca e o restante da Coronavac. Vamos utilizar esse quantitativo para ampliar a vacinação dos grupos e continuar vacinando as forças de segurança”, afirmou a superintendente de imunização do Estado, Ana Catarina de Melo.

A distribuição das vacinas para as 12 Gerências Regionais de Saúde do Estado (Geres) começará a ser feita na tarde desta quinta-feira e finalizada ainda hoje, deixando as doses à disposição das secretarias de saúde dos municípios.

Com esse novo lote de vacinas, Pernambuco soma 2.630.680 doses recebidas, sendo 1.774.960 da Coronavac/Butantan e 855.720 da Astrazeneca/Fiocruz.

Mais 54 cidades de Pernambuco recebem reconhecimento de situação de emergência

Três em cada cinco municípios de Pernambuco registram situação de emergência em decorrência da estiagem e já obtiveram o reconhecimento federal por parte do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Nesta quinta (29), nova portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) reconhece outras 54 cidades do sertão do estado. Ao todo, já são 110 municípios com reconhecimento vigente.

De acordo com as informações prestadas pela Coordenação estadual de Proteção e Defesa Civil, a escassez de recursos hídricos das áreas afetadas atinge mais de 20% da população, causando danos à agricultura e à pecuária.

Com a publicação do reconhecimento federal, os municípios podem solicitar recursos para restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura danificada pelos desastres. Com base nas informações enviadas por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres Naturais (S2iD), a equipe técnica da Defesa Civil nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada Portaria no DOU com a especificação do valor a ser liberado.

ARTIGO — Tecnologias fundamentais para a implementação de uma estratégia de open banking

Jorge López Morales

O open banking, ou o sistema financeiro aberto, é uma tendência já presente e irreversível, que promoverá a criação de produtos financeiros cada vez mais personalizados e individualizados, aumentando a competitividade entre os players do mercado.

Para que as instituições bancárias consigam surfar com sucesso na onda do open banking e promover a inovação sustentável, é fundamental seguir uma estratégia de negócio orientada a API. Para quem não está familiarizado com a sigla, as APIs são as interfaces que permitem a fácil conexão de uma plataforma com outros sistemas.

No cerne de cada API estão os dados. Por isso, ter acesso rápido a eles é o primeiro ponto de partida em qualquer processo. Porém, embora toda fintech deseje que seus dados sejam ágeis, eficientes e escaláveis, a maioria ainda lida com um pântano de dados em seus sistemas, ou seja, um complexo labirinto de barreiras organizacionais de dados históricos, recentes, tempo real e de streaming.

No mundo do open banking, nada acontece sem a API para integrar um serviço, uma função ou parte dos dados. Então, a forma como as empresas do open banking gerenciarão suas APIs é uma questão essencial para que consigam ser ágeis e inovadoras. A tecnologia por trás do gerenciamento de APIs ajuda as empresas a criar, produzir, proteger e analisar o conjunto de rotinas e padrões de programação como produtos.

Outra inovação que veio para ficar é o uso de tecnologias de análise para entendimento contínuo das informações. Ferramentas de business intelligence de autoatendimento ajudam os humanos a entender mais facilmente seus dados. Porém, essas ferramentas analisam apenas o que já aconteceu. Analisar dados históricos gera padrões e os mecanismos observados no passado continuarão no futuro.

Já a governança e a gestão de metadados são parte de uma cultura que não pode ser imposta a fórceps por regulamentações, fornecida apenas pela tecnologia ou terceirizada. Mas a tecnologia pode facilitar uma cultura de curadoria contínua de dados. As empresas do Open Banking terão acesso às informações de contas, dados pessoais sensíveis, interações consentidas e outros dados, o que faz do gerenciamento de metadados um aspecto crucial em um projeto de arquitetura, considerando como todos os elementos (APIs, BI, ciência de dados e virtualização de dados) podem interagir com estes metadados.

E, finalmente, há a ciência de dados em streaming. O machine learning tradicional treina modelos com base em dados e esta abordagem considera que o mundo permanece essencialmente o mesmo, isto é, que os mesmos padrões, anomalias e mecanismos observados no passado continuarão no futuro.

Um conhecido caso de sucesso é o da AA Ireland, uma das maiores seguradoras da Europa, com soluções para automóveis, viagens e residências, que usa ciência de dados em streaming para gerar modelos de precificação dinâmica e avaliação de riscos. Em vez de usar modelos preditivos estáticos, a AA Ireland usa as condições atuais do mercado, aumentando ou diminuindo descontos, por exemplo. Essa tecnologia ajuda a explicar oportunidades e riscos existentes no mercado naquele momento, não dependendo de previsões baseadas nos cenários passados.

De caixão vazio a chip da vacina: as fake news que a CPI quer investigar

A CPI da Covid aprovou pedidos de compartilhamento de dados da comissão parlamentar mista das fake news e do inquérito sobre o assunto que tramita no Supremo Tribunal Federal. Dois dos pedidos direcionados à CPI mista são assinados pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), e pelo vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Randolfe, assim como o suplente Alessandro Vieira (Cidadania-SE), também solicitou o acesso a dados do inquérito do Supremo. Eles querem saber de onde partiram as campanhas de desinformação.

Entre os sete pontos questionados por Randolfe em seu requerimento, estão notícias falsas como a de que a vacina contra a covid-19 altera o DNA humano e a de que é possível inserir no corpo humano, por meio do imunizante, um chip para colher “identidade biométrica” da população. Mentiras associadas ao uso de máscaras, à fabricação do vírus em laboratório e à eficácia da cloroquina também fazem parte da lista citada no requerimento do líder da oposição no Senado.

Também foi relacionado um vídeo que tentava desacreditar a pandemia, sugerindo que caixões vazios estavam sendo enterrados em Manaus. Segundo o Monitor de Debate Político no Meio Digital, núcleo de estudos da Universidade de São Paulo, em maio deste ano os vídeos com caixões vazios correspondiam a 30% dos compartilhamentos do ano.

1. Vacina contra Covid-19 altera o DNA humano
Desde os primeiros resultados de eficácia e segurança de vacinas experimentais contra à Covid-19, mentiras sobre “riscos não divulgados” ocupam as redes sociais. Um dos boatos mais perigosos sobre o assunto aponta o suposto efeito nocivo da tecnologia de RNA mensageiro, utilizada por alguns imunizantes. A técnica, que usa um fragmento do material genético do vírus, “ não possui qualquer
efeito no DNA de uma célula humana”, confirma o professor Jeffrey Almond, da Universidade de Oxford, em entrevista à BBC.

2. Vacina contra Covid-19 pode inserir um microchip no corpo do vacinado
Ainda sobre a vacina – passo mais importante no combate à pandemia – outra notícia falsa ameaça prejudicar a imunidade coletiva da população brasileira. Segundo o texto, que traduz a mesma teoria conspiratória de um blog em inglês e passa por forte circulação no Whatsapp, o imunizante possuiria um chip para colher a “identidade biométrica” da população. Não há, porém, qualquer vacina com microchip em desenvolvimento ou já desenvolvida no mundo.

3. Termômetros infravermelhos causam doenças cerebrais
Uma postagem bastante publicada nas redes sociais – e mais tarde desmentida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – afirmava que os termômetros do tipo infravermelho, bastante utilizados na entrada de lojas e restaurantes para medir a temperatura de clientes durante a pandemia, prejudicam o cérebro dos usuários. A mentira, associada a um outro vídeo que traz a falsa informação sobre a melhor maneira de medir a temperatura, causou uma reação perigosa e ainda muito comum: para tranquilizar os clientes, funcionários de estabelecimentos passaram a medir a temperatura do pulso dos visitantes em vez da cabeça, local indicado para a medição correta.

4. Máscaras oferecem riscos à saúde
Hoje obrigatórias em espaços públicos e privados de diferentes cidades brasileiras, as máscaras de pano que ajudam a conter a transmissão do novo coronavírus também já foram alvo das fake news. Na mais popular delas, há a informação de que o equipamento de proteção poderia causar asfixia por retenção de gás carbônico. Em suas redes sociais, o biólogo e doutor em virologia, Atila Iamarino,
reforça que o risco não é real, já que as máscaras de pano são porosas. “A máscara tem que causar uma dificuldade na hora de respirar, porque ela está filtrando o ar. A ideia é que você tenha um tecido, que tenha uma trama com buraquinhos pequenos o suficiente para o ar que a gente precisa respirar atravessar, mas as gotículas de saliva, que soltamos quando falamos e as outras pessoas também soltam, fiquem retidas”, disse.

5. Vírus criado em laboratório
Um boato supostamente iniciado por uma virologista afirma que o novo coronavírus (Sars-CoV-2) teria sido criado em laboratório na China. Mesmo após a negativa do governo chinês e evidências da comunidade científica, a informação falsa reverberou e influenciou uma escala de desinformação,
ocasionando, por exemplo, na crise de confiança enfrentada pela vacina CoronaVac por ser produzida pela chinesa Sinovac. A crença – que atinge diretamente um dos principais produtores de insumos médicos exportados para o Brasil – pode ter impactado na resistência de 50% dos brasileiros entrevistados que afirmam ao Datafolha que não tomariam a “vacina chinesa”, apesar do imunizante ser apontado como um dos mais seguros e eficazes até o momento.

6. Eficácia da cloroquina para tratar pacientes da covid-19
A hidroxicloroquina, medicamento inicialmente dedicado ao tratamento da malária, foi largamente estudado como um possível tratamento para casos graves da Covid-19 após uma publicação do infectologista francês Didier Hault. No Brasil, a cloroquina tornou-se a principal aposta do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a investir R$ 1,5 milhão na produção do medicamento pelos laboratórios do Exército. Na época, um falso estudo que alegava 87% de cura dos pacientes da Covid-19 após uso do medicamento foi muito compartilhado. Após análise, porém, a Organização Mundial de Saúde assegurou que o uso da hidroxicloroquina não interfere na taxa de mortalidade pela Covid-19, retirando o medicamento da lista de testes.

7. Caixões vazios em valas comuns
Diante da fase mais dramática da pandemia no Brasil, quando mais de mil óbitos eram registrados diariamente, um boato aumentava a dor de quem ainda precisa lidar com o luto pela morte de amigos e familiares. Para desacreditar o impacto da covid-19 no País, um vídeo compartilhado pelo whatsapp, com imagens de anos anteriores ao início da pandemia, mostrava supostos caixões vazios ou cheios de pedra sendo enterrados em Manaus, uma das cidades brasileiras mais atingidas pela Covid-19. Na capital do Amazonas, valas comuns precisaram ser cavadas para atender a demanda de cerca de 100 mortes por dia, apenas entre as causadas pela nova doença. De acordo com o Monitor de Debate Político no Meio Digital, núcleo de estudos da Universidade de São Paulo, em maio deste ano os vídeos com caixões vazios correspondiam a 30% dos compartilhamentos do ano.

Congresso em Foco

Oposição quer ouvir Drauzio na CPI; governistas pedem Doria

A CPI da covid já recebeu, antes mesmo da primeira votação sobre planos de trabalho, cerca de 220 requerimentos para depoimentos e convites para esclarecimento de fatos. Um dos convites é direcionado ao oncologista Dráuzio Varella, que também é colunista do jornal ‘Folha de S. Paulo’ e apresentador na TV Globo. O médico paulista aparece como um dos convidados em um requerimento do senador Humberto Costa (PT-PE), parte da oposição na comissão.

O nome de Dráuzio Varella veio junto a outros médicos, infectologistas e estudiosos com ação reconhecida durante a pandemia: a pesquisadora Natália Pasternak, do Instituo Questão de Ciência, aparece no mesmo pedido, junto ao primeiro presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gonzalo Vecina Neto, o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão e a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Margareth Dálcomo. Todos estes têm opiniões que são contrárias à maneira como a pandemia vem sendo tratada pelo governo – como o caso de Temporão, que defendeu uma postura do país em prol da quebra de patentes das vacinas.

“Os convidados conhecem a situação e as políticas públicas que deveriam ter sido aplicadas”, justificou Humberto Costa em seu pedido. “Alguns, por serem representantes de gestores de saúde, inclusive, ex-ministro da Saúde, e, outros, por serem médicos, biólogos, acadêmicos e/ou cientistas de grande respeitabilidade nacional e internacional, certamente contribuirão para que os integrantes desta Comissão possam avaliar os fatos com a profundidade que merecem.”

Convite da base de Bolsonaro

Já o senador Marcos Rogério (DEM-RO) apresentou nesta quarta-feira um pedido para que João Doria (PSDB), governador do estado de São Paulo, compareça à CPI para prestar depoimento. O governador tem antagonizado as ações do Palácio do Planalto, seja em ações contra a pandemia, seja na produção e distribuição de vacinas.

O objetivo da convocatória, argumenta o parlamentar, é analisar o colapso de insumos para o combate à covid no estado do Amazonas, assim como no enfrentamento da pandemia pelo governo federal – para isso, o governador paulista teria muito a colaborar. “Diante deste contexto, pensamos que a convocação supracitada será de importância singular para que exponha sua atuação e seus conhecimentos sobre os fatos acima relacionados, o que, por si só, justifica a convocação para essa CPI”, escreveu Marcos Rogério.

Até o início desta noite, havia requerimentos direcionados a diversas pessoas: o ex-assessor do ministro Eduardo Pazuello, Markinhos Show, era alvo de dois requerimentos; o próprio general é alvo de 12 pedidos; Nelson Teich, de cinco. Luiz Henrique Mandetta, que deve prestar depoimento na próxima terça-feira (4), já tem seis pedidos em seu nome.

Congresso em Foco