Osaka relata aumento de mortes em casa em meio à onda de covid-

Homem com máscara de proteção caminha em rua comercial decorada com bandeiras da Olimpíada Tóquio 2020 em Tóquio - anéis - rua

Um número crescente de japoneses está morrendo de covid-19 em casa agora que variantes mais infecciosas do novo coronavírus atiçam uma quarta onda de infecções e os recursos hospitalares se aproximam do esgotamento.

A revolta pública com o governo por causa do tratamento da crise está aumentando, assim como as dúvidas sobre a viabilidade de se realizar os Jogos Olímpicos em pouco mais de 10 semanas enquanto a campanha de vacinação custa a ganhar ritmo.

“Comparado ao número de infecções, o número de leitos para casos graves está muito limitado no Japão” , disse Yasutoshi Kido, professor da Escola de Medicina da Universidade da Cidade de Osaka, nesta terça-feira (11).

Dezoito pessoas morreram de covid-19 em Osaka, 17 delas desde 1º de março, porque linhagens altamente contagiosas do vírus causaram um pico de casos, informou o município na noite de segunda-feira (10), relatando mortes fora dos hospitais pela primeira vez.

As autoridade municipais não detalharam por que as 18 pessoas não foram hospitalizadas, mas a notícia de suas mortes chega no momento em que mais de 96% dos leitos de cuidados críticos da cidade estão ocupados.

A região está sendo particularmente assolada pelo novo coronavírus e se tornou o epicentro de casos provocados por uma variante identificada primeiramente no Reino Unido que é mais infecciosa e causa problemas mais graves.

O governo almeja controlar as infecções com novas restrições e prorrogou um estado de emergência na maior parte do país no final da semana passada.

Alta da Selic vai levar inflação a ficar abaixo da meta, diz Copom

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O Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que elevar a taxa de juros Selic até um patamar considerado neutro vai levar a inflação a ficar “consideravelmente” abaixo da meta. A informação consta da última ata da reunião do comitê divulgada hoje (11). Na ocasião, o Copom decidiu elevar a taxa básica de juros para 3,5% ao ano.

De acordo com a ata, a alta chamada pelo Copom de “normalização parcial” dos juros reflete as opiniões do comitê sobre a política monetária adequada para a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante.

Esta foi a segunda vez no ano, que o comitê elevou a taxa em 0,75 ponto percentual. Com isso, a Selic está em 3,5% ao ano. Em março, o Copom elevou a Selic de 2 pontos percentuais para 2,75% ao ano, após quase seis anos sem elevação.

O Copom decidiu elevar a taxa de juros em meio a um cenário de aumento da inflação de alimentos, combustíveis e energia. Segundo o Copom, com exceção do petróleo, os preços internacionais das commodities continuaram em elevação, com impacto sobre as projeções de preços de alimentos e bens industriais.

Além disso, o aumento na bandeira tarifária de energia elétrica deve manter a inflação pressionada no curto prazo. Para o comitê, o diagnóstico é de que os choques atuais são temporários.

Segundo o comitê, o cenário básico evidenciado nas pesquisas do boletim Focus indica que as projeções de inflação estão levemente inferiores à meta para 2022. As expectativas de inflação para 2021, 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 5%, 3,6% e 3,25%, respectivamente.

O Copom ponderou que os riscos fiscais de curto prazo seguem elevados, implicando um viés de alta nessas projeções. Essa assimetria no balanço de riscos afeta o grau apropriado de estímulo monetário, justificando assim uma elevação de juros de 0,75 ponto percentual nesta reunião.

“Adicionalmente, observou que elevações de juros subsequentes, sem interrupção, até o patamar considerado neutro implicam projeções consideravelmente abaixo da meta de inflação no horizonte relevante”, diz a ata da reunião.

Para o Copom a alta de juros deve ter uma elevação da mesma magnitude, caso não haja mudança nos condicionantes de inflação ou no balanço de riscos.

Atividade econômica
Para os membros do comitê, a despeito da intensidade da segunda onda da pandemia ter sido maior que a esperada, os últimos dados disponíveis sobre a evolução da atividade econômica doméstica “têm surpreendido positivamente”.

O Copom considerou que a pandemia produziu efeitos heterogêneos sobre os setores econômicos e que, enquanto o setor de bens opera com baixa ociosidade, o setor de serviços mostra dificuldades para se recuperar. O Copom avaliou que os dados de atividade e do mercado de trabalho formal sugerem que a ociosidade da economia, como um todo, se reduziu mais rapidamente que o previsto, apesar do aumento da taxa do desemprego.

“Para o Comitê, o segundo semestre do ano deve mostrar uma retomada robusta da atividade, na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma mais abrangente”, diz a ata.

O Copom diz ainda que a decisão de aumentar a Selic reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no ano-calendário de 2022.

“Neste momento, o cenário básico do Copom indica ser apropriada uma normalização parcial da taxa de juros, com a manutenção de algum estímulo monetário ao longo do processo de recuperação econômica. O comitê enfatiza, entretanto, que não há compromisso com essa posição e que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação”, reafirmou o Copom.

Inflação da construção civil registra taxa de 1,87% em abril, diz IBGE

Construção Civil, Obras, canteiro de obras, construção, trabalhadores

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou taxa de inflação de 1,87% em abril, taxa superior à de 1,45% de março e à de 0,25% de abril de 2020.

O indicador acumula taxa de 6,81% no ano e de 16,31% em 12 meses. Com a inflação de abril, o custo por metro quadrado da construção passou a ser de R$ 1.363,41.

Os materiais de construção ficaram 3,14% mais caros em abril e passaram a custar R$ 789,10 por metro quadrado. Já o metro quadrado da mão de obra encareceu 0,18% no mês e passou a custar R$ 574,31.

Governo anuncia plano de vacinação para atletas olímpicos

O Ministério da Saúde anunciou hoje (11) a vacinação contra a covid-19 de toda a delegação olímpica e paraolímpica brasileira que vai aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, cuja abertura está marcada para 23 de julho, depois de ter sido adiada em um ano devido à pandemia. 

Segundo dados apresentados pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, serão imunizados 1.814 indivíduos, entre atletas e comissão técnica. Ele disse que, para isso, foram doadas 4.050 doses pela farmacêutica norte-americana Pfizer e outras 8 mil pela chinesa Sinovac, fabricante da Coronavac.

“Temos doses suficientes para imunizar nossos atletas e ainda reforçar o Plano Nacional de Imunização”, disse Queiroga nesta terça-feira (11) em uma entrevista coletiva para anunciar a iniciativa, na sede do Ministério da Saúde, em Brasília.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante anuncio do Plano de vacinação para atletas olímpicos
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante anúncio do plano de vacinação para atletas olímpicos – Marcello Casal Jr/Agência Brasil

De acordo com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), serão imunizados também todos aqueles credenciados a acompanhar as delegações, incluindo jornalistas, oficiais e técnicos que trabalharão nas mais variadas funções, como na coleta de exames antidoping, por exemplo.

A doação de vacinas faz parte de uma estratégia do Comitê Olímpico Internacional (COI) para imunizar todos as delegações que irão a Tóquio. “É uma tendência mundial, hoje 16 países já iniciaram a vacinação de seus atletas”, disse.

Cronograma

De acordo com o cronograma apresentado pelo Ministério da Saúde, a vacinação dos atletas e das comissões técnicas deve se iniciar amanhã (12) nas cidades de Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro. Haverá imunizações também em Porto Alegre e no Distrito Federal, a partir de 17 de maio.

Para operacionalizar a vacinação desse público específico, o Ministério da Defesa auxilia com a logística de distribuição dos imunizantes e na disponibilização de salas de aplicação.

MPRJ cria força-tarefa para investigar operação no Jacarezinho

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou hoje (11) a criação de uma força-tarefa para investigar a operação na comunidade do Jacarezinho, na zona norte da capital fluminense, que terminou com 28 mortos, entre eles um policial civil. A ação ocorreu na última quinta-feira (6) e foi a mais letal na história do estado.

“Vislumbramos que, em razão da complexidade das investigações e da repercussão, seria importante uma atuação coletiva especializada”, disse o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos.

O MPRJ também disponibilizou um plantão no órgão, que vai funcionar 24 horas por dia para receber denúncias de irregularidades cometidas em operações policiais e estabeleceu um grupo de trabalho para debater em que situações podem ocorrer operações em comunidades.

O Ministério Público instaurou procedimento investigatório criminal para acompanhar a ação no Jacarezinho que deve durar quatro meses. Entre as primeiras medidas, um perito legista designado pela Procuradoria acompanhou, no Instituto Médico-Legal, a autópsia nos mortos na operação.

Justificativa

A Procuradoria foi informada da ação às 9h da última quinta-feira. A justificativa da Polícia Civil ao MPRJ para a realização da operação era para dar cumprimento a mandados judiciais de prisão preventiva e buscas e apreensão no interior da comunidade dominada por facção criminosa.

“Importante esclarecer que a realização de operações policiais não requer prévia autorização ou anuência por parte do Ministério Público, mas sim a comunicação de sua realização e justificativa em atendimento aos comandos expressos do Supremo Tribunal Federal, a partir do julgamento da ADPF [Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental] 635-RJ”, informou o órgão.

Na sexta-feira (7), o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, com sede em Genebra, na Suíça, pediu ao Ministério Público que realize uma investigação independente, completa e imparcial de acordo com as normas internacionais da operação no Jacarezinho.

A Polícia Civil negou que tenha havido casos de execuções entre os suspeitos mortos no Complexo do Jacarezinho. Segundo delegados que participaram diretamente da operação, os suspeitos morreram em decorrência do confronto com os policiais.

Pagamentos com cartões crescem 17% no primeiro trimestre, diz Abecs

Cartões de crédito

As transações por cartões (crédito e débito) registraram um aumento de 17,3% nos valores movimentados no primeiro trimestre deste ano em comparação com 2020. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), os pagamentos totalizaram R$ 558,3 bilhões nos primeiros três meses do ano.

Os cartões de crédito responderam por R$ 335,9 bilhões desse volume, registrando um crescimento de 12,8% no período. Os cartões de débito foram responsáveis por uma movimentação de R$ 204,4 bilhões, uma alta de 19,7% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado. Enquanto os cartões pré-pagos tiveram a maior expansão percentual (150,3%) e foram o meio usado para fazer R$ 18 bilhões em pagamentos.

Em quantidade de transações, os cartões foram utilizados para realizar 6,5 bilhões de pagamentos nos primeiros três meses de 2021, um aumento de 11,8% em comparação ao primeiro trimestre do ano passado.

Mudança de perfil
Segundo o presidente da Abecs, Pedro Coutinho, os dados mostram que houve um aumento do valor médio gasto em cada transação, com o aumento do uso de cartões para compras em estabelecimentos de setores como supermercados e bens duráveis.

O período de pandemia do novo coronavírus também se refletiu em um crescimento de 35,6% nas compras não presenciais, que chegaram a R$ 120 bilhões no período de janeiro a março deste ano. As compras remotas representam ainda 35% de todas as transações feitas por cartões de crédito. No primeiro trimestre de 2020 esse índice era de 29%.

Juros e inadimplência
O uso do cartão como método de financiamento registrou uma redução no período, com queda de 17,3% nas transações com crédito rotativo e aumento de 12,3% nos pagamentos sem juros.

A inadimplência ficou em 4,2% em março. O índice de pagadores em atraso era de 6,6% no mesmo mês do ano passado.

Previsões
A Abecs estima que o setor de cartões poderá crescer 19% neste ano, com a expectativa de uma recuperação econômica a partir do segundo semestre do ano. “Se a vacinação segue o ritmo, teremos um terceiro trimestre melhor do que o segundo e um quarto trimestre muito bom”, avaliou Coutinho. De acordo com ele, países onde a imunização da população está mais avançada já começam a ter melhora da atividade econômica.

Ele acredita que o auxílio emergencial também deverá melhorar a situação da economia. “O auxílio emergencial deve dar um fôlego à atividade econômica, mesmo com um valor e um número de pessoas muito menor do que o ano passado”, destacou.

Ferreira Costa, de Garanhus, realizar varal solidário

O Home Center Ferreira Costa, em Garanhuns está recebendo roupas, agasalhos, lençóis, cobertores e meias para as famílias da região. 

O frio já começa a bater em muitas portas, na cidade de Garanhuns. E muitas famílias estão precisando de roupas, agasalhos, lençóis, cobertores e meias, para enfrentar esses meses de temperaturas mais baixas.  

E o Home Center Ferreira Costa não poderia deixar de ajudar a comunidade novamente, recebendo esses itens até o dia 15 de junho em parceria com a Secretaria de Assistência Social, ajudando muitas famílias que nesse momento precisam destes itens para enfrentar o frio. 

O apoio do Home Center é em toda a logística, coleta e seleção de peças. Já a distribuição, ficará por conta da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos da cidade que montará um varal para as doações. 

Esse é o momento ideal para separar algumas coisas do armário que não está em uso, mas que fará diferença na vida dessas famílias. Vamos ajudar! 

Justiça Federal acolhe manifestação do MPF e garante prioridade na vacinação contra covid-19 de comunidade indígena

Foto em tons esverdeados de um braço de pessoa com vacina sendo aplicada, com ilustração do novo coronavírus ao fundo.

Imagem: Pete Linford / Pixabay

Após atuação do Ministério Público Federal (MPF) em Serra Talhada (PE), a Justiça Federal determinou que o Estado de Pernambuco e a União garantam a distribuição das doses necessárias para a vacinação prioritária, contra a covid-19, do povo indígena Pankararu da Aldeia Angico, localizada no município de Petrolândia, no sertão pernambucano. A decisão fixa prazo de 20 dias para o fornecimento das doses, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

A Justiça havia intimado o MPF a apresentar manifestação no âmbito de ação ordinária movida contra a União pela comunidade indígena ainda não tinha sido contemplada pelo Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19, embora a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) tenha promovido a vacinação de outros indígenas da etnia Pankararu.

Na manifestação do MPF, o procurador da República André Estima destaca que, embora a região ocupada pela Aldeia Angico Pankararu não seja Terra Indígena ou área de reserva demarcada, a comunidade existe e vive de modo tradicional, atendendo aos requisitos legais e à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou prioridade na vacinação dos povos indígenas localizados em terras não homologadas.

Reforça ainda que a Lei nº 14.021/2020, que dispõe sobre as medidas de proteção social para prevenção do contágio e da disseminação da covid-19 nos territórios indígenas, impõe que serão abrangidos, dentre outros grupos, os indígenas isolados e de recente contato, aldeados e aqueles que vivem fora das terras indígenas, em áreas urbanas ou rurais.

A pedido do MPF, a Justiça Federal também incluiu o Estado de Pernambuco no polo passivo do processo, uma vez que a ação ordinária movida pela comunidade indígena havia sido ajuizada apenas contra a União.

Artigo: Você tem fome de que?

Por João Américo de Freitas

Você já comeu hoje? Muita gente ainda não!

Conforme já havíamos escrito, a pandemia agravou ainda mais nossas maiores mazelas, a desigualdade, a pobreza e a fome se alastraram.
A fome, que já eram um grave problema social, passou a ser uma tragédia humanitária sem precedentes.

Segundo o IBGE, 10,3 milhões de pessoas viviam em domicílios em que houve privação severa de alimentos. Ao menos em alguns momentos, entre 2017-2018, dos 68,9 milhões de domicílios no Brasil, 36,7% estavam com algum grau de insegurança alimentar, atingindo 84,9 milhões de pessoas. Esses dados, que já eram graves em 2018, se tornaram calamitosos com a pandemia. Agora, o Brasil passa por uma emergência humanitária com índices assustadores. Hoje, mais de 116,8 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar ou passando fome no Brasil – cerca de 55,2% dos lares brasileiros, conforme pesquisa feita em dezembro de 2020 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).

O número apresentado pela Rede Penssan mostra que mais da metade do número de brasileiros não se alimenta como deveria, ou seja, com qualidade e em quantidade suficiente, dessa forma, vivem em algum grau de insegurança alimentar, passando fome.

Alguns fatores podem ser apontados como responsáveis para o aumento da fome em nosso país, dentre eles podemos citar a alta do preço dos alimentos, por conta de uma necessidade mundial, diminuição da atividade econômica, falta de empregos (14,5 de desempregados no Brasil), entre outros fatores.

Na outra ponta, por mais contraditório que seja, verificamos o sucesso do agronegócio brasileiro, que não se reflete em comida no prato de seu povo. Segundo o portal de notícias Forbes, uma reportagem publicada em 06 de dezembro de 2020 (intitulada Nem a pandemia de Covid-19 para o agronegócio brasileiro) mostra que o produto do agronegócio brasileiro é exportado para 170 países, e que o Brasil foi um dos poucos países a aumentar a exportação durante a pandemia. Reconhecendo que a segurança alimentar é um tema central em tempos de pandemia, o engenheiro agrônomo e agricultor Roberto Rodrigues, que também é coordenador do Centro de Agronegócio na Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas, ouvido na reportagem, informa que “A pandemia trouxe de volta para a vida cotidiana a questão da segurança alimentar”.

O Brasil, em 2020, é o símbolo máximo de eficiência no agronegócio, na produção de alimentos, e quase metade de seu povo passa por algum grau de privação alimentar. E não existe, atualmente, nenhuma política pública para equilibrar a produção e exportação de alimentos, nem as necessidades alimentares dos brasileiros. O agronegócio do país foca no que dá mais lucro, e o feijão e arroz nosso de cada têm queda na produção hoje, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, uma vez que o Brasil vem produzindo menos feijão e arroz do que há 10 anos atrás.

Por conseguinte, em um país que se passa fome, o Governo Federal reduz em 96% os estoques públicos de grãos. Pela lógica de um governo liberal, não se pode armazenar comida para depois regular o mercado e, ao fim, ajudar a saciar a fome de seu povo. Para se ter uma ideia do que ocorre, desde junho de 2016 não há armazenamento de feijão nos estoques públicos, e o estoque de arroz caiu 99% em 10 anos.

Ainda na falta de interesse de matar a fome do brasileiro, o Governo Federal promove a venda de unidades armazenadoras mantidas pelo Estado, onde os maiores prejudicados são os agricultores.

Já que o Governo não faz a sua parte para combater a fome, a empatia e o amor da sociedade civil fez eclodir em nível nacional, regional e local várias iniciativas, individuais e coletivas, que visam amenizar a dor do prato vazio. Podemos destacar a campanha “Tem Gente Com Fome”, que vem mobilizando doações para combater a fome no país através da união entre 200 instituições. Já a nível local, podemos destacar o movimento Transforma Caruaru, que faz parte do movimento Transforma Brasil, que arrecada alimentos em Caruaru para distribuir aos mais necessitados.

Se a fome nos outros lhe incomoda, comece a agir agora, doe, de forma individual, coletiva, ou aderindo a algum projeto em nível nacional, regional ou local, ou faça você um projeto, a fome tem pressa.

Segue lista de instituições que combatem a fome no país (o Governo Federal, por motivos óbvios, encontra-se fora da lista):
– Transforma Caruaru, acesse o site: https://transformacaruaru.com.br/;
– “Tem Gente Com Fome”: Depósito em conta: Associação Franciscana DDFP CNPJ: 11.140.583/0001-72, Banco do Brasil, Agência: 1202-5 Conta Corrente: 73.963-4 Chave PIX: CNPJ – 11.140.583/0001-72;
– Ação da Cidadania, acesse o site: https://www.acaodacidadania.org.br/formas-de-doar;
– Periferia Viva, acesse a página: https://www.facebook.com/PeriferiaVivaContraCorona/;
– Fraternidade Sem Fronteiras, acessa a página na internet: https://www.fraternidadesemfronteiras.org.br/;
– #PANELACHEIASALVA, acesse o site: https://www.panelacheiasalva.com.br/#doar;
– Fundação Abrinq, que lançou a campanha ‘Não deixe a fome matar mais que o coronavírus’, chave PIX pix@fadc.org.br., ou acesse o site: https://secure.fadc.org.br/?Id=3;
– campanha “A Fome Não Espera”, idealizada pelo Padre Arlindo Matos, pároco de Tamandaré, cujas doações podem ser feitas por depósito bancário na conta abaixo:
Diocese de Palmares CNPJ: 10.193.944/0028-04, Banco do Brasil | AG: 3924-1 | CC: 40.629-5;
– Amigos do Bem, acesse o site: https://doar.amigosdobem.org/paraquemdoar;
– Fundação Terra, acesse o site: https://doe.fundacaoterra.org.br/;
– Movimento Social e Cultural Cores do Amanhã, que nasceu ao lado do Complexo Prisional Aníbal Bruno, em Recife (PE), CNPJ: 13.449.687/0001-9
Banco do Brasil | AG: 4118-1 | CC: 20.766-7;
– Fundação Giacomo e Lucia Perrone, CPNJ: 05.596.271/0001-75
BANCO DO BRASIL | AG: 2988-2 | CC: 14276-X
BRADESCO | AG: 0291 | CC: 89886-4;
– Galpão dos Meninos e Meninas de Santo Amaro, CNPJ: 41.055.047/0001-30
BANCO DO BRASIL | AG: 2805-3 | CC: 7331-8;
– LAR DE CLARA: CNPJ: 07.082.502/0001-58 BANCO DO BRASIL | AG: 2988-2 | CC: 18784-4;
– UniãoPE, uma iniciativa de diversos grupos da sociedade civil para impedir uma crise humanitária em consequência do coronavírus (COVID-19) no estado de Pernambuco, CNPJ 22.169.120/0001-50, Banco Itaú | AG: 8302 | CC: 30700-7.

Se você quer saber para quem doar acesse: Sobre o ParaQuemDoar.com.br.

Compensa retira mais de 60 mil pessoas no Recife do rodízio

O acumulado de chuvas na Região Metropolitana do Recife traz mais uma boa notícia para o abastecimento da população. Hoje (11) começa a valer novo esquema de distribuição com água 24 horas para parte dos bairros do Ipsep, Afogados e Imbiribeira, no Recife. A Compesa anuncia o fim do rodízio nessas áreas a partir da ampliação da oferta de água pelo Sistema Pirapama, cuja barragem está localizada no Cabo de Santo Agostinho.

Recentemente o sistema, que operava com uma vazão de 4.500 litros por segundo, passou para 5.000 litros por segundo, beneficiando 430 mil pessoas na RMR com mais água nas torneiras. Agora, novos ajustes operacionais executados nas redes vão garantir abastecimento diário para mais 60 mil pessoas.

“A regularidade das chuvas nos últimos dias foi determinante para promovermos novos ajustes no sistema, conforme orientado pelo governador Paulo Câmara. Fizemos alguns testes e anunciamos mais uma boa notícia para a população. Já vínhamos promovendo melhorias no abastecimento destes bairros e agora, de forma responsável e segura, foi possível pôr fim ao rodízio ofertando água 24 horas”, explica a presidente da Compesa, Manuela Marinho.

O novo calendário de abastecimento pode ser consultado no site da Compesa, no endereço www.compesa.com.br.