Deputados analisam compra de vacinas por empresas sem repasse ao SUS

Em reunião de líderes na manhã desta terça-feira (6), deputados definiram que a semana será dedicada à análise de projetos voltados ao combate à pandemia. Além de pautas remanescentes da semana passada, serão discutidos alguns requerimentos de urgência. Um deles para a apreciação do PL 948, que prevê aquisição e distribuição de vacinas por pessoas jurídicas. O projeto é visto com receio por deputados da oposição por derrubar a obrigatoriedade da doação de doses de imunizantes por empresas ao SUS e ainda não há acordo sobre o texto.

Ainda na agenda da semana, consta a análise dos destaques para o PL 1011, que garante o acesso às vacinas para caminhoneiros e profissionais do transportes de cargas. Os parlamentares também vão discutir o PL 823/2021, que institui medidas emergenciais de amparo a agricultores familiares para mitigar os impactos socioeconômicos da emergência da saúde pública.

Consta na pauta também, o PL 1561, que institui a “Loteria da Saúde” como nova modalidade de jogo com destinação dos recursos do produto de sua arrecadação para o Sistema Único de Saúde e, excepcionalmente, para ações de prevenção, contenção, combate e mitigação dos efeitos da pandemia. Pelas redes sociais, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que também devem ser analisadas algumas medidas provisórias.

Também na pauta o PL 1943, que altera artigo das Leis do Trabalho para dispor sobre campanha de divulgação de igualdade de direitos trabalhistas entre homens e mulheres. Além do PL 321/2021, que garante à mulher igualdade nos valores das premiações relativas às competições desportivas realizadas em todo o Brasil.

Congresso em Foco

Relator do orçamento acusa Ministério da Economia de deslealdade

Responsabilizado pelo governo por promover cortes de cerca de R$ 30 bilhões em despesas obrigatórias da Previdência, do auxílio-doença e do seguro-desemprego, o relator do orçamento de 2021, senador Márcio Bittar (MDB-AC), rechaça ter feito qualquer movimento sem o aval da equipe econômica. “Nada foi feito sem conhecimento ou consentimento do Ministério da Economia”, disse o emedebista ao Congresso em Foco Premium. “O que o Ministério da Economia está fazendo agora comigo posso classificar, no mínimo, como deslealdade”, completou.

Os cortes foram feitos para acomodar gastos de R$ 30 bilhões com emendas parlamentares. O senador também retirou R$ 1,9 bilhão que seria reservado para a realização do Censo pelo IBGE. Bittar diz que, com exceção da retirada do dinheiro para o recenseamento, que foi de sua iniciativa, o restante foi excluído a pedido do próprio governo. “Alguém está mentindo”, declarou.

“A fórmula de onde cortar nunca foi coisa da minha cabeça. Eu não ia inventar de cortar da Previdência, do abono. Isso é gasto de energia insuportável e desnecessário”, criticou o senador, que também relatou a PEC Emergencial, que abriu caminho para a retomada do auxílio emergencial. A avaliação de economistas, parlamentares e integrantes da equipe econômica é de que o orçamento aprovado pelo Congresso forçará o governo a estourar o teto de gastos e inviabilizará o funcionamento da máquina administrativa, deixando o presidente Jair Bolsonaro exposto à ameaça de um processo por crime de responsabilidade.

Após integrantes do governo e parlamentares contestarem o corte em despesas obrigatórias, Bittar abriu mão de R$ 10 bilhões de emendas a que tinha direito como relator. A renúncia desse montante, segundo ele, vai retirar recursos da Defesa Civil, de atendimento a dependentes químicos, a estudos de vacina e da fiscalização do Ibama.

O episódio reacendeu a disputa política entre os ministros Paulo Guedes (Economia) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), já que os recursos das emendas foram, em sua maioria, para investimentos em obras indicadas por parlamentares. Obras essas sob o guarda-chuva de Marinho. “Qualquer ajuste eu faria sem necessidade de desgaste, que traz essa briga intestina horrorosa entre ministérios, uma briga de egos que virou patológica”, afirmou Bittar.

O senador ressalta que, como relator da PEC Emergencial, propôs a Guedes a retirada dos R$ 35 bilhões do Bolsa Família do rol de despesas obrigatórias e, por consequência, do teto de gastos. Mas o ministro não aceitou a proposta. Ele temia que a exclusão fosse vista por investidores como um drible ao teto. “Se fizéssemos isso, o problema estaria resolvido”, disse.

Um dos senadores mais próximos de Bolsonaro, Bittar admite estremecimento na relação com o governo. “Não procurei [Guedes] nem vou procurar. Cheguei aqui por conta própria. Não foi Paulo Guedes quem me fez, não foi Bolsonaro quem me fez”.

O Congresso em Foco procurou o Ministério da Economia para comentar as declarações de Márcio Bittar, mas a pasta informou que não vai se manifestar.

Leia a íntegra da entrevista do senador:

Senador, como estão as negociações para destravar o orçamento?

Márcio Bittar – Não estou à frente de negociação alguma. Estão me dando um poder que não tenho. Meu papel, a bem da verdade, encerrou-se na semana passada. Minha surpresa é personagens do governo e do próprio Congresso se mostrarem surpresos com uma conta que era sabida de todo mundo. Era objetivo desde ano passado chegar ao valor de R$ 30 bilhões. Com o orçamento e a PEC Emergencial, que também relatei, a demanda era uma só: dar base legal para o presidente retomar o pagamento do auxílio emergencial. Era que o orçamento tivesse recursos para a saúde e conseguíssemos tirar algum dinheiro para obras e programas importantes, de infraestrutura, não pararem. Sem esse orçamento eles não fecham o ano. Se não resolver isso, significa aumentar o desemprego. Não é só ausência de obras, é mandar para a fila do desemprego pais e mães de família. Me espanta, porque isso não era novidade para ninguém. Agora agem como se tudo isso fosse. Teríamos de cortar em algum lugar para construir isso. Eu defendi publicamente que preferia tirar o programa de transferência de renda do teto de gastos. Se fizéssemos isso, o problema estaria resolvido. A PEC Emergencial possibilitou ao governo voltar com o auxílio emergencial. No orçamento íamos fazer uma engenharia, esse era o desafio para não parar obras e serviços e conseguir algum nível de investimento. Não tem contradição com quem defende uma economia liberal.

O senhor se surpreendeu com a reação do Ministério da Economia?

Nesta época tirar do Estado o mínimo de capacidade de investir é um equívoco. A surpresa minha é essa. O número sempre foi o mesmo, a fórmula ou foi oriunda da Economia ou feita com a concordância da Economia. Foi um corte de R$ 16,5 bilhões da Previdência autorizado pela Economia em reunião com os presidentes da Câmara e do Senado e representantes do ministro Paulo Guedes, da Casa Civil e da Secretaria de Governo. Foram tirados mais R$ 4 bilhões do auxílio doença e R$ 7 bilhões do seguro-desemprego e mais não sei quanto. O que dá R$ 30 bilhões. Alguém está mentindo. Assumo que fui eu que tomei a iniciativa de cortar o orçamento do IBGE, que não ia fazer Censo mesmo. O valor todo mundo sabia que era esse. A fórmula de onde cortar nunca foi coisa da minha cabeça. Eu não ia inventar de cortar da Previdência, do abono. Isso é gasto de energia insuportável e desnecessário. Mas, quando aconteceu, a economia dizia que era muito, de uma conta que ela fazia. Então eu disse: toma de volta R$ 10 bilhões. Meu problema acabou aí.

O senhor sente como se o governo estivesse jogando a bomba no seu colo?

Não é a primeira vez. A ideia do precatório saiu da minha cabeça? Quando divulgaram que o precatório foi autorizado pela Fazenda, no princípio, negaram. É só juntar uma coisa com outra. Economia fala uma coisa, quando recebe crítica diz que não foi ela. Depois, Paulo Guedes admitiu que tinha o DNA da Economia na proposta.

Por que houve aumento de R$ 621 milhões para R$ 7,3 bilhões nas transferências especiais?

Isso é capacidade de fazer confusão. O valor de R$ 30 bilhões era conhecido de todo mundo.

Mas esses R$ 7,3 bilhões não serão aplicados a critério de políticos, sem necessidade de fiscalização?

Isso não existe em lugar algum do mundo, a não ser em regime comunista. Esse valor é de RP 9. É outra discussão. O relator do orçamento pode, deve ter esse poder ou não? Como sou relator deste ano não vou emitir juízo de valor. Esse momento é para Executivo e Legislativo indicarem, o desafio era arrumar um pouco de recursos. Eu sugeri ao governo fazer corte desses R$ 10 bilhões. Como vai manter programa na Defesa Civil? Vai ver que nó isso vai dar. Nesse pacote está dinheiro para estudar vacina brasileira, está dinheiro para assistência social do Ministério da Cidadania para 50 mil famílias dependentes de drogas, dinheiro para fiscalização do Ibama.

Esse episódio muda a relação do senhor com o governo?

Eu me senti estranho. Nunca participei de reunião para discutir cargo nem no meu estado. Minha atuação com o governo sempre foi com a agenda. Confesso que o que o Ministério da Economia está fazendo agora comigo posso classificar, no mínimo, como deslealdade.

O senhor foi procurado pelo ministro Paulo Guedes ou pretende procurá-lo para tratar desse assunto?

Não procurei nem vou procurar. Cheguei aqui por conta própria. Não foi Paulo Guedes quem me fez, não foi Bolsonaro quem me fez. Defendo o governo porque sou aliado dessa agenda. Tudo que pude fazer eu fiz. Nenhum senador da República tem mais afinidade com as reformas do governo o que eu, nenhum. Por mim, tinha desvinculação das receitas, desindexação, queria colocar o fim dos supersalários no pacote, acabar com um monte de munícipios. Queria mais até do que o ministro. Agora há essa confusão a troco de nada. Relator do orçamento é aliado do governo. Qualquer ajuste eu faria sem necessidade de desgaste que traz essa briga intestina horrorosa entre ministérios, uma briga de egos que virou patológica. O valor da conta de onde tirar esses recursos não foi novidade para ninguém. Muito menos para a Economia.

Estamos perto de uma solução?

Sinceramente, isso não é mais objeto da minha preocupação. É minha preocupação como a de qualquer senador. Mas não mais em um papel importante nisso. Eu nunca fiz questão de estar em certas reuniões. Eu dizia que poderia fazer outro relatório. Na reunião em que se decidiu que poderia tirar R$ 16,5 bilhões da Previdência eu nem estava. Só ouvi que era isso mesmo e disse que estava tudo bem. Nenhum corte foi feito sem ter sido ideia da Economia ou tendo concordância da Economia. Depois eu disse ao ministro Paulo Guedes, perguntei de onde ia tirar. Ele não apresentou cardápio e isso foi saindo com o tempo. Nada foi feito sem conhecimento ou consentimento do Ministério da Economia. Temos áudios, pessoas da Economia, do meu gabinete, da Câmara e do Senado que acompanharam tudo isso. Tem documento manuscrito de gente da Fazenda no meu gabinete. Acho ridículo ter de usar esse tipo de expediente.

Congresso em Foco

Pedidos de impeachment de Bolsonaro disparam e passam de 100

A Câmara dos Deputados recebeu até esta terça-feira (6) 107 pedidos de impeachment contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. O levantamento é da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara. Do total, 41 foram protocolados durante a gestão de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara. Seu antecessor, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é até hoje cobrado por não ter desengavetado nenhum dos 66 pedidos enquanto ocupou a presidência da Casa.

O avanço catastrófico da pandemia de covid-19 no Brasil, já previsto por especialistas em saúde, e a falta de liderança do governo federal no combate à crise sanitária impulsionaram o número de pedidos de afastamento de Bolsonaro. Na última terça-feira, 4.185 brasileiros perderam a vida para a doença em apenas 24 horas. Bolsonaro é o presidente recordista em pedidos de impeachment, superando com folga a segunda colocada, a ex-presidente Dilma Rousseff, cassada em 2016.

Ainda que os pedidos de impeachment denunciem irregularidades cometidas por Bolsonaro em diversas áreas, a postura do presidente na pandemia foi determinante para o salto do número de pedidos de afastamento. Em 2019, primeiro ano do atual governo, foram protocolados cinco pedidos.

Em 2020, ano majoritariamente assolado pela pandemia e que terminou com mais de 270 mil vidas perdidas para a covid, Bolsonaro motivou a apresentação de outros 53 pedidos de afastamento. Porém, com o país batendo recordes semanalmente de casos e mortes registradas pela doença, desde o início de 2021, já foram apresentados 47 novas ações na Câmara.

O levantamento escancara a pressão pelo afastamento ao revelar que, nos últimos sete dias (de 31 de março a 6 de abril) foram 32 pedidos de impeachment protocolados contra Bolsonaro. Desses, apenas um não cita a atuação do presidente para boicotar o combate à crise sanitária e denuncia as tentativas de uso político das Forças Armadas.

Os outros 31 apresentados na última semana tem como “ementa” descrita pela Câmara o seguinte texto padrão:

“Alega que o Presidente Jair Bolsonaro se utilizou da autoridade da Presidência e da evidência e do prestígio social atrelados a essa função para boicotar as principais iniciativas de combate à pandemia – seja ao obstruir medidas de comprovada eficácia científica, ao estimular a desobediência sanitária da população, ao atacar as autoridades que tentaram tomar alguma providência ou ao insistir na difusão de informações falsas e teorias conspiratórias entre os brasileiros”.

Os crimes de responsabilidade cometidos por Bolsonaro, segundos os pedidos de impeachment, constituem principalmente atentados aos direitos fundamentais à vida e à saúde dos brasileiros, à probidade administrativa, à dignidade, ao decoro e à honra do cargo. Cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira, dar andamento ou não a esses requerimentos. Aliado de Bolsonaro e líder do Centrão, grupo que dá sustentação ao governo no Congresso, Lira não se posicionou sobre nenhum dos pedidos.

Na tabela enviada pela Câmara, é possível consultar: a data de protocolo do pedido, a quem ele é endereçado (o presidente da Casa em questão), o autor da peça, uma breve descrição do que motivou o requerimento e o estado de tramitação.

Dos 107 protocolados, quatro foram arquivados por serem considerados apócrifos e um foi dado como “concluído” porque a certificação digital utilizada não era do autor. Os 102 restantes constam como “em análise”. No entanto, o termo é apenas uma burocracia, já que cabe ao presidente da Câmara decidir se vai mesmo dar prosseguimento ao processo.

O Congresso em Foco já deixou clara sua posição a favor do impeachment de Jair Bolsonaro em recente editorial. O texto destaca que é desconhecido algum caso de chefe de governo que tenha cometido tantos erros e de forma tão cruel quanto o atual presidente da República.

Pela terceira vez na gestão Bolsonaro, PF tem novo diretor-geral

No mesmo dia em que tomou posse como ministro da Justiça, Anderson Torres decidiu trocar o comando da Polícia Federal. Ele nomeou o delegado Paulo Maiurino como diretor-geral da corporação, no lugar de Rolando de Souza, que ficou menos de um ano no cargo — assumiu o posto após o ex-ministro Sergio Moro deixar o governo. A escolha agradou a setores internos da instituição, por ser considerado um nome técnico, com bom trânsito político, o que pode atrair recursos e apoio do Parlamento.

A troca no comando da PF foi autorizada pelo presidente Jair Bolsonaro e é escolha pessoal de Torres. A mudança não deixou de provocar críticas internas, por causa das constantes alterações de gestão — Maiurino será o terceiro chefe da corporação em pouco mais de dois anos de governo.

A direção da PF passou a ser o centro de uma controvérsia no começo do ano passado, quando Sergio Moro deixou o comando do Ministério da Justiça acusando Bolsonaro de tentar interferir politicamente na corporação. De acordo com declarações do ex-juiz, a intenção do presidente era proteger aliados de investigações. Numa reunião ministerial, em abril de 2020, o chefe do Executivo afirmou que ia “trocar o pessoal no Rio de Janeiro” antes que a família dele enfrentasse problemas. Depois da repercussão, disse que se referia ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que faz a segurança pessoal dele e dos filhos.

Um inquérito sobre as acusações de Moro foi aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). As diligências apuram se Bolsonaro, de fato, tentou interferir na atividade policial na Superintendência do Rio. O ex-ministro também é investigado no caso, por suposta falsa comunicação de crime, também a pedido da PGR.

Moro pediu demissão do Ministério da Justiça após Bolsonaro retirar o delegado Maurício Valeixo do comando da PF. O presidente indicou Alexandre Ramagem, atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ao cargo. No entanto a posse foi vetada pelo STF. O chefe do Planalto, então, nomeou Rolando de Souza, em maio.

Torres também fez mudança na Polícia Rodoviária Federal (PRF). No cargo do diretor-geral Eduardo Aggio assume o inspetor Silvinei Vasques.

Mais cedo, Bolsonaro comentou que alterações ocorrem para adequar melhor o ministério. Ele agradeceu a Torres por ter aceitado o convite. “A gente sabe que você, todas as mudanças que efetuará no seu ministério, é para melhor adequá-lo ao objetivo que traçou. Você quer o Ministério da Justiça o mais focado possível para o bem de todos em nosso país”, ressaltou.

Alinhamento
Na posse, ontem, Torres fez um discurso alinhado ao que prega Bolsonaro, um crítico do lockdown, apesar da escalada de casos e mortes pela Covid-19. O novo ministro enfatizou que é preciso “trazer de volta a economia deste país, colocar as pessoas para trabalhar”.

“Neste momento, a força da segurança pública tem de se fazer presente, garantindo a todos um ir e vir sereno e pacífico”, frisou. “Contem com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para dar essa tranquilidade ao povo brasileiro. Estaremos lá, incansavelmente, não só correspondendo, mas superando expectativas.”

Correio Braziliense

Pernambuco será representado por dois alunos da UFRPE em evento da Fundação Nobel

Pela primeira vez no Brasil, a Nobel Prize Outreach (comunicação da Fundação Nobel) vai promover o evento “O valor da Ciência” com participação de dois ganhadores do prêmio Nobel e de estudantes de todo o país. Pernambuco será representado por dois alunos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a estudante de Engenharia de Pesca Julia Catarine Nicodemos e o doutorando em Recursos Pesqueiros Leandro Nolé. O encontro vai acontecer na quinta-feira (8), a partir das 10h com transmissão no YouTube do Nobel Prize.

O evento, em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e o Instituto Serrapilheira, pretende debater sobre a importância da ciência para a sociedade e também de políticas públicas baseadas no conhecimento científico; principalmente em tempos de crise, como o momento atual, e, assim, inspirar estudantes do Brasil a seguirem carreiras científicas.

De acordo com a programação, a primeira atividade do evento será um diálogo entre May-Britt Moser, laureada com o Prêmio Nobel de Medicina em 2014, e Serge Haroche, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 2012. A segunda parte terá a participação dos estudantes da UFRPE em duas mesas-redondas com os ganhadores do Prêmio Nobel para um momento de perguntas e respostas.

“Estamos vivenciando uma precarização do nosso desenvolvimento científico e tecnológico. Além das graves reduções dos investimentos, existe um constante negacionismo político, o que certamente dificulta a situação. Se esse processo não for revertido, em breve teremos um êxodo de cientistas brasileiros para outros países mais desenvolvidos e certamente terá graves consequências sociais e econômicas”, compartilha Leandro Nolé, um dos selecionados no estado.

Na seleção, 90 universidades públicas, confessionais e privadas dos 23 estados e o Distrito Federal foram convidadas a selecionar dois alunos para representar a pós-graduação e a graduação, totalizando 170 indicações. Desse total, 40 alunos foram selecionados para participar do evento. A escolha se deu pelo histórico científico, excelência acadêmica, e fluência na língua inglesa. O evento será conduzido em inglês, com tradução simultânea disponível. As inscrições podem ser feitas no site da ABC.

Diario de Pernambuco

Brasil: Prisioneiro do passado, refém do presente

Por João Américo de Freitas

Duas propostas políticas partidárias emergem como as únicas competitivas para o pleito do próximo ano, Lula e Bolsonaro. Ao que tudo indica, Bolsonaro e Lula serão os grandes protagonistas de uma disputa eleitoral sem precedentes em nosso país.

A possibilidade de Lula ter seus direitos políticos reabilitados pelo Supremo Tribunal Federal transforma todo o cenário político eleitoral, e a sua presença, já na fase de pré-candidaturas, asfixia os presidenciáveis de centro esquerda, criando basicamente uma única alternativa para o campo político auto nominado de progressista. Já o outro polo, liderado por Bolsonaro, consolidou-se com uma base orgânica que defende o presidente de forma ativa e sistemática nas redes sociais. Esse apoio, junto com o fato de o presidente ter a máquina na mão, dá uma vantagem formidável ao presidente Bolsonaro.

Voltando para Lula, o ex-presidente sinaliza para o centro em busca de apoio de alianças perdidas, e modera o seu discurso para agradar o mercado.

O que existe de semelhança entre Bolsonaro e Lula é que ambos são mais rejeitados, pois sofrem os dois de contradições, controvérsias, e por terem passado por desgastes seus governos.

Já as forças políticas do centro têm pretensões próprias e caminha para uma unidade fazendo aceno ao diálogo. Seis líderes políticos, todos ligados ao centro, se propuseram a assinar uma carta defendendo a democracia e criticando iniciativas autoritárias, demostrando, desse modo, aptidão para a construção de uma frente ampla, ou seja, uma terceira via que se encontra em fase embrionária e sem previsão de vigar. Mas antes, o que era uma barreira intransponível, se apresenta em uma possibilidade palpável e exequível.

Sem unidade, ou seja, sem concesso em torno de uma candidatura competitiva, o centro será, certamente, engolido na polarização que provavelmente ocorrerá em torno de Bolsonaro e de Lula.

O centrão espera paciente e avidamente, como um predador à espreita, aguardando a sua melhor presa passar para que o bote seja certeiro, que no fim das contas não fará tanta importância, pois o centrão será governo, quer queira ou não o presidente de ocasião.

No meio dessa luta entre centro, Bolsonaro e Lula, ficará o voto da classe média, onde boa parte ainda se inclina entre Bolsonaro, e busca alternativa mais ao centro. Ao que parece, o coração dos pobres — um eleitorado que muda mais fácil de opinião e pode ter alguma “saudade” dos governos do petismo e, desse modo, seria a faixa de eleitorado onde Lula teria mais densidade. O grande desafio do PT será reconquistar o eleitorado da classe média.

No fim, ficamos com a certeza de que o Brasil precisa, com senso de urgência, consolidar novas lideranças nacionais deslocadas da polarização, que se apresentem como alternativas viáveis em uma eventual disputa presidencial, sejam elas de que matizes ideológicos forem.

João Américo de Freitas é advogado e comentarista político da Caruaru FM

Prefeitura de Caruaru promove minicurso de Libras para servidores da Assistência Social

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, deu início, no último dia 6, ao minicurso de Libras. As aulas, que seguem até o dia 25 de abril na modalidade remota, são para os servidores municipais da Assistência Social que atuam diretamente com o atendimento ao público.

O curso está sendo oferecido em parceria com o Ciee (Centro de Integração Empresa Escola de Pernambuco) e ministrado pelo instrutor e tradutor/intérprete, Leonardo Ramos. Oitenta servidores, divididos em duas turmas, estão participando da formação.

O curso tem como intuito proporcionar à comunidade ouvinte noções básicas de comunicação, aquisição básica da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como segunda língua (L2), introdução de conceitos, teorias, gramática básica, expressão, cultura, identidade surda e internalização de vocabulário básico geral. “Dessa forma, estamos contribuindo para uma sociedade mais justa e consciente do seu papel”, disse o secretário da SDSDH, Carlos Braga.
 
“É fundamental esses servidores estarem aptos a atender às pessoas com deficiência, principalmente num momento tão difícil que estamos passando”, concluiu o instrutor Leonardo.

UniFavip oferece atendimento fisioterápico para pacientes que se recuperam de covid-19

Em busca da reabilitação respiratória de pessoas que se recuperam da covid-19, o Centro Universitário UniFavip retoma o atendimento de fisioterapia respiratória gratuita. Os atendimentos acontecem de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, no núcleo integrado de saúde (Centro de Fisioterapia), no próprio campus da instituição.

“Nosso atendimento é feito com foco exclusivo nas pessoas que tiveram a covid-19 e já estão curadas, mas ficaram com alguma sequela decorrente da doença, como a dificuldade para respirar. Nestes casos faremos a expansão pulmonar que esses pacientes precisam, por exemplo. O trabalho é desenvolvido pelos nossos alunos do núcleo integrado de saúde, no Centro de Fisioterapia, sob a supervisão dos preceptores de estágio, que também são professores do curso e profissionais da área”, destaca o coordenador do curso de fisioterapia Wlaldemir Santos.

Os interessados precisam agendar horário, através do telefone 81 3138-8530. O serviço é destinado para a população em geral, e cada paciente precisa apresentar RG, Cartão do SUS e encaminhamento médico (se tiver).

Os atendimentos são feitos respeitando o distanciamento e os protocolos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), devido à pandemia do cornavírus. Portanto, é obrigatório o uso de máscara para adentrar no UniFavip e durante todo atendimento.

Serviço

Atendimento gratuito de fisioterapia pós-covid-19

Local: Clínica-escola de fisioterapia, no UniFavip

Dias: segunda a sexta-feira

Horário: 9h às 17h

Documentação: RG, Cartão do SUS e encaminhamento médico (se tiver)

Agendamento gratuito: 81 3138-8530

Serasa Experian vai contratar mais de 40 estagiários

Ainda dá tempo de participar do programa de estágio da Serasa Experian. Estudantes do ensino superior, especialmente aqueles apaixonados por dados e tecnologia, podem se inscrever para as mais de 40 vagas disponíveis, das quais 80% são destinadas às funções de tecnologia, dados e Analytics. A novidade do programa é o estagiário contar com uma evolução programada de sua carreira durante o estágio e, em caso de efetivação, nos seus passos iniciais. Isto abrange sua evolução de posições, responsabilidades e remuneração. Os estagiários terão a oportunidade, em função de seu desempenho, de serem efetivados a partir do 9º mês de estágio. Todo o processo de seleção, entrevistas e contratação será feito em formato digital. Essa é a última semana já que as inscrições têm que ser feitas até 11 de abril de 2021, pelo site:
http://99jobs.cc/estagioserasaexperian2021

O programa conta com ciclos curtos e periódicos de avaliação para garantir o desenvolvimento e possibilitar saltos na remuneração, de acordo com a avaliação de desempenho feita pela liderança imediata e representantes de RH. São duas trilhas: na primeira, de estágio e com remuneração inicial de R$ 1.500 podendo chegar à R$ 2.600 dentro de 24 meses. Caso a pessoa seja efetivada, ela inicia uma nova trilha dentro do programa, a de analista, na qual a remuneração pode chegar a R$ 6.500 dentro de 24 meses, após a efetivação.

“Queremos proporcionar que estudantes tenham condições favoráveis para estruturarem seus primeiros anos de carreira com todo o suporte e treinamento necessários para uma excelente evolução profissional. Buscamos pessoas talentosas com muita vontade de aprender, crescer e superar desafios crescentes para aproveitarem a trilha de desenvolvimento progressivo do programa”. Paixão pelo mundo de tecnologia e dados são fundamentais, uma vez que nos comprometemos a compartilhar com a turma toda nossa expertise e cultura baseada em pessoas e inovação”, diz o vice-presidente de Recursos Humanos da Serasa Experian, Flávio Balestrin.

Podem se inscrever estudantes de qualquer idade que estejam cursando o nível superior (Bacharel, Licenciatura e Tecnólogo) em qualquer universidade do país, com conclusão prevista entre dezembro de 2022 e junho de 2023. Pelo atual momento, os contratados iniciarão as atividades em trabalho remoto, mas quando as atividades presenciais forem retomadas, deverão ter disponibilidade para atuação na localidade das vagas nos escritórios de São Paulo, São Carlos (interior de São Paulo) e Blumenau (SC).

“Queremos que esses profissionais continuem trilhando sua história profissional conosco, uma vez que estarão preparados, totalmente imersos em uma cultura ágil e acostumados com ciclos de performance mais rápidos e desafiadores”, reforça Balestrin.

Além da bolsa-auxílio no formato de progressão contínua, a depender das avaliações de desempenho, a Serasa Experian oferece ainda benefícios, como vale-transporte, vale-refeição e assistência médica e odontológica. A companhia também vai proporcionar aos novos contratados, no caso de trabalho remoto durante a pandemia e medidas oficiais de restrição, todo o equipamento necessário para realização das atividades, como notebook e kit ergonômico.

A carga horária é, preferencialmente, de 30 horas semanais e as pessoas contratadas começarão as atividades em junho ou setembro deste ano, de acordo com a área de atuação e localidade. O primeiro mês será dedicado ao processo de integração à empresa, passando por treinamentos técnicos e de soft skills. A partir do 2º mês, inicia-se a trajetória de integração à área selecionada para que no 4º mês todos já estejam atuando em suas funções.

Acesse aqui o site e saiba como se inscrever no programa de estágio da Serasa Experian!

Eleva Educação inicia processo seletivo para Escola de Diretores 2021

O Eleva Educação inicia o processo seletivo, nesta semana, para a edição 2021 da Escola de Diretores. A inscrição pode ser realizada no site do programa por profissionais com bacharelado ou licenciatura em diferentes áreas, sem necessidade de expertise prévia em gerenciamento de instituições de ensino.

As oportunidades estão disponíveis em 9 Estados e Distrito Federal: Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Brasília, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. O processo seletivo dura cerca de 4 meses com análise curricular, bem como entrevistas coletivas e individuais.

Os aprovados no processo seletivo passam por formação de 12 meses no total. A primeira etapa da formação abrange um treinamento instrucional com 19 encontros – aproximadamente, 2 meses – junto aos maiores especialistas do Eleva Educação em liderança e cultura, tomada de decisão, conhecimentos pedagógicos, administrativos e comerciais, além de uma imersão em uma unidade do Grupo com a supervisão de um diretor sênior.

Os participantes devem alcançar a performance de 70% nas atividades e presença de 80% nos encontros para serem aprovados para a próxima etapa. A Escola de Diretores começou em 2015 e já formou mais de 138 profissionais, incorporados, hoje, às operações do Grupo Eleva Educação.

Na fase seguinte, com duração de 6 meses, o novo diretor participará de uma mentoria com o objetivo de continuar desenvolvendo os temas acima. Os participantes passarão pela experiência do encerramento e início do período letivo, além do ciclo de matrículas, sempre acompanhados por diretores mais experientes.

​“Buscamos candidatos que sempre tenham foco na excelência do ensino e no potencial para liderar pessoas, além do interesse por aprender e ensinar com a missão de transformar vidas por meio da educação. Nossa iniciativa, no ano passado, mesmo em meio à pandemia, formou 34 novos diretores”, analisa Iasmim Brandão, responsável pelo programa. Os principais diferenciais desejados nos candidatos são: cursar ou ter cursado pós-graduação em Gestão Escolar e disponibilidade para morar em diferentes cidades e estados do Brasil.