Pacientes autoimunes devem ter atenção especial durante a pandemia

Pessoas que sofrem com doenças autoimunes, como artrite reumatóide, vasculites, espondiloartropatias, lúpus e outras patologias reumatológicas se preocupam ainda mais com as infecções. Na maioria das vezes, a imunidade baixa faz com que o corpo fique mais suscetível ao ataque de vírus e bactérias. “Os pacientes com doenças autoimunes desenvolvem autoanticorpos, que costumam agredir o organismo, e as medicações utilizadas para o tratamento da própria doença podem levar a um estado de imunossupressão e causar alterações na saúde”, afirmou a reumatologista Júlia Carone.
 
De acordo com a médica, uma dúvida frequente dos pacientes é em relação aos perigos da infecção pelo novo coronavírus e as graves complicações que a doença pode causar. “Até o momento, a maioria dos estudos não comprova que os pacientes com doenças reumáticas estão incluídos no grupo de risco de adoecimento e pior quadro clínico diante da infecção pela Covid-19. Entretanto, vale lembrar da grande prevalência de outras comorbidades nesses pacientes, como hipertensão, obesidade e diabetes, sendo assim importante manter todas as precauções na prevenção contra o coronavírus”, lembrou.
 
A reumatologista explicou, ainda, se é necessário evitar ou suspender o uso de medicamentos imunossupressores durante a pandemia, uma vez que eles podem reduzir a defesa contra infecções externas. “O mais importante é sempre ser avaliado pelo médico, individualmente, incluindo os riscos e benefícios de toda conduta diante de um paciente assintomático e sem os sintomas de infecção pelo novo coronavírus; além dos pacientes reumáticos, que apresentem sintomas gripais. Vale lembrar que a interrupção desavisada do tratamento pode reativar a doença reumática, representando grande risco à saúde do paciente”, alertou.
 
A médica ressaltou que algumas medicações não são indicadas aos pacientes reumáticos. “Até o momento, os estudos com o uso da cloroquina em paciente com a Covid-19 não mostraram benefício em nenhuma fase da doença, inclusive, pode aumentar o risco de arritmias, especialmente quando em uso simultâneo à azitromicina”, finalizou.

*CUIDADOS DURANTE A PANDEMIA*

Além dos cuidados com o distanciamento social, a higiene das mãos, o uso do álcool em gel e da máscara, é importante ressaltar a importância da vacinação contra a gripe pelo vírus influenza e H1N1. Além disso, não é aconselhado adiar a consulta caso existam sinais de desregulação da doença reumática. O paciente deve entrar em contato com o médico caso haja suspeita de infecção pelo coronavírus. Inclusive, deve ficar atento à possibilidade de que o tratamento das doenças reumáticas pode interferir junto aos sintomas da Covid-19.

Acic realiza seminário gratuito e on-line sobre boas práticas para retomada das atividades

Há duas semanas, Caruaru avançou para a quarta fase do Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19, desenvolvido pelo Governo de Pernambuco. Tendo participado ativamente de todas as discussões relativas à retomada dos setores, a exemplo do comércio, a Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic) tem incentivado o funcionamento responsável e o comprometimento com a minimização dos riscos de contaminação do novo coronavírus. Neste contexto, a Entidade realizará um seminário aberto ao público, que tem como tema “Boas práticas de retomada às atividades”, no dia 28 de julho, às 19h15, pela plataforma Zoom.

A capacitação on-line e gratuita contará com a contribuição de quatro profissionais. Os cirurgiões-dentistas, empresários e professores universitários, Danielle Lago e Daniel Saturnino, responsáveis pela elaboração do manual da Acic para retorno das atividades laborativas, abordarão as “Medidas preventivas das empresas com a saúde das equipes e dos clientes”. O objetivo é detalhar as principais práticas que podem impedir a propagação do novo coronavírus nos mais diversos ambientes corporativos, incentivando o cumprimento das orientações recomendadas pelos órgãos sanitários.

Já a advogada trabalhista, André Sousa, trará para o debate a discussão jurídica sobre a pandemia, com o tema “Efeitos da Covid-19 no Direito do Trabalho”. Será uma oportunidade tanto para empregadores quanto para funcionários entenderem o que mudou nesse ramo do direito com as adequações que precisaram ser feitas, em virtude da crise do novo coronavírus. Entre os assuntos que serão trazidos para o seminário, a contaminação de Covid-19 ter sido considerada uma doença ocupacional, como definiu o Supremo Tribunal Federal (STF), em junho, e a recontratação de colaboradores.

A consultora de Segurança do Trabalho e diretora da Evolutio SST, Elis Teixeira, irá tratar da pandemia sob a ótica da segurança do trabalho. A especialista irá apresentar ações e equipamentos de prevenção ao contágio da Covid-19 nas empresas, para que os espaços laborativos se tornem cada vez mais seguros para o exercício das atividades da indústria, comércio e serviços. Através dessas três abordagens, a Acic tem como perspectiva ampliar os conhecimentos de seus associados e do público em geral sobre como deve ser o novo normal para que não exista retrocesso no avanço do Agreste no Plano de Convivência.

Data de votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias no Congresso ainda é incerta

A pandemia ocasionada pelo novo coronavírus já produz prejuízos para o exercício econômico-financeiro de 2021, que segue indefinido. Isso porque a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano, que já deveria ter sido votada na Câmara dos Deputados, continua assunto pendente. O material é essencial para que a Casa possa definir a Lei Orçamentária Anual (LOA) do próximo ano, que precisa ser entregue até o fim de 2020. Normalmente, a LDO teria de ser entregue até o dia 17 de julho.

Em nota, a Câmara dos Deputados disse que o presidente do Congresso Nacional ainda não designou os integrantes da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), formada por 30 deputados federais e dez senadores que analisam o documento entregue pelo Governo Federal. Destacou ainda que os partidos e blocos estão fazendo a indicação dos membros e suplentes da comissão, que só então poderá ser instalada. Não há previsão de quando isso pode ocorrer e de que maneira serão realizados os trabalhos no sistema de deliberação remoto.

Todo o processo começa em janeiro, com os ministérios definindo as ações orçamentárias, e dá sequência em abril, quando o documento chega ao Congresso Nacional. Além de ser um Norte para a elaboração da Lei Orçamentária de 2021, a próxima LDO tem o objetivo de examinar os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, aos orçamentos e créditos adicionais, definir metas fiscais, além das contas apresentadas anualmente pelo presidente da República. A comissão também é responsável, dentre outras obrigações, por examinar os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos constitucionalmente e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária. 

Segundo William Baghdassarian, economista do Ibmec, o número de incertezas na economia por conta da pandemia é enorme, por isso o atraso na definição da lei de diretrizes. Ele explica que apesar de o Ministério da Economia ter tentado conter o gasto, já se verificou que várias despesas serão superiores em 2020 e que a dinâmica da pandemia, ainda completamente instável, faz com que uma definição rápida da LDO seja prematura.

“Já está em discussão a renda mínima, o endividamento público já aumentou, então os juros do ano que vem vão ser mais altos. Uma série de escapes que acontecem para o próximo ano. São restrições que não são crônicas, já vinham acontecendo, mas que são novas por conta da Covid-19. Então, não me causa surpresa o fato de a LDO ainda estar em discussão no Congresso”, relata.

Willian assinala que até mesmo a retração econômica por conta da pandemia é complicada de se estipular, uma vez que vários setores sofreram queda, enquanto outros cresceram durante o afastamento social.

“Enquanto os setores de alimentação, vestuário, turismo, cultura perderam muito, outros setores como saúde, hospitais, remédios, fisioterapia, ganharam. Supermercado ganhou. Todos ligados à tecnologia. Na economia, se aperta de um lado, solta do outro”, destaca. “É muito prematuro definir qualquer tipo de impacto porque a crise ainda está rolando. Estamos com pouco mais de 82 mil mortos e pode parar em 85 mil, 86 mil, mas de repente esse número pode ir a um milhão.”

Imprevisibilidade

Como a LDO é essencial para a definição de metas e prioridades do governo no próximo ano, o desenrolar da pandemia reflete diretamente nas tomadas de decisões hoje que afetarão o país em 2021. O advogado tributarista, Alexandre Steil, aponta que indicar hoje as normativas que vão gerar os quantitativos de amanhã é a grande questão do momento.

“O ponto da pandemia é esse. Você atrasando tudo isso, além do excesso de gastos, pode afetar toda a programação orçamentária. Pode criar diversas outras necessidades no próprio orçamento geral que você não teria em um período sem calamidade”, explica. 

O especialista vê problema no atraso, já é preciso fechar a Lei Orçamentária Anual até o fim do ano para poder ter as despesas e gastos sendo corretamente alocados, e destaca que o governo terá de rever diversas questões do orçamento, uma vez que vários fatores podem interferir naquilo que originalmente é planejado, como a criação da vacina, a possibilidade de uma nova onda de pandemia ou da necessidade de novas intervenções para auxiliar empresas e trabalhadores. 

“As diretrizes gerais da utilização que é o que a LDO vai dar para o orçamento, a pandemia afeta justamente por transferir aquilo que seria uma programação normal, de gastos normais, para gastos e alocação de recursos para tratar essa emergência de saúde”, ressalta.

Indicadores

Os especialistas também afirmam que serão vários os indicadores econômicos alterados por conta da pandemia e que isso afeta diretamente o orçamento anual, como, por exemplo, uma previsão de aumento de salário mínimo. A questão de calamidade na saúde não só altera a previsibilidade desses indicadores como também traz à tona a importância de investimentos que são discutidos há anos, entre eles infraestrutura, internet na educação, reforma tributária e uma maior participação do setor privado, como é o caso do saneamento básico.

“Todo esse debate que estava se arrastando, como por exemplo o investimento em tecnologia que estamos precisando, vem à tona. E isso não só vai impactar na LDO como na Lei Orçamentária desse ano e certamente na dos anos posteriores”, destaca Alexandre.

Tripé

Toda a estrutura orçamentária do país se equilibra em cima de um tripé, o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento Anual (LOA). O advogado tributarista explica que se essa estrutura não estiver muito bem especificada nos cronogramas, o Executivo dificilmente vai conseguir desempenhar o orçamento corretamente no próximo ano.  

“Esse é o jogo que tem de ser feito, com base no Plano Plurianual (PPA), LDO e no próprio orçamento. Se você não tiver o equilíbrio entre as três, você pode ter inconstitucionalidade de alguns dispositivos. Por exemplo, uma LDO que não se adequa ao PPA, pode ter o dispositivo impugnado por inconstitucionalidade”, aponta.

Segundo Alexandre, a previsão é de que a LDO seja aprovada ainda em agosto, comparando com anos anteriores em que a lei de diretrizes atrasou por conta de outros motivos. “Eles procuram não passar de agosto justamente para possibilitar tempo para discutir a Lei Orçamentária no Congresso”, explica. “Tudo depende, no entanto, dos rumos da pandemia.”

Fonte: Brasil 61

Ministério da Cidadania prorroga prazo para saque do Bolsa Família

O prazo para o saque do benefício do Bolsa Família foi estendido até o fim do estado de calamidade pública por causa da pandemia da Covid-19. De acordo com a regra que estava em vigor, os benefícios que não fossem sacados em, no máximo, três meses tinham que ser restituídos. A decisão foi publicada na última sexta-feira (24), em portaria no Diário Oficial da União. 

Segundo o texto assinado pelo ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, a alteração leva em consideração a necessidade de evitar aglomerações dos cidadãos para acesso aos benefícios, medida que busca minimizar a chance de propagação do novo coronavírus. 

A prorrogação vale, também, para as parcelas do Bolsa Família pagas e que ainda estejam válidas, segundo o calendário de pagamentos do programa. 

Fonte: Brasil 61

Fiocruz considera retorno às aulas prematuro neste momento

A reabertura das escolas e o retorno às aulas neste momento é uma medida prematura. A constatação foi feita pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), que divulgou documento sobre o retorno das atividades escolares durante a pandemia de Covid-19. O texto apresenta um panorama epidemiológico, com fontes de diferentes instituições, para uma melhor compreensão sobre a emergência de saúde pública. 

A instituição mostrou preocupação com a possível reabertura das escolas no município do Rio de Janeiro e diz que para tal medida seria necessário, primeiro, uma posição de epidemiologistas, infectologistas, pneumologistas, pediatras e outros especialistas que acompanham e monitoram todo o processo pandêmico. 

Ainda segundo o relatório da Fiocruz, o município do Rio de Janeiro precisa garantir que as escolas públicas e privadas apresentem seus planos específicos para abertura e a construção de diretrizes e protocolos rígidos para monitoramento e controle de casos, atenção redobrada para os alunos especiais e política de abordagem psicossocial e saúde mental.
 
Fonte: Brasil 61

Mais de 700 mil pessoas foram alcançadas nos últimos quatro meses nas barreiras sanitárias de Caruaru

Seguindo o Plano de Isolamento Social Intensivo definido pela Prefeitura de Caruaru, as barreiras sanitárias instaladas em pontos estratégicos da cidade ao longo dos últimos meses para o combate à Covid-19 alcançaram mais de 700 mil pessoas. A ação já abordou, até o momento, mais de 162 mil veículos.

Durante as abordagens preventivas, foram identificadas cerca de 40 mil pessoas em vulnerabilidade, dentre eles, idosos, crianças e gestantes. Outro ponto importante é que mais de mil veículos pararam espontaneamente nas barreiras para solicitar informações ou fazer denúncias, colaborando com as ações de combate ao novo coronavírus.

Além de abordagens educativas, as barreiras ganharam reforços na estrutura. “Disponibilizamos pontos de higienização das mãos com lavatórios e álcool gel, além da distribuir gratuitamente máscaras para a população e orientar sobre a rede de saúde”, explica a secretária de Ordem Pública, Karla Vieira.

Com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, foi possível aferir a temperatura da população com a utilização de termômetros com infravermelho, e conferir a porcentagem de hemoglobina arterial, com a ajuda de oxímetros. Quase 18 mil pessoas utilizaram os equipamentos que auxiliam na identificação de casos suspeitos de Covid-19, dessas 274 pessoas foram encaminhadas para unidades de saúde e outros 2 mil veículos foram orientados a voltar para as residências, de acordo com decreto em vigor.

“Estaremos intensificando as ações com novos pontos estratégicos, dentre eles, a CEACA, Delivery Sulanca e centro da cidade. Esses locais têm como o objetivo atender a população de forma mais intensa. Atualmente, a média do mapa de isolamento social em Caruaru gira em torno de 40%”, pontuou Karla.

As barreiras sanitárias são coordenadas pela Secretaria de Ordem Pública, em um trabalho conjunto com a Guarda Municipal, agentes de trânsito, agentes de saúde, fiscais de Ordem Pública e bombeiros civis.

Foto: Arnaldo Félix

Gestão pública colaborativa tem ajudado prefeitura nos serviços urbanos, inclusive na pandemia

Acesso internet celular

Que tal ter dezenas de milhares de pessoas trabalhando para a prefeitura? Essa é a gestão pública colaborativa, uma ferramenta que tem auxiliado cada vez mais os gestores em vários municípios brasileiros. Isso não quer dizer que os cidadãos são empregados do município, mas eles podem ajudar, e muito, na rapidez e eficiência dos serviços prestados à comunidade.

Uma das iniciativas privadas no Brasil que oferece uma ferramenta de gestão pública colaborativa é o Colab, aplicativo que surgiu em 2013 com o propósito de aproximar cidadãos e governos através da tecnologia. Por meio do programa, que pode ser instalado no celular ou no computador, a população pode solicitar serviços de zeladoria urbana e participar de tomadas de decisão de sua cidade através de consultas públicas.

Um dos municípios que se beneficiam com a tecnologia é Santo André, em São Paulo. Em 2017, quando a cidade fez a revisão do Plano Diretor, usou a plataforma Colab para realizar a consulta pública e o sucesso foi tão significativo que a ferramenta foi estendida para os demais serviços urbanos direcionados à população, como por exemplo tapa buracos, rede elétrica e poda de árvores.

A prefeitura enxerga agora o cidadão como um agente público que pode ajudar a prefeitura e que está circulando por toda a cidade, ou seja, pode identificar os problemas rapidamente e saber que eles serão resolvidos em um prazo muito curto.

Como a prefeitura de Santo André adotou o aplicativo como contato oficial, os moradores passaram a ter maior participação nas tomadas de decisão e tornam a gestão e os serviços bem mais eficientes que antes. Segundo Pedro Seno, secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos do município, a média de atendimento atualmente é de, no máximo, um mês, bem diferente de quando começaram a fazer a revisão do processo.

“Hoje temos atendido mais ou menos 70% a 75% das demandas e cerca de 60% são atendidas em até 30 dias. Quando começamos o projeto, a levantar os dados de atendimento em 2017, tínhamos demandas abertas há mais de oito anos na prefeitura.”

Covid-19

Neste momento de pandemia, quando a tecnologia está ainda mais atuante, o aplicativo foi ainda mais providencial para a prefeitura de Santo André. Segundo o secretário, novas categorias foram abertas no programa para que a população pudesse fiscalizar se as orientações das autoridades de saúde estavam sendo cumpridas na cidade e solicitar ações que garantissem a segurança de todos.

“Abrimos algumas categorias novas para que o pessoal pudesse fazer denúncias no apoio à fiscalização. Entre eles estavam aglomeração de pessoas, comércio aberto irregularmente e preço abusivo de produtos. Essas informações serviram de subsídio para as equipes e foram providenciais no combate à pandemia.”

O CEO da startup Colab, Gustavo Maia, acredita que a iniciativa alia a inovação governamental ao engajamento cidadão, é tudo feito com muita transparência, por meio de uma rede social aberta e estruturada. Ele destaca que esse novo meio de gerir os serviços públicos torna o município mais eficiente, responsivo e legítimo, uma vez que alça os moradores à posição de agentes transformadores da cidade onde vivem. 

“A gestão pública colaborativa é essencial tanto para dar voz ao cidadão, motivando-o a se engajar e ajudar o Poder Público, quanto fazer com que o governo seja mais aberto e transparente, de modo a conseguir criar suas soluções a partir da colaboração das pessoas”, ressalta Gustavo.

Atualmente, o Colab está presente em mais de 100 cidades do Brasil e possui mais de 250 mil usuários cidadãos. Além de Santo André, outros 19 municípios utilizam a plataforma como aplicativo oficial de comunicação e zeladoria urbana.

Além de ajudar o cidadão a conseguir o atendimento de serviços públicos com mais rapidez, a ferramenta também possibilita aos gestores uma condução mais estratégica, tática e operacional da administração pública, já que é possível fazer recortes dos mais variados tipos na base de dados, como categorias de solicitação por região e tempo de solução das demandas. O Colab pode ser baixado tanto pelos cidadãos no site da startup quanto nas lojas de aplicativos para celular. 

Fonte: Brasil 61

Puxada pelo setor de serviços, demanda das empresas por crédito cresce 12,1%

A demanda das empresas por crédito aumentou 12,1% em junho na comparação com maio deste ano, de acordo com o Indicador da Serasa Experian. Foi o segundo crescimento mensal consecutivo, já que maio havia registrado alta de 12,3%. Na análise por setor, o destaque fica com serviços, que subiu 15,7%. Na sequência, estão: indústria (9,3%) e comércio (8,9%). “O segmento de serviços é um dos que mais sofreram neste cenário econômico desafiador. Com a reabertura gradual, muitas empresas estão em busca de crédito para reequilibrarem as contas e se prepararem para uma retomada do crescimento”, destaca o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Na análise pelo porte, as pequenas e médias empresas – PMEs – foram as que mais demandaram crédito, com alta de 12,8%. A busca de crédito pelas demais empresas, de médio e grande portes, recuaram -3,8% e -4,5%, respectivamente.

Entre as regiões, a Norte apresentou o melhor desempenho, com aumento de 21,1% na demanda das empresas por crédito. Na sequência vem Nordeste, com alta de 18,7%, e Sudeste, onde a procura foi 15,6% maior. O Centro-oeste, depois de um aumento de 20,6% em maio, voltou a recuar (-1,6%).

Para Luiz Rabi, “assim com o setor de serviços, as PMEs também enfrentaram dificuldades e, agora, várias delas começaram a renegociar suas dívidas de modo a sustentar o reaquecimento econômico verificado a partir da reabertura econômica gradual. O mesmo não se aplica às médias e grandes empresas, pois estas normalmente contam com mais reservas de capital para o enfrentamento de turbulências na economia, com fontes alternativas de financiamento, além do crédito bancário (mercado de capitais, recursos externos etc.).”

Avaliação anual

Na comparação anual – junho 2020 x junho 2019 – o indicador também demonstrou uma recuperação, com a primeira alta (5,3%) após dois meses de queda. Isso também fica evidente na análise anual dos setores. Em junho, todos apresentaram números positivos se comparados com o ano passado, com destaque para Serviços (8,5%), Comércio (2,8%) e Indústria (0,8%). “Esse resultado reforça que, ainda que de forma gradual, estamos no caminho certo”, finaliza Rabi.

A série histórica deste indicador está disponível em:
https://www.serasaexperian.com.br/amplie-seus-conhecimentos/indicadores-economicos

Como a Psicologia tem ajudado em tempos de pandemia

O isolamento social, a incerteza quanto ao futuro e as mudanças nas rotinas evidenciaram a importância de cuidar não apenas da saúde física. A pandemia evidenciou a necessidade do contato, do abraço, das conversas olho no olho, de uma caminhada e dos pequenos prazeres diários que, muitas vezes, nem nos dávamos conta de sua relevância para nosso bem-estar. Todos esses processos são fundamentais para nossa saúde mental.

A psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Danila Aciole, ressalta que nunca dialogamos tanto sobre a necessidade do cuidado com a saúde mental. “Você que está lendo esse texto nesse momento já deve ter parado para refletir sobre como estão se organizando suas emoções nesse período de pandemia”, reflete a profissional.

Ainda segundo a psicóloga, especialistas apontam que, para além dos danos socioeconômicos e sanitários, a pandemia também já nos deixa danos psicológicos e afetivos nunca vistos na história. Ela afirma que o sofrimento psicológico causado pela pandemia do novo coronavírus afeta a população em geral, mas os profissionais de saúde em especial, pois estão diariamente lidando com o sofrimento e cuidado do outro.

Mas, como a psicologia tem ajudado em meio a essa grande pandemia? Segundo Danila, a psicologia como prática voltada ao cuidado da saúde-mental e bem-estar dos indivíduos busca orientar sua intervenção para o acolhimento e suporte socioafetivo de milhares de pessoas.

“Nunca a atuação do(a) psicólogo(a) foi tão requisitada. Pensando nessas situações atípicas e de emergência, o próprio Conselho Federal de Psicologia (CFP) constituiu a possibilidade da atuação desses profissionais em emergências e desastres, contextos clínicos, de assistência social e saúde pública. Essa atuação está baseada nos variados contextos de atuação do psicólogo: hospitais, escolas, clínicas particulares, nas políticas de saúde, da assistência social, no enfrentamento a violência de gênero etc.”, explica a coordenadora.

A psicologia tem se reinventado para acompanhar esses impactos na subjetividade. Para isso, é necessária uma formação de excelência, baseada no compromisso ético do cuidado. E o curso superior de Psicologia é uma das graduações ofertadas com excelência pela UNINASSAU Caruaru. Os interessados em realizar inscrição ou obter mais informações podem acessar o site vestibular.uninassau.edu.br ou entrar em contato pelo número 81 3413-4660.

Denúncia: Falta de EPIs nos hospitais brasileiros

Forças Armadas promovem ação de desinfecção no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), uma das medidas adotadas para prevenir a contaminação pelo novo coronavírus

A enorme demanda de atendimentos médicos no combate ao novo coronavírus provocou a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os profissionais da linha de frente em todos os hospitais do país. Para saber a gravidade da situação, a Associação Médica Brasileira (AMB) criou, em 19 de março, uma plataforma na internet para denúncias anônimas e registrou, até o último dia 21, quase 4 mil reclamações. 

A partir dos relatos recebidos, a AMB comunica os estabelecimentos apontados, solicita esclarecimentos e a atualização das informações e notifica o Ministério da Saúde, o Conselho Regional de Medicina (CRM), as Secretarias de Saúde Municipal e Estadual, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Ministério Público. 

De acordo com a AMB, até o dia 21 de julho, 782 municípios já tinham se pronunciado na plataforma. O estado de São Paulo é o líder em escassez de EPIs, com mais de 1.398 registros em 176 municípios. Apenas na capital, foram 455 denúncias. Rio de Janeiro aparece na sequência, com 422 reclamações em 59 municípios, seguido de Minas Gerais, com 398 denúncias de 114 cidades. São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre são as três capitais com maior número de registros, que em todo o país já somam 3.873.

Entre os produtos mais recorrentes nas reclamações estão: Máscara tipo N95 ou PFF2 (85%), Óculos ou Face Shield (66%) e Capote impermeável (65%). Uma denúncia afirma que costuma conter mais de um material em falta nos locais de atendimento. 

Como denunciar

Médicos e profissionais de saúde devem acessar a Plataforma da AMB para fazer denúncia de forma totalmente anônima. A população também pode entrar no site para acompanhar os dados da pesquisa. 
Dentre os relatos registrados na plataforma e divulgados pela AMB, consta a reclamação de um profissional de saúde de São Paulo que denunciou procedimentos equivocados quanto à distribuição de máscaras. “O hospital está nos obrigando a utilizar a mesma marcara N95 desde o início da pandemia! E eles se recusam a trocar as nossas máscaras, que antes tinham validade de 7 dias.”, relata.

A reportagem entrou em contato com a AMB, solicitando entrevista, mas a Associação alegou falta de agenda.

Situação crítica em São Paulo

Segundo Solange Caetano, presidente licenciada do Sindicato dos Enfermeiros de São Paulo, as denúncias são constantes desde que começou a pandemia, principalmente em São Paulo que concentrava e continua concentrando o maior número de casos. O sindicato notificou várias empresas, tanto do setor público quanto do privado, orientando que se fornecesse os EPIs para que os profissionais ficassem protegidos. 

“Ao longo do tempo continuamos recebendo denúncias e tivemos que entrar com outras ações, contra o estado, contra o município de São Paulo e garantimos uma liminar para que esses trabalhadores recebessem equipamentos de proteção em quantidade e qualidade necessárias. Isso diminuiu um pouco as reclamações, mas elas ainda continuam”, relata.

Solange explica que as reclamações ocorriam mais na capital, onde havia a maior concentração de casos. Agora, ocorre o contrário. “Nesse momento a gente tem uma inversão. Temos mais reclamações do interior porque o número de casos tem aumentado por lá. Na região de Sorocaba, por exemplo, temos muitas denúncias relacionadas à falta de EPI. Esse dado sofre a falta de máscara é verídica, não a máscara cirúrgica, mas a máscara PFF2 ou a N95, que são indicadas para ter contato com pacientes que têm Covid-19. Isso não tem chegado aos trabalhadores”, denuncia.

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo informou que possui, atualmente, um estoque com mais de 29 milhões de Equipamentos de Proteção Individual, considerando os principais itens, entre álcool etílico 70°, mais de 3,2 milhões de máscaras cirúrgicas e 92 mil máscaras N95.

Solange aponta que deve haver problemas na distribuição, já que o estado alega ter estoques dos equipamentos. Ela também alega que é preciso um maior número de equipamentos adequados, como as máscaras PFF2 ou a N95, já que a máscara cirúrgica não é considerada como um equipamento de proteção.

“Nós temos dois fatores. Se estão comprando, como que está chegando nas instituições e por que isso não está chegando ao trabalhador? Em algum lugar tem problema. Segundo, a máscara cirúrgica só deve ser usada quando há distanciamento de 1,5 metro a 2 metros do paciente. Não dá para o trabalhador continuar usando máscara cirúrgica porque ela não protege como deveria proteger.”

Antecipação

Segundo a plataforma da Associação Médica Brasileira, o estado do Rio de Janeiro é o terceiro estado com municípios que mais denunciaram e a capital é a segunda com o maior número de reclamações. Foram 422 até a manhã de 23 de julho. 

Segundo Jorge Darze, subsecretário geral de Saúde da capital fluminense, o prefeito do Rio de Janeiro acabou preparando o município para a pandemia sem saber, em meados do ano passado, quando renovou o parque tecnológico da rede municipal de saúde. Jorge explica que Marcelo Crivella visitou a China para conhecer fábricas de equipamentos médicos e fechou uma compra de 18 mil itens a preço de fábrica, parcelado em cinco anos, entre aparelhos e equipamentos de proteção. 

“Esses equipamentos que foram comprados em meados do ano passado, foram comprados em um momento em que nós não sabíamos que teríamos mais adiante uma pandemia. O prefeito foi visionário porque conseguiu, com essa decisão, comprar 18 mil itens. E entre eles estão 800 respiradores.”

O subsecretário explica que o Rio de Janeiro talvez seja a primeira e única prefeitura que se capacitou para o enfrentamento dessa pandemia muito antes de ela se tornar avassaladora. Ele conta que o município se preparou dois hospitais exclusivamente voltados para essa doença e contou com 10 milhões de equipamentos de proteção individual que se somaram aos equipamentos adquiridos na China em 2019.

“Quando a AMB fala das dificuldades que os médicos têm no Brasil e no mundo, sobre os EPIs, isso se deu muito mais no início da pandemia, porque esse equipamento ficou em falta no mundo todo […], mas a prefeitura já tinha comprado na China essa grande quantidade de EPIs que também chegaram junto com os demais equipamentos. Aqui, se a gente teve alguns momentos de dificuldade para ter acesso a equipamentos de proteção individual, foram períodos muito curtos, ligados ao início da doença”, ressalta.

Jorge destaca também que os 800 respiradores adquiridos em 2019 e que chegaram agora foram providenciais, já que cerca de 400 dos aparelhos antigos, que foram substituídos, serviram para ajudar cidades próxima à capital. “Com a chegada desses equipamentos novos, desses 800 respiradores, esses anteriores que estavam em uso estão sendo hoje cedidos a vários municípios do Rio de Janeiro, que está fazendo o papel que caberia ao governo do estado, de oferecer suporte aos municípios próximos para que essa população seja atendida no seu local de moradia.”

Equipamentos entregues

Segundo o Ministério da Saúde, até o dia 17 de julho o Governo Federal já tinha distribuído mais de 183 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para todo o país. Entre os itens estão máscaras, aventais, óculos e protetores faciais, toucas, sapatilhas, luvas e álcool. 

Segundo o balanço, o Ministério da Saúde já entregou aos estados 564,2 mil litros de álcool; 3,1 milhões de aventais; 36,9 milhões de luvas; 8,6 milhões de máscaras N95; 114,9 milhões de máscaras cirúrgicas; 1,8 milhão de óculos e protetores faciais; e 17,1 milhões de toucas e sapatilhas. Os materiais foram entregues para as Secretarias Estaduais de Saúde, responsáveis por definir quais os serviços de saúde vão recebê-los, a partir de um planejamento local.

A população pode acompanhar a quantidade de EPIs distribuída a cada estado por um Painel Online criado pelo Ministério da Saúde. Na plataforma também é possível acompanhar a quantidade de leitos habilitados, de testes entregues, insumos e outros itens disponibilizados para cada estado. 

Segundo a ferramenta da pasta, o Rio de Janeiro já recebeu mais de 15 milhões de EPIs, sendo quase 780 mil máscaras N95. Já São Paulo teria recebido, entre máscaras, álcool, luvas, óculos e demais protetores, cerca de 27 milhões de itens.

Fonte: Brasil 61