Ação Civil Pública contra a China pede R$ 420 bilhões de indenização

A Associação Comercial de Cabo Frio-RJ entrou com Ação Civil Pública contra a China e está pedindo na justiça uma indenização de 420 bilhões em favor do povo brasileiro devido aos desdobramentos da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19) e os prejuízos à atividade comercial.

Segundo o advogado e consultor jurídico responsável pela ação, Dr. Anselmo Ferreira Melo Costa, a ação busca a reparação dos danos causados pelo SARS-CoV-2, ou, popularmente conhecido como novo coronavírus à economia e a atividade comercial no Brasil: “como podemos observar, a atividade mundial parou. As pessoas começaram a se isolar em suas casas, como medida de prevenção e para evitar a disseminação do novo coronavírus, levando a demissões em massa e crise financeira, sem contar ainda os danos à saúde pública e as milhares de vítimas do covid-19 que vieram a falecer.”

Ação pede R$ 420 bilhões em indenização ao povo brasileiro

Segundo o advogado, busca-se também reparar os danos que os cofres públicos sofrerão com a pandemia: “De acordo com o Ministério da Economia, foi feita a revisão da projeção do PIB, em 2020, de 2,1% para 0,02%, como reflexo direto na meta de resultado primário, o que aumentou a previsão de déficit nas contas públicas para R$ 419,2 bilhões, devendo então, quem deu causa a isso, no caso a China, reparar o dano material.”

Análise detalhada e exemplo estrangeiro

Antes de protocolar a ação, o Dr. Anselmo Melo conta que houve intensa pesquisa: “Tomou-se muito cuidado para o ajuizamento da ação popular. Em conversa com a parte autora, bem como com a minha equipe de advogados, incluímos estudos médicos já feitos em diversos países do mundo e analisamos o histórico da China em relação à origem de novas doenças. Buscou-se, também preceitos internacionais e ações que outros advogados em relação ao mesmo caso, como foi o caso de dois escritórios nos Estados Unidos, o que nos impulsionou a fazer o mesmo trabalho aqui no Brasil.”

Ainda nessa esfera, o Dr. Anselmo Ferreira Melo Costa aponta como fundamentou a sua argumentação: “Há evidências de que a China é a grande responsável por esse cenário caótico que estamos presenciando em todo mundo e que precisa sim ser responsabilizada. Sabemos que será uma grande inovação no mundo jurídico e que não há notícias de ações similares no histórico do Direito Brasileiro. A petição foi fundamentada por meio de provas técnicas e informativas não resta dúvida que o Governo chinês foi negligente e imprudente, com nenhuma cautela para evitar tal propagação mundial, adotando atitudes flagrantemente abusivas.”

Possibilidade de golpe político questionada

O advogado também levanta a possibilidade da pandemia do covid-19 ter sido parte de um conluio político: “Acredita-se que por conta do pavor que assola a população neste momento, que está com medo de ser infectada, as pessoas ainda não se deram conta em toda a possibilidade disso ter sido um perfeito golpe político da China. Isso porque, entre várias evidências que mencionamos na ação, como o fato dos médicos que tentaram avisar a população terem sido todos silenciados pelo governo chinês, merecendo destaque o Dr. Li Wenliang, que chegou a realizar alertas à população quanto à existência e a gravidade da doença e foi detido pela polícia chinesa, sendo acusado de propagar boatos. Dias após, o mesmo se tornou uma vítima fatal do coronavírus.”

Também são apontadas questões geopolíticas para embasar a possibilidade de uma ação planejada: “O vírus começou a se espalhar em larga escala em um dos países centrais da Europa, a Itália, que está listada em primeiro lugar do ranking mundial de maior população idosa no mundo (ou seja, mortes em escala para causar pânico na Europa e consequentemente do mundo). Outro fato que chama atenção é que Rússia, um dos maiores países do mundo e que faz fronteira com a China, ter pouquíssimos casos de covid-19. Sabe-se que a relação entre os presidentes de ambos países vêm de longa data assim como suas diferenças com os EUA.”

Governo Chinês responsabilizado

A ação cita nominalmente, em face da República Popular da China, o presidente Xi Jinping, e a representação do país no Brasil, a Embaixada da República Popular da China em Brasília e o Embaixador, Yang Wanming: “Devido a negligência do governo chinês, são nítidas que as consequências da covid-19 vão além da saúde da população, havendo grande desfalque econômico, déficits nos cofres públicos, desemprego em massa, o que deixará toda população à míngua e, muito provavelmente, crise na saúde pública. O governo chinês precisa indenizar a população brasileira, pois tudo isto é fruto da negligência deles.”

Desemprego e quarentena

Na petição, o Dr. Anselmo Melo aponta que nem todos os trabalhadores brasileiros podem estar em quarentena e trabalhar a partir de suas casas: “Existem diversos setores onde não é possível atuar em home office. Logo, as máquinas estão paradas, as vendas encerradas, o dinheiro não gira, e as dívidas aumentam a cada hora. O que temos como resultado é um colapso total da economia, desemprego, grandes perdas e sofrimento em nosso país.”

Internet se mostra alternativa essencial para manter vivo o hábito da leitura

No dia 23 de abril é comemorado o Dia Mundial do Livro. Em época de pandemia, a leitura vem se tornando forte aliada para quem quer ocupar o tempo livre durante a quarentena, sem abrir mão do conhecimento. Ainda assim, concorrentes de peso, como os smartphones e a própria internet, vêm ocupando posição de destaque nesse período de isolamento social. De acordo com a Mestra em Educação Contemporânea e professora do curso de Pedagogia da Pitágoras Caruaru, Adma Soares, balancear o uso da internet com os livros é a melhor saída, principalmente com tantas opções para manter esse hábito vivo, seja por meio de e-books ou outras plataformas de leitura, como Kindle e tablets.

Segundo a edição mais recente da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro em 2016, 26% das pessoas que já ouviram falar em livros digitais leram conteúdos nesse formato. Esse número cresce para 34% entre os considerados leitores e 38% entre os que dizem gostar muito de ler no formato online. Além disso, o encantamento das crianças com os equipamentos tecnológicos, que vem desde os primeiros meses de vida, acaba criando um novo perfil de consumidores do entretenimento e também de novos leitores.

Para a Mestra em Educação Contemporânea da Pitágoras Caruaru, a internet não deve ser vista como vilã e sim como uma aliada no incentivo à leitura. “Quando usada de forma adequada, respeitando as indicações de tempo para cada idade, a internet é uma grande colaboradora para o crescimento do consumo de livros, oferecendo novos formatos e possibilidades. Por meio do ambiente online, temos acesso a um acervo muito maior de obras, inclusive gratuitas. Nesse caso, a internet não anula o livro, eles caminham juntos! De forma rápida e natural, a tecnologia está despertando o interesse e formando novos leitores”, afirma.

A leitura virtual, inclusive, pode ser uma aliada para mudar o cenário de livros lidos pelos brasileiros. Segundo a mesma pesquisa do Instituto Pró-Livro, a média de leitura do brasileiro é de 2,54 livros por ano. A pesquisa considerou como leitor pessoas que leram ao menos um livro, inteiro ou em partes, nos 3 meses anteriores. No total, apenas 56% dos entrevistados foram considerados leitores. Entre os motivos, pode-se destacar os mais de 11,5 milhões de analfabetos no Brasil, segundo senso do IBGE de 2017. “Essa é uma realidade que causa preocupação. Porém, tudo isso pode ser mudado a partir do incentivo, sobretudo quando se trata de crianças em desenvolvimento e da própria conscientização dos adultos. Nesse cenário, as instituições de ensino apresentam papel importante, ainda mais quando existe o estímulo dentro de casa, por parte dos familiares”, destaca a Mestra em Educação Contemporânea.

Outro ponto importante é que a leitura pode ser o portal para conhecer outros mundos, o que inclui também novas culturas e pontos de vistas diferentes. Segundo Adma, o ato de ler ajuda no aprendizado e até na formação pessoal, intelectual e socioemocional dos indivíduos. “O aprendizado que alcançamos com a leitura, somado ao que adquirimos na escola, por exemplo, fomenta a criação de novas perspectivas. A leitura pode ser vista como um ato de criação, já que desenvolve competências fundamentais, como a escrita, a interpretação, a criatividade, raciocínio crítico e a empatia. Além disso, tem o poder de nos levar para outros lugares e nos tirar do tédio e da solidão, sentimentos que tendem a aumentar nesse período de isolamento. O mesmo vale para a arte e demais processos criativos”, complementa.

Para a especialista, a leitura deve ser transformada em hábito. “Desde a barriga da mãe, a leitura deve ser incentivada. Após o nascimento, isso deve se perpetuar. Mesmo que a criança ainda não saiba ler, o simples ato de segurar um livro acaba gerando curiosidade. Criar uma rotina de leitura é um fator importante, que deve fazer parte do dia a dia das pessoas, sobretudo pelo prazer que proporciona. E datas como o dia 23 de abril, Dia Mundial do Livro, estão aí para nos fazer esse lembrete”, enfatiza.

Leitura digital durante a quarentena

Para incentivar a leitura durante os dias de reclusão, a Amazon liberou centenas de títulos para download gratuito em seu site. Grandes clássicos brasileiros, como Dom Casmurro, de Machado de Assis, e Iracema, de José de Alencar, além de famosas histórias internacionais, como Hamlet, de Willian Shakespeare, podem ser baixados sem custo. Ótimo jeito de comemorar essa data!

Brasileiros trocam conta de luz por financiamento de energia renovável para superar a crise

Em tempos de crise, como estamos enfrentando com o COVID-19, o que mais se precisa é cortar custos, gerir de forma inteligente o seu dinheiro e encontrar soluções que entreguem resultados a curto, médio e longo prazo. Com a população em casa, um dos custos que poderá sofrer um aumento é o da conta de luz. Mais pessoas em casa, mais abre e fecha de geladeira, televisores ligados o consumo de energia elétrica aumenta.

Pensando em gerir estes custos de forma inteligente, o morador de cidade de Xaxim, no interior de Santa Catarina, instalou em sua casa, dois atrás, um sistema de energia fotovoltaica que hoje abastece duas residências.

Aleson Varnier conta que instalou um sistema para suprir toda a demanda de energia de duas residências, uma gera e outra compensa o que foi gerado. “Quando procuramos a credenciada, fizemos um projeto para economizar 100% do consumo de energia. Hoje pagamos a taxa básica de energia nas duas casas, não dá R$85,00 por mês. Antes da instalação dos sistemas o nosso custo fixo mensal não baixava de trezentos reais e, só aumentava, nunca vi diminuir a conta, tive meses que a conta chegou a quase quinhentos reais”, comemora Varnier.

O morador de Xaxin, SC, conta que a partir do momento que instalou já sentiu o resultado. “Senti a diferença já no primeiro mês: instalou, gerou, economizou. Posso dizer que foi um dos melhores investimentos que já fiz, pois hoje eu estaria pagando quase R$400,00 de conta de luz, e ainda todos os outros custos fixos mensais em um momento de recessão e crise”, enfatiza Aleson.
De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o brasileiro chega a gastar mais de 20% do salário mínimo para pagar a conta de luz. “Imaginem o quanto significa este valor em um momento que estamos com a economia em crise. Foi feita uma pesquisa pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) em parceria com o Ibope em agosto de 2019, e 87% dos consumidores consideram sua conta de energia cara. E, pelo menos, 64% dos entrevistados afirma fazer esforço para economizar energia para não atrapalhar o orçamento familiar”, explica Alcione Belache, CEO da Renovigi.

“O brasileiro está tomando conhecimento da importância de produzir a sua própria energia. Ter a liberdade de escolha e produzir a sua energia é libertador, além claro, de economizar, e muito! Estamos falando em uma economia de até 95% na conta. Ainda nesta pesquisa feita pelo Ibope em parceria com a Abraceel foi visto que aqueles que puderam optar economizaram cerca de R$185 bilhões nos últimos 16 anos”, finaliza Belache.
Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), desde 2012, os investimentos privados acumulados em sistemas fotovoltaicos nas moradias ultrapassam R$ 4,2 bilhões no País. As residências brasileiras representam 72,6% de todos os sistemas de geração distribuída solar fotovoltaica, de um total de mais de 210 mil conexões espalhadas por mais de 81% dos municípios do Brasil.

Sobre a Renovigi

Com mais de 1 milhão de painéis solares já distribuídos no Brasil, a Renovigi se destaca no mercado fotovoltaico brasileiro pela excelência no atendimento e pela qualidade de seus produtos. Hoje a empresa é líder em satisfação do consumidor, com 99,8% de clientes que indicariam a marca para um amigo, além disso, está no pódio nacional de preferência das empresas instaladoras e foi premiada pela EXAME e Deloitte como a Média Empresa com maior crescimento no Brasil. Esses números são fruto do empenho mútuo entre a equipe Renovigi e suas mais de sete mil empresas credenciadas, espalhadas por todas as regiões do país.

Isolamento leva empresas a realocar mais da metade dos investimentos de marketing no e-commerce

Da expectativa de forte crescimento em 2020 a um dos setores mais afetados pela pandemia do Covid-19, o varejo está em busca de alternativas para evitar uma queda maior das receitas e ainda se manter próximo do consumidor. Apesar de, por precaução, os investimentos em marketing como um todo terem se retraído, por outro lado está ocorrendo um redirecionamento de verbas. Este é um dos insights da pesquisa da Inflr – O marketing digital em tempos de pandemia: o que mudou.

De acordo com o levantamento, realizado entre 9 e 30 de março, a primeira reação das empresas foi colocar o pé no freio nas campanhas que estavam previstas ou em andamento, o que levou a uma retração de 60% dos investimentos em marketing no período. “O número parece grande em um primeiro momento, mas o choque é momentâneo. A busca é pela adequação das campanhas para a nova realidade. Todas aquelas que tratavam de vendas físicas em loja, por exemplo, foram estancadas”, explica Thiago Cavalcante, diretor de Novos Negócios da Adaction, veículo de comunicação especializado em ações de mídia digital e da Inflr, startup especializada em ações com influenciadores digitais que consegue atingir 100% dos seguidores, multisegmentar e direcionar as entregas dentro da audiência de cada influenciador.

De acordo com a pesquisa, que analisou o comportamento de 100 marcas de todo o país de empresas de todos os portes e de diversos segmentos, a redução dos investimentos em marketing não é algo definitivo para a maioria. Dos investimentos que foram estancados, mais da metade (53,5%) serão realocados em outras campanhas. “Alguns projetos como o lançamento de apps próprios para vendas estão sendo tirados da gaveta, casos de farmácias e supermercados. Assim as campanhas deixam de ser de promoção de produtos para novos apps que podem atender melhor o público que está em casa, cuidando de sua segurança”, diz Cavalcante. Ele observa ainda que uma grande parte da redução da alocação das verbas de marketing está relacionada ao cancelamento de eventos presenciais.

Das verbas realocadas, o levantamento identificou que 41% estão voltadas para promoções de e-commerce; 27% para a divulgação de apps e o restante (32%) são de campanhas institucionais que visam dar apoio à população durante o período da quarentena.

Influenciadores ganham importância

De acordo com o levantamento, as marcas ampliaram as campanhas realizadas junto a influenciadores digitais, que têm ganhado espaço e visibilidade durante a quarentena. Dos profissionais de marketing ouvidos pela pesquisa, 55% declararam que realocaram a verba para a contratação de influenciadores. “O país está num momento no qual a empatia, a sensibilidade e a solidariedade serão muito valorizadas. Presas em suas casas, as pessoas desejam ouvir vozes conhecidas, ver pessoas amadas e buscar informações de alguém em quem possam confiar”, explica Cavalcante.

Segundo o especialista, é preciso, entretanto, que haja certa cautela nas campanhas com influenciadores para evitar que estas sejam vistas como invasivas pelo consumidor. “Uma boa campanha agrega soluções de inteligência artificial a influenciadores digitais. Nelas a tecnologia evita a superexposição e a sensação de que alguém está querendo tirar vantagem de um momento tão difícil para o país. Para isso, a inserção do influenciador deve ocorrer apenas no momento certo e com a mensagem corretamente adaptada a cada situação”, diz o sócio-diretor da Inflr.

“Mandar vídeos com algum famoso sugerindo algum produto para um mailing geral seria um suicídio de imagem tanto para a marca como para o famoso. A Inteligência artificial, por outro lado, permite entender o comportamento do consumidor por meio de sua navegação e detectar o momento e a forma de fazer com que a participação do influenciador seja recebida como uma ajuda bem vinda na hora certa e não como uma exploração comercial insensível”, explica.

É possível, por exemplo, detectar que alguém se interessou por um produto no site, avançou no processo para sua compra, mas quando chegou na parte do pagamento, achou o preço muito alto e desistiu, deixando o carrinho virtual abandonado. Então, somente as pessoas que passaram por todo este ciclo são abordadas em seus canais de comunicação (redes sociais) com vídeos de influenciadores digitais relembrando seu interesse por aquele produto e oferecendo insumos para que a compra seja executada.

Estes insumos podem ser desde informações sobre os benefícios do produto, depoimentos sobre seus efeitos até descontos no preço, oferta de condições de pagamentos diferenciadas em relação à exposta a todos no site e isenção de cobrança de frete, por exemplo.

Pesquisa recente do Ibope Inteligência mostrou que 52% dos internautas brasileiros seguem influenciadores digitais em redes sociais. O estudo diz ainda que 50% dos que responderam confessaram que se sentem influenciados em relação aos produtos e serviços que essas personalidades indicam nas plataformas.

Vacinação contra a gripe deve imunizar 700 adolescentes da Funase

Em Pernambuco, a segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe está atendendo cerca de 700 adolescentes e jovens da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). Esse público, com idades entre 12 e 21 anos, está entre os grupos prioritários para receber a imunização por estar em espaços de privação de liberdade. Além dos internos, 2.055 funcionários do sistema socioeducativo também estão sendo atendidos pela ação. Essa etapa da campanha segue até 8 de maio em todo o Brasil.

Desde quinta (16), já foram atendidos socioeducandos e funcionários do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Cabo de Santo Agostinho e do Case Pirapama, na Região Metropolitana do Recife. Nesta semana, a mesma iniciativa ainda será levada para o Case Jaboatão dos Guararapes e para o Case/Cenip Garanhuns. Os Centros de Internação Provisória (Cenip) da Funase – situados no Recife, em Caruaru, em Garanhuns, em Arcoverde e em Petrolina – também devem ser contemplados pela campanha.

“Sabemos que a vacinação contra a gripe não protege contra o novo coronavírus, mas é importante para ajudar os profissionais de saúde a descartar a influenza em alguém com sintomas. Também temos feito o monitoramento diário de jovens com quadros gripais, por meio das equipes da Funase. Desde o ano passado, Pernambuco alcançou o equilíbrio entre o número de vagas e o de socioeducandos atendidos. Não temos unidades socioeducativas superlotadas, o que tem sido uma condição importante na travessia desse cenário de pandemia”, avalia o secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Sileno Guedes.

Segundo o Ministério da Saúde, além de adolescentes e jovens do sistema socioeducativo, são atendidos nesta fase da campanha indígenas, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transporte coletivo, trabalhadores portuários, membros de forças de segurança e salvamento, pessoas com doenças crônicas ou condições especiais e reeducandos e servidores do sistema prisional.

Pais e educadores discutem estratégia de ensino infantil em casa

Não. Essa é a resposta categórica da pequena Júlia, de 6 anos, quando questionada se a mãe está sendo boa professora. A menina se divide e diz que gosta de conversar com a professora da escola por vídeo, mas que prefere fazer as atividades impressas pela mãe do que as disponíveis na plataforma online. Essa situação é vivida por muitas crianças dos anos inciais do ensino fundamental que levaram a escola para dentro de casa em meio à suspensão de aulas por causa da pandemia do novo coronavírus.

A mãe de Júlia, Daniela Gaudia, conta que as primeiras semanas de aulas a distância foram mais difíceis, até a filha entender que não estava de férias e precisava se concentrar nos estudos. A escola também ajustou melhor o conteúdo e agora, em cerca de uma hora, as duas conseguem terminar as atividades propostas para o dia. “Eles estão priorizando agora português, inglês e matemática, as outras disciplinas eles fazem uma tarefa multidisciplinar, por exemplo, e está bem mais tranquilo”, disse, explicando que há também 15 minutos diários de encontro online com a professora e os coleguinhas de turma.

De acordo com a educadora Juliana Diniz, é importante estabelecer essa rotina diária de encontros síncronos entre a turma e o professor para manter o vínculo, respeitando o tempo da criança em frente à tela, que não ultrapasse 20 minutos entre intervalos. Criar um ambiente favorável, apoiar o acesso às plataformas e manter uma rotina estruturada também são estratégias que podem potencializar o aprendizado”, disse a diretora pedagógica da Saber, empresa que presta serviços de educação para o ensino básico.

Bases curriculares
Em relação ao conteúdo didático, segundo ela, é hora de ser simples, realinhar as expectativas de aprendizagem e privilegiar aquilo que é fundamental para apoiar as crianças nesse processo de aprendizagem, que são as competências da leitura, escrita e raciocínio lógico-matemático. “Essas duas frentes são âncoras para o desenvolvimento dos demais componentes curriculares”, explicou.

Mesmo para aquelas famílias que não têm acesso à tecnologia, Juliana ressalta que é importante estimular o desenvolvimento intelectual com estratégias simples e com as ferramentas que a família tem mãos. “Se conseguir estabelecer para as crianças uma rotina de leitura e produção escrita e onde eles possam, na brincadeira, desenvolver o raciocínio lógico-matemático, já temos grandes ganhos”, disse.

Sem aulas regulares, os estabelecimentos de ensino têm adotado a educação a distância (EaD), com uso de computadores, aplicativos e atividades complementares, para dar continuidade à aprendizagem das crianças. Na rede pública, estados e municípios adotaram ainda aulas pela TV aberta para levar conteúdos aos estudantes. Para aquelas que não tem acesso à tecnologia, secretarias de educação estão adaptando kits pedagógicos impressos para enviar às famílias.

Para o professor Luiz Miguel Garcia, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), as aulas online na primeira etapa do fundamental devem ter caráter complementar e é importante que a reposição de conteúdo seja feita com o máximo de aulas presenciais, em sábados letivos e horários estendidos. Atividades de contraturno também podem ser enviadas para casa, mas depois que o professor tiver retomado o contato com o aluno.

“Isso vai dar uma qualidade muito maior de aprendizagem, do que encaminhar um material impresso agora para a família ter que lidar com aquilo em casa. Além de não gerar o resultado esperado, pode jogar a autoestima lá embaixo em famílias que ainda estão fazendo o ingresso no mundo da educação formal”, argumentou, ao participar de uma videoconferência organizada pela Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), nessa semana. Para ele, na fase dos anos iniciais no ensino fundamental, no ciclo de alfabetização, não se deve usar o EaD pois o aluno não está pronto para esse processo, além de outras questões como a exposição a telas.

Passado o período de isolamento social, pós-pandemia, as escolas que adotarem o EaD precisarão fazer um diagnóstico do que foi assimilado e bem aprendido nessa modalidade, e, segundo Juliana Diniz, se necessário, retomar o conteúdo e a prática para preencher possíveis lacunas de aprendizagem. “Por exemplo, as turmas que estão em alfabetização são turmas que demandam uma mediação importante do professor, na aquisição do letramento”, disse. “Dado que esse modelo [de aula online] nunca foi amplamente testado, precisamos ter muita responsabilidade e diligência para aferir aquilo que conseguimos alcançar”, explicou à Agência Brasil.

Dosagem do conteúdo
Para Sara Salenave, mãe de duas crianças, uma de 6 anos e outra de 4 anos, o processo de início das aulas online “foi péssimo”. “Deixei acumular 45 atividades de diversas disciplinas, em duas semanas. Não consigo, não tenho esse tempo livre, estou no meu ritmo de trabalho normal desde que tudo começou”, desabafou, dizendo que se empenharia para colocar as atividades em dia.

Segundo ela, a escola da filha está com um regime mais pesado, com uma grade horária em que os professores ficam online no horário regular de aula, de 7h30 ao meio-dia. “As atividades ficam disponíveis, mas qualquer dúvida, para conversar com o professor, você tem que estar no horário de aula. Eu acho que poderia deixar isso mais simples”, disse. As várias plataformas e senhas para acessar os livros online e as atividades também só confundiram Sara.

Juliana Diniz destaca que a dosagem de conteúdo é importante e que a escolarização continua sendo responsabilidade da escola, não da família. “Uma coisa é a família atuar como mediadora e facilitadora de acesso, outra é vir um volume e demanda de atividades que inviabilize esse trabalho”, disse. Além disso, segundo a educadora, é dever da escola ajudar as famílias a cuidarem da saúde mental e emocional das crianças. “Quando tudo isso passar precisamos estar mais inteiros do que nunca para conseguir reconstruir esse novo normal”, destacou.

Já o presidente da Undime é taxativo: “reproduzir o modelo de aula presencial em uma situação à distância não funciona”, disse Garcia. A entidade é favorável ao uso de tecnologias da informação, mas avalia que é importante respeitar as formas do estudante aprender.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais. Para o ensino médio, poderá acontecer por meio de convênios com instituições de educação à distância. E para a educação infantil, não há essa previsão, mas há a expectativa, em meio às ações de enfrentamento da pandemia, de que o ensino a distância seja estendido também a essa etapa para validação da carga horária obrigatória.

Educação infantil
O governo federal determinou que as instituições de ensino estão isentas de cumprirem o mínimo de 200 dias letivos, mas manteve a carga horária, de 800 horas, necessária para completar o ano de estudo. Entretanto, para o presidente da Undime é preciso flexibilizar essa regra na educação infantil, que inclui creches e pré-escolas, e discutir a medida com os conselhos de educação, já que não se sabe quanto tempo vai durar a suspensão das aulas. Essa etapa também precisa ficar de fora da regulamentação de educação à distância, segundo Garcia.

“A educação infantil é o cartão de entrada dessa criança na vida escolarizada. Se não formos eficazes agora, nós estamos condenando uma criança a uma vida inteira de uma impressão ruim da escola. A escola é interação, troca de experiência, é aprendizagem constante uns com os outros. Vamos assumir esse papel, essa pandemia é um momento de aprendizagem, não vamos atropelar e colocar a frieza da lei acima do bom senso”, ressaltou o professor.

Também durante a videoconferência da Jeduca, a educadora Carolina Velho, da Rede Nacional pela Primeira Infância, corroborou os argumentos de Garcia e disse que a aprendizagem nessa etapa é pautada pela brincadeira e interação humana, ligada ao desenvolvimento atual da criança, e deve acontecer em espaço institucional e coletivo. Por isso, não há possibilidade de reposição. “É a única parte da educação básica em que a idade é o processo de educação. A gente não pode voltar para fazer a educação infantil como em outras etapas educacionais”, explicou.

Para Carolina, o uso de EaD nessa fase também pode comprometer o desenvolvimento por causa do tempo de exposição às telas. Ela citou as orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria sobre como lidar com as crianças durante a quarentena. O tempo de tela deve respeitar os limites para cada faixa etária e é preciso evitar a exposição de crianças menores de dois anos às telas, mesmo que passivamente. Outro documento da entidade, Menos Telas Mais Saúde, descreve as alterações de comportamento e saúde que a exposição excessiva à celulares, tablets e computadores pode provocar nas crianças.

Por isso, segundo Caroline, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem tantos dispositivos dizendo que, na educação infantil, as experiências concretas são fundamentais. “A atividade em frente às telas leva à passividade e ao isolamento. Existe uma distração passiva, por isso precisa da mediação do adulto”, disse.

Juliana Diniz, diretora pedagógica da Saber, disse que a orientação para a educação infantil é garantir o contato com a professora em encontros online, de duas a três vezes por semana, e disponibilizar um conjunto de atividades, brincadeiras, orientações em artes e atividades corporais para as crianças realizarem ao longo da semana. “A nossa grande conquista é conseguir garantir um roteiro de trabalho junto das famílias que ajuda as crianças a manterem uma rotina que seja leve e saudável, mais uma rotina de produção intelectual e saúde mental para poder passar por essa fase”, explicou.

Para Luciana Heringer, mãe de crianças de 6 anos e de 12 anos, as aulas online são importantes para manter o vínculo com a escola e colegas e manter a rotina da casa, de dormir e acordar cedo. “A parte mais difícil é fazer as tarefas, vai muito tempo. Não é fácil e creio que, na volta à normalidade, veremos o trabalho da escola e principalmente dos professores com outro olhar”, destacou.

Edição: Aline Leal

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Companhia de artes de Caruaru lança série de lives voltada para o público teatral

Seguindo a tendência de aproximar as pessoas durante o período de isolamento social, através de transmissões ao vivo pelo instagram, o Encontro Cia de Artes, companhia caruaruense dirigida por Lucas Motta, dará início, na próxima quinta-feira (23-04), a uma série de lives. O conteúdo das lives será, sobretudo, para os envolvidos nas artes cênicas. Trata-se de uma iniciativa da companhia, com o intuito de manter o contato com os artistas contribuindo com o conhecimento teatral.

As transmissões ao vivo acontecerão todas as quintas feiras, das 20h às 21h através do instagram @encontrociadeartes.

De acordo com Lucas Motta, “as lives terão participação de convidados especiais discutindo sobre temas diversos, voltados ao enriquecimento do conteúdo teatral”.

Da primeira live, no entanto, todos os espectadores poderão participar contribuindo com o tema: a disciplina do artista em tempos de quarentena. Basta solicitar a participação durante a live e tecer os comentários sobre o tema.

Após a finalização de cada transmissão, será divulgado o tema e o convidado da semana seguinte. Os espectadores poderão sugerir temas entrando em contato pela ferramenta Direct, do Instagram. “Sabemos que durante esse período o ócio é um convite, entretanto, nós, artistas, não podemos cedê-lo” afirma Lucas Motta.

SERVIÇO: Transmissão ao vivo
Onde: Instagram @encontrociadeartes
Quando: 23 de abril de 2020 – das 20h às 21h
Tema: “A disciplina do artista em tempos de quarentena”

Artistas caruaruenses gravam música para incentivar doações de cestas básicas

Artistas caruaruenses estão produzindo um material audiovisual para incentivar doações de cestas básicas para as famílias economicamente atingidas pela pandemia do novo coronavírus. Com participação voluntária e apoio da Prefeitura de Caruaru, através da Fundação de Cultura e Turismo (FCTC), o material será lançado nas plataformas midiáticas.

O projeto nasceu a partir um poema do jornalista Hérlon Cavalcanti com a melodia do cantor e compositor Humberto Bonny. Os artistas estão gravando no estúdio de Carlos Firmino.

Participam da iniciativa o Maestro Mozart Vieira, Sebastian Silva, Azulão e Azulinho, Trio Fole de Ouro, Mateus Lima, Humberto Bonny, Renilda Cardoso, As Fulô, Joana Angelica, Kaká Cantarele e Benil.

Doações

As doações podem ser feitas através da Rede de Solidariedade, uma parceria entre a plataforma Transforma Caruaru e diversas instituições do município. Para quem estiver disposto a ajudar, os valores podem ser doados pela conta do Lions Caruaru, um dos apoiadores da ação: Banco do Brasil, Agência n⁰ 1421-4, Conta Corrente n⁰ 16355-4, CNPJ 10022291/0001-72. Dois pontos de arrecadação também estão disponíveis: Prefeitura de Caruaru, na Praça Teotônio Vilela, s/n, bairro Nossa Senhora das Dores; e no Lions Internacional, localizado na rua Suíça, n⁰ 100, bairro Universitário.

Escolas poderão reduzir o número de dias letivos devido a pandemia da Covid-19

A pandemia do novo coronavírus impactou diretamente o calendário escolar das unidades de ensino, públicas e privadas. Com a paralisação, sem tempo definido e previsto para o retorno das atividades, gestores, professores, pais e responsáveis têm se questionado sobre como será feita a reposição do calendário escolar, tendo em vista que a legislação educacional determina que o calendário letivo deve contar com 200 dias letivos e 800 horas anuais de aulas.

Com a publicação da Medida Provisória de N.º 934, de 1º da abril de 2020, permitiu-se a flexibilização dos, no mínimo, 200 dias letivos de prestação das 800 horas de conteúdo didático. Logo, para o caso de um tempo maior de paralisação das atividades escolares, face ao estado de calamidade pública, esta flexibilização se torna uma importante ferramenta para a instituição de ensino que terá o compromisso das citadas 800 horas, mas em dias inferiores aos 200 letivos.

E a realização da carga horária exigida pela legislação educacional poderá ser feita pelos gestores e professores por métodos alternativos, como a realização após o fim das férias dos profissionais da educação da rede privada que foram estendidas até o final deste mês de abril, como o ensino a distância que foi autorizado pelo Conselho Estadual de Educação.

Ensino à distância é uma das medidas adotadas pela resolução CEE/PE nº 3, de 19 março de 2020, para o período de isolamento exigido pela pandemia de coronavírus.

Para o advogado, Luiz Tôrres Neto, essa decisão do ensino à distância garante que as aulas possam ser realizadas, evitando um atraso maior no calendário escolar. “A instituição de ensino pode realizar as atividades de conteúdos programáticos, de disciplinas, de matérias, de componentes curriculares, fora da unidade de ensino, de forma a integralizar a matriz curricular, mediadas por tecnologias não presenciais, em tempo real ou não”, destaca.

Em nota oficial, MPPE repudia comportamentos antidemocráticos

Nota oficial:

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) subscreve a preocupação demonstrada em nota pelo Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais (CNPG), em nota oficial divulgada ontem (19), com relação a atos que incitaram comportamentos antidemocráticos. O MPPE ressalta que a defesa das instituições é um dos pilares da democracia e que não vai admitir nenhum tipo de retrocesso ou ameaça à independência dos Poderes e à Constituição da República Federativa do Brasil, posto que tais elementos são essenciais à promoção de uma sociedade livre, justa e solidária.

O MPPE destaca ainda que a superação dos desafios trazidos pela pandemia do Covid-19 será alcançada pela cooperação harmônica e respeitosa entre as instituições do Estado e a sociedade brasileira, uma vez que qualquer tentativa de subverter a ordem democrática somente ampliará as provações a que está sendo submetida a nossa população.

Consciente do seu papel constitucional, atribuído pelo artigo 127 da Carta Magna, o Ministério Público de Pernambuco se une a todos os ramos do MP brasileiro na vigilância contra qualquer iniciativa de retrocesso e espera das autoridades públicas responsabilidade, respeito mútuo e união em nome da preservação da paz e da vida dos brasileiros, bem como da manutenção das medidas de enfrentamento à emergência de saúde do Covid-19, que representa um adversário comum a toda a humanidade.