Extrato bancário de Queiroz revela novos repasses à primeira-dama e não registra empréstimo de Bolsonaro

A quebra do sigilo bancário do policial militar aposentado Fabrício Queiroz revela novos empréstimos do amigo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à primeira-dama Michelle Bolsonaro, segundo mostrou a revista Crusoé nesta sexta-feira (7).

Segundo a revista, os extratos contrariam a versão apresentada até aqui pelo presidente Bolsonaro.

Entre as transações de Queiroz, até aqui se sabia que haveria repasses que somavam R$ 24 mil para a mulher do presidente.

Em entrevistas após a divulgação do caso, Bolsonaro disse que o ex-assessor repassou a Michelle dez cheques de R$ 4.000 para quitar uma dívida de R$ 40 mil que tinha com ele (essa dívida não foi declarada no Imposto de Renda). Também afirmou que os recursos foram para a conta de sua mulher porque ele “não tem tempo de sair”.

Mas, segundo a revista, os cheques que caíram na conta de Michelle somam R$ 72 mil, e não os R$ 24 mil até então revelados nem os R$ 40 mil ditos pelo presidente.

A quebra de sigilo atingiu a movimentação financeira de Queiroz de 2007 a 2018. Nesse período, não há depósitos de Jair Bolsonaro na conta do ex-assessor que comprovem o empréstimo alegado. Assim, se o empréstimo ocorreu, foi feito em espécie.

A reportagem confirmou as informações obtidas pela revista e apurou ainda que a mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, pagou pelo menos quatro cheques a Michelle em 2011, no valor total de R$ 11 mil.

Os repasses ocorreram em dois períodos. Entre 2011 e 2013, Márcia e Queiroz pagaram cerca de R$ 40 mil em cheques à primeira-dama. Em 2016, foram nove cheques de R$ 4 mil.

Queiroz e Bolsonaro se conheceram no Exército e são amigos há mais de 30 anos. Foi por meio de Jair que o ex-assessor ingressou no gabinete de Flávio.

Em dezembro de 2018, a Folha de S.Paulo mostrou que uma das filhas de Queiroz, Nathalia, era funcionária fantasma de Bolsonaro na Câmara dos Deputados. O gabinete do então deputado federal manteve, de 1991 a 2018, uma intensa e incomum rotatividade salarial de assessores, atingindo cerca de um terço dos mais de cem que passaram por lá.

Segundo o Ministério Público do Rio, Queiroz é o operador de um esquema de “rachadinhas” no gabinete. Os possíveis crimes apontados pelo MP-RJ a Flávio e Queiroz são peculato, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e organização criminosa.

Campeonato Brasileiro 2020 começa incompleto e tem desafio de calendário

A Série A do Campeonato Brasileiro começa neste fim de semana sem previsão da volta do público aos estádios e com apenas 7 dos 10 jogos originalmente programados para a primeira rodada. Os outros três (Corinthians x Atlético-GO, Palmeiras x Vasco e Botafogo x Bahia) foram adiados e ainda não têm data para acontecer, porque os times paulistas e o baiano disputarão finais de estaduais no mesmo fim de semana.

As disputas locais também não terminaram no Ceará, Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, mas, como nesses casos ainda serão necessários dois jogos para conhecer o campeão, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) decidiu não postergar a participação das equipes no Nacional. Já o Goiano nem foi retomado após a paralisação causada pela pandemia de Covid-19.

Em meio às peculiaridades regionais e à sobreposição de competições, que ainda se acumularão com Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana até o início de 2021, o Brasileiro dá a largada para uma edição com desafios adicionais em relação às anteriores. Isso no fim de semana que o país deverá atingir a marca de 100 mil mortes provocadas pela Covid-19 e cerca de 2,9 milhões de casos registrados. A competição reúne clubes de 9 estados, dos quais 6 estão com números da doença em aceleração, 2 estáveis e 1 em desaceleração. Com o formato de 38 rodadas em turno e returno mantido, o torneio tem previsão de ser disputado até o dia 24 de fevereiro do ano que vem.

Como todos os clubes já anteciparam as férias dos atletas para abril, não haverá pausas na virada de ano. Estão previstos jogos para os fins de semana de 26 e 27 de dezembro, logo depois do Natal, e de 2 e 3 de janeiro, após o Ano-Novo.
A partir do dia 26 de agosto, a Copa do Brasil voltará a ser disputada, com sua final prevista para o dia 10 de fevereiro. Há ainda 12 datas em meios de semana sem jogos da Série A ou da Copa do Brasil, reservadas para Copa Libertadores e Sul-Americana.

Caso partidas precisem ser adiadas por eventuais surtos de coronavírus nos clubes, não está claro como será possível cumprir o cronograma. Jogos transferidos de local devem ter a mudança oficializada dez dias antes da data, segundo a confederação. “A CBF não pode lidar com múltiplas hipóteses, que vão desde um surto pontual até uma segunda onda da Covid-19”, disse a entidade à reportagem.

A maratona exigirá algumas mudanças nas rotinas dos times, como a redução no período de treinos e concentrações.
“Independentemente do que está acontecendo neste ano, em função da pandemia, já há uma ideia muito clara que é impossível ter a quantidade de jogos que nós temos e concentrar da maneira como se concentra”, afirma o técnico Paulo Autuori, do Botafogo.

“O tema da pandemia tem sido muito maltratado no Brasil. Tivemos a chance de nos prepararmos, vermos como os países que foram afetados inicialmente agiam, mas os exemplos foram péssimos desde cima”, completou.
Na opinião de Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, as equipes do Nordeste serão ainda mais afetadas com as datas apertadas, devido aos deslocamentos que precisam fazer ao longo da competição.

“Já tem um estudo que mostra a quantidade de quilômetros percorridos, considerando linha reta. A nossa rota é a maior, com 81 mil quilômetros, contra 21 mil quilômetros de alguns”, afirmou. O dirigente aponta que, a partir dessa dificuldade, haverá prejuízos paralelos. “Viaja mais, descansa menos e, se tem um time menos competitivo, faz um campeonato fraco.”
Para minimizar o impacto das viagens, o Fortaleza chegou a fazer uma sugestão à CBF para que a tabela fosse adequada para provocar menos deslocamentos. Assim, por exemplo, um clube que fosse a Porto Alegre já poderia enfrentar Inter e Grêmio em sequência. A possibilidade foi descartada pela entidade, que considerou a proposta do clube inviável.

Para o presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo, Rinaldo Martorelli, a entidade que comanda o futebol brasileiro não está aberta ao diálogo. “A CBF, infelizmente, acha que pode atropelar. Se virmos riscos para a saúde do atleta e não chegarmos a um acordo, iremos acionar a Justiça”, afirma o sindicalista.

Segundo o nutrólogo Eduardo Rauen, que presta serviço particular a alguns dos principais jogadores do país, como Cássio e Fagner, do Corinthians, e Gabigol, do Flamengo, atletas estão preocupados com o risco de aumento no número de lesões.

“Nunca existiu na história do futebol ficar parado mais de 50 dias. Eu tenho clientes no Japão, e eles me relataram que já machucaram 12 jogadores de um mesmo time. Serão poucos casos que não terão problemas com lesões”, afirma Eduardo Rauen.

Enquanto alguns times já atuam sem descanso nas últimas semanas, o tempo ocioso preocupa as equipes que não disputam jogos oficiais desde março, casos dos representantes de Goiás, onde a federação local optou por não retomar a disputa do Estadual neste ano. “Ainda não temos o espírito de competição”, lamentou o presidente Adson Batista, do Atlético-GO, recém-promovido à Série A.

Apesar de ter um calendário mais parecido com o do futebol europeu nesta temporada, situação forçada pela pandemia, os times nacionais terão um período menor para concluir as competições. Na Europa, a maioria das grandes ligas terá início em setembro, um mês depois do Campeonato Brasileiro, e se estenderá até o fim de maio, três meses após o término previsto do Nacional.

Enquanto isso, os clubes brasileiros continuarão sujeitos a chegadas e saídas de atletas ao longo da competição. A atual janela de transferências se encerra na segunda (10), mas uma nova será aberta de 13 de outubro a 9 de novembro.

Folhapress

Pernambuco tem 6,7 milhões de eleitores aptos a votar em 2020. Mulheres são maioria

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta sexta-feira (07) os dados completos atualizados sobre o eleitorado apto a votar em 2020. No Brasil, 147.918.483 eleitores vão eleger novos prefeitos e vereadores em 5.569 municípios espalhados pelo país. Já em Pernambuco, 6.732.607 eleitores, o equivalente a 4,55% do quantitativo nacional, poderão ir às urnas no próximo dia 15 de novembro. Eleitorado desconsidera Fernando de Noronha, que não participa das eleições municipais.

Os números mostram que houve uma evolução no eleitorado pernambucano em relação às últimas eleições municipais (2016), quando 6.509.982 pessoas, distribuídas entre 184 municípios, estavam aptas a exercer o direito de escolher seus representantes políticos.

Município com a maior população do estado, Recife continua a ser também o maior colégio eleitoral, com 1.157.324 eleitores. Já Itacuruba, no Sertão do São Francisco, aparece como o município estadual de menor eleitorado, com 4.237 eleitores.

Gênero

Seguindo a tendência nacional, o eleitorado feminino de Pernambuco também cresceu nos últimos anos. Em 2016, 53,4% dos eleitores eram mulheres. Hoje, elas correspondem a 53,6%, percentual superior à fatia feminina do eleitorado brasileiro (52,5%).

Maior parte é jovem

O maior percentual do eleitorado em relação à idade encontra-se entre 35 e 39 anos, sendo composto por 738.245 pessoas. Outro número que chama atenção são os mais de 66.252 mil jovens entre 16 e 17 anos cadastrados perante a Justiça Eleitoral pernambucana e que terão a possibilidade de votar, mesmo com a não obrigatoriedade nesta faixa etária.

Eleitores envelhecendo mais

Os dados também comprovam o envelhecimento da população. Em 2016, maioria do eleitorado pertencia à faixa etária dos 30 a 34 anos (11,52%), enquanto 608.022 eleitores tinham entre 60 e 70 anos. Em 2020, 692.286 eleitores se encontram nesta faixa.

Grau de Instrução

Assim como no Brasil, maior parte do eleitorado de Pernambuco não completou sequer o ensino fundamental. No estado, essa é a realidade de 1.676.954 eleitores. Porém um dado animador é que há uma tendência de crescimento no grau de escolaridade, considerando que 411.655 mil eleitores a mais possuem ensino médio completo em relação a 2016. Comparado às eleições municipais passadas, também houve um aumento de 102.578 pessoas com ensino superior completo.

Blog da Folha

Lives gratuitas preparam estudantes para o Enem

Com o objetivo de ajudar as pessoas que farão a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a Faculdade UNINASSAU Caruaru está realizando, desde o mês de julho, o projeto “Enem UNINASSAU Live”. A programação é gratuita, aberta ao público e acontece no perfil do Instagram da UNINASSAU Recife (@uninassau.recife).

Segundo a diretora da UNINASSAU Caruaru, Aislane Belo, mesmo com as aulas remotas por causa da pandemia, milhões de estudantes não deixaram de se preparar para o Enem. “Pensando nisso, a UNINASSAU levará, de maneira gratuita, lives com professores da nossa Instituição, intensificando esses momentos preparatórios para um dos exames mais importantes do ensino médio”, explica.

As lives das próximas semanas incluem disciplinas importantes. Na segunda-feira (10), a temática será sobre Sociologia, ministrada pelo professor doutor Banjaqui Nhaga, a partir das 14h. Já no dia 17 deste mês, a partir das 14h, será a vez da aula de Filosofia, também com o professor Banjaqui. No dia 20, acontece a live de Geografia, a partir das 17h, com o professor Eduardo Laime.

Diocese de Caruaru celebra 72 anos de história

Nesta sexta-feira (07), a Diocese de Caruaru tem dois motivos especiais para comemorar. Em 7 de agosto de 1948, o Papa Pio XII criou a Diocese, através da Bula “Quae Maiori Christifidelium”, ficando definido como Catedral Diocesana a Igreja de Nossa Senhora das Dores. Além disso, ontem (06) foi o aniversário natalício de Dom José Ruy, 5o bispo da Diocese, empossado em setembro de 2019. Em comemoração, hoje será realizada uma missa, presidida pelo bispo, às 17h30 na Catedral.

Na ocasião serão empossados os Vigários Episcopais nomeados recentemente por Dom José Ruy. São eles: Pe. Eronildo Manoel da Cruz, Vigário Episcopal para a Vida Consagrada e Novas Comunidades; Pe. Luiz Antonio da Silva Filho, Vigário Episcopal para os Diáconos; Pe. Zenilson Tibúrcio da Silva, Vigário Episcopal para as Pastorais. Assim com as demais celebrações a participação também será feita mediante agendamento, seguindo todas as normas definidas pelo último decreto. Para os fiéis que quiserem acompanhar online haverá a transmissão pelo Facebook e Youtube da Diocese.

HISTÓRICO

Além de Dom José Ruy, ao longo dos 72 anos de história, a Diocese foi administrada por quatro bispos. Dom Paulo Hipólito foi o primeiro deles, e tomou posse em 15 de agosto de 1949 até sua transferência em 1959. Dom Augusto de Carvalho assumiu a Diocese em 11 de dezembro de 1959, e esteve à frente da mesma até 1992, quando completou 75 anos e comunicou sua renúncia por idade. No dia 19 de dezembro de 1993 Dom Antônio Soares Costa tomou posse como 3o bispo de Caruaru, até o seu falecimento em 07 de junho de 2002. Dom Bernardino Marchió tomou posse em 12 de janeiro de 2003 até o último ano (2019) quando renunciou por idade.

Empresários juniores são a peça chave para um bom negócio

*Por Ana Beatriz Cesa, presidente executiva da Brasil Jr. (2020)

A crise impulsionada pela pandemia gerou um cenário de incertezas para o mercado. Junto com as mudanças nos formatos de trabalho, nos padrões de sociedade e das relações sociais, nós assistimos também um movimento acelerado de demissões nas empresas.

Agora, há um número muito maior de desempregados e de talentos fora do mercado de trabalho. Mas, por outro lado, a flexibilização de alguns setores já traz a esperança de que as empresas podem voltar a contratar. Porém, fica uma dúvida: Com tanta gente disponível, como escolher o melhor candidato para uma empresa?

Uma contratação errada pode custar até 15 vezes um salário. No caso de um executivo, esse custo pode chegar em até três vezes o salário do cargo em questão, segundo um estudo da Wyser, divisão especializada em recolocação de executivos de consultoria.

Entre as opções para uma empresa que pretende começar a contratar novas pessoas estão: listar estratégias de Employer Branding para atrair candidatos e gerar um bom clima organizacional, analisar períodos para se realizar novas contratações, ir além do currículo e avaliar perfis de candidatos em redes sociais, analisar a cultura da empresa junto com as skills dos candidatos, criar processos em plataformas digitais, entre outros.

Porém, o que tudo indica é que, devido a pandemia, as empresas podem passar por uma dificuldade ainda maior de encontrar trabalhadores qualificados, por isso, uma outra sugestão é ficar de olho em novos talentos. Além dos candidatos que possuem experiência em programas de trainee e um currículo super elaborado, os jovens empreendedores inseridos no Movimento Empresa Júnior (MEJ) podem ser a chave para um bom negócio, afinal, mesmo que ainda na Universidade, esse perfil de candidato possui uma expertise qualificada que se destaca no mercado competitivo e empreendedor.

Atualmente, são mais de 20 mil jovens em todo Brasil que já colocam em prática seus respectivos cursos antes mesmo da entrada no mercado de trabalho. Como executam e organizam projetos para clientes reais, esse perfil assume, muita das vezes, papéis de gestão e de liderança.

Com a mudança no mercado, tornou-se cada vez mais necessário skills como praticidade, liderança e inteligência emocional, por exemplo. As empresas juniores, por sua vez, ensinam isso na prática e saem na frente de grandes concorrências. Jovens com esse perfil estão sempre em contato com as novidades do mercado, atualizados no uso de ferramentas de gestão de projetos e de pessoas e também, costumam seguir as principais tendências e novidades dos setores. Como possuem um trabalho voltado 100% a resultados, possuem como uma das habilidades principais o foco na tomada de decisões.

Por fim, acredito que por meio do ambiente de ensino e da educação empreendedora, as empresas juniores reúnem talentos em potencial, que podem ser a chave para as novas contratações de um negócio e o sucesso mais efetivo de qualquer tipo de companhia.

Ao reduzir burocracia, novo marco legal pode acelerar liberação de testes clínicos em humanos

A pandemia do novo coronavírus e a corrida pelo desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas reacenderam o debate sobre os processos burocráticos que envolvem pesquisas científicas no Brasil. Regido por normas que não têm poder de gerar direitos ou impor obrigações, o ambiente regulatório é um entrave que afasta investimentos e prejudica o setor de inovação. Ainda que seja a nona maior economia do mundo, o país ocupa apenas a 24ª colocação no ranking mundial de pesquisa clínica, com participação em 2,1% dos estudos, segundo dados do Instituto IQVIA de Ciência de Dados Humanos, compilados pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).

Para que sejam feitos testes clínicos em humanos, hoje, no Brasil, ou seja, para testar a efetividade de um tratamento, a pesquisa precisa ser aprovada em etapas. O primeiro passo é ter o aval de um dos 843 Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) que existem no país. Depois, a análise é feita pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), além de necessitar de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A diretora executiva da Associação Brasileira das Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (Abracro), Ana Elisa Miller, afirma que esse processo é demorado. 

“Cada um desses órgãos tem um tempo determinado para emitir um parecer, mas nem sempre esses prazos são cumpridos. E muita vezes, questionamentos sem muito critérios são realizados. E a cada questionamento que recebemos implica em mais 30, 60 ou 90 dias para receber uma nova aprovação”, aponta. 

Como solução para destravar o acesso e acelerar a criação e registro de medicamentos, deputados discutem um marco legal (PL 7.082/17) com novas regras para orientar pesquisas clínicas com seres humanos no Brasil. Uma das medidas é encurtar uma etapa de análise e priorizar a autonomia dos CEPs ao definir que a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa possua apenas função regulatória. O colegiado, hoje vinculado ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), passaria a ser incorporado à estrutura do Ministério da Saúde.

“Nós tiramos a análise dos protocolos do Conselho Nacional de Saúde, que é um órgão mais político, e colocamos em um órgão técnico-científico, que é a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, onde temos técnicos que são abalizados para analisar inovações tecnológicas”, defende o deputado Hiran Gonçalves (PP-RR). 

O parlamentar, que foi relator da matéria na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, apresentou um requerimento para que o PL 7.082/17 seja discutido em regime de urgência. Gonçalves argumenta que a nova legislação estabelece prazos para o envio de pareceres de um estudo, fator que atualmente inibe estudos clínicos no Brasil por conta da demora em sua aprovação.

“Nós estabelecemos prazos para que as propostas de pesquisas sejam analisadas, tanto pelo CEPs quanto pela Anvisa. Com um prazo legal, a gente garante que essas análises não se postergarão”, pontua. 

Legislação moderna

Segundo o deputado Hiran Gonçalves, o projeto equipara as normas brasileiras às mais avançadas no mundo e traz mais segurança jurídica a quem quiser investir em pesquisa e inovação no país. Ressalta ainda que a preservação dos aspectos éticos da pesquisa está garantida por meio do Sistema Nacional de Ética em Pesquisa Clínica com Seres Humanos.

“Quem visita centros de inovação tecnológica, como o de Cambridge, sabe que quem faz mais pesquisa é a iniciativa privada. Quando essa lei estiver em vigor, teremos segurança porque vamos trazer mais pesquisas de entidades e instituições privadas que têm expertise nisso. Não tem nenhum problema de a pesquisa ser feita por instituições públicas, mas o que vemos no mundo é que a indústria farmacêutica e a iniciativa privada pesquisam muito mais que os governos”, aponta o parlamentar.

Ao reafirmar a importância da continuidade do tratamento com remédios em fase experimental, o novo marco legal cria regras para o fornecimento do produto testado, com base na evidência do benefício superar o risco do uso. Para garantir segurança ao paciente, um parecer fundamentado na condição clínica individual é feito, seguindo critérios como gravidade da doença, ameaça para a vida do paciente e disponibilidade de alternativas terapêuticas satisfatórias. Como consequência, a definição de responsabilidades e o respaldo jurídico em relação à prática do fornecimento pós-estudo resguardam todos os envolvidos no desenvolvimento da pesquisa e encorajam patrocinadores a realizarem mais estudos no Brasil.

“Nós garantimos na lei que no decorrer desse medicamento estar tramitando para ser incorporado e aprovado pela Anvisa, esses pacientes têm a garantia de 10 anos de pós-estudo. Depois desse prazo, o SUS é o responsável por fornecer medicamentos aos pacientes. O princípio de integralidade e equidade dentro do SUS garante ao paciente que uma droga nova, uma inovação disponível no mercado seja incorporada à saúde pública”, acrescenta Hiran Gonçalves. 

Antes de ser votado em Plenário, o PL 7.082/17 aguarda parecer do relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). A última reunião sobre o tema no colegiado ocorreu em outubro de 2019.

Fonte: Brasil 61

No Dia do Estudante, 11.08, UNE realiza Mobilização pela Vida, Democracia e Educação

No dia 11 de agosto (próxima terça-feira), marco do Dia do Estudante e de aniversário da UNE (União Nacional dos Estudantes), que completa 83 anos, um ato virtual irá reunir parlamentares, políticos, juristas, artistas e movimentos sociais na Mobilização Nacional pela Vida, Democracia e Educação.

Construído em conjunto com a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e a ANPG (Associação Nacional de Pós Graduandos), as entidades estudantis consideram esse o “Dia do Estudante como nenhum outro até hoje” por marcar a urgência na defesa da vida e a resistência à gestão do governo Bolsonaro diante pandemia da Covid-19, a falta de projeto para educação e a escalada autoritária país.

“O Dia do Estudante vislumbra a superação deste episódio entristecedor da atual história brasileira a partir de um futuro a ser construído com base na valorização incondicional da educação pública brasileira.”, diz trecho do manifesto das entidades lançado junto com o chamado à mobilização do dia 11.

Nas pautas de educação, a UNE ressalta a importância de um Plano Emergencial para conter a evasão nas universidades privadas na pandemia, mais investimento nas universidades públicas e na pós-graduação, para combater os efeitos sociais, na saúde e econômicos da pandemia.

Entre as presenças previamente confirmados: Ciro Gomes; Manuela D´Avila; o governador do Maranhão, Flavio Dino; Douglas Belchior; Felipe Santa Cruz presidente da OAB;João Pedro Stédile ( MST); Alessandra Pellanda (Campanha Nacional pelo Direito à Educação); Juca Kfouri; os juristas Sepúlveda Pertence e Aldo Arantes e como atrações culturais os cantores Gilberto Gil e Zeca Baleiro, o vocalista da banda Baiana System, Russo Passapusso.

A programação está em construção e enviaremos atualizações.

Íntegra do Manifesto das entidades estudantis: https://bit.ly/ManifestoDiadoEstudante

Serviço:

Mobilização Nacional pela Vida, Democracia e Educação
Data: 11 de agosto – às 19h
Local: Canal do Youtube da UNE – youtube.com/uneoficial

Escolas da rede SESI se preparam para retorno das aulas presenciais

Com a expectativa da retomada de aulas presenciais em alguns estados e municípios do país, o Serviço Social da Indústria (SESI) divulgou recentemente para sua rede de 526 centros de educação o protocolo com os cuidados que deverão ser observados no período de retorno. As diretrizes seguem as recomendações e melhores práticas de órgãos internacionais e nacionais para orientar a volta segura às atividades educacionais, além de reforçarem a necessidade de se seguir as normas das autoridades sanitárias do município e da unidade da Federação em que os centros estão localizados.

O protocolo SESI estabelece procedimentos sanitários mínimos e recomenda, ainda, que cada departamento regional do SESI deverá seguir as regras de seu estado da Federação e determinações específicas do municípios em que se situa cada unidade.

Um dos primeiros cuidados deverá ser com a comunicação. Antes mesmo da retomada, é preciso entrar em contato com os pais de alunos, mapear quais deles de fato poderão estar presentes, e quais deles estão em grupos de risco. As escolas também deverão afixar sinais, adesivos, cartazes e placas indicando regras relativas ao número máximo de pessoas permitido em cada local para garantir o distanciamento social.

Conheça as recomendações do protocolo do SESI na Agência CNI de Notícias
A orientação é para que também sejam afixados pôsteres comunicando informações sobre os sintomas da doença, sobre o distanciamento físico nas salas de aula e nos laboratórios, além de instruções sobre como utilizar, higienizar e descartar corretamente as máscaras.

“Nossa maior preocupação é com a segurança de nossos alunos, professores e colaboradores. Por isso, tudo será feito com base em protocolos de segurança elaborados por profissionais de saúde do SESI”, explica o diretor-superintentende do SESI, Rafael Lucchesi. “O distanciamento social precisa estar em primeiro lugar em qualquer iniciativa de retomada, e, no caso das nossas escolas, queremos dar essa segurança para as pessoas que moram em estados que deverão retomar as atividades em breve”, explica.

Temperatura deve ser aferida na chegada de colaboradores e alunos
Todas as escolas também deverão usar termômetro digital infravermelho de testa para aferir a temperatura dos colaboradores e alunos na chegada a escola. O ideal é que todos passem também por uma rápida entrevista com um profissional de saúde.

Os espaços também deverão ser limpos e desinfectados vários vezes por dia, dependendo da quantidade de circulação de pessoas. Por exemplo: uma sala de aula que será utilizada por outra turma, precisa ser desinfectada antes.
Nas áreas administrativas, deverão ser criados espaços definidos de trabalho para diferentes grupos, de forma a evitar contato entre eles, para facilitar o mapeamento e dificultar o contágio.

Ensino a distânicia deve ser priorizado
Os professores deverão priorizar aulas virtuais para a redução número de alunos e horário de entrada na escola. Por exemplo, disciplinas em ensino a distância (EaD) para uma parte da turma, enquanto outra parte tem aula presencial, com inversão periódica dos grupos. Também é recomendada a alternância de turnos dos colaboradores, com jornadas de trabalho menores nos primeiros meses.

O uso de máscaras é obrigatório. O distanciamento de dois metros deverá ser mantido em filas, e até nas salas de aula, na cantina, e em bancos espalhados pelas unidades.