Senac lança curso de Gerenciamento e Organização de Condomínios

Atento às crescentes demandas do mercado imobiliário, o Senac Pernambuco lança o seu curso Gerenciamento e Organização de Condomínios. Direcionada a síndicos que estão em busca de aperfeiçoamento e a profissionais que desejem investir e empreender nesse segmento, a formação tem carga-horária de 36h. Em função do momento de pandemia, as atividades serão oferecidas de maneira totalmente remota. A primeira turma começa no dia 18 de agosto e seguirá até 10 de setembro, com encontros às terças, quartas e quintas-feiras, das 18h30 às 21h30.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais (Abrassp), em Pernambuco havia, em 2017, cerca de 11520 síndicos, sendo que 197, ou 1,7%, eram profissionalizados – percentual inferior a outros centros, como São Paulo (6,2%), Minas Gerais (3,5%) ou Paraná (4,5%). De acordo com João Andrade, instrutor do curso, essa diferença evidencia uma lacuna a ser explorada no mercado local. “A carência é por profissionais ágeis que se atualizem constantemente. Alguns condomínios têm o perfil de hotel, e os grandes empresariais necessitam de agilidade nas ações e práticas assertivas. Esses novos modelos de empreendimentos exigem profissionais capacitados”, argumenta.

Para ele, a gestão desses espaços torna-se mais complexa na medida em que esses equipamentos incorporam mais itens de lazer e oferta de serviços. “A nova legislação do Corpo de Bombeiros e as exigências do E-social são exemplos que demonstram a necessidade de qualificar os profissionais”, complementa. Para promover uma formação completa, o conteúdo programático abordará tópicos como cuidados ambientais, relacionamento com construtoras e condôminos, prestações de contas, orçamento, gerenciamento de recursos humanos dos condomínios, estruturas administrativas e noções de legislação aplicadas a esses ambientes de moradia.

As inscrições para o curso de Gerenciamento e Organização de Condomínios podem ser realizadas pelo site do Senac Pernambuco (www.pe.senac.br). Mais informações sobre a formação podem ser obtidas pelos telefones 0800.081.1688 ou (81) 3413.6728/6729/6730.

Serviço:
Curso de Gerenciamento e Organização de Condomínios – Senac Pernambuco
Período: de 18 de agosto a 10 de setembro
Datas e horários: terças, quartas e quintas, das 18h30 às 21h30;
Investimento: R$ 320;
Inscrições: on-line, pelo site do Senac Pernambuco (www.pe.senac.br);
Mais informações: 0800.081.1688 ou (81) 3413.6728/6729/6730.

Meio Ambiente abre consulta pública sobre plano para resíduos sólidos

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, assina nesta sexta-feira (31) portaria que institui a consulta pública destinada a colher sugestões para a finalização do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, o Planares. A consulta pública ficará aberta até 30 de setembro.

A proposta do governo poderá ser lida e comentada em plataforma na internet,acessada no site do ministério. Após a assinatura hoje, a portaria segue para publicação no Diário Oficial da União.

O Planares tem nove capítulos, distribuídos em 186 páginas. O plano escreve com detalhamento a situação de tratamento dos resíduos sólidos no país e prevê metas, ações, programas e diretrizes para 20 anos, visando a aumentar a coleta seletiva e a reciclagem de materiais, reduzir desperdícios, favorecer o reaproveitamento energético, extinguir lixões, universalizar a deposição ambientalmente adequada de resíduos em aterros sanitários, formalizar e melhorar as condições de trabalho dos catadores.

“O plano mostra o caminho entre a situação atual e a desejada”, diz André França, secretário nacional de Qualidade Ambiental Urbana do Ministério do Meio Ambiente (MMA). “Representa estratégia de longo prazo, em âmbito nacional, para operacionalizar as disposições legais, princípios e objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos”, afirma França, ao ler a introdução do documento para a reportagem.

Segundo o secretário, o Planares, previsto em lei, está sendo publicado dez anos após a sanção da Política Nacional de Resíduos Sólidos.“O plano nacional deveria ser um dos primeiros instrumentos desenvolvidos, infelizmente não foi. Agora saldamos essa dívida do governo federal, colocando em consulta pública.”

Boa surpresa
Esta é a segunda versão do Planares. Uma versão preliminar para consulta pública foi publicada pelo MMA na internet em setembro de 2011. A publicação da nova versão do documento foi festejada por catadores, representantes da indústria da reciclagem e pelo autor da Política Nacional de Resíduos Sólidos, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania–SP), que relatou a lei que instituiu a política. A expectativa de todos é que o Planares tire do papel a Política Nacional dos Resíduos Sólidos.

Segundo o parlamentar, a nova edição do Planares é uma “boa surpresa”. Em sua avaliação, a política nacional “permanece atual” e “acabou instituindo práticas num conjunto de empresas, estimulou políticas públicas e conseguiu contribuir para mudança cultural da população”, mas ainda não está implantada como é desejado.

Ele enumera o funcionamento dos lixões, acordos setoriais para reciclagem de material industrial ainda não fechados, as “condições subumanas” do trabalho dos catadores – “ainda desorganizados”.

Para Jardim, há necessidade de adotar incentivo tributário para a reciclagem. “Produtos reciclados pagam tantos impostos quanto os produtos que são virgens”, observa o parlamentar. Ele defende instrumentos econômicos, como linhas de auxílio para financiamento da abertura de aterros sanitários e criação de cooperativas de coleta e triagem de resíduos.

Recursos consideráveis
Na opinião de Carlos Silva Filho, diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), falta investimento nessa infraestrutura, mas falta dinheiro também para o custeio do sistema. “A gente precisa lembrar que a operação de resíduos sólidos demanda recursos, bastante consideráveis. Toda vez que o caminhão sai fazendo coleta domiciliar precisa de recursos para custear. Para a triagem na coleta seletiva, a mesma coisa.”

Dados da pesquisa Ciclosoft (2018) mostram que o custo da coleta seletiva pública de resíduos sólidos é, em média, R$ 442,24 por tonelada. O valor é 4,6 vezes superior à coleta indiscriminada (R$ 95,00 por tonelada).

“Isso precisa ser custeado pelo usuário”, defende Silva Filho. “Precisamos estabelecer um modelo de remuneração desses serviços, como já acontece em várias partes do mundo e o novo marco legal do saneamento trouxe como obrigatoriedade”, lembra, ao destacar que a comercialização dos materiais reaproveitáveis é variável conforme o tipo (alumínio, plástico, papel, vidro, etc) e insuficiente para pagar a conta.

Conforme dados da Secretaria Nacional de Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional, 47% dos municípios não cobram taxas pelo recolhimento de resíduos e pela limpeza urbana. Entre os que cobram, o valor arrecadado cobre apenas 54,3% dos custos.

Sem recursos, apenas 22% dos municípios do país têm coleta seletiva pública, e 15% das cidades possuem ao menos uma cooperativa ou associação de catadores de materiais recicláveis, com incentivo da prefeitura. Mais de 3 mil municípios ainda destinam seus resíduos para locais inadequados, como lixões ou aterros, sem recursos sanitários para proteger o meio ambiente e a saúde da população.

A falta de investimento no tratamento adequado dos resíduos e dos rejeitos pode agravar a necessidade de gastos com a saúde e os problemas ambientais. O secretário nacional de Qualidade Ambiental Urbana do MMA, André França, observa que “o custo dos lixões para o meio ambiente e a saúde no Brasil é de US$ 1 bilhão ao ano.

Novos conceitos
Incentivos econômicos para aumentar a reciclagem também são defendidos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade encaminhou “propostas ao governo federal para desonerar materiais reciclados que são tributados mais de uma vez no país, com o objetivo de estimular o uso desses materiais”, diz Davi Bomtempo, gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI.

O especialista afirma que a política de resíduos sólidos “trouxe vários conceitos que atualmente estão em debate no mundo, relacionados à economia circular, como a valorização dos resíduos como recursos, o uso do ecodesign, ciclo de vida dos produtos, não geração, minimização, redução, reutilização, reciclagem, entre outros.”

Ele espera, no entanto, que haja “simplificação das exigências na formulação dos planos de gestão e gerenciamento de resíduos, que os tornam caros e difíceis de serem elaborados, e o estabelecimento de critérios e limites para diversos dispositivos contidos na lei que trata de obrigações”.

Auri Marçon, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet) reagiu com otimismo à publicação do Planares. Ele disse esperar que o plano ajude a “executar corretamente” o que está descrito na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Marçon se queixa das interpretações divergentes sobre o que está disposto na lei que instituiu a política. “Não dá para o Ministério Público ficar abrindo ação civil pública contra as empresas tendo uma interpretação da lei atual, e o Judiciário tendo outra”, comenta.

Remuneração melhor
O presidente da Associação Nacional dos Catadores de Recicláveis (Ancat), Roberto Rocha, classifica a publicação do Planares como fundamental. Ele diz que o plano pode ser um reforço à Política Nacional de Resíduos Sólidos e alimenta a expectativa de que os catadores obtenham “remuneração melhor”, ao comentar que a pandemia de covid-19 afetou a organização, o trabalho e a renda dos catadores.

Para Rocha, a atividade dos catadores não é compreendida e nem reconhecida pelo Poder Público e pela sociedade. “Coletamos material, processamos, tratamos o material que vai para as indústrias”. Rocha afirma que além de preparar o resíduo para a transformação na indústria, os catadores atuam na cadeia de limpeza das cidades e colaboram com a educação ambiental ensinando, por exemplo, como fazer o descarte corretamente.

O trabalho das cooperativas viabiliza a logística reversa, o fluxo que começa com a coleta dos resíduos, passa os materiais pela triagem e dá destinação adequada, seja de reutilização, reciclagem ou compostagem (para decomposição de matérias orgânicas). Em 2018, conforme o Anuário da Reciclagem, elaborado pela Ancat, o volume médio coletado por catador ao mês foi 1,6 tonelada de resíduos (ou 19,4 toneladas no ano). Para se ter uma comparação, um carro de passeio pesa entre 0,9 e 2 toneladas.

O Brasil é o quarto maior gerador de resíduos sólidos do mundo. Em 2018, o volume foi de 79 milhões de toneladas por ano ou 216.629 toneladas a cada 24 horas. “Dez estádios do Maracanã cheios de lixo a cada dia”, diz nota da Abrelpe. O documento lembra que o país precisa lidar com um problema de comportamento da população: brasileiro ainda está aprendendo a jogar lixo no lixo e a fazer a separação dos materiais descartados.

“A posição adotada pelo consumidor é chave para viabilizar a ruptura do atual modelo de gestão do resíduo sólido urbano”, diz a proposta do MMA para Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que estará disponível para acolher sugestões durante 60 dias.

O secretário nacional de Qualidade Ambiental Urbana, André França, assegura que o Planares prevê meios para incrementar a educação ambiental da população e financiar o gerenciamento dos resíduos sólidos. A reciclagem reduz a poluição, economiza recursos naturais, diminui custo de produção, gera renda e mitiga as emissões de gases de efeito estufa que provocam o aquecimento global. “Sem a gestão adequada dos resíduos, não há como falar em qualidade de vida para a população”.

Produtos na saída das fábricas têm inflação de 0,61% em junho

Linha de produção em fábrica da Ford

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação de preços dos produtos na saída das fábricas brasileiras, teve inflação de 0,61% em julho deste ano. A taxa é inferior à observada em maio, que havia sido de 1,16%, mas superior à registrada em junho do ano passado, que havia registrado deflação (queda de preços) de 1,13%.

Segundo dados divulgados hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPP acumula taxas de inflação de 1,16% no ano e de 3,94% no período de 12 meses.

Em junho, 11 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram inflação em seus produtos, com destaque para refino de petróleo e álcool (17,07%) e indústrias extrativas (3,75%). Por outro lado, 12 atividades tiveram deflação, com destaque para metalurgia (-3,21%) e alimentos (-0,79%).

Entre as quatro grandes atividades econômicas, foram registradas taxas de inflação nos bens de consumo semi e não duráveis (2,91%) e nos bens de consumo duráveis (0,66%). Os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos, tiveram deflação de 1,64%, enquanto os bens intermediários, ou seja, os insumos industrializados usados no setor produtivo, registraram queda de preços de 0,37%.

Setor público fecha junho com déficit primário recorde de R$ 188,68 bi

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As contas públicas registraram, em junho, saldo negativo recorde, devido aos efeitos da pandemia de covid-19 na economia. O setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, apresentou déficit primário de R$ 188,682 bilhões, no mês passado, o maior resultado negativo mensal da série histórica iniciada em dezembro de 2001. Em junho de 2019, houve déficit primário de R$ 12,706 bilhões. Os dados foram divulgados hoje (31) pelo Banco Central (BC).

No mês passado, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) apresentou déficit primário de R$ 195,180 bilhões. Os estados e municípios, além de empresas estatais, contribuíram para reduzir o défict ao apresentar saldos positivos.

O superávit primário dos governos estaduais chegou a R$ 5,592 bilhões e e dos municipais, a R$ 187 milhões.

As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras, registraram superávit primário de R$ 719 milhões no mês passado.

Resultado acumulado

No primeiro semestre, o déficit primário chegou a R$ 402,703 bilhões, contra o resultado negativo de R$ 5,740 bilhões, em igual período de 2019.

Em 12 meses encerrados em junho, o déficit primário ficou em R$ 458,835 bilhões, o que representa 6,38% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

A meta para este ano era de déficit primário de R$ 118,9 bilhões. Entretanto, o decreto de calamidade pública dispensou o governo de cumprir a meta.

Despesas com juros

Os gastos com juros ficaram em R$ 21,480 bilhões em junho, contra R$ 17,396 bilhões no mesmo mês de 2019. No primeiro semestre, essas despesas acumularam R$ 173,613 bilhões, ante R$ 181,112 bilhões em igual período do ano passado.

Resultado nominal

Em junho, o déficit nominal, formado pelo resultado primário e os gastos com juros, ficou em R$ 210,161 bilhões, contra o resultado negativo de R$ 30,102 bilhões em igual mês de 2019. No acumulado de seis meses do ano, o déficit nominal chegou a R$ 576,315 bilhões, contra R$ 186,852 bilhões em igual período de 2019.

Dívida pública

A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 4,176 trilhões em junho, o que corresponde 58,1% do PIB. Em maio, esse percentual estava em 55%.

Em junho, a dívida bruta – que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 6,153 trilhões ou 85,5% do PIB, contra 81,9% em maio deste ano.

A dívida pública bruta é um indicador usado pelas agências de classificação de risco para avaliar a solvência das finanças de um país. Quanto mais alto o indicador, maior a desconfiança em relação à capacidade de um governo honrar os compromissos.

Hong Kong adia eleição por um ano após vetar candidatos opositores

Hong Kong Chief Executive Carrie Lam attends a news conference at the Hong Kong Special Administrative Region (HKSAR) Government office in Beijing, China  December 16, 2019. REUTERS/Jason Lee

A líder de Hong Kong, Carrie Lam, adiou em um ano, nesta sexta-feira (31), uma eleição legislativa marcada para 6 de setembro por causa do aumento de casos do novo coronavírus, um golpe para a oposição pró-democracia, que esperava obter ganhos na votação.

A oposição visava a capitalizar a onda de ressentimentos com a nova Lei de Segurança Nacional, que a China impôs à cidade em 30 de junho, para obter maioria no Conselho Legislativo, onde metade dos assentos é eleita diretamente e a outra metade é preenchida principalmente por indicados da China.

O adiamento vem depois de 12 candidatos pró-democracia serem desqualificados e impedidos de concorrer na eleição, por razões como supostas intenções subversivas, repúdio à nova Lei de Segurança e uma campanha para obter maioria a fim de impedir a aprovação de leis.

Segundo Lam, que disse que a eleição ocorrerá em 5 de setembro do ano que vem, a decisão foi a mais difícil que tomou em sete meses e visa a salvaguardar a saúde das pessoas.

“Temos 3 milhões de eleitores saindo em um dia por toda Hong Kong, tal fluxo de pessoas provocaria alto risco de infecção”, argumentou.

Apoiada por Pequim, Carrie Lam disse ainda que teve que invocar uma lei de emergência para fazer o adiamento e que a decisão não envolveu nenhuma consideração política. O Parlamento chinês decidirá como preencher o vácuo legislativo causado pelo adiamento.

A eleição seria a primeira votação oficial da ex-colônia britânica, desde que a China impôs a Lei de Segurança para combater o que define amplamente como secessão, subversão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras, puníveis até com prisão perpétua.

Hong Kong voltou ao controle chinês em 1997 com garantia de autonomia, mas críticos dizem que a nova lei mina o alto grau de autonomia da cidade e a coloca em caminho mais autoritário.

Os governos chinês e de Hong Kong dizem que a legislação não minará as liberdades e que ela é necessária para preservar a ordem e a prosperidade, após os meses de protestos antigoverno, muitas vezes violentos, do ano passado.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbing, afirmou que o surto do novo coronavírus em Hong Kong é um fator na eleição local, que por sua vez é um assunto interno da China.

A notícia do adiamento coincidiu com o fim do período de registro de candidaturas para a eleição.

Entre os 12 candidatos opositores desqualificados está Joshua Wong, que conquistou fama liderando protestos em Hong Kong em 2012 e 2014, quando ainda era um adolescente.

“Impedir-me de concorrer não deteria nossa causa pela democracia”, disse Wong, de 23 anos.

Pelo menos 68 países e territórios adiaram eleições nacionais ou regionais por causa do novo coronavírus desde fevereiro, informou o Instituto Internacional para a Democracia e a Assistência Eleitoral.

Artigo: Inclusão pelo trabalho é lição da pandemia

Fábio de Salles Meirelles*

A Covid-19 ampliou a percepção e a visibilidade de estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que classificou o Brasil como o sétimo país com mais desigualdades, melhor posicionado apenas do que seis nações africanas, e o segundo com a maior concentração de renda, atrás somente do Catar. Tais assimetrias já se refletem de modo mais acentuado nas dificuldades da população carente, em meio aos danos econômicos provocados pela pandemia, que agravam nossa histórica dívida social.

O relatório do organismo da ONU foi divulgado recentemente, mas os dados são referentes a 2017. De lá para cá, considerando a crise que o País já vinha enfrentando, com mais de 12 milhões de desempregados, a situação somente piorou, atingindo um grau ainda mais tóxico no cenário atual causado pelo novo coronavírus. Nesse contexto, é indispensável a ajuda do governo, como na concessão do auxílio emergencial de 600 reais e trabalho dos fundos de solidariedade dos municípios e estados, das empresas, das entidades de classe, de toda a sociedade e das famílias.

Todos têm se mobilizado, dentro da capacidade de cada um, para socorrer as pessoas necessitadas, doando alimentos, roupas, remédios e equipamentos de proteção individual.

Essa mobilização ratificou o perfil solidário dos brasileiros. Entretanto, ante as dimensões do problema, o aporte de recursos demandado é muito superior à capacidade financeira das famílias e do universo corporativo, abalados pela nebulosa conjuntura, bem como do Estado, que há muito está mergulhado em profundo abismo fiscal. Além disso, não se pode admitir a caridade individual e o assistencialismo estatal como soluções definitivas para as desigualdades socioeconômicas.

Crescimento do PIB, com distribuição de renda e inclusão, deve ser a prioridade da agenda nacional do desenvolvimento. O êxito nessas metas somente será possível com a geração maciça de empregos, que depende de nossa capacidade de resolver os problemas que já enfrentávamos antes da pandemia, somados à maior complexidade que ela provocou.

É um desafio elevado à terceira potência, mas que nos cobra, da maneira mais dura possível, o tempo que perdemos ao não resolver questões básicas, como o “custo Brasil”, a insegurança jurídica, a burocracia exagerada, a limitação do crédito para investimentos produtivos, os altos impostos, os empecilhos à boa logística, o inchaço estatal e todos os demais fatores, há muito conhecidos, que reduzem paulatinamente nossa competitividade, sacrificam empresas e provocam desemprego.

Precisamos de soluções concretas para o déficit social brasileiro, simultâneas ao assistencialismo do Estado e da sociedade, para ir reduzindo pouco a pouco as desigualdades e promovendo a inclusão pelo trabalho, o meio mais eficaz de combater os efeitos da pobreza e de proporcionar vida de melhor qualidade à população.

E precisamos aprender com as adversidades que isso pode e deve ser feito em caráter emergencial e, num aspecto mais amplo, como estratégia de políticas públicas estruturais. T

Temos exemplos concretos da viabilidade de medidas dessa natureza. Um deles chama-se “Pertinho de Casa”, iniciativa da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), ante a ameaça que a pandemia impôs a numerosos pequenos e microprodutores rurais e varejistas de alimentos, impedidos de colocar os produtos no mercado. Trata-se de um aplicativo que possibilita a compra direta por parte dos consumidores e cujo sucesso evitou que muitas famílias engrossassem a fila do auxílio emergencial do governo e o rol dos socorridos pela fraternidade. Estão produzindo, vendendo, ganhando seu dinheiro e atendendo milhares de pessoas.

Tal objetivo também foi alcançado em outra ação liderada pela entidade: centenas de costureiras, muitas delas instrutoras dos cursos do SENAR-AR/SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), foram mobilizadas para produzir milhões de máscaras destinadas a produtores e trabalhadores do campo e a santas casas de misericórdia do interior paulista. Essas mulheres, muitas delas arrimos de família, estariam sem renda no momento mais agudo da pandemia. Contudo, estão trabalhando e se mantendo.

A atenção social do Estado e a solidariedade humana serão sempre bem-vindas e necessárias, mas não podem perpetuar-se como políticas públicas de enfrentamento das desigualdades. É prioritário incluir as presentes e futuras gerações na economia e no mercado, outorgando-lhes efetiva cidadania, com um projeto de desenvolvimento que contemple a distribuição mais justa da renda, por meio da educação de qualidade para todos e do trabalho digno.

Alguns exemplos, como os aqui citados, por menores que possam parecer no contexto global da Covid-19, mostram que isso é muito possível, em especial neste Brasil de imensos recursos naturais, população corajosa, trabalhadores e empresários resistentes e capazes de vencer crises, como as muitas que já enfrentamos.

*Fábio de Salles Meirelles, empresário agrícola, é presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, no Estado de São Paulo).

Pernambucanas conquistam premiação na Inovativa Brasil, o maior programa de aceleração de startups da América Latina

Um passo de cada vez em busca simultânea por inovação, economia e afeto. Foi com esse amplo pensamento que a criatividade das irmãs Cecília Monteiro Leão e Marina Monteiro Leal se moldaram e fundaram o aplicativo gratuito “Colher de Chá”. Há mais de um ano, o projeto pernambucano ganha espaço nas plataformas digitais com uma espécie de guia econômico na gastronomia dentro de casa, reforçando a campanha mundial contra o desperdício de alimentos. Além disso, a ferramenta disponibiliza listas de compras no supermercado com a quantidade necessária para cada família e receitas práticas com tamanha variedade culinária para todos os gostos.

O projeto de núcleo familiar ganhou força numa startup em um dos principais parques tecnológicos do Brasil, o Porto Digital, localizado no Recife Antigo. No início do ano, a plataforma pernambucana ganhou mais um reforço com a vaga entre as 137 startups selecionadas na Inovativa Brasil, o maior programa de aceleração de startups da América Latina. A novidade da vez foi o destaque na premiação da Inovativa Brasil na categoria Varejo, Comércio Físico e Bens de Consumo, realizado pelo Ministério da Economia e Sebrae, com objetivo fomentar o crescimento do empreendedorismo inovador brasileiro.

Uma das fundadoras do aplicativo, Marina Monteiro Leal, conta sobre o objetivo da plataforma. “O Colher de Chá é uma solução a partir das vivências da minha irmã na correria do cotidiano. É uma solução de gestão da rotina alimentar. A gente propõe que você planeje o que vai comer e adapte com número de familiares. E no final também oferecemos a lista de compras exatas. Nem mais e nem mesmo”, enfatizou.

“Queremos estar entre o consumidor e a compra on-line. Intermediar nossa lista de compras. Facilitar a vida das pessoas e entregar aos mercados uma compra certa”, afirmou a também fundadora Cecília Monteiro Leão.

O futuro do Colher com Chá segue referenciando o objetivo pioneiro da plataforma, e agora, busca ganhar novos horizontes dentro das cozinhas brasileiras. É assim que Marina Monteiro visualiza a expansão do projeto. “Aproveitar esse momento para colher frutos. Ganhamos visibilidade e impulsionamento. Agora queremos parcerias, crescer nossa comunidade, implementar essa melhoria na lista de compra. Queremos estar dentro da casa dos usuários, nos solidificar como um assistente na cozinha. E virar um hábito nas vidas das pessoas”.

Colher de Chá está disponível para IOS (App Store) e Android (Play Store). Além de sua versão gratuita, a plataforma disponibiliza uma assinatura paga para quem quiser um cardápio personalizado.

Testes da vacina contra o novo coronavírus começam em mais quatro centros de pesquisa

Teste da vacina contra a doença de coronavírus (COVID-19) na Tailândia

Os testes clínicos da vacina contra o novo coronavírus da farmacêutica chinesa Sinovac e que contam com a parceria do Instituto Butantan vão começar em mais quatro centros de pesquisa nesta semana. A informação é do Governo de São Paulo. 

O potencial imunizante está na fase 3 de pesquisa, a última antes da possível distribuição à população. A expectativa é de que a testagem seja concluída até o início de novembro. Cerca de 9 mil voluntários participam dessa etapa, em 12 centros de pesquisa no Brasil. 

Ontem (30), o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP deram início à pesquisa. Nesta sexta-feira (31) será a vez da Universidade Municipal de São Caetano do Sul e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Fonte: Brasil 61

Feirão de Agronegócios do Sicoob facilita acesso a serviços e produtos financeiros a produtores

Nesta sexta-feira (31), o Sicoob – Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil – inicia seu primeiro Feirão de Agronegócios totalmente virtual. O evento oferece aos cooperados a possibilidade de acessar ofertas e negociar maquinário, equipamentos, insumos, gado de corte, sêmen, entre outros, diretamente com fornecedores.

“Este Feirão é muito importante para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, porque vai oferecer produtos e serviços, além de financiamentos com taxas competitivas, proporcionando maior progresso aos produtores”, afirma Raphael Silva Santana, gerente de Agronegócios do Sicoob. Realizado por meio do App Sicoob Moob, o Feirão visa preencher o espaço que as grandes feiras de agronegócios, postergadas por conta da pandemia do novo coronavírus, deixaram no mercado.

A partir do início do evento, que vai até 7 de agosto, os cooperados poderão acessar a plataforma e visualizar as oportunidades anunciadas pelos fornecedores. Serão mais de 1.000 itens anunciados por 170 fornecedores. O contato entre o cooperado e o fornecedor é realizado dentro do próprio Moob, assim como as tratativas para os financiamentos das cooperativas. “É uma ótima oportunidade de realizar negócios de forma virtual, prática e segura, contando com ótimas condições”, diz o executivo.

Além do Feirão, o Sicoob tem se mostrado um grande apoiador do agronegócio brasileiro. Este mês, anunciou a liberação de até R$ 16 bilhões no Plano Safra 2020/2021, alocando os recursos em diferentes linhas e conferindo alta competitividade para o Sistema no mercado. O valor é 33% maior do que os recursos cedidos no ano-safra anterior.

“Quando os cooperados buscam as cooperativas para acessar crédito, além de encontrarem taxas mais justas do que as praticadas no mercado, também ajudam no resultado financeiro das mesmas. Isso contribui para o crescimento do cooperativismo e, também, das comunidades em que as cooperativas estão inseridas”, explica Raphael.

Sobre o Sicoob - O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil, Sicoob, possui 4,7 milhões de cooperados em todo o país e está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. É composto por mais de 390 cooperativas singulares, 16 cooperativas centrais e a Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob (Sicoob Confederação). Integram, ainda, o Sistema, o Banco Cooperativo do Brasil do Brasil (Bancoob) e suas subsidiárias (empresas/entidades de: meios eletrônicos de pagamento, consórcios, DTVM, seguradora e previdência) provedoras de produtos e serviços especializados para cooperativas financeiras. A rede Sicoob é a quarta maior entre as instituições financeiras que atuam no país, com mais de 3 mil pontos de atendimento. As cooperativas integrantes do Sistema oferecem aos cooperados serviços de conta corrente, crédito, investimento, cartões, previdência, consórcio, seguros, cobrança bancária, adquirência de meios eletrônicos de pagamento, dentre outras soluções financeiras. Mais informações acesse: www.sicoob.com.br.

João Paulo Costa declara apoio a Fabiano, pré-candidato à Prefeitura de Petrolândia

 

O deputado estadual João Paulo Costa (AVANTE), se reuniu, nesta quinta-feira (30), com o  pré-candidato a prefeito do município de Petrolândia, no Sertão de Itaparica, Fabiano. O pré-candidato está em constante diálogo com toda a sociedade civil organizada e setores ligados à economia. “Firmamos uma parceria com o deputado para levar melhorias nas áreas de infraestrutura, educação e saúde. O deputado se mostrou bastante disposto a trabalhar para ajudar no desenvolvimento da nossa cidade. Juntos, vamos construir uma gestão inclusiva, fortalecendo também a agricultura e outros setores importantes para a economia do município”, declarou Fabiano.

João Paulo ressaltou a parceria. “Fabiano já foi vereador e conhece muito bem as necessidades da população. Quando me apresentou o modelo de gestão que ele pensou, decidi abraçar o projeto porque é uma proposta que será boa para as pessoas. Petrolândia é uma cidade muito importante do Sertão, não tenho dúvida que ele será um grande prefeito. Vamos trabalhar bastante na Assembleia Legislativa para levar melhorias ao município”, frisou o parlamentar.