Bolsonaro:’Escolhi Faria pela vida que ele tem junto a Silvio Santos’

Na quinta-feira (11), após recriar o Ministério das Comunicações, o presidente Jair Bolsonaro declarou, no Palácio da Alvorada, que entregou a pasta ao deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) devido à relação de Faria com Silvio Santos, dono do SBT. O novo ministro é casado com a filha do empresário, a apresentadora Patrícia Abravanel.

“Vamos ter alguém que, ele não é profissional do setor, mas tem conhecimento até pela vida que ele tem junto à família do Silvio Santos. A intenção é essa, é utilizar e botar o ministério pra funcionar nessa área que estamos devendo há muito tempo uma melhor informação”, disse o presidente.

Foi publicada na quarta-feira (10), a medida provisória que dividiu o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, administrada pelo ministro-astronauta Marcos Pontes.

O Ministério será comandado por Faria e terá a distribuição de controle a verba de propaganda do governo. Fábio também irá assumir a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estatal que reúne emissoras de televisão, rádios e agência de notícias. O objetivo é privatizar a empresa.

“Ele (Fábio Faria) entra a todo vapor na segunda-feira (15), trabalhando já com a equipe própria. Vai aproveitar a maioria do pessoal comissionado que estava ali nesses outros órgãos. E o objetivo é, logicamente, colocar a EBC, que nós temos, pra funcionar. Também devemos privatizar a EBC num primeiro momento, assim que for possível também”, disse Bolsonaro.

As informações são da Agência Estado.

Ciro Gomes comenta o atual cenário político no país em entrevista

Principal nome do PDT, o ex-ministro Ciro Gomes, 62, diz que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prepara uma milícia armada para se manter no poder e que o ex-presidente Lula (PT) só se movimenta se ele próprio for a estrela central.

Em entrevista à reportagem, o ex-presidenciável defende o impeachment de Bolsonaro e afirma que “a parte jurídica está dada, mas a política ainda não”. Ele faz coro com seu partido ao desestimular protestos de rua agora, durante a pandemia. “Mas a hora chegará.”

Ciro está lançando o livro “Projeto Nacional: O Dever da Esperança” (ed. LeYa Brasil, 274 págs., R$ 49,90), no qual expõe e analisa algumas das propostas que levou ao eleitorado em 2018. Ele ficou em terceiro lugar, com 12,4% dos votos válidos.

De casa, em Fortaleza (CE), ele tem feito lives (transmissões ao vivo na internet), dado entrevistas a jornalistas e influenciadores digitais e postado em redes sociais durante a quarentena. Falou com a reportagem por telefone, na quarta-feira (10).

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Pergunta – O PDT, seu partido, não apoia os protestos de rua contra Bolsonaro, por causa da pandemia. O sr. concorda?

Ciro Gomes – Tenho respeito e gratidão por aqueles que se propõem a correr o risco de se contaminar e de ser ferido por uma parte da polícia arbitrária que está a serviço do bolsonarismo. Mas, como homem público, tenho responsabilidade. Não está na hora de ir para a rua, mas a hora chegará.

Tudo o que o Bolsonaro quer é distrair a opinião pública da pandemia e do desastre econômico sem precedentes. Ele pretende criar um campo de batalha, para coesionar a turma radical que o segue. Criar um caos para que amanhã a classe média, que hoje é crítica a ele, comece a se assustar e peça ordem.

P – Qual será, a seu ver, a hora de ir às ruas?

CG – Ali por agosto ou setembro, vamos precisar todo mundo ir para a rua. Agora, o povo, desorientado por esse debate absolutamente irresponsável feito pelo Bolsonaro, precisa fazer isolamento social. As fotografias do contágio são assustadoras. Estou apavorado.

P – Cidades e estados estão reabrindo comércio, retomando atividades.

CG – É uma irresponsabilidade genocida, do senhor [João] Doria, do senhor [Wilson] Witzel. Fizeram inclusive a retórica do isolamento social, politizando também o debate com Bolsonaro, e se equalizaram com ele.

P – O sr. defende ir para as ruas em nome de quê? Impeachment?

CG – Na minha opinião, essa é a saída que a democracia brasileira infelizmente terá que tentar mais uma vez. Impeachment não é remédio para governo ruim, é punição para presidente criminoso. As condições jurídicas estão evidenciadas nas representações do PDT e de outros partidos. Há crime de responsabilidade quando ele atenta contra o regular funcionamento das instituições, confronta a autonomia da federação, aparelha órgãos públicos.

P – Seria possível avançar sem pressão das ruas?

CG – A parte jurídica está dada, mas a política ainda não. Bolsonaro ainda conta com apoio de parte da população, o que não nos permite ter ilusão de que o Congresso dará os votos. Por isso, ir para a rua será fundamental. Por enquanto, temos que fazer militância virtual.

P – O sr. não assinou os recém-criados manifestos em defesa da democracia, como o Estamos Juntos e o Basta!. Por quê?

CG – É fundamental que a sociedade civil brasileira se liberte, faça esse exercício sem estar sendo cobrada de estar alinhada a este ou àquele grupo. No período recente em que a esquerda esteve no poder, tudo o que era expressão organizada da sociedade foi cooptado. Mas eu elogiei e estimulei [os manifestos], a campanha Somos 70%.

P – Na sua visão, políticos que assinaram os documentos, como Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Fernando Haddad (PT), se apropriam de uma pauta que deveria ser da sociedade?

CG – O Fernando Henrique, não. Ele é um ex-presidente da República que empresta peso e prestígio.

Já o Haddad está numa situação delicada, porque assinou e no dia seguinte o Lula disse que não será “maria vai com as outras”. O Lula cuida de destruir qualquer possibilidade de o Haddad adquirir uma personalidade política necessária para liderar uma nação. É um desastre.

P – Lula disse que os manifestos exprimem uma visão da elite e desconsideram o trabalhador.

CG – Isso é uma bobagem. O que explica o Lula é que, se ele não for a estrela central, nada presta. Nós já perdoamos essas baboseiras do Lula a vida inteira. Isso encheu. Nunca mais.

Ele falou também que não vai assinar um papel já assinado por gente que pecou pelo golpe [impeachment de Dilma Rousseff]. Ora, o Lula se esqueceu que naquela caravana ele estava com [os senadores] Renan Calheiros e Eunício Oliveira? Não foi o Senado que fez o impeachment?

P – O sr. afirmou na GloboNews que é preciso “defender a democracia, e quem não vier é traidor”. Referia-se a Lula?

CG – Na construção da democracia brasileira, pessoas com diferenças políticas irreconciliáveis foram capazes de deixar as discordâncias para a hora própria e construir consenso, o que fez a roda da história andar. O que o Lula está fazendo agora é atrapalhar a roda da história.

Para o lulopetismo, é preciso que o Brasil sangre e pague o preço de não ter descido em Curitiba, destruído a Polícia Federal e tirado o Lula de lá e levado ele incensado para o poder. O Lula se corrompeu e está destruindo o PT.

P – Os manifestos terão efeito prático para o impeachment, que é a sua bandeira?

CG – Produzirão um efeito prático, mas não são uma bala de prata. A política é sofisticada. O que vai acontecer é um processo muito lento de desconstrução da base social de Bolsonaro.

P – O sr. tem falado sobre a politização dos quartéis, com agentes de segurança nos estados alinhados a Bolsonaro. O motim no Ceará, em fevereiro, foi um prenúncio?

CG – Enfrentamos no Ceará o passo seguinte do que vai acontecer no Brasil, que é a milícia armada. Jovens violentos, mascarados, armados, botaram os seus comandos para correr de dentro dos quartéis. Saíram nas viaturas atirando para cima, mandando fechar comércio e escola. E deram dois tiros no peito de um senador da República [Cid Gomes, irmão de Ciro, que avançou com uma retroescavadeira contra o portão de um quartel].

P – Há risco de instrumentalização dessas forças por Bolsonaro?

CG – O risco é real e iminente. Estou vendo um cenário de distopia ali por setembro, com uma mistura do saldo de cadáveres e da implosão da economia. Nós estaremos ocupando as ruas pelo impeachment. E o Bolsonaro está preparando essa milícia.

Ele revogou as portarias de rastreamento de armas e munições pelo Exército. O filho dele está fazendo lobby desgovernado para atrair uma fábrica de armas [parceria com uma marca americana].
Bolsonaro confessou que tem um serviço de informações particular. Ele está facilitando a importação, sem tributos, de fuzil. Isso não é para armar o povo, é para armar a milícia dele. Isso está sendo sistematizado.

P – E como combater?
CG – Quando eles deflagraram aquilo no Ceará, havia 12 estados engatilhados para fazer o mesmo. Nós sabíamos que nossa tarefa era por nós e pelo Brasil. Unimos todos os poderes e tomamos uma série de providências. O combate tem que ser federal. Precisamos transformar, na Constituição, o crime de motim em crime federal e estabelecer os procedimentos de investigação e julgamento.

P – Nesse cenário distópico, como as Forças Armadas ficariam?

CG – Divididas. Acho que a estrutura de comando está vendo essa aberração.

P – Como o sr. vê a narrativa de que a desunião da esquerda facilitará a reeleição de Bolsonaro?

CG – Isso é um mecanismo que o PT utilizou ao longo dos últimos 30 anos para matar o trabalhismo do Brizola, abafar o socialismo do Arraes, destruir o PC do B e, agora, atingir o PSOL.

Eles não tiram nenhuma lição do fato de que uma população que votou em massa no PT nos últimos anos tenha eleito Bolsonaro, um picareta, politiqueiro, ligado à milícia, que nunca produziu nada de útil?

Virou todo mundo fascista, manipulado, gado, como eles chamam? O PT sustenta essa narrativa que não guarda conexão com a vida real. O Brasil viu a crise econômica da Dilma, mas o PT não faz a autocrítica por nada. Então vai ter que ouvir a crítica. Se quiser ouvir respeitosamente, vai ouvir. Se não quiser, vai na canela.

P – Se não é pela unidade da esquerda, a superação do bolsonarismo passaria por qual arranjo?

CG – Passa pela percepção das urgências. E hoje há três urgências, no psicológico popular, que pedem unidade máxima: a de enfrentar o genocídio, a de proteger empregos que estão sendo destruídos aos milhões e a de assegurar as liberdades da democracia.

P – Alguns setores defendem que a polarização entre Bolsonaro e Lula depende de um nome de centro para ser rompida. O sr. se coloca nesse lugar?

CG – Tenho uma formação de esquerda moderada, esquerda democrática. O projeto que eu advogo reúne o centro político com a esquerda democrática.

P – Sergio Moro é apontado como uma opção eleitoral de centro, por se contrapor ao petismo e agora ao bolsonarismo. O sr. se vê disputando a eleição com ele?

CG – Esse é um dos cenários. Agora, eu acho que até lá o Sergio Moro estará carbonizado. A centralidade da ‘monoagenda’ do Moro está sumindo.

A corrupção não terá mais centralidade na vida do povo. Será emprego, educação, saúde pública. Moro está sendo testado por todo o mainstream brasileiro, assim como o Doria e o [Luciano] Huck. Vamos ver qual deles vai dar no couro. Mas eles não rivalizam conosco. Rivalizam entre si.

P – O sr. até hoje é cobrado por ter se ausentado do segundo turno de 2018. Uma das críticas é que isso abriu caminho para Bolsonaro vencer. Faz alguma autocrítica?

CG – Quem fala isso é o lulopetismo bandido. No primeiro turno, todas as pesquisas já indicavam que a força dominante no país era o antipetismo. Aí vai o Lula e mente dizendo que é candidato, quando o que se tinha que fazer era produzir uma alternativa.

Números não mentem jamais. Se todos os meus votos fossem para o Haddad, ainda assim seriam insuficientes para ele vencer. Eles [petistas] queriam que eu fizesse campanha para afundar junto com eles. O que eu fiz, com o meu partido, foi declarar apoio crítico e não participar da campanha.

P – O sr. escreve no livro, referindo-se ao Brasil, que “o país que mais cresceu entre 1930 e 1980 ignorou a ignorância”. Que paralelo faz com o país de hoje?

CG – O que vivemos hoje é o fundo do poço. O Bolsonaro é a última consequência do esgarçamento estratégico da nação, com a explosão de miséria, de desigualdade, de informalidade inédita e de absoluta falta de perspectiva para todos, especialmente para os jovens.

P – O sr. também fala na obra sobre a necessidade de um projeto nacional de desenvolvimento. Existe algum hoje?

CG – Não, nada. Qual é o projeto de educação? De defesa? De infraestrutura? De distribuição de renda?

RAIO-X
Ciro Ferreira Gomes, 62
Formado em direito pela Universidade Federal do Ceará
Foi prefeito de Fortaleza, governador do Ceará e ministro dos governos Itamar Franco e Lula
Já foi filiado ao MDB, PSDB, PPS, PSB e PROS. Atualmente está no PDT
Candidatou-se à Presidência em 1998, 2002 e 2018. Na última eleição, ficou em terceiro lugar, com 12,4% dos votos válidos

Diario de Pernambuco

Covid-19: Brasil se aproxima do Reino Unido no total de mortes

A member of the medical staff tides up blood samples before analysing them on June 9, 2020 at a clinical laboratory, in Hazbrouck, northern France, as part of serological test operation launched to detect the COVID-19, novel coronavirus as the country eases eases lockdown measures taken to curb the spread of the pandemic. – Jerome Darques, Mayor of Morbecque, near Hazebrouck, offers to the 2,558 inhabitants of his city to receive a serological test to detect traces of the COVID-19 in their blood. Morbecque is the first French town to propose this service. (Photo by DENIS CHARLET / AFP)

Sem capacidade de testagem em massa, taxas de ocupação de leitos de UTI perto do limite e explosão de casos e mortes, o Brasil supera, há dias, as atualizações diárias de todos os países. Nesta quinta-feira (11), somou mais 1.239 óbitos e 30.412 casos no balanço, acumulando 40.919 vítimas fatais e 802.828 pacientes diagnosticados. Mesmo assim, o país vive um momento de flexibilização do isolamento social, com a abertura de comércios, algo que, consequentemente, faz com que o vírus se espalhe mais facilmente.

O alto aumento diário coloca o Brasil cada vez mais perto de se tornar o segundo do mundo com mais mortos pelo novo coronavírus. Com faixa de 1,2 mil óbitos diários, a previsão é que ainda hoje os números brasileiros superem os do Reino Unido, que acumula 41.364 fatalidades. Na frente do ranking da Universidade Johns Hopkins continua os Estados Unidos, com 113.561 mortes.

Somente em São Paulo foram contabilizados, até ontem, um total de 10.145 óbitos –– ou seja, mais do que o dobro de fatalidades da China, país onde se originou a doença e que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), soma 4.634 vítimas fatais desde o começo da pandemia. Nas últimas 24 horas, o estado somou mais 283 óbitos e 6.204 novos casos, chegando a 162.520 infectados.

Em seguida, e também próximo de alcançar o dobro de mortes na China, aparece o Rio de Janeiro, com 7.363 pessoas mortas. O Ceará, que ontem ultrapassou o total de chineses mortos, reportou mais 183 perdas, somando 4.663. Outros cinco estados superaram a marca das mil mortes: Bahia confirmou 1.013 perdas pela doença; Pará (4.030), Pernambuco (3.633), Amazonas (2.400), Maranhão (1.360) já haviam quebrado a barreira anteriormente.

Os números, que são altos e chamam atenção, podem ser ainda maiores por causa da sub-notificação. Pesquisadores responsáveis pelas análises do portal Covid-19 Brasil estimam que o total de infectados chega a ser 10 vezes maior do que o revelado pelos dados oficiais. Desta forma, o Brasil teria, na verdade, uma média de mais de 6,39 milhões de pessoas infectadas. Esse cálculo colocaria o país no topo da lista dos mais contaminados, com números três vezes maiores do que o dos EUA, que têm 2,01 milhões de confirmados com a doença.

Na visão dos especialistas, o afrouxamento das medidas de distanciamento social, sem as informações necessárias para saber quem está infectado e qual a velocidade em que a doença se espalha, levará o sistema de saúde ao colapso.

Intransigência

No manhã do dia em que se registraram 40.919 vítimas fatais no país, uma instalação montada na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, que homenageava as vítimas do novo coronavírus e protestava contra a condução da crise sanitária pelo governo federal, foi vandalizada. O tributo às vítimas da covid-19, organizado pela ONG Rio de Paz, era composto por 100 covas rasas cavadas na praia e cruzes pintadas de preto fincadas na areia.

Três homens e uma mulher, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, agrediram verbalmente os manifestantes e repetiram que a ação estava apenas criando pânico social. Um deles xingou os organizadores de “seus merdas” e invadiu o cenário, derrubando, ao menos, 20 cruzes.

“Nós estávamos ouvindo muitas expressões de ódio, provocação. Mas um senhor decidiu derrubar as cruzes, mesmo sem que nós tivéssemos reagido”, contou Antônio Carlos Costa, presidente da Rio de Paz.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais da ONG, é possível ver o homem gesticulando e empurrando as cruzes na areia. Na sequência, o taxista Marco Antônio do Nascimento Silva, de 55 anos, que perdeu um filho para a doença, pediu respeito e, irritado, recolocou os objetos arrancados.

“Meu filho morreu com 25 anos. Ele era saudável. Vocês têm que respeitar a dor das pessoas. O mesmo direito que ele tem de tirar eu tenho de botar”, esbravejou. O homem que violou a instalação não foi identificado.

Houve um princípio de bate-boca, mas o grupo bolsonarista se afastou, apesar de continuar gritando para atrapalhar a entrevista que os responsáveis pela ação concediam.

A ONG Rio de Paz esclareceu que é um movimento suprapartidário e que não recebe verbas públicas de qualquer espécie. Os organizadores do protesto pediram mudanças na postura do presidente da República e acusam a “sucessão de erros” cometida pelo governo federal no combate ao novo coronavírus.

Correio Braziliense

Bolsonaro fala sobre o risco de endividamento público em live

Na próxima semana, deve ser divulgado o calendário de pagamento da terceira e última parcela prevista de R$ 600 para o auxílio emergencial. A possibilidade do anúncio foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro em sua live semanal pelas redes sociais.

Bolsonaro também disse que está em discussão a hipótese de pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial. Ele descartou a manutenção do atual valor. “A gente não pode gastar mais R$ 100 bilhões. Se nós nos endividarmos muito, a gente extrapola nossa capacidade de endividamento. Estamos com a taxa Selic [taxa básica de juros da economia] a 3%, o juro a longo prazo baixou bastante, se nós não tivermos cuidado a Selic pode subir. Cada vez mais o que produzirmos de riqueza vai para pagar dívidas.”

O presidente estima que com gastos com o auxílio emergencial, mais as despesas de saúde e o socorro a estados e municípios, entre outras iniciativas, o Tesouro Nacional já tenha gasto R$ 1 trilhão.

Durante a transmissão, o presidente explicou a recriação do Ministérios das Comunicações fundindo com as atribuições da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República. “Vamos tentar melhorar as comunicações do governo, mas o grande trabalho é as comunicações como um todo no Brasil”, salientou.

“Temos uma questão pela frente que é [a rede de banda larga móvel] 5G. Nós faremos o melhor negócio levando em conta vários aspectos não apenas o econômico. Vamos atender os requisitos da soberania nacional, da segurança das informações, segurança de dados, e também [de] política externa.”

Como já havia informado no Twitter, o presidente disse que sancionou com oito vetos o Projeto de Lei 1.179/2020 que, segundo ele disse na rede social, dá “poderes aos síndicos de restringir a utilização de áreas comuns e proibir a realização de reuniões e festividades inclusive nas áreas de propriedade exclusiva dos condôminos.”

“Se algo parecido tiver que ser implementado no condomínio, na convenção o pessoal [conjunto de moradores] vota e decide o que bem entender”, explicou na live.

Governo de Pernambuco barra antecipar reabertura de shoppings

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Bruno Schwambach, informou, na noite desta quinta-feira (11), que a reabertura dos shoppings centers para o público em Pernambuco não vai ser antecipada, como havia solicitado a Associação de Lojistas de Shopping de Pernambuco (Alshop). O pedido era para que essa reabertura ocorresse já na próxima segunda-feira (15), o que foi vetado. “Vamos manter a previsão dos itens que estavam previstos, então é o varejo de rua (lojas de até 200 metros quadrados nos bairros e no centro), salões de beleza e serviços de estética, lojas de veículos e o retorno dos treinos dos times de futebol profissional. Para essa semana que começa no dia 15, são essas as medidas”, disse Schwambach.

Os shoppings e demais lojas de comércio não essencial de Pernambuco estão fechados desde o dia 21 de março, por determinação do governador Paulo Câmara, em uma medida de prevenção à disseminação do novo coronavírus. Na última segunda (8), foi autorizada a reabertura das lojas dos shoppings para a venda de produtos com retirada em sistema de drive-thru, nos estacionamentos dos centros de compras. Esse passo, inicialmente, seria dado somente no dia 15, mas foi antecipado já a pedido do setor, um dos que mais promove a aglomeração de pessoas.

A reabertura dos centros de compras para o público, por sua vez, está programada para a fase 3 do Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19, que ainda não tem data estabelecida para ser posta em prática. A retomada das atividades está sendo programada para acontecer de forma gradual, ao longo de 11 semanas. As fases podem ser antecipadas, adiadas ou até mesmo haver um retrocesso de acordo com os dados epidemiológicos da Covid-19 nas regiões do Estado. Um exemplo é o caso das matas Norte e Sul e do Agreste, que não avançarão para a fase 4.3 do plano, a partir do 15, por conta do aumento do número de casos da doença e na sobrecarga no sistema de saúde dessas regiões.

Folhape

Médica-Veterinária dá dicas para entender o comportamento do pet

Os pets se comunicam conosco o tempo todo e conseguir compreender o que querem transmitir é uma maneira de se relacionar melhor com eles, além de aperfeiçoar a capacidade do tutor em responder melhor às suas necessidades. Dessa forma, o pet viverá mais feliz e construirá uma relação ainda mais forte com seu tutor. Sabendo da importância do tema, a Médica-Veterinária Natália Lopes, Gerente de Comunicação Científica da Royal Canin Brasil, separou algumas dicas práticas. Confira!

Compreendendo o gato

Geralmente, os gatos entendem apenas algumas palavras-chave, entretanto, eles são muito sensíveis a atitudes e tons de voz e são capazes de sentir emoções, chegando a conseguir antecipar o que o tutor fará em seguida. Preste atenção, e verá que seu gato está comunicando algo em resposta.

Observe a posição da cabeça e orelhas do seu gato
Orelhas eretas, voltadas para “fora” e olhos mais estreitos, por exemplo, sugerem que ele está bravo. Por outro lado, se as orelhas estão voltadas para frente e os olhos semicerrados, é um sinal de felicidade.

Os bigodes dos felinos também são expressivos e sensitivos
Eles os utilizam para se expressar e para explorar os ambientes. Portanto, nunca corte os bigodes do gato.

A linguagem corporal pode ser reveladora.
Se o gato esfrega a cabeça ou a cauda nas pernas do tutor, significa um sinal de afeição. Quando ele rola no chão na presença do tutor, sugere submissão e como eles estão se sentindo à vontade ali. Já quando o gato chicoteia o rabo, é uma indicação de agitação ou inquietação. Ao contrário dos cães, não é um sinal de felicidade.

Os principais sons que eles emitem também são maneiras de comunicação.
Ao ronronar para seu tutor, o gato demonstra que está feliz e satisfeito. Porém, é importante notar caso ele ronrone sozinho, pois pode ser uma tentativa de aliviar estresse. Já quando o felino rosnar ou sibilar, ele quer intimidar alguém e está se sentindo ameaçado.

O som mais comum é o miado, que pode significar uma variedade de sinais, como um pedido, uma reclamação e outras coisas.

Compreendendo o cão

Os cães também utilizam da linguagem corporal para se comunicarem e prestar atenção na postura e na posição do cachorro é o ponto chave para compreendê-los.

Você provavelmente já sabe que quando o cão balança seu rabo ele está feliz. Junto dessa característica, podemos observar outras posturas que nos dizem que o cão está aberto ao contato. Ele manterá as orelhas relaxadas, a cauda estará em uma altura mediana, ele piscará seus olhos e a boca poderá estar aberta.

Sua postura também estará mais aberta quando o cão quiser brincar.
Suas pupilas dilatam, as orelhas ficam mais eretas, a língua fica para fora e a cauda mais alta e balançando com mais intensidade. Já quando o cão estiver deitado de costas e com o rabo entre as pernas, isso significa que ele está adotando uma posição de submissão.

Eles também nos dão sinais de que não devemos nos aproximar.
Por outro lado, se eles se abaixam com as orelhas muito próximas a cabeça e deixam a cauda entre as pernas, é um claro sinal de que estão assustados ou estressados.

Ou quando eles se inclinam para frente, colocam os dentes a mostra, orelhas estão voltadas para frente e percebemos um certo arrepio em suas costas, eles assumem posturas mais agressivas. Assim como quando assumem um comportamento de defesa, sua postura é mais evasiva, as orelhas ficam voltadas para trás, a cauda fica entre as pernas e os dentes ficam visíveis.

O modo como seu cão late deve ser observado.
Latidos com um som mais regular, que parecem “gagos”, significam a vontade de brincar. Já latidos longos que soam mais tristes podem ser sinal de tédio. Enquanto um rosnado ou um uivo chamam a atenção pelo cão estar se sentindo ameaçado

Riacho das Almas registra mais um caso positivo de Covid-19

A Secretaria de Saúde de Riacho das Almas confirmou nesta quinta-feira (11) mais um caso de infecção por Covid-19 no município. Abaixo informações do paciente:

– Homem, 51 anos, em isolamento domiciliar. Morador do Sítio Bandeira. Caso de contaminação comunitária. Estado de saúde é bom.

Ao todo, Riacho das Almas tem agora 38 casos confirmados de infecção por coronavírus, sendo 29 pacientes recuperados. Outros 34 casos estão em investigação, e 90 pacientes testados tiveram diagnóstico descartado para a doença.

Oficinas de teatro e dança têm inscrições abertas no Sesc Arcoverde

O Sesc Arcoverde está com inscrições abertas para quatro oficinas gratuitas de teatro e dança, que contemplam a linguagem das artes cênicas. As aulas serão transmitidas pelo aplicativo Zoom, para que as pessoas possam fazer em casa, neste período de isolamento social. Para se inscrever, os interessados acessam os links de cada oficina, onde consta a ficha de inscrição e a carta de intenção, para que os alunos coloquem o porquê do interesse pela oficina escolhida.

Na segunda (15), começa a oficina “Na Parcela do Coco”, ministrada pelo professor de dança do Sesc Heide Herbert. As aulas vão oferecer a vivência prática do samba de coco e estimular a valorização da dança tradicional de Arcoverde, reconhecendo sua importância para a cultura local por meio do movimento. As aulas serão todas as segundas e quartas, das 19h às 20h, e seguem até 15 de julho. O link da inscrição é https://bit.ly/naparceladococo_sescarcoverde.

A oficina “Possibilidades para um Teatro em Miniatura” começa na terça (16), com a atriz e produtora teatral Jéssica Mendes, instrutora de atividades artísticas do Sesc. A oficina oferece um laboratório de criação de espetáculos em miniatura, com figuras e objetos em pequena escala, e vai apresentar noções básicas do gênero teatral, como o teatro de lambe-lambe, incluindo fatos, curiosidades e a história do Teatro e das formas animadas no Brasil e no Nordeste. O link da inscrição é https://bit.ly/teatroemminiatura_sescarcoverde. As aulas serão todas as terças e sextas, das 19h às 20h, até o dia 31 de julho.

Na quarta (17), é a vez da oficina “Poética dos Objetos”, também com Jéssica Mendes. As aulas serão todas as quartas e sextas, das 17h às 18h, até 15 de julho e são destinadas ao público com idades entre 10 e 15 anos. A oficina vai proporcionar o desenvolvimento da capacidade criativa, através da criação de histórias, a partir de elementos e objetos do dia a dia, e estabelecer a memória do objeto como o estímulo da ludicidade para a criação de personagens/bonecos e manipulação dos mesmos. No fim, será montada uma contação/cena com os bonecos construídos durante o processo de formação. O link da inscrição é https://bit.ly/práticadosobjetos_sescarcoverde.

A última oficina é a de Dança Criativa, com o professor Heide Herbert. Com início em 30 de junho e aulas todas as terças e quintas, das 17h às 18h, até 30 de julho, a oficina é direcionada às crianças com idades entre 4 e 6 anos. Ela vai proporcionar a investigação corporal e as reflexões a partir da criação. Também vai incentivar o interesse pelo corpo, permitir o conhecimento e o aflorar das potencialidades rítmicas expressivas, levando à descoberta e consciência corpórea. A inscrição é no link https://bit.ly/dançacriativa_sescarcoverde.

Sesc – O Serviço Social do Comércio, seguindo as orientações de isolamento social determinadas pelo Governo de Pernambuco, em razão da pandemia do novo coronavírus, está realizando seus trabalhos em regime home office. Ações das cinco áreas fins da instituição (Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde) estão sendo realizadas com o auxílio de plataformas digitais, que contribuem para que a interação não seja interrompida. Aulas gratuitas de Pré-Enem e cultura, além do conteúdo da Educação Infantil e Ensino Fundamental estão sendo transmitidos à distância, assim como dicas de leitura, atividades físicas, brincadeiras e jogos. Profissionais da saúde estão repassando informações educativas de prevenção e combate ao Covid-19 para o público infantil, jovem, adulto e idoso. Ao mesmo tempo, o Banco de Alimentos da instituição está em campanha, em todo o estado, para arrecadar cestas básicas, alimentos não-perecíveis e produtos de limpeza e itens de higiene. Para conhecer mais sobre o Sesc e saber de novas decisões e determinações neste período de quarentena, acesse www.sescpe.org.br.

Serviço – Oficinas de Cultura do Sesc Arcoverde

Inscrições gratuitas

Programação

Oficina “Na Parcela do Coco”

De 15 de junho a 15 de julho

Todas as segundas e quartas, das 19h às 20h

Instrutor: Heide Herbert

Link para a inscrição: https://bit.ly/naparceladococo_sescarcoverde

Oficina “Possibilidades para um Teatro em Miniatura”

De 16 de junho a 31 de julho

Todas as terças e sextas, das 19h às 20h

Instrutora: Jéssica Mendes

Link para a inscrição: https://bit.ly/teatroemminiatura_sescarcoverde

Oficina “Poética dos Objetos”

De 17 de junho a 15 de julho

Todas as quartas e sextas, das 17h às 18h

Público: crianças e jovens dos 10 aos 15 anos de idade

Instrutora: Jéssica Mendes

Link para a inscrição: https://bit.ly/práticadosobjetos_sescarcoverde

Oficina “Dança Criativa”

De 30 de junho a 30 de julho

Todas as terças e quintas, das 17h às 18h

Público: crianças de 4 a 6 anos de idade

Instrutor: Heide Herbert

Link para a inscrição: https://bit.ly/dançacriativa_sescarcoverde

Videoconferências: o que fazer e o que não fazer?

As videoconferências passaram a ser parte da nossa realidade, uma forma de acompanhar o mundo externo. Shows, noticiários, bate-papo com os amigos, atividades acadêmicas e de teletrabalho. Essa foi uma solução encontrada devido a necessidade de afastamento social provocada pela pandemia da COVID-19. Sendo uma nova ferramenta para a maioria das pessoas, exige algum grau de adaptação e aprendizagem, especialmente para as atividades de profissionais ou mais formais.

Quanto maior o tempo gasto com a plataforma, maior o nível de competência adquirido. São vários os aspectos a serem observados no uso das ferramentas de web conferência, a intenção do texto é indicar caminhos para facilitar e contribuir com a adaptação no uso destes artefatos. Assim, vamos aos mais relevantes: mediação de uma conferência, aspectos técnicos, ética e comportamento.

Se você pretende melhorar a percepção de sua audiência e sua própria experiência nas videoconferências, confira as dicas abaixo:
1 – Eleja um mediador
Havendo três ou mais pessoas, a primeira questão refere-se à necessidade de alguém que organize a conferência. Tanto do ponto de vista da tecnologia, como programar a plataforma (se for o caso), quanto na condução da reunião. O mediador deve orientar sobre a dinâmica da reunião, regras de conduta e coordenação de todo o processo. Não é raro haver pessoas falando juntas ou microfones ligados que causam ruídos e prejudicando a interação.

2 – Luz, câmera, ação
Luz e áudio são seu cartão de visitas. É horrível ter uma live com alguém que você não vê bem ou não ouve adequadamente. Tenha uma fonte de luz, se possível variável para que você possa ajustar de acordo com as condições do dia ou da noite. A melhor opção é ter várias luzes para que você possa eliminar sombras e que possa fazer a combinação de luz branca com outras cores. Prefira luz indireta para não cansar os olhos e não saturar sua imagem no vídeo. Usando notebook ou mesmo o celular, você resolve seu problema, mas um microfone externo melhorará muito a experiência de sua audiência. Da mesma forma, você poderá optar por uma boa webcam. As melhores costumam ser as mais caras, mas tudo dependerá da qualidade que você procura e possui para o momento. Esses aspectos também incluem a escolha do local que servirá de fundo para sua imagem. Fundos com livros são os preferidos, mas pense que quanto menos informação, melhor. Você pode inclusive colocar um pano no fundo. Pode escolher a cor que achar mais adequada. Lembre-se que deve eliminar as sobras que possam aparecer. Nesse sentido, um fundo escuro facilita as coisas. Mas nada adiantará todo esse aparato se sua conexão com a internet não for rápida e estável o suficiente para manter-se conectado. Quanto maior a definição de sua câmera, mais banda será necessária. O ideal é que tenha 10Mb ou mais. Você pode consultar sua velocidade em sites e aplicativos como esse: https://www.speedtest.net/

3 – Não se sinta tão à vontade
Precisamos nos preocupar em respeitar aqueles que compartilham conosco a mesma experiência. Apesar de estarmos em casa uma videoconferência é como se nos transportássemos para as casas de nossos colegas. O comportamento deve ser como se lá estivéssemos fisicamente. Assim:
– Avise as pessoas que estão com você sobre o fato de estar online. Barulhos, aparecimentos inusitados são engraçados, mas devemos evitar constrangimentos para todos.
– Cuide de sua aparência discretamente. Não precisa de uma superprodução, mas pentear os cabelos e não aparecer de pijama é recomendável.
– Evite comer durante a reunião, é desagradável conversar com alguém enquanto esse come. Se for algum muito discreto, ok. Água, café e outros ok.
– Desligue seu microfone se não estiver falando, isso evita poluição sonora para os demais e eventuais sons que você não gostaria de compartilhar. Da mesma forma, desligue avisos ou notificações que possam ser ouvidas pelos colegas.
– Se possível, dispense os óculos para evitar o reflexo da luz. Vale especialmente para quem tem luz frontal direta.
– Espere sua vez para falar, mas não monopolize a palavra. Lembre-se do grupo de participantes, quanto mais falar, menos tempo cada um terá para falar e expor suas opiniões. Também é tarefa do mediador coordenar isso.
– Cuidado com o juízo de valor, num espaço aberto com o uso e a interatividade ao alcance de muitos, as opiniões podem ser diversas e a internet tem como característica primordial o respeito a pluralidade e ao diálogo. Assim, estar preparado para as contradições é fundamental para manter um ambiente propício de aprendizado e de troca.
– Por fim, seja objetivo, uma videoconferência pode ser mais cansativa que uma reunião presencial e a tendência é que elas estejam cada vez mais presentes em nosso dia a dia. Assim, primar pela objetividade e cordialidade se tornam fundamentais.

Autor: Claudio Hernandes é coordenador dos cursos de Processos Gerenciais e Negócios Digitais do Centro Universitário Internacional Uninter.