Coronavírus: Florianópolis fica 32 dias sem mortes

Nas últimas semanas, as ruas de Florianópolis voltaram a ser movimentadas. A velocidade do avanço da Covid-19 na capital catarinense vem desacelerando, mesmo com a flexibilização do comércio há 47 dias.

Anteontem, a prefeitura confirmou a 8ª morte causada pela Covid-19 na cidade, uma mulher de 75 anos que tinha histórico de comorbidade e estava internada desde segunda. Ela quebra sequência de 32 dias sem óbito na capital.

Por trás dos números positivos após retorno está uma série de medidas adotadas por prefeitura e governo estadual desde os primeiros casos na região.

Os dois primeiros casos de covid-19 na capital catarinense foram confirmados no dia 12 de março, uma quinta-feira. Na semana seguinte, a prefeitura suspendeu as aulas presenciais nas escolas e universidades, fechou cinemas, teatros, museus, bibliotecas e serviços públicos. Um decreto estadual determinou o fechamento do comércio não essencial, interrupção do transporte coletivo e proibição de eventos.

Assim que as restrições começaram, a prefeitura lançou um serviço gratuito de atendimento telefônico e via internet para tirar dúvidas da população e monitorar as pessoas com sintomas. Já foram feitos 60 mil atendimentos pelo “Alô Saúde”.

Os moradores passaram a receber mensagens de SMS quando um caso de Covid-19 fosse registrado a menos de 200 metros de sua residência.

Testes
A administração municipal investiu R$ 4,5 milhões na compra de 35 mil testes, além de 1,7 mil enviados pelo governo estadual. Desde março, foram realizados 10 mil testes nas redes pública e privada de Florianópolis. Todos os centros de saúde e UPAs da cidade fazem a testagem gratuita da população.

Quem desembarca no Aeroporto Internacional Hercílio Luz passa por uma barreira sanitária e, se estiver com sintomas, é submetido a testes. A equipe do Floripa Airport faz aferição da temperatura, coleta dados dos passageiros e eles assinam termo assumindo o compromisso de fazer isolamento de sete dias. Até agora, foram feitos cerca de 500 testes, que identificaram 17 infectados.

Quem é diagnosticado passa a ser monitorado pela vigilância sanitária e, se descumprir a quarentena, pode ser multado. Desde o início da pandemia, foram aplicadas 41 multas, dez por quebra de isolamento.

Hoje, Florianópolis tem 12 pacientes internados com Covid-19, cinco em UTI. São 918 casos. O fator de transmissão, próximo de 4 no início da quarentena, está em 0,89, mesmo após a abertura em 20 de abril.

Na capital, os estabelecimentos comerciais ficaram fechados por mais tempo do que no restante do Estado e voltaram com regras rigorosas. Os atendentes devem usar máscara, não é permitido provar roupas nas lojas e só é liberada a entrada de um cliente por vendedor.

Para ajudar microempreendedores, foi criada linha especial de crédito, com juro zero, que faz empréstimos de R$ 3 mil a R$ 5 mil. Para a população de baixa renda, o auxílio chega por meio de cartão alimentação distribuído a autônomos e famílias de alunos da rede municipal.

Correio Braziliense

Hospital Mestre Vitalino abre novos leitos de UTI Covid-19

O Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, Agreste de Pernambuco, é referência para o atendimento de pacientes acometidos pela Covid-19, nas 4ª e 5ª regionais de saúde, e contará nos próximos dias com a estrutura de um hospital de campanha para ampliar a capacidade de atendimento.

Diante da necessidade, a partir desta segunda (08), a unidade passa a contar com 10 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva – UTI. A ação antecipa o funcionamento de leitos do Hospital de Campanha. No momento, o novo hospital já está estruturalmente concluído e aguarda a chegada de equipamentos e insumos para abertura dos demais leitos, que se dará de forma gradativa, conforme a necessidade da região.

Para agilizar a abertura de leitos, o HMV montou a nova ala dentro das suas dependências. Somando agora 50 leitos de UTI Covid-19, sendo 40 leitos próprios e 10 do Hospital de Campanha. A previsão é que na próxima semana mais 10 leitos de UTI entrem em funcionamento. Ao todo, o Hospital de Campanha contará com 102 leitos, sendo 20 deles com suporte ventilatório.

“Com a autorização do Governo do Estado, decidimos abrir hoje 10 novos leitos que já são da unidade do Hospital de Campanha. A ação visa oferecer uma assistência ágil aos pacientes que estão precisando de UTI aqui no interior. Para evitar ociosidade, os demais leitos serão abertos ao longo das semanas de acordo com a demanda”, esclareceu Dr. Marco Túlio, diretor médico do HMV.

Secretaria divulga novo balanço sobre casos de Covid em Caruaru

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa, nesta segunda (8), que até o momento foram realizados 3.430 testes, dos quais 1.178 foram através do teste molecular e 2.252 do teste rápido, com 933 confirmações para a Covid-19, incluindo mais três óbitos: homem, 88 anos, sem comorbidades, falecido em 4 de junho; homem, 43 anos, sem comorbidades, falecido em 5 de junho e homem, 44 anos, com comorbidades, falecido em 7 de junho.

Em investigação estão 208 casos e já foram 2.289 descartados.

Também já foram registrados 6.082 casos de síndrome gripal, dos quais 1.147 foram orientados a ficar em isolamento domiciliar.

A secretaria informa ainda que 737 pacientes já foram recuperados do novo coronavírus.

Artigo: Mãe! – Os ensinamentos das mortes de George Floyd e Miguel Otávio de Santana da Silva

Por João Américo Rodrigues de Freitas

Se você é negro, tem mais chances de morrer do que uma pessoa branca. Ter a cútis escura pode ser uma sentença de morte, e foi isso que ocorreu no Estados Unidos da América (EUA), em Minneapolis. Um homem negro, anônimo, acusado de fazer uma compra com uma nota falsa de 20 dólares , desarmado, algemado, jogado no chão, foi julgado e sentenciado à morte pela polícia. Em sua defesa, o homem jogado no chão, com o seu pescoço esmagado por um policial, gritando, gemendo de dor, dizia: “POR FAVOR, EU NÃO CONSIGO RESPIRAR”. Antes de morrer, o homem chamava pela pela sua mãe, clamava ele “MAMMA, MAMMA”. O homem grande e feito sentiu a falta de sua mãe. Essa falta também foi sentida pela criança pobre de 5 anos, filho de uma empregada doméstica, que ao sair para passear com o cachorro da madame, deixou seu precioso e único filho com a patroa, a criança sentido falta da mãe morreu à sua procura.

A morte sádica do americano negro George Floyd gerou protestos por todo o mundo, fazendo renascer a discussão pública acerca do racismo estrutural presente nos EUA e em nossa sociedade. E no Brasil, a morte estúpida de uma criança negra, descuidada pela patroa, filho de uma empregada doméstica, lança luz acerca do que é ser negro e pobre no Brasil desigual, que trata do tema preconceito sem maturidade e com profunda hipocrisia negacionista do preconceito racial enraizado em nossa sociedade, fruto de uma construção histórica, antropológica e social.

Ser negro, em algumas partes do mundo, representa, na corrida da vida, sair sempre atrás, ter oportunidades diminuídas, e ser negro no Brasil é sempre ser suspeito, excluído, discriminado. No Brasil nem todo pobre é negro, mas a maioria dos pobres são negros. 78%, estima-se. No Nordeste, o número é de 79,7%.

Ao negro foi dado o local de ser invisível e sem fala, em uma política de silenciamento, onde as questões raciais brasileiras não são debatidas com verdade e de verdade nos grandes palcos sociais. A população afrodescendente brasileira é composta de 56,10%, ou seja, a maioria, mas os negros ganham 1,2 mil a menos que brancos em média no Brasil, ou 31% a menos do que os brancos. Empregos como Engenheiros da computação, mecânico, argonáutico, Professores de Medicina, Odontologia e Direito e Universitários em geral são ocupados em média por 90% de brancos e 10% de negros e pardos. Em grandes escritórios de advocacia os negros são menos de 1%. Enquanto os cargos de agente de segurança, operadores de telemarketing, serviços domésticos, construção civil são ocupados, majoritariamente, por pessoas negras. Alguns, consciente ou inconscientemente, a fim de calarem a boca das vozes que se levantam em busca de igualdade racial no Brasil, mesmo diante desses dados, utilizam do argumento falacioso de que o negro se vitimiza. Existe uma lógica invertida no raciocínio de reclamar. Se alguém fala de suas dores, problemas, gera, rapidamente, empatia. Se feito isso por redes sociais, o apoio vem por meio de hashtags. Essa lógica não funciona para os povos negros, que na visão turva ou perversa de alguns deve engolir suas dores. A política de silenciamento passa diretamente pelo argumento de dizer em outras palavras que você se “vitimiza”, ou de que “somos um só povo”, não existe essa de negros e brancos. Os dados do Brasil real mostram o contrário, afinal, quem tem mais oportunidades?

Nossa sociedade deve aprender com as trágicas mortes de GEORGE FLOYD e MIGUEL OTÁVIO SANTANA DA SILVA. Temos um saldo devedor racista, que deve ser, a todo custo, extirpado de nossa vida, sociedade e mundo. Não dá para conviver passivamente com o racismo, não podemos fazer vista grossa, não se pode debochar das dores dos outros. CHEGA DE RACISMO, CHEGA DE INDIFERENÇA!

Obs.: escrevo esse pequeno e humilde artigo em memória dessas duas pessoas GEORGE FLOYD e MIGUEL OTÁVIO SANTANA DA SILVA. Que Deus os acolha no seu reino de amor e que conceda o conforto necessário aos que ficaram.

“Nunca estive na África, mas a África sempre esteve em mim”.

João Américo Rodrigues de Freitas é advogado

PL que socorre o setor cultural é aprovado pelo Senado

O Senado aprovou o PL 1075/20 que destina R$ 3 bilhões para ajudar o setor cultural durante a crise provocada pela pandemia do coronavírus. O projeto também prevê a concessão do auxílio emergencial de R$ 600 aos trabalhadores da cultura que estão com as atividades suspensas por causa da pandemia.

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP), um dos autores do projeto, atendeu a uma demanda dos artistas e garantiu que parte do recurso seja destinada a produções de eventos que possam ser transmitidos pela internet e pelas redes sociais, assim, pequenos artistas também poderão, por exemplo, ter uma fonte de renda com a transmissão de lives. Para começar a valer, o texto precisa ser sancionado pelo presidente da República.

“O setor cultural emprega mais de 5 milhões de pessoas. Nós precisamos garantir que essas famílias tenham condições de passar por essa fase tão difícil. Esse projeto é muito importante para que todos os artistas consigam viver da arte”, explicou Eduardo da Fonte.

Pandemia afeta tradição do São João em Campina Grande e Caruaru

Campina Grande, São João, Quadrilha

Por causa da pandemia de covid-19, o arrasta-pé junino que invade o Brasil, especialmente o Nordeste, nesta época do ano vai ser diferente. Nos berços das festas, as cidades de Caruaru, em Pernambuco, e de Campina Grande, no agreste da Paraíba, que disputam o título de maior São João do Mundo, os festejos vão ganhar versão inédita, exclusivamente online, este mês.

Segundo a empresa realizadora do evento, nos dias 23, 24 e 27 de junho, 17 artistas vão se apresentar.Com transmissão pelo canal do evento no YouTube, o São João virtual será realizado com a participação de artistas regionais e atrações nacionais, como a cantora Elba Ramalho – dia 23 de junho – e tem como objetivo inovar e levar a festa para perto do público. Os shows terão cenário junino, retratando o Parque do Povo, sem a participação do público, mas adotando todas as medidas de proteção determinadas pela Organização Mundial da Saúde e autoridades sanitárias, para garantir a segurança dos artistas e equipes de produção.

Presencial

Em Campina Grande, que nos 30 dias de festa chega a movimentar R$ 300 milhões, os organizadores ainda pretendem fazer o evento da forma tradicional neste ano. A programação com os forrozeiros, no Parque do Povo, está marcado para o período de 9 de outubro a 8 de novembro deste ano, se não houver restrição na época por causa da pandemia do novo coronavírus.

Caruaru

Já Caruaru, que recebe mais de 3 milhões de pessoas nesta época, teve a festa cancelada, sem previsão de nova data. Para arrecadar donativos para 18 mil trabalhadores que se envolvem direta e indiretamente na realização do evento todos os anos, foi criada a plataforma São João Caruaru Solidário em parceria com igrejas, entidades da sociedade civil e organizações não governamentais.

Para doar, basta acessar o site do projeto, que oferece a possibilidade de custear cestas básicas (R$ 48), kits de higiene (R$ 25) e outros valores. Quem preferir também pode entregar a doação fisicamente na sede da prefeitura. Durante a apresentação do São João Caruaru Solidário, a prefeitura exibiu vídeos de artistas que apoiam a campanha, como Dorgival Dantas, o vocalista da banda Mastruz com Leite, Neto, Petrúcio Amorim, Elba Ramalho e Eric Land. “As cores e o brilho da nossa festa vão estar em nossa memória e no coração, guardados com carinho para o próximo ano, se Deus quiser”, diz Dorgival Dantas.

UNICEF e Governo de Pernambuco promovem campanha voltada a jovens da Funase

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em parceria com o Governo de Pernambuco, inicia, nesta segunda-feira (8), uma campanha de comunicação voltada a adolescentes e jovens em conflito com a lei. Com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) e da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), a ação busca levar a esse público mensagens de empoderamento, assistência em direitos humanos e cuidados sanitários durante a pandemia da Covid-19. Cartazes estão sendo afixados nas 23 unidades socioeducativas do Estado, que reúnem 716 adolescentes e jovens com idades de 12 a 21 anos, em internação provisória ou em cumprimento de medidas socioeducativas de internação ou semiliberdade.

As peças, com linguagem próxima do público juvenil, contêm explicações sobre o que é o novo coronavírus, como ele pode ser transmitido e que medidas adotar para manter a higiene pessoal e dos espaços de convivência. Em outro trecho da mensagem, os adolescentes são estimulados a buscar ajuda técnica, sem medo ou vergonha, se sentirem angústia, nervosismo ou insegurança durante o período da pandemia. Por fim, como destaca o material da campanha, seguem garantidos os direitos desse público, como o de ter os processos avaliados nos prazos normais e o de participar de atendimentos técnicos individuais dentro das unidades.

De acordo com o Oficial de Proteção do UNICEF no Recife, Augusto Souza, “a pandemia pode ser ainda mais desafiadora para as meninas e meninos em privação de liberdade, com menos contato com as famílias, amigos, filhos e filhas e com pouca informação sobre o que está acontecendo nas suas comunidades”. “Nesse contexto, essa iniciativa conjunta busca reforçar mensagens de prevenção, autocuidado e proteção numa comunicação direta com os próprios adolescentes e jovens”, destaca.

Para a presidente da Funase, Nadja Alencar, a realização da campanha de comunicação ocorre como parte de um processo de participação colaborativa e de junção de esforços neste momento de pandemia. “Desde março, solicitamos às nossas equipes que trabalhassem a conscientização dos adolescentes e de seus familiares sobre o período que tínhamos pela frente. Agora, com essa ação do UNICEF, reforçamos essa mensagem, evidenciando para os socioeducandos que estamos ao lado deles, por meio do trabalho de todo o nosso corpo técnico e do apoio de instituições de defesa dos direitos da criança e do adolescente”, afirma.

Fundação Terra sensibiliza contribuinte a doar parte do Imposto de Renda

Depois de ser adiado devido à pandemia do novo coronavírus, o prazo final para acertar as contas com o Leão segue até o dia 30 de junho. Em Pernambuco, a estimativa é de que 835 mil fiquem em dia com a União. De acordo com a Receita Federal, menos da metade dos contribuintes declarou o Imposto de Renda (IR) este ano. Uma delas é administradora Leila Maria Gomes, que além ficar em dia com as obrigações fiscais, fez um gesto nobre ao doar parte do IR para os projetos mantidos pela Fundação Terra.

“Desde que soube dessa possibilidade, sinto uma grande alegria e prazer em poder usar parte do IR para os projetos da Fundação Terra. O IR, que tantas vezes nos desagrada pagar, pode ser usado também em prol de outras pessoas. O que me motiva é que as obras são muito sérias, muito bem estruturadas, cuidadas e administradas”, explica Leila sobre a primeira vez que doou para a instituição por meio dessa modalidade. Outra contribuinte que já está em dia com a Receita é a médica Ângela Torres, que já doa para a Fundação Terra há três anos. “Eu doou porque acho que a Fundação Terra vai fazer uso melhor do dinheiro do que o governo. Acredito no trabalho junto às crianças, que são o futuro do Brasil e precisam ser melhor cuidadas e amadas”, frisa.

No ato da declaração, o contribuinte pode destinar até 3% para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FIA) de Arcoverde. Posteriormente, os valores doados serão repassados à organização, oferecendo um futuro mais alentador para meninos, meninas e as famílias em situação de vulnerabilidade social. “Agora e no pós-pandemia, mais do que nunca, vamos precisar ajudar ainda mais as crianças e as famílias mais vulneráveis, que serão certamente as mais afetadas pelas consequências sociais do novo coronavírus”, pontua Chames Balladares, coordenadora de mobilização de recursos da Fundação Terra.

Segundo a Receita Federal, devido ao desconhecimento, em 2019, apenas 4,9% do potencial de R$ 81 milhões foram doados para projetos de instituições sociais em Pernambuco. “Certamente, se as pessoas tivessem conhecimento que parte do que elas pagam para o Leão pode ser destinada para um projeto social sério e que ajuda a centenas de crianças carentes do Sertão de Pernambuco, elas contribuíram. E o melhor de tudo é que não precisa pagar mais impostos e o contribuinte não terá a restituição reduzida”, completa Chames.

Em Pernambuco, a Fundação Terra mantém duas escolas e duas creches, atendendo mais de 2.500 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e pessoal. A instituição oferece, além da grade formal curricular, atividades extracurriculares como informática, robótica sustentável, inglês, música, judô, jiu-jitsu, xadrez, entre outros.

Sobre a Fundação Terra

Criada em 1984 pelo padre Airton Freire, a organização surgiu numa área chamada popularmente de Rua do Lixo, em Arcoverde, município do Sertão pernambucano, a 250 quilômetros do Recife. Onde antes estava localizado o lixão do município, hoje há escola, creche, biblioteca, centro especializado em reabilitação, instituição de longa permanência para idosos e várias ações sociais.

Há mais de dez anos, as ações da instituição chegaram também em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (CE), onde está localizada na comunidade do Alto Alegre II. No Ceará, funciona a Creche Pleno Viver e o Centro Esportivo e Cultural Renatus. Em 2016, no Recife, foi aberto o Centro de Apoio aos Moradores de Rua (C Amor), que funciona no Pátio da Santa Cruz, bairro da Boa Vista.

Cresce o número de empréstimos consignados durante o período da quarentena

Um levantamento inédito do Grupo H, fintech brasileira especialista em crédito consignado para funcionários de empresas privadas, identificou que o número de empréstimos consignados cresceu 7% desde o primeiro caso da Covid-19 no Brasil, em fevereiro de 2020, em comparação ao trimestre anterior.

A análise levou em conta empréstimos concedidos entre fevereiro e abril de 2020. O levantamento também identificou que o número de desligamentos de colaboradores com empréstimos ativos cresceu 25% entre fevereiro e abril deste ano, quando comparado com o trimestre anterior. Foram analisados mais de 18 mil empréstimos concedidos.

Para o CEO do Grupo H, Fernando Ferraz, os números refletem um movimento de recomposição de renda e indicam que o controle sobre as finanças deve ser ainda mais bem definido. “Algumas empresas reduziram a jornada, impactando diretamente na remuneração de colaboradores, isso pode ter ampliado a necessidade de recorrer ao crédito, que deve ser um aliado e não mais um problema no futuro. Agora, é importante que todos os gastos e investimentos sejam observados ainda mais de perto para que se possa identificar potenciais melhoras”, finaliza.

Ministério da Saúde divulgará dados de Covid-19 em plataforma interativa

Com o novo modelo de divulgação de informações sobre a COVID-19 elaborado pelo Ministério da Saúde, profissionais de saúde, gestores, imprensa e a população em geral podem, em qualquer lugar do país e do mundo, verificar a evolução da pandemia no Brasil e todos os investimentos e repasses de recursos financeiros federais destinados à preparação de estados e municípios para o enfrentamento ao novo coronavírus.

Com o novo formato, o intuito é que as informações sejam apresentadas com uma ideia mais real do cenário atual da doença. A análise dos casos e mortes em decorrência da Covid-19 será exposta por data de ocorrência, de forma regionalizada. Isso, de acordo com a pasta, dará a toda a rede de atenção à saúde mais condições de adequação e elaboração de ações mais eficientes contra a doença.

As informações estão disponíveis num serviço para armazenamento e partilha de arquivos chamado Dropbox, que é baseado no conceito de “computação em nuvem”. Na plataforma, os interessados encontraram pastas separadas com os seguintes nomes: Brasil, Estados, Interior, Região Metropolitana e Regiões, onde os dados são apresentados de acordo cada abrangência.

Os dados, que anteriormente eram fornecidos nas coletivas de imprensa, passaram a ser divulgados em plataforma online. Inicialmente, algumas falhas, como atrasos e divergências, foram identificadas, o que rendeu críticas ao novo modelo. No entanto, o Ministério da Saúde emitiu comunicados, onde admitiu falhas técnicas, que teriam sido reparadas.

Paralelamente, foi criada uma base de disseminação de dados abertos. A OpenDATASUS, como é chamada, tem como objetivo disponibilizar as Notificações de Síndrome Gripal Leve, algo em torno de 2,6 milhões de registros, assim como as notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionadas ao COVID-19, através do SIVEP-Gripe.

Ainda de acordo com a pasta, estas ações não foram paralisadas e os dados sempre estiveram à disposição da população, mostrando o comprometimento do Ministério da Saúde com a transparência das informações.