Governo de Pernambuco decreta restrição das atividades econômicas em Caruaru e Bezerros

O Governo de Pernambuco decretou nesta terça-feira (23) a restrição do funcionamento das atividades econômicas, nos municípios de Caruaru e Bezerros, no Agreste de Pernambuco, aos serviços essenciais, do dia 26 de junho a 5 de julho. Serão dez dias em que a população das duas cidades só poderá sair de casa para ir a supermercados, farmácias, padarias, postos de gasolina e serviços de saúde.

Pernambuco soma 52.831 casos e 4.339 mortes por Covid-19
De acordo com o secretário de Saúde, o estado tem reduzido o número de casos e óbitos por causa da Covid-19, a região registrou aumento expressivo na disseminação da doença. Os dois municípios foram responsáveis por 71% do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Agreste, na última semana.

Ainda segundo o secretário de Saúde, a região Agreste pulou de 267 para 358 casos de SRAG na última semana. Em Caruaru, o salto foi de 97 para 152 casos. No município de Bezerros, o avanço foi de 27 para 37 casos.

“Nossa decisão é de limitar as atividades naquela região de Caruaru e de Bezerros o máximo possível. Apenas as atividades essenciais estarão liberadas e nós vamos fazer uma restrição nas atividades comerciais, visando reduzir a circulação de pessoas ao máximo. Temos que reforçar o fique em casa para que a gente tenha um resultado positivo.

Queremos uma redução do R, ou seja, da velocidade de crescimento de casos naquela região. Menos casos graves, menos solicitações de UTI, preservando a saúde e a vida dos moradores tanto de Caruaru quanto de Bezerros”, afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Nos dois municípios também serão permitidos, ao longo desses dez dias, que funcionem as atividades industriais, da construção civil (com 50% da capacidade) e de restaurantes para delivery.

André Longo ressaltou também a importância da colaboração dos munícipes e do poder público local nesse momento. “É fundamental a integração de ações do Estado com os dois municípios e também que a população entenda que este é um momento de reforçar o cuidado com a transmissão do vírus, evitando mortes e preservando a saúde das pessoas”, indicou.

Fonte: G1 PE

NOTA OFICIAL DA PREFEITURA DE CARUARU

A Prefeitura de Caruaru informa que, assim como tem feito até o momento, continuará seguindo os Decretos do Governo do Estado. Ao longo do período de pandemia, o município tem tomado diversas medidas para enfrentar a propagação da Covid-19. Contudo, por não se tratar de uma cidade isolada e ter conexões com vários outros municípios, existe uma movimentação de pessoas entre toda a região, que compreende cerca de 2 milhões de habitantes.

A Prefeitura reforça que vem trabalhando nos protocolos de segurança para a reabertura do comércio local. Na última semana, a gestão municipal encaminhou um ofício solicitando uma reunião com o Governo do Estado. Contudo, após este diálogo, o Governo de Pernambuco decidiu, de forma unilateral, retroceder nas estratégias do plano de reabertura no município, tratando Caruaru de forma isolada, sem levar em conta o contexto da região.

Diretrizes para retomada das atividades em estados e municípios é publicada pelo Ministério da saúde

O Ministério da Saúde publicou portaria para orientar gestores locais na retomada segura das atividades e do convívio social em estados e municípios de todo o País. O documento, publicado no Diário Oficial da União da última sexta-feira (18), também traz orientações sobre a promoção da saúde física e mental da população.

Vale ressaltar que a portaria traz apenas diretrizes a prefeituras e governos estaduais. “Cabe às autoridades locais e aos órgãos de saúde locais decidir, após avaliação do cenário epidemiológico e capacidade de resposta da rede de atenção à saúde, quanto à retomada das atividades”, afirma trecho do documento.

O secretário executivo substituto do Ministério da Saúde, Elcio Franco, reforça a autonomia dos entes federativos de afrouxar as medidas de isolamento social, conforme a realidade local. “A portaria orienta para quando o gestor flexibilizar ações de distanciamento, de acordo com a variação da curva epidemiológica e uma capacidade de resposta da área de saúde, ele vai conseguir, com medidas de prevenção a contaminação coletiva da população”, disse.

De acordo com o Ministério da Saúde, as orientações “têm por objetivo apoiar as estratégias locais para retomada segura das atividades e do convívio social, respeitando as especificidades e características de cada setor ou ramo de atividade.”

A portaria também enumera uma série de ações que, mesmo com a decisão de gestores em reabrir o comércio, devem continuar a serem tomadas, como por exemplo, a higienização constante das mãos, o uso de máscaras em todos os ambientes, o distanciamento entre as pessoas de pelo menos um metro, entre outras.

Neste mês, a prefeitura de São Paulo autorizou a reabertura de shoppings e do comércio de rua. Apenas do afrouxamento, os estabelecimentos precisam seguir uma série de normas, como limitação no horário de atendimento e da entrada de cliente. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirma que a cidade ainda continua em quarentena e pede a colaboração dos paulistanos.

“Nós conseguimos controlar a disseminação do vírus, mas ele ainda é uma realidade a ser enfrentada. Quero pedir, mais uma vez, à população que evite o deslocamento desnecessário, aglomerações, que utilizem as máscara, álcool em gel e continuem a lavar as mãos.”

Adoecimento mental

Na portaria publicada pelo Ministério da Saúde, a pasta defende que a retomada das atividades é uma forma de promoção da saúde da população “uma vez que o confinamento, o medo do adoecimento e da perda de pessoas próximas, a incerteza sobre o futuro, o desemprego e a diminuição da renda” têm aumentado o adoecimento em todo o mundo.

Fonte: Brasil 61

Para evitar “país arrasado”, senador Izalci Lucas defende sanção da MP 936 sem vetos

Na avaliação do vice-líder do governo no Senado, Izalci Lucas (PSDB-DF), a aprovação da MP 936 “veio na hora certa” e demonstra a sintonia entre Executivo e Legislativo para socorrer empresas e trabalhadores afetados pela pandemia. O texto, já aprovado por deputados e senadores, está nas mãos do presidente Jair Bolsonaro e deve ser sancionado ainda em junho.

A norma, que flexibiliza temporariamente regras trabalhistas, visa dar fôlego financeiro aos negócios e, consequentemente, manter empregos no país. “Se as empresas fecham, elas demitem todo mundo. Lógico que ainda não é suficiente para manter todas as empresas. Ainda tem muita empresa fechando e demitindo, e é o que estamos trabalhando para não acontecer”, aponta o senador.

O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, criado pela MP, garante o pagamento, pelo governo federal, de uma parte do seguro-desemprego por até 60 dias ao trabalhador com contrato suspenso ou por até 90 dias se o salário e a jornada forem reduzidos. Caso a MP seja aprovada sem vetos pela Presidência da República, seguindo as alterações propostas pelo Congresso Nacional, o governo poderá prorrogar o período de suspensão ou redução enquanto durar o estado de calamidade pública – até o momento, previsto para terminar em dezembro.

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Segundo o senador Paulo Paim (PT-RS), o governo precisa se organizar o mais rápido possível para que as propostas sugeridas na MP não fiquem apenas no papel e possam oferecer ajuda a quem realmente precisa nesse momento de crise. “O Congresso está fazendo a parte dele aprovando projetos para beneficiar toda a população brasileira. Agora, o governo federal tem que agir rapidamente, o dinheiro tem que chegar lá na ponta, onde estão os mais pobres, os que mais precisam. São milhões de brasileiros pedindo socorro”, reforça.

Em coro a Paim, Izalci Lucas admite que o governo pode ajustar algumas imprecisões e garante que o Legislativo não tem medido esforços para evitar o caos econômico. “Isso é para gente responder de forma mais rápida à população, mas o Executivo está tendo dificuldade na implementação das medidas. Nós já liberamos aproximadamente R$ 415 bilhões, mas só foram executados pelo governo federal cerca de 30% desse valor. Não é fácil mesmo”, pondera.

O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), relator da MP 936 na Casa, projeta que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda pode preservar até 20 milhões de empregos até o fim do ano. Isso porque o texto determina a permanência no emprego pelo dobro do período em que o trabalhador teve o salário reduzido. Em nenhuma hipótese, o salário pode ser reduzido a valor inferior ao salário mínimo em vigor, que é de R$ 1.045. Em relação à jornada de trabalho, a redução pode ser de 25%, 50% ou 75%, variando de acordo com a faixa salarial do empregado.

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A proposta prevê ainda que o Ministério da Economia fica obrigado a divulgar as informações sobre os acordos firmados, com o número de trabalhadores e empresas beneficiados, assim como a quantidade de demissões e admissões mensais realizadas no país. Até o momento, segundo dados do governo, 10,6 milhões de brasileiros celebraram acordo com os empregadores para redução de jornadas e salários ou suspensão do contrato de trabalho.

Diante dos números, o senador Izalci Lucas afirma que a medida emergencial tem surtido efeito e lembra que as flexibilizações trabalhistas são válidas somente durante a pandemia, conforme prazos estabelecidos. “As mudanças buscam amenizar o cenário atual. Consequentemente, tudo que acontecer nesse período vai influenciar o cenário pós-pandemia. Se nós não tomássemos nenhuma providência agora, nós teríamos um país arrasado”, completa.

Eleições podem ser suplementares em municípios afetados pelo Covid-19

Em entrevista ao Brasil 61, o senador Weverton (PDT-MA) — relator da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que adia as eleições municipais — afirmou que vai incluir no texto a possibilidade de eleições suplementares nas cidades que não apresentarem condições sanitárias seguras para realizar o pleito.

Na prática, o senador quer permitir que as regiões que estiverem com alta propagação da Covid-19 na época das eleições, possam adiar a votação. “No meu relatório, estou criando um gatilho para que o TSE e o Congresso Nacional possam realizar eleições suplementares em regiões que, porventura, tenham uma volta do pico ou percam as condições de ter uma eleição por conta das orientações das autoridades sanitárias”, afirmou nesta segunda-feira (22).

15 de novembro

A PEC da qual Weverton é o relator é de autoria de Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O texto inicial prevê o adiamento do primeiro turno das eleições para prefeitos e vereadores de 4 de outubro para 6 de dezembro. Já o segundo turno, passaria de 25 de outubro para 20 de dezembro.

No entanto, o senador Weverton afirmou que o substitutivo que vai apresentar aos senadores indica as datas de 15 de novembro e 29 de novembro para realização do pleito. A expectativa é de que os Senado vote a PEC, em primeiro e segundo turno, nesta terça-feira (23).

“A ideia é o primeiro turno ficar para o dia 15 de novembro e repito: dez dias antes poderá ser provocado no âmbito municipal, o TRE eleitoral pedir autorização ao TSE para que prorrogue, uma eleição suplementar, em determinada região ou cidade de um estado”, detalhou.

Fora de questão

O senador também afirmou ao Brasil 61 que a prorrogação dos atuais mandatos está fora de questão. Segundo Weverton, a PEC vai se limitar a discutir a nova data das eleições. “Além de ser inconstitucional, não há essa brecha dentro do ordenamento jurídico para que a gente possa mudar essa regra e de forma tão dura e direta como essa, sem discutir antes”, rechaçou.

Voto Facultativo

Já em entrevista à TV Senado, o relator descartou a inclusão de um trecho para permitir o voto facultativo. A proposta foi sugerida para que idosos e demais grupos de risco para a Covid-19 não fossem obrigados a votar e não ficassem ainda mais expostos ao vírus.

Weverton disse que conversou com especialistas e representantes da sociedade civil e decidiu por manter o voto obrigatório. Segundo ele, se o comparecimento às urnas for baixo, há a previsão de que o Congresso anistie quem não votou, perdoando a multa.

Os demais prazos que fazem parte do calendário eleitoral, como as datas das convenções partidárias, por exemplo, devem ser adiados em 42 dias.

Fonte: Brasil 61

Turismo brasileiro registra queda de 54,5% em abril, aponta IBGE

Com a restrição da circulação de pessoas em boa parte do país, o setor de turismo foi um dos mais afetados pela pandemia do coronavírus. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, em abril, o índice de volume das atividades turísticas sofreu queda de 54,5% frente a março, a maior retração da série histórica desde 2011.

Com base nos dados do IBGE, a Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio SP) estima que o setor turístico brasileiro teve diminuição de 55,4% no faturamento em abril, em comparação com o mesmo período do ano passado. O prejuízo, segundo a Federação, foi da ordem de R$ 6,76 bilhões.

Das seis atividades pesquisadas pela Fecomércio SP, cinco registraram queda no faturamento real no comparativo anual, com destaque para transporte aéreo (-79,2%) e serviços de alojamento e alimentação (-65,6%).

“O setor de turismo como um todo foi muito afetado. Se pensarmos em termos de empregos, de pessoas que foram afetadas, o mais impactado foi o setor alimentação. O volume de restaurantes, pequenos, médios e grandes, que precisaram afastar funcionários ou mesmo demitir, é muito maior do que o número das companhias aéreas.

Financeiramente, o setor aéreo foi o mais afetado, mas em volume de pessoal, o setor de restaurantes”, destaca a presidente do Conselho de Turismo da Fecomércio SP, Mariana Aldrigui.

Apesar da retração, a Fecomércio SP ainda tem expectativa de melhora no setor de turismo neste ano, mesmo que o crescimento seja abaixo do esperado. O turismo nacional surge como a principal alternativa para a recuperação da receita do segmento.

“Estamos trabalhando com pelo menos dois cenários. O primeiro seria de uma retomada ainda pequena de funções bem familiares. Ou seja, visitar parentes que está há muito tempo sem visitar e que basicamente vai ativar o transporte pessoal. Viagens de carro, eventualmente viagens de ônibus”, afirma Mariana Aldrigui.

“O segundo é o cenário de retomada um pouco mais consistente do turismo doméstico, este a partir do mês de setembro, se tivermos bem-sucedido no controle da pandemia porque há alguns fatores determinando isso. O turismo brasileiro volta, primeiro pelo regional de curta duração e na sequência, pelo turismo doméstico, dentro do Brasil”, completa a presidente do Conselho de Turismo da Fecomércio SP.

Recentemente, o Sistema Integrado de Parque e Atrações Turísticas (Sindepat) lançou a hashtag “Viaje pelo Brasil”. A campanha busca valorizar destinos turísticos brasileiros e incentivar o turismo dentro do país.

Medida Provisória

Na primeira quinzena de maio, o Governo Federal disponibilizou crédito extraordinário da ordem de R$ 5 bilhões para o setor de turismo, por meio da Medida Provisória nº 963.

Os recursos serão usados pelo Ministério do Turismo para socorrer empresas do segmento durante a crise causada pela pandemia da Covid-19. O crédito, segundo a pasta, será dividido. Cerca de R$ 4 bilhões serão destinados a pequenas e microempresas, e aproximadamente R$ 1 bilhão, para as grandes empresas.

Segundo o governo, este é o maior valor de crédito para o setor do turismo na história. De acordo com o titular da pasta do Turismo, ministro Marcelo Álvaro Antônio, o montante será essencial para manutenção, sobretudo, das pequenas empresas, responsáveis por boa parte da movimentação do setor. Outra Medida Provisória, a MP nº 948/2020, dá mais tempo para que empresas de turismo e cultura reembolsem clientes por eventos e pacotes cancelados em virtude da pandemia.

“Com exceção das companhias aéreas e de alguns grupos hoteleiros, quase todo o setor de turismo é feito de pequenas e médias empresas. Essas empresas tem uma característica que é de pura prestação de serviço. De modo que, ao disponibilizar crédito e orientações para as instituições financeiras que vão dar o crédito, o governo entende como o setor funciona e permita que esses empresários tenham acesso a esse crédito, de longo prazo de preferência, porque há a dependência da retomada da confiança”, avalia Mariana Aldrigui.

Fonte: Brasil 61

Projeto de lei torna obrigatório home office para pais enquanto creches estiverem fechadas

Durante a pandemia do novo coronavírus, muitos pais estão sem saber o que fazer com os filhos pequenos, já que escolas e creches ainda estão fechadas. Por isso, um projeto de lei, de autoria do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), quer tornar obrigatório que empresas permitam que os funcionários trabalhem de casa enquanto os filhos estão sem creche ou escola. O texto é voltado à mães e pais que criam os filhos menores de 12 anos sozinhos. A regra também é estendida à situação quando os dois pais precisam trabalhar – nesse caso um deles terá direito ao home office.

Outra opção dada pelo projeto de lei é que a empresa forneça um espaço seguro e equipado para que a criança possa fazer atividades enquanto os pais trabalham. Inspirado no caso do menino Miguel Otávio Santana da Silva, que caiu do novo andar de um prédio após a patroa da mãe dele o deixar sozinho no elevador, o texto também define que caso uma empregada doméstica precise levar o filho para a casa dos patrões, também é responsabilidade do contratante proteger e vigiar a criança.

Para começar a valer, o projeto precisa ser votado no Senado, na Câmara dos Deputados e precisa ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: Brasil 61

Funase tem três projetos selecionados para concorrer ao Prêmio Innovare

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude de Pernambuco (SDSCJ), teve três projetos selecionados para concorrer ao 17º Prêmio Innovare, o principal da Justiça brasileira. As iniciativas desenvolvidas pela instituição buscam promover a cidadania entre adolescentes e jovens em internação provisória e em cumprimento de medidas socioeducativas. Em todo o Brasil, 646 práticas foram inscritas nesta edição do prêmio, que entrou na fase de visitas de consultores, realizadas de forma virtual, com o objetivo de avaliar as ações selecionadas e subsidiar os jurados.

Um dos projetos da Funase inscritos no prêmio é “Entre livros e textos: leitura, diálogo e relações sociais”. A atividade busca estimular que adolescentes passem a ter uma relação diferente com palavras e imagens em até 45 dias, período máximo em que ficam no Centro de Internação Provisória (Cenip) Caruaru, no Agreste. A prática é desenvolvida pela pedagoga Maurinúbia Moura e pela assistente social Natália de Melo, que atuam na unidade da Funase. “Temos visto adolescentes que chegam à internação provisória sem saber assinar e, após a participação no projeto, vão para audiências conseguindo escrever o próprio nome. Em poucos dias, eles dão passos iniciais muito significativos”, avalia a coordenadora geral do Cenip Caruaru, Maria Clara Amorim.

Outro candidato à premiação é o Núcleo de Justiça Restaurativa (NJR) da Funase, composto por oito servidores: Amós Lemos, Dilma de Marilac, Lilian Fonseca, Marcela Mariz, Maurinúbia Moura, Tatiana Pires, Tânia Mara e Alexandro Pereira. O grupo, formado em fevereiro de 2019, tendo a pedagoga Socorro Barros como coordenadora na época, busca disseminar práticas que levem à construção de uma cultura de paz nas unidades socioeducativas de Pernambuco. “Apenas um ano depois da formalização do Núcleo de Justiça Restaurativa, é uma alegria ver que essa prática já desenvolveu resultados tão importantes no dia a dia de adolescentes e funcionários e que, agora, pode ter um reconhecimento nacional”, diz a atual coordenadora do NJR, Marcela Mariz.

Já o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, é o cenário do terceiro projeto da Funase inscrito no Innovare. Com o título “Restaurando através da humanização e profissionalização a liberdade e cidadania”, a prática consiste na oferta de cursos, feita em parceria com o Eixo Profissionalização da instituição. “A profissionalização depende fundamentalmente da adesão do adolescente para gerar bons resultados. Ele precisa querer. E, nesses últimos oito anos, temos visto resultados animadores na unidade, com os socioeducandos assumindo uma postura de protagonistas. Temos, inclusive, ex-socioeducandos ministrando cursos para adolescentes que ainda estão conosco”, declara a gerente do Case Cabo, Tatiane Moraes.

Para a presidente da Funase, Nadja Alencar, o fato de os três projetos inscritos terem sido incluídos no rol de práticas a serem analisadas pelos consultores mostra a consistência das ações desenvolvidas. “O Case Jaboatão já foi cenário de uma vitória no Innovare, com uma ação desenvolvida na escola da unidade, e outras experiências já receberam indicações, como uma parceria entre o Case Petrolina e o IF Sertão-PE, com acompanhamento da Vara Regional da Infância e Juventude. Neste ano, estamos com três práticas selecionadas, o que nos coloca em uma posição significativa em número de projetos, junto com o Paraná. O importante é mostrar a coragem e a criatividade dos nossos servidores na execução de iniciativas que promovem a transformação”, afirma.

Imagens: Divulgação/Funase

Serasa Experian possibilita renovação, portabilidade e compra de certificado digital 100% pela internet

Para dar mais comodidade às pessoas e empresas que utilizam certificado digital e garantir que suas ações e negócios continuem a ser realizados, a Serasa Experian possibilita a renovação e a portabilidade do documento eletrônico de forma on-line – mesmo que ele esteja vencido – com a mesma segurança e validade jurídica. Além disso, novos certificados de software com validade de um ano também podem ser adquiridos via videoconferência e sem a necessidade de deslocamento do titular.

Para realizar o procedimento com mais praticidade e sem sair de casa, basta acessar o site:

serasa.certificadodigital.com.br e seguir as recomendações (veja abaixo o passo a passo).

“O certificado digital é um instrumento cada vez mais necessário, pois oferece uma série de vantagens como segurança nos processos, otimização de tempo e redução de custos. Principalmente, neste momento desafiador de distanciamento social, a possibilidade de fazer o processo do início ao fim pela internet é uma funcionalidade que traz ainda mais comodidade e agilidade aos usuários, que não vão precisar sair de casa e nem esperar por um atendimento físico”, afirma o diretor de Identidade Digital da Serasa Experian, Maurício Balassiano.

O certificado funciona como uma identidade digital e tem validade jurídica. Com essa tecnologia, atividades como transações comerciais, envio de declarações como Imposto de Renda e entre outras podem ser feitas à distância de qualquer lugar do mundo, facilitando a vida e diminuindo o tempo e a burocracia para consumidores e empresas. Outra funcionalidade do certificado digital é a assinatura eletrônica de contratos, que além de trazer mais segurança aos negócios, ajuda a reduzir os gastos com compra, impressão e armazenamento de papel e ainda contribui para a preservação do meio ambiente.

Segundo uma pesquisa da Serasa Experian, ainda que 87% das empresas afirmem se preocupar em reduzir o uso do papel no escritório, 63% das companhias brasileiras de todos os portes e segmentos ainda não adotaram o processo de assinatura eletrônica e continuam usando papel e caneta para assinar documentos, lidando com sérios problemas relacionados a armazenamento e burocracia para comprovar a validade das assinaturas. Dos empresários entrevistados que já tiveram problemas sobre a segurança do papel, 76% sinalizaram o extravio como o principal motivo, seguido de prejuízo financeiro (10%), vazamento de informações (10%) e fraudes de identidade (5%). Outras situações mencionadas foram fenômenos naturais, como chuvas e enchentes, e perdas.

“A troca de informações se torna mais ágil e muito mais segura com o certificado digital. Um documento físico exige muito cuidado no manuseio e envio para as partes envolvidas, pois o papel abre brechas para fraudes e desvios de informações. Muitas empresas já utilizam o certificado digital para cumprir seus compromissos fiscais, mas desconhecem que é possível também assinar documentos em ambiente eletrônico com o mesmo certificado”, afirma Balassiano.

Passo a passo para renovar ou adquirir um novo certificado remotamente
1. Para iniciar o processo de renovação ou compra, é preciso ter os documentos abaixo em formato PDF, pois será necessário anexá-los para validação cadastral Pessoa Física (e-CPF): Documento de identificação (RG, CNH ou DNI), CPF e caso utilize o Certificado Digital para a Conectividade Social, será necessário anexar o comprovante de Inscrição do PIS, CEI ou CAEPF.

Pessoa Jurídica (e-CNPJ ou NF-e): Cartão CNPJ, documento de constituição da empresa, com chancela digital ou possibilidade de validação da autenticidade digital (contrato social/última alteração consolidada, certidão simplificada, Ata/Estatuto) e documento de identificação do representante da empresa (RG, CNH ou DNI).

2. Para certificados ativos em formato físico (cartão ou token), basta fazer a validação cadastral no site e aguardar o contato por e-mail da Serasa Experian confirmando a identificação e compra do serviço. Para casos em que o certificado está vencido ou modalidade em software, o portador do certificado será encaminhado para o agendamento de uma videoconferência que garante a sua autenticidade. Cumprida esta etapa, basta aguardar pelo e-mail de confirmação. O agendamento da videoconferência também é necessário para quem for adquirir um novo certificado de software com validade de 12 meses;

3. Após a emissão, é só instalar o certificado digital e assim ele estará pronto para uso.
Renovação on-line com validação de dados e videoconferência
A renovação on-line pode ser feita de duas maneiras, a depender do tipo de certificado que a pessoa já tem ou pretende adquirir. Quem possui um certificado digital no formato de mídia física (cartão ou token) e com a data de expiração próxima pode fazer a renovação validando as informações cadastrais no próprio site. Para os que possuem certificado na modalidade em software ou certificados já vencidos em qualquer formato de mídia, é necessário agendar uma videoconferência no site da Serasa Experian para garantir a autenticidade legal e completar os demais passos.
Outra importante funcionalidade é a renovação com portabilidade. Usuários que preferirem renovar seu certificado digital já existente com a Serasa Experian também podem seguir os procedimentos do site, sem sair de casa.

Economia brasileira deve ter forte queda no primeiro semestre, diz BC

A economia brasileira deve apresentar queda forte no primeiro semestre deste ano, seguida de recuperação gradual a partir do terceiro trimestre. A previsão é do Banco Central (BC), que divulgou nesta terça-feira (23), em Brasília, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada, quando o Copom reduziu a taxa básica de juros, a Selic, em 0,75 ponto percentual para 2,25% ao ano.

Segundo a ata, os membros do Copom (formado pela diretoria do BC) avaliaram que “os dados relativos ao segundo trimestre corroboram a perspectiva de forte contração do PIB (Produto Interno Bruto – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) no período e sugerem que a atividade atingiu o seu menor patamar em abril, havendo recuperação apenas parcial em maio e junho”.

“O Copom considera uma queda forte do PIB na primeira metade deste ano, seguida de uma recuperação gradual a partir do terceiro trimestre”, acrescentou.

Próximos passos
Na ata, o Copom reforça que um eventual futuro corte na Selic será “residual”. Para o Copom, a Selic chegou a um nível muito baixo e manutenção da taxa depende do controle das contas públicas.

“Neste momento, a conjuntura econômica prescreve estímulo monetário [taxa de juros baixa] extraordinariamente elevado, mas reconhece que o espaço remanescente para a utilização de política monetária é incerto e deve ser pequeno.

O comitê avaliou que a trajetória fiscal ao longo do próximo ano e a percepção sobre sua sustentabilidade serão decisivas para determinar o prolongamento do estímulo”, destaca.

Na ata, o BC disse que o comitê retomou a discussão sobre um potencial limite mínimo para a taxa básica de juros brasileira.

“Para a maioria dos membros do Copom, esse limite seria significativamente maior em economias emergentes do que em países desenvolvidos devido à presença de um prêmio de risco [retorno adicional cobrado por investidores para aceitar correr maior grau de risco]”, explicou a ata do Copom.

Para o Copom, esse prêmio de risco é maior no Brasil, “dadas a sua relativa fragilidade fiscal e as incertezas quanto à sua trajetória fiscal prospectiva”.

“Nesse contexto, já estaríamos próximos do nível a partir do qual reduções adicionais na taxa de juros poderiam ser acompanhadas de instabilidade nos preços de ativos e potencialmente comprometer o desempenho de alguns mercados e setores econômicos”, disse o BC.

A ata ainda afirmou que o comitê também refletiu sobre a importância relativa dos componentes principais do custo de crédito, e ressaltou que o prêmio por liquidez parece prevalecer no momento. “Esse conjunto de fatores e questões prudenciais justificam cautela na condução da política monetária [definição da Selic]”, disse a ata.

Pandemia
Para os membros do Copom, o impacto da pandemia da covid-19 na economia brasileira será desinflacionário, associado ao aumento do nível de ociosidade da economia.

“A elevação abrupta da incerteza sobre a economia deve resultar em aumento da poupança precaucional e consequente redução significativa da demanda agregada”, acrescentou.

Entretanto, o comitê ponderou que programas de estímulo creditício e de recomposição de renda têm potencial de recompor parte significativa da demanda por bens e serviços, perdida devido aos efeitos da pandemia. “Com isso, a recuperação da economia pode ser mais rápida que a sugerida no cenário base”.

Estimativa de inflação
Na ata, o Copom destacou que as projeções para a inflação estão abaixo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e que devem ser perseguidas pelo Banco Central.

Para 2020, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu meta de inflação de 4%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), portanto, não poderá superar 5,5% neste ano, nem ficar abaixo de 2,5%. A meta para 2021 foi fixada em 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

A projeção do Copom é que inflação pelo IPCA termine este ano em 2% e chegue a 3,2% em 2021. Esse cenário considera que a Selic encerrará 2020 em 2,25% ao ano e se elevará até 3% ao ano em 2021. A taxa de câmbio será de R$ 4,95.

No curto prazo, a inflação “tende a mostrar elevação refletindo, principalmente, os impactos da reversão do comportamento dos preços internacionais de petróleo e de reajustes de preços de itens administrados que foram postergados”.

Agência Brasil