Artigo: como o Supremo tentou salvar o Brasil

Por João Américo

O então ministro da saúde Nelson Teich dava uma entrevista coletiva e foi surpreendido com uma pergunta de um jornalista:

– O Presidente colocou agora que vai colocar academia, salão de belezas e manicure como atividades essenciais. Queria saber se o Ministério da Saúde concorda com isso? Se houve uma orientação do Ministério da Saúde para isso?

Nelson Teich expressou um ar de incredulidade e, atônito, o entrevistado responde, perguntando:

– Dá para você repetir a pergunta?

Na expressão assombrada e incrédula do ex-ministro Nelson Teich, se extraí que as decisões do Presidente da República, quando o tema é coronavírus, não passam por um conjunto articulado de governança. Escutar não é a maior qualidade de nosso Presidente. Bolsonaro decide temas de saúde pública e economia, prevalecendo sempre a economia, sem respeito aos métodos científicos; o que abre e fecha, em tempos de pandemia, é decidido sem ouvir a maior autoridade brasileira em saúde pública, que, em tese, seria o Ministro da Saúde.

No dia da fatídica entrevista, o Presidente apresentou decreto incluindo três novas categorias como atividades essenciais: academias de ginástica, salões de beleza e barbearia. O Brasil, naquele dia, tinha 11.519 mortes e 168.331 casos confirmados de COVID-19. Sobre o decreto, o então Ministro da Saúde sequer foi avisado pelo Palácio do Planalto, o que demonstra, desse modo, que as decisões do Presidente e de quem o auxilia não têm critérios de saúde pública, ação que por si só é auto explicativa.

Em um exercício metal imaginativo, em que possamos parar e pensar em um cenário onde os rumos da saúde pública fossem definidos pelo Governo Federal, por meio de seu chefe, uma pergunta se faz: Onde estaríamos?

O Supremo Tribunal Federal, em decisões de ALEXANDRE DE MORAES e MARCO AURÉLIO, como relatores, entendeu que o tema da saúde é de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e Municípios, a teor do artigo 23, inciso II, da Constituição Federal. Nesse sentido, temos que compete não só à União definir os rumos da saúde da população, mas aos Estados, Municípios e DF, pois possuem prerrogativa concorrente de legislar sobre saúde público, cabendo aos governos respectivos, no exercício de suas atribuições e no âmbito de seus territórios, a adoção ou manutenção de medidas restritivas legalmente permitidas durante a pandemia, tais como, a imposição de distanciamento/isolamento social, quarentena, suspensão de atividades de ensino, restrições de comércio, atividades culturais e à circulação de pessoas, entre outras medidas

Levando em cota as palavras e ações recentes de Bolsonaro, existe uma escala de valores onde o Presidente busca incansavelmente a proteção das empresas em detrimento das pessoas. O Supremo escolheu não os governadores ou prefeitos, mas vida e, desse modo, tentou salvar o Brasil.

Bolsonaro não buscou entendimento, meio termo (saúde, economia). Sempre instado a falar sobre a crise do COVID-19, colocou, com ênfase, a economia em primeiro lugar de suas preocupações.

Outro capítulo dessa crise é a paranoia presidencial, que o cegou e os do seu entorno, encontrando eco em algumas vozes amplificadas da internet, onde o que existe, na visão psicótica, é um grande complô conspiratório: todos os poderes da república, incluindo governadores e prefeitos, se uniram para derrotar o presidente. Psicótico, paranoico e estratégico, criou-se em torno do Mito, fábulas, contos, estórias e narrativas, um sistema de auto alimentação, onde Presidente e internet nutrem um ao outro.

O que temos hoje, por parte do Governo de Jair Bolsonaro, é um desastre na saúde pública. Um Governo e um Presidente sem um plano nacional para proteger os mais vulneráveis, principalmente os idosos, sem dar o exemplo de distanciamento social, e com um discurso que não valoriza a vida nem os profissionais de saúde.

História, ciência, verdade e o Iluminismo estão sitiados, pela visão de que o Presidente e seu entorno estão corretos.

Obrigado, Supremo Tribunal Federal, por ter tentado salvar o Brasil.

João Américo é advogado

‘Fomos atingidos por um meteoro que impacta o equilíbrio fiscal’, diz secretário da Fazenda

O secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse no domingo (17) que o país foi atingido “por um meteoro que impacta a trajetória de equilíbrio fiscal”, em referência aos efeitos da pandemia do novo coronavírus nas contas públicas.

A equipe econômica pressiona o Palácio do Planalto a vetar pontos do projeto de lei de auxílio a estados e municípios, aprovado pelo Congresso e que aguarda a sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O secretário afirma que dois trechos precisariam ser vetados. Um deles amplia o número de carreiras que fica de fora do congelamento de reajuste salarial para servidores até o fim de 2021.

Caso o presidente não vete o trecho, o governo deixará de economizar R$ 88 bilhões -o impacto da medida passaria de R$ 130 bilhões para R$ 42 bilhões.

Entre as carreiras que ficam de fora do congelamento, estão militares, policiais, profissionais de limpeza urbana, de serviços funerários, de assistência social, da educação pública e da saúde.

“Vamos fazer uma pausa, cuidar da saúde, dos mais vulneráveis, mas depois temos que voltar às diretrizes anteriores”, afirmou Rodrigues.

O secretário enfatizou que os vetos são essenciais para assegurar a saúde fiscal do país depois da pandemia. “Enviamos notas técnicas à Presidência, e os argumentos são muito defensáveis. É muito importante pensar também no pós-crise”, frisou.

Rodrigues destacou que ainda há incertezas sobre a duração da crise. “Temos que saber como a sociedade como um todo estará após o coronavírus, não sabemos qual será a extensão da crise, trabalhamos com a temporalidade em 2020, mas pode ultrapassar para 2021. Será necessário diálogo”, ponderou.

Ele não descartou, no pós-crise, que os servidores sejam chamados a dar uma cota de sacrifício por meio da aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) em tramitação no Senado que prevê corte de 25% no salário do servidor público.

O texto estabelece que a redução seja acompanhada por diminuição proporcional de jornada, em situações de desajuste fiscal, cenário esperado nos próximos meses em razão da crise gerada pela pandemia.

O texto foi batizado de PEC do pacto federativo. “Está na PEC 188, item que será analisado à frente. O impacto dela [da medida] para a união de até R$ 10,5 bi, pode ser menor porque o corte seria de até 25%, tem que ser analisada”, explicou.

Outro veto recomendado pela equipe é aquele que impede a União de executar as garantias contratuais no caso de estados e municípios não pagarem empréstimos firmados com bancos e organismos multilaterais internacionais.

“A União arcaria com os empréstimos, mas os governos regionais seriam negativados e perderiam acesso a essas linhas, que são as mais baratas do mercado”, explicou.

Nos cálculos do ministério, o custo com o trecho poderá variar entre R$ 9 bilhões e R$ 22,8 bilhões. No início do mês, o Senado aprovou a ajuda aos entes federados de R$ 125 bilhões durante a crise da Covid-19. Com isso, a União terá de repassar diretamente (distribuído de forma proporcional) R$ 60,15 bilhões aos estados e municípios.

O restante do socorro será por meio de renegociação de dívidas com a União, com bancos públicos, com organismos internacionais e com a suspensão de pagamento de dívidas previdenciárias.

“A operacionalização do repasse leva um tempo e já estamos providenciando enquanto há o debate sobre os vetos. Na próxima semana já estaremos aptos a fazer o pagamento”, adiantou o secretário.

Dois dias depois da aprovação do projeto de socorro aos estados, que teve o aval de Bolsonaro, o presidente voltou atrás e afirmou que iria vetar o trecho da lei que libera reajustes salariais a servidores públicos.

“Eu sigo a cartilha de Paulo Guedes na Economia. Não é de maneira cega, é de maneira consciente e com razão. Se ele [Guedes] acha que deve ser vetado esse dispositivo, assim será feito”, disse Bolsonaro na ocasião.

O presidente fez o anúncio do veto à iniciativa do Senado e da Câmara após uma visita surpresa ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, em 7 de maio. Ele estava acompanhado do ministro Paulo Guedes (Economia) e empresários.

Na última semana, no entanto, Bolsonaro novamente levantou a possibilidade de garantir os reajustes ao funcionalismo e disse que o assunto precisará ser discutido com o Congresso e os governadores.

Na sexta (15), Guedes fez um apelo a prefeitos, governadores e, em especial ao Congresso, para que não haja reajuste dos salários do funcionalismo. Ele disse que se valer do momento de crise para elevar custos é fazer palanque político em cima de cadáveres.

As recomendações da equipe econômica já foram enviadas ao presidente, que tem até 27 de maio para sancionar a lei.

Folhapress

Aula em Cas@: confira programação

Devido às consequências provocadas pela pandemia do novo coronavírus na área educacional, a Prefeitura de Caruaru, através de uma parceria com a Câmara de Vereadores do município, tem disponibilizado aulas e desenhos educativos por meio da TV Câmara e no canal oficial no YouTube. O conteúdo é exibido de segunda a sexta-feira a partir das 7h30, para alunos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e da EJA. Aos sábados, são veiculadas as aulas do Cursinho Popular Edilson de Góis.

A programação de aula pode ser acompanhada pelo canal 22.2. Para ter acesso ao sinal, é importante a instalação de uma antena do tipo UFH.

As aulas a serem exibidas têm o crédito da Fundação Roberto Marinho, da TV PinGuim e da TV Amazonas. O material disponibilizado na programação da TV Câmara tem tradução em Libras. Para todas as ferramentas e plataformas utilizadas pelos alunos, a Secretaria de Educação de Caruaru teve o cuidado de realizar um processo de formação para as equipes de Acompanhamento Pedagógico, Formadores Especialistas da Gerência de Ensino e profissionais das unidades escolares. Os estudantes são acompanhados diariamente pelos profissionais.

PLATAFORMAS DIVERSAS

A Prefeitura de Caruaru oferece diversas formas para os alunos desenvolverem atividades durante o período de pandemia do novo coronavírus. Site, videoaulas no Youtube, aulas na TV Câmara e apostilas impressas. Contando com apoio de parceiros, como Fundação Roberto Marinho, TV PinGuim, TV Amazonas e Escola Mais, o intuito é adequar o ensino a cada realidade. Confira as opções:

Site “Aula em Cas@” – https://caruaru.pe.gov.br/
YouTube – https://www.youtube.com/PrefeituradeCaruaruOficial
TV Câmara – Canal 22.2 (usando antena do tipo UHF)
Escola Mais Caruaru – https://www.escolamais.com/caruaru

PROGRAMAÇÃO:
SEGUNDA-FEIRA (18/05)
7h30 – Show da Luna (Educação Infantil)
7h45 – Anos iniciais – 4° ano
8h20 – 6° ano (História; Ciências)
8h40 – 7° ano (História; Ciências)
9h05 – 8° ano (História; Ciências)
9h30 – 9° ano (História; Ciências)

TERÇA-FEIRA (19/05)
7h30 – Show da Luna (Educação Infantil)
7h50 – Anos iniciais – 2° ano
8h30 – 6° ano (Língua Inglesa; Matemática)
8h50 – 7° ano (Língua Inglesa; Matemática)
9h15 – 8° ano (Língua Inglesa; Matemática)
9h35 – 9° ano (Língua Inglesa; Matemática)

QUARTA-FEIRA (20/05)
7h30 – Show da Luna (Educação Infantil)
7h50 – Anos iniciais – 3° ano
8h30 – 6° ano (Língua Portuguesa; Educação Física)
8h45 – 7° ano (Língua Portuguesa; Educação Física)
9h10 – 8° ano (Língua Portuguesa; Arte)
9h35 – 9° ano (Língua Portuguesa; Arte)

QUINTA-FEIRA (21/05)
7h30 – Show da Luna (Educação Infantil)
7h55 – Anos iniciais – 4° ano
8h35 – 6° ano (Geografia; Arte)
8h55 – 7° ano (Geografia; Arte)
9h25 – 8° ano (Geografia; Educação Física)
9h40 – 9° ano (Geografia; Educação Física)

SEXTA-FEIRA (22/05)
7h30 – Show da Luna (Educação Infantil)
7h40 – Anos iniciais – 5° ano
8h25 – 6° ano (Língua Portuguesa; Matemática)
8h45 – 7° ano (Língua Portuguesa; Matemática)
9h15 – 8° ano (Língua Portuguesa; Matemática)
9h40 – 9° ano (Língua Portuguesa; Matemática)

SÁBADO (23/05)
14h às 15h – Cursinho Popular Professor Edilson de Góis

Prefeitura de Caruaru faz ação solidária no dia do aniversário do município

A Prefeitura de Caruaru informa que, devido à pandemia da Covid-19, não será possível realizar as atividades festivas tradicionais no aniversário do município, nesta segunda-feira, 18 de maio. Para este ano, será realizado o Aniversário Solidário, ação que tem como objetivo incentivar a população a fazer doações para as pessoas que estão passando necessidade devido à pandemia da Covid-19, através do Transforma Caruaru.

A prefeitura ainda reforça a necessidade de todos permanecerem em casa para que em breve o município volte à sua normalidade e lembra que ao longo desses 163 de emancipação política, muitos desafios já foram superados, graças à força e compromisso da população pelo bem comum e tem certeza que o período de agora será mais um logo superado.

MEC altera prazos do Prouni e Fies para o primeiro semestre de 2020

0 Ministério da Educação (MEC) decidiu alterar os prazos dos processos seletivos do Programa Universidade para Todos (Prouni) e da pré-seleção do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A decisão ocorre porque diversas faculdades particulares estão de portas fechadas por conta da pandemia do novo coronavírus.

Agora, os estudantes que estão na lista de espera do Prouni têm até 21 de maio para enviar os documentos para a instituição de ensino superior e comprovar que as informações na inscrição estão corretas. Já as instituições de ensino têm até 24 de maio para fazer a concessão da bolsa ou reprovar os candidatos.

O Fies teve a data da última pré-seleção dos candidatos alterada para o dia 22 de maio. Depois disso, os estudantes tem 3 dias úteis para complementar as informações da inscrição. Eles precisam fornecer dados bancários, do fiador e do seguro para pagamento da dívida em caso de morte. Depois, nos 30 dias seguintes precisam comparecer à instituição para validar as informações e solicitar o Documento de Regularidade de Inscrição (DRI), que deve ser emitido em até 5 dias pela instituição.

O MEC orienta que as faculdades que não puderem receber a documentação fisicamente disponibilizem um canal para que os documentos sejam entregues pela internet. Isso por ser feito por whatsapp ou por e-mail, por exemplo.

Fonte: Agência da Rádio Mais

Casos de Covid-19 na Casa dos Pobres em Caruaru

A Prefeitura de Caruaru informa que, de forma preventiva, vem mantendo um diálogo constante com a Casa dos Pobres, orientando a instituição acerca de todas as medidas necessárias para o combate ao Covid-19. Contudo, no último sábado (16), um dos moradores foi diagnosticado com o novo coronavírus e, de imediato, todas as medidas foram tomadas para garantir a segurança do paciente e dos demais moradores e profissionais da instituição. A Prefeitura reforça ainda que as recomendações feitas pela Vigilância Sanitária foram seguidas pela entidade.

Na manhã deste domingo (17), uma reunião foi realizada com os representantes da Casa dos Pobres e das Secretaria de Saúde e de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Em uma ação de prevenção, a Secretaria de Saúde realizou uma testagem preventiva nos moradores e funcionários, 99 pessoas no total, para identificar potenciais casos positivos na unidade.

De todos que realizaram os testes rápidos, 13 foram identificados como suspeitos, sendo 8 residentes do local. De acordo com análise da equipe médica, os moradores testados hoje, mais um outro que já estava confirmado com Covid-19, foram transferidos para o Hospital Municipal Manoel Afonso ainda na noite do domingo, onde será realizada a contraprova com teste molecular. Já os funcionários seguirão em isolamento domiciliar.

Outra equipe de profissionais realizará uma visita técnica na Casa dos Pobres com o objetivo de colocar em prática novas medidas emergenciais, a fim de garantir o maior cuidado e proteção a todos.

Foto: Jorge Farias

Sebrae lança campanha para ajudar o MEI superar a crise do coronavírus

Atingidos pela crise provocada pelo coronavírus, os microempreendedores individuais (MEI) contam com apoio específico do Sebrae para superar o período da pandemia. A partir dessa segunda-feira (18), o Sebrae lança a campanha “MEI. Reinvente, Repense. Recrie”, tem como principal iniciativa um ambiente exclusivo para o MEI, no link.

Em virtude do isolamento social para conter o avanço da Covid-19, muitos deles precisaram paralisar temporariamente suas atividades. De acordo com pesquisa do Sebrae, 58% tiveram que suspender suas vendas durante a pandemia e 31% mudou a forma de funcionamento. O ambiente on-line do MEI trará ferramentas para que a categoria possa se reinventar e continuar em operação, por meio de mudanças estratégicas e planejadas, além de auxiliar aqueles que buscam se formalizar.

Serão ofertados cursos on-line gratuitos, lives, palestras, oficinas, consultorias especializadas, atendimentos via chat e email, divulgação de cases de sucesso na crise, textos, cartilhas e e-books com dicas de temas voltados para mercado, finanças e legislação, crédito, marketing e vendas e materiais para segmentos específicos como alimentação, moda, beleza, entre outros.

Por meio do portal é possível receber notificações sobre novidades por meio do WhatsApp e acessar os principais canais de contato do Sebrae em cada um dos estados para tirar dúvidas, receber orientações e realizar consultorias especializadas.

“O MEI é o futuro do trabalho, é a alternativa ao desemprego, é uma oportunidade de geração de renda. Esta campanha é um reconhecimento do Sebrae ao papel fundamental que esses 10 milhões de empreendedores têm em nossa economia”, avalia o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Ambiente on-line especializado

A consultora de negócios do Sebrae/PR, Carla Selva, explica que o portal oferece aos microempreendedores individuais conteúdos e orientações para auxiliar no momento de crise e no futuro próximo.

“O Sebrae sempre esteve ao lado do MEI. É preciso visualizar que precisarão também estar preparados quando esse cenário acabar e o mundo dos negócios estará diferente e mais digital. Por isso, o ambiente foi criado de acordo com as demandas e traz conteúdo para auxiliar e sugerir novos caminhos”, explica.

No Paraná, são 628.383 de MEI, um total de 6,2% do país. Ao todo, 44% deles são do setor de serviços e 27% do setor de comércio, seguidos por construção, indústria e agropecuária. Apesar da pandemia do novo Coronavírus, 61.513 novos empreendedores buscaram a formalização como MEI, em 2020, em todo o Paraná, sendo 55% deles do setor de serviços.

Destra segue conscientizando condutores sobre os cuidados no trânsito

Assim como ocorreu com todos os outros eventos desde que a pandemia de Coronavírus iniciou, a Campanha Maio Amarelo, que objetiva a educação para o trânsito, não poderá realizar atividades com aglomeração de pessoas.

Costumeiramente, a Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transporte (DESTRA), em parceria com outros órgãos, especialmente aqueles relacionados à segurança pública, realizava atividades durante todo o mês. Este ano, os agentes de trânsito estão presentes nas barreiras sanitárias, promovendo, também, a conscientização sobre a ocupação de leitos de hospitais por motoristas que se acidentam – na maioria das vezes, por falta de atenção ao volante-, que poderiam estar vagos para atender aos pacientes de Covid-19.

“Se o condutor mantiver a atenção, tomar as atitudes corretas e se colocar no lugar do outro, vai evitar acidentes e permitir que os leitos sejam preparados e utilizados por quem é vítima da pandemia. A ideia é preservar e salvar vidas”, esclareceu a coordenadora de Trânsito, Maria Elizabeth.

Maio Amarelo – O Maio Amarelo é uma campanha de conscientização sobre segurança no trânsito. Sua primeira edição ocorreu em 2014. Ele foi criado com base em uma resolução da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em maio de 2011, que definiu o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. As ações costumeiras foram transferidas para o mês de setembro.

Caruaru conta com 160 casos de Covid-19, incluindo 19 óbitos

Secretaria de Saúde de Caruaru informa, neste domingo (17), mais três casos positivos de Covid-19.

Pacientes:
– 44 anos, sem comorbidades e internado em UTI de hospital público de Caruaru;
– 59 anos, sem comorbidades e internado em hospital público de Caruaru;
– 74 anos, sem comorbidades e internado em hospital público de Caruaru.

Caruaru conta, agora, com 160 casos confirmados de Covid-19, incluindo 19 óbitos.

ARTIGO — Educar: papel dos pais ou da escola?

Fabiula Galina

O termo “educação” está amplamente relacionado à família, ao estado e à sociedade, cada um com diferentes funções e objetivos: educar para a vida, para as necessidades do mercado ou para a criação de uma consciência social, científica, cultural e histórica. Contudo, o papel da escola e o dos pais ou responsáveis parecem estar cada vez menos definidos.

É dentro dos colégios que as crianças têm um espaço de desenvolvimento e aprendizagem, conforme um currículo pré-estabelecido, mas moldável, em que o conhecimento produzido historicamente pela humanidade é passado de professor para aluno, em forma de ciência. As instituições de ensino devem priorizar, ainda, a socialização e a prática de atividades cognitivas para o desenvolvimento pessoal da criança.

Já a família sempre foi encarada como instituição base. É o ambiente inicial de socialização, transmissão de valores, significados e crenças. Um conjunto de vínculos importante na construção individual e social do ser humano. Os pais ou responsáveis devem prover mais do que o sustento material e a proteção do bem-estar. Eles são peças fundamentais na promoção do afeto, na formação do caráter e da personalidade da criança, compartilhando aspectos morais para a construção de um cidadão. Contudo, as mudanças percebidas, principalmente na última década, mostram casos de terceirização da responsabilidade – quando a família entrega todo o papel da educação para a escola.

Falta de tempo, excesso de permissividade ou simples ausência de interesse. Esses são alguns dos fatores que fazem com que pais e responsáveis sejam passivos no processo educacional. As escolas já perceberam a tendência e vêm trabalhando com os professores o olhar voltado às necessidades trazidas pelos alunos, que vão além da academia. A transferência de responsabilidade também se dá pela falta de habilidade para lidar com as emoções das crianças. Às vezes, os pais não sabem como cumpir essa importante tarefa e a entregam nas mãos do professor. Contudo, as escolas não podem assumir este papel, da mesma forma que não devem se ausentar dessa importante tarefa. A solução para esse dilema é que a escola trabalhe como parceira, para manter um equilíbrio e ajudar as famílias a encarar a responsabilidade na formação da criança.

Autor do livro “A criança terceirizada”, o pediatra José Martins Filho afirma que a ausência dos pais abre espaço para que algumas crianças sejam educadas pela mídia televisiva e pela internet, o que não é recomendado. Entre as consequências apontadas pelo autor, a curto e longo prazos estão crianças sem vínculo parental e com baixa autoestima. A criança terceirizada também costuma ter a agenda cheia, viver entre escola, creche ou cursos, sem tempo livre para brincar, o que anula a fantasia da infância. Outras consequências apontadas pelo pediatra são a falta de limites, problemas de comportamento e o desenvolvimento de crianças mimadas, que não sabem ouvir um “não” e querem que todas as suas vontades sejam satisfeitas imediatamente.

A definição do papel dos pais e da escola é o passo inicial para definir o que cada uma das esferas têm a trazer para a criança. Educação pedagógica e familiar são complementares e mescladas e devem ser abertas para sugestões, mas mantendo sua autonomia. É por meio do apoio, da responsabilidade e da experiência que se assegura uma formação com habilidades sociais, comportamentais e intelectuais bem desenvolvidas, para o crescimento de um cidadão.