O Efeito Moro, e daí? Quer que eu faça o quê?

Por João Américo

A saída de Sérgio Moro do governo Bolsonaro gerou uma crise política e de identidade ao movimento chamado de “bolsonarismo”, atingindo em cheio a credibilidade do Presidente, com efeitos políticos e jurídicos imprevisíveis. A nova Direita ou a Ultra-Direita precisava de uma cara e de uma alma, e a bandeira da ética e da moralidade na política pareceu o discurso mais simples e apropriado, desse modo, o “bolsonarismo” se apropriou da lava jato, encontrando, assim, a sua alma ideológica. Depois do verbo, precisava-se da carne, e o verbo se fez carne. Sérgio Moro representava a encarnação do mito-herói no combate à corrupção.

Criou-se uma “lógica” mítica em torno do nascimento de uma nova política, onde a narrativa central constitui-se em basicamente dizer: não roubamos! Para sustentar os novos ares de políticos probos, Bolsonaro se alimentou, em um verdadeiro canibalismo político, da popularidade de Moro. Por sua vez, o ex-juiz não resistiu aos aplausos fáceis ecoados em estádio de futebol e mídias digitais e sucumbiu ao fascínio gerado pela sua própria popularidade e o engajamento dos apoiadores do presidente e seus próprios. A antropofagia entre Moro e Bolsonaro era tamanha que a esposa de Sérgio Moro disse enxergar “uma coisa só” em relação ao marido e ao presidente Jair Bolsonaro.

Nas palavras do “antigo arauto” da ética e da justiça Sérgio Moro, Bolsonaro queria subverter a atuação da Polícia Federal, contaminando, assim, o sistema de Justiça Penal, para ter acesso e influência na atuação do órgão de Estado, a Polícia Federal, por meio da indicação de um Diretor com ligações caseiras ao Presidente. Mesmo diante da grave acusação apresentada por Moro, Bolsonaro não recuou e deu um “E DAÍ?”, e nomeou como diretor-geral da Polícia Federal Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro, Ramagem, que foi escolhido pelo Presidente para o lugar de Maurício Valeixo, pivô da crise que levou à saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça.

O Ex-Super-Moro não resistiu às curvas sinuosas do poder e, envolvido em uma rede de intrigas palacianas, abuso de poder e limitações de suas ações, deixou o governo. Antes “HERÓI”, hoje “BANDIDO”, “JUDAS”, “ESPIÃO”, na visão dos que dizem “amém” a Bolsonaro. Moro é um arquivo vivo com confidências que foram abertas na Polícia Federal e que poderão agravar uma crise que se anuncia com um fim dramático.

Ainda sobre a nomeação de Ramagem, para a Direção da Polícia Federal, essa foi derrubada em decisão monocrática pelo Ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), seguido de mais um “E DAÍ?” de Bolsonaro, que resolveu atacar o ministro Alexandre de Moraes, afirmado que Moraes havia adotado uma posição “política” e dado uma “canetada” ao anular sua nomeação, do Diretor da Polícia Federal.

O Presidente transformou a decisão de Alexandre de Moraes em uma crise institucional entre o Executivo e Judiciário. Chegou a dizer que “não engoliu”a decisão, e aduziu que “Não é essa a forma de tratar o chefe do Executivo.”

No meio de toda essa crise política: a crise sanitária. O Presidente não expressa compaixão aos doentes e mortes, solidariedade e empatia aos profissionais de saúde, exerce aglomerações em comércios populares e não frequenta lugares onde o povo sofre, que são os hospitais. Quando perguntado sobre as 5.901 mortes o Presidente imortalizou suas palavras:

“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”.

Para o Brasil, só um milagre!

João Américo é advogado

Deputado jornalista Fernando Rodolfo garante 4,5 milhões para hospitais e cestas básicas em Caruaru

O deputado federal Fernando Rodolfo anunciou na noite deste domingo (3) a destinação de R$ 4,5 milhões de reais para o município de Caruaru, com a finalidade exclusiva de investimento nas ações de combate ao coronavírus. “São recursos de emendas parlamentares individuais e recursos extras que direcionamos para os três hospitais de Caruaru e para a prefeitura”, explicou o deputado. As unidades hospitalares beneficiadas são o hospital Mestre Vitalino, o Hospital Regional do Agreste e o Hospital Manoel Afonso, além disso, o deputado já incluiu no orçamento do governo federal, o valor de R$ 550 mil reais para a compra de cestas básicas pela prefeitura.

“Estamos há mais de 40 dias com o comércio fechado e o povo sem trabalhar. A situação financeira de muitas famílias de Caruaru já entrou em colapso. É preciso agir com rapidez porque fome não espera”, disse o deputado ao comentar sobre o valor da emenda que dará para adquirir em média, 11 mil cestas básicas. “Estamos em total sintonia com a prefeita Raquel Lyra e temos certeza de que esse dinheiro será muito bem aplicado por ela que tem se revelado uma grande gestora nesse momento de crise”, disse o deputado. A liberação do dinheiro deverá acontecer nas próximas semanas.

‘Não vamos admitir interferência’, diz Bolsonaro em ato com multidão neste domingo

O Palácio da Alvorada, em Brasília, recebeu uma multidão em manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) na tarde deste domingo (3). Por volta das 12h10, a página oficial do capitão reformado iniciou uma transmissão ao vivo pelo Facebook, mostrando o presidente acenando para os apoiadores. “Muitos querem voltar ao trabalho”, disse Bolsonaro, para a câmera que registrou a manifestação.

“O Brasil clama pela volta ao trabalho. Estamos vivendo um momento difícil devido a alguns governadores. Isso não é bom. O país, de forma altiva, vai enfrentar os seus problemas. Muitos serão afetados, infelizmente, mas é uma realidade que temos que enfrentar. Não podemos deixar que o efeito colateral do combate ao vírus seja mais danoso que o vírus”, continuou o presidente, ao lado da filha Laura Bolsonaro, de 9 anos.

“Aqui temos pessoas de bem, chefes da família, em nome da verdadeira independência do povo brasileiro. Não vamos mais admitir interferência. Queremos levar o Brasil para frente. Nós todos acreditamos no Brasil”, finalizou. Bandeiras do Brasil e cartazes de “Fora Maia” eram carregados pelos manifestantes. O deputado federal Eduardo Bolsonaro também participou do ato, ao lado do pai.

Aglomerações como a da manifestação contrariam as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para amenizar a pandemia da Covid-19. De acordo com informações do Ministério da Saúde neste sábado (2), o Brasil tem 96559 casos confirmados da doença e 6750 mortes foram registradas. A taxa de letalidade está em 7%.

Neste sábado (2), o ex-ministro Sergio Moro realizou seu depoimento no prédio da Polícia Federal em Curitiba, no inquérito que apura as acusações que ele fez ao sair do governo Jair Bolsonaro (Sem Partido), um momento que ameaça fragilizar o governo de Bolsonaro. Moro passou cerca de oito horas no prédio.

Em Abril, Alexandre de Moares suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. O magistrado entendeu que a decisão do presidente Jair Bolsonaro viola o princípio da impessoalidade, já que Ramagem é próximo da família do presidente.

Diario de Pernambuco

‘Há lealdades maiores do que as pessoais’, diz Moro após Bolsonaro chamá-lo de Judas

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, fala à imprensa

O ex-ministro Sergio Moro escreveu neste domingo (3) em rede social, um dia após ser chamado de “Judas” pelo presidente Jair Bolsonaro. “Há lealdades maiores do que as pessoais”, escreveu Moro, que prestou depoimento no sábado (2) à Polícia Federal em Curitiba devido às suas acusações contra Bolsonaro ao pedir demissão do governo.

Na manhã de sábado, Bolsonaro publicou um vídeo sobre as suspeitas em relação ao mandante da facada que levou na campanha de 2018. “Os mandantes estão em Brasília?”, escreveu.

“O Judas, que hoje deporá, interferiu para que não se investigasse?”, disse Bolsonaro, citando o depoimento que Moro prestaria à Polícia Federal sobre as acusações que fez contra o presidente ao sair do Executivo.

Moro concluiu seu depoimento no prédio da PF em Curitiba na noite passada após ficar mais de oito horas no local. Ele foi ouvido no inquérito que apura as acusações que fez, de tentativa de interferência política na corporação.

Durante a manhã, a entrada do prédio da PF virou palco de protestos, com grupos em apoio ao ex-juiz da Lava Jato e outros a favor de Bolsonaro. O ex-ministro chegou ao local por volta das 13h15, mas entrou pelos fundos, frustrando a expectativa de manifestantes. O depoimento começou por volta das 14h e acabou perto das 22h.

À noite, foram pedidas pizzas no prédio da PF para servir as equipes. Moro acabou saindo do edifício apenas por volta da 0h20 de domingo (3), sem falar com a imprensa.
Além de reiterar as acusações feitas ao saír do governo, Moro disse que apresentaria novas provas do que havia afirmado sobre a tentativa de ingerência de Bolsonaro na Polícia Federal.

O presidente, disse ele ao pedir demissão, queria a troca de comando para ter acesso a investigações em andamento.

Folhapress

Mega-Sena acumula e próximo prêmio será de R$ 50 milhões

Apostadores fazem fila em casa lotérica. A Caixa Econômica Federal sorteia hoje (08) as seis dezenas do concurso 2.149 da Mega-Sena acumulada, que deve pagar um prêmio de R$ 170 milhões.

Nenhum apostador acertou os seis números da Mega-Sena sorteados nesse primeiro sábado de maio (02) no Espaço Loterias Caixa, no terminal Rodoviário Tietê, em São Paulo. Os números sorteados no concurso 2.257 foram: 18 – 21 – 30 – 31 – 34 – 51.

Na quina, 32 apostadores ganharam R$ 83.236,06. Os 2.791 ganhadores da quadra receberão o prêmio individual de R$ 1.363,33. A estimativa de prêmio do próximo concurso, na próxima quarta-feira (5) é de R$ 50 milhões para quem acertar as seis dezenas da Mega-Sena.

As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em lotéricas ou pela internet. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.

Agência Brasil

Professores e pais acionam Justiça contra ensino remoto

Mais de um mês após o fechamento das escolas em todo o país por conta da pandemia, começam a surgir questionamentos quanto à eficácia de se considerar que as aulas não presenciais e atividades a distância possam substituir o que o aluno aprende na escola.

Sobretudo na rede pública, em que o acesso dos estudantes e professores à internet muitas vezes é inexistente ou precário, teme-se o aprofundamento das desigualdades no aprendizado.

É com essa preocupação que começam a surgir ações do Ministério Público e projetos de lei para impedir que o ensino remoto na educação básica seja contabilizado como parte das horas letivas obrigatórias estipuladas pelo Ministério da Educação.

O ministério permitiu a flexibilização dos 200 dias obrigatórios no ano letivo, mantendo, porém, a exigência das 800 horas. Nesta semana, o Conselho Nacional de Educação recomendou que as aulas não presenciais sejam contadas na carga horária, abrindo a possibilidade para que conselho estaduais e municipais, que regulam rede pública e privada, permitam a prática.

Em Pernambuco, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação formalizou denúncia no Ministério Público para que atividades não presenciais não sejam consideradas como substituição de aulas.

Foi também o que fizeram, no Ceará, os membros da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, onde o ensino remoto começou em 30 de março, além de procurarem o Conselho Estadual de Educação e as secretarias municipais e a estadual. De acordo com dados do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica, em 2018, um a cada quatro estudantes da rede pública não tinha acesso à internet.

No Rio de Janeiro, vai a plenário para discussão nesta quinta (30) na Assembleia Legislativa projeto de lei dos deputados Waldeck Carneiro (PT) e Flávio Serafini (Psol) para a suspensão do calendário letivo na rede estadual, que tem mais de 700 mil alunos, não interferindo na oferta de conteúdo online e garantindo o término ainda em 2020 apenas para os alunos do último ano do ensino médio, por conta dos vestibulares.

No estado, aulas são transmitidas pela televisão, salas virtuais foram criadas em parceria com o Google Classroom e material impresso e chips de internet estão sendo distribuídos aos alunos. Segundo a Pnad 2017, 65% dos domicílios fluminenses têm acesso à banda larga –o menor índice é o do Pará, com 29%, e o maior, do Distrito Federal, 78%.

“A principal preocupação no momento deveria ser a oferta de atividades educacionais emergenciais, extraordinárias, online ou encaminhadas aos alunos, mas a preocupação com o calendário agora não é relevante”, diz Carneiro.

Em Goiás, as aulas não presenciais acontecem desde 23 de março por meio de plataforma digital e atividades televisionadas, além da distribuição de material impresso em parceria com os conselhos tutelares e a Polícia Militar.

No começo de abril, o Ministério Público recomendou ao conselho de educação goiano a suspensão das atividades obrigatórias, mas o órgão disse que não atenderia à recomendação, apresentando razões que não foram aceitas pela promotora do caso, Maria Bernadete Ramos Crispim. Ela então pede na Vara de Fazenda uma liminar que suspenda a resolução do conselho em validar as horas do ensino remoto.

“Diante das reclamações de pais e professores, eu fiz a recomendação para que revogassem a decisão, uma vez que não atendia à coletividade dos alunos e aumentava a desigualdade entre rede privada e pública”, diz Crispim. “Não é o momento de implantar aulas dessa maneira, pois parte dos estudantes não têm acesso à internet, o que aumenta ainda mais o fosso entre os alunos”, completa a promotora.

A Secretaria de Educação de Goiás diz estar cumprindo as determinações dos conselhos estadual e nacional de Educação. Ainda segundo a secretaria, os alunos têm mostrado produtividade.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná procurou o Ministério Público Estadual e o do Trabalho contra a educação a distância proposta pelo governo do estado, com plataforma online, aplicativo, aulas pela televisão e distribuição de apostilas. O conselho de educação paranaense, porém, ainda não normatizou a contagem das horas letivas.

A orientação do Ministério Público do Paraná é de que as Promotorias de Justiça que atuam na área de educação acompanhem e fiscalizem as propostas elaboradas e executadas no estado e nos municípios para que se garanta a qualidade e o acesso dos alunos às atividades.

Em São Paulo, o ensino remoto com carga horária obrigatória começou na segunda (27). No começo de abril, a Apeoesp, sindicato que representa os professores da rede estadual de SP, já havia procurado o Ministério Público contra a medida.

No dia 20, o Ministério Público de Sergipe emitiu recomendação para que escolas públicas e particulares antecipem férias de funcionários e professores. No estado, o ensino remoto está se dando por meio de plataforma online e transmissão de aulas pela TV.

A Campanha é uma rede de defesa do direito à educação que reúne organizações e entidades nacionais há 20 anos. O grupo organizou guias sobre o ensino a distância na pandemia destinados a profissionais de educação, famílias e poder público nos quais são apresentadas recomendações para garantia do direito à educação, além de dados.

“Claro que a escola precisa sugerir atividades, promover debates sobre o momento que estamos vivendo, contextualizar, mas de forma complementar, que não conte como dia letivo e carga horária obrigatória”, diz Andressa Pellanda, coordenadora da Campanha. “Mesmo que houvesse provisão de tablets e internet a todos, não há condições de aprendizagem porque muitos estão passando fome”, diz.

Para Mary Guinn Delaney, assessora regional da Unesco em educação para saúde e bem-estar na América Latina e Caribe, os estudantes sem acesso a rádio, televisão e dispositivos online são os mais desfavorecidos pelos programas de educação a distância, e o uso apenas de materiais impressos não oferece suficiente interação com professores e outros alunos.

Ela chama atenção ainda para a necessidade de se garantir a equidade de gênero nessa forma de ensino. “As meninas podem estar em desvantagem no acesso e uso de dispositivos, além de terem menos tempo de aprendizagem devido às tarefas desproporcionalmente maiores do lar”, diz.

Folhapress

Estado recebe 30 respiradores, 40 mil testes rápidos e 133 mil EPIs

Pernambuco recebeu, do governo federal, 30 respiradores, 40 mil testes rápidos e 133 mil Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) – luvas, máscaras, aventais e toucas. O governador do Estado, Paulo Câmara, havia solicitado 65 equipamentos, em videoconferência com o ministro da Sáude, Nelson Teich, na última terça-feira (28).

Assim, somando-se a nova remessa aos outros 40 respiradores que chegaram em abril, o governo federal já enviou 70 máquinas para Pernambuco. O Estado já comprou, com recursos próprios, outros 500 respiradores de fornecedores do Brasil e do exterior.

Desse total, 35 já foram entregues – os demais são aguardados nas próximas semanas.
Além desse total, outros 80 respiradores, que já estavam distribuídos na rede estadual, passaram por manutenção e já estão em uso nas unidades de saúde dedicadas ao combate da Covid-19.

“A rede estadual de Saúde conta até o momento, com 867 leitos, sendo 423 UTIs e 444 enfermarias, exclusivos para o atendimento de vítimas da pandemia. Também convocamos, desde o início da crise, mais de 5 mil profissionais de saúde para trabalhar na linha de frente”, enfatizou o governador Paulo Câmara.

Folhape

Pernambuco tem recorde de novos casos e 25 mortes nas últimas 24 horas

Pernambuco registrou 811 novos casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 8.145 infectados pela doença. Dos 811 novos casos, 362 se enquadram na Síndrome Respiratória Grave (Srag) e 449 são quadros mais leves.

O número de mortes também aumentou em 25, sendo 11 vítimas do sexo feminino e 14 do sexo masculino, com idades entre 46 e 86 anos. Os óbitos ocorreram entre os dias 15 de abril e 1 de maio. Agora, Pernambuco soma 628 mortes pela Covid-19. Ao todo, 1.193 pessoas infectadas já se recuperaram.

Dos 25 pacientes que vieram a óbito, 17 apresentavam comorbidades como hipertensão (9), diabetes (8), doença cardiovascular (3), doença renal (3), câncer (3), tabagismo (1), DPOC (1), obesidade (1) – o mesmo paciente pode ter mais de uma comorbidade. Três não apresentavam nenhuma comorbidade e os demais estão em investigação pelos municípios. As faixas etárias dessas pessoas são: 40 a 49 (4), 50 a 59 (4), 60 a 69 (8), 70 a 79 (3), 80 ou mais (6).

Dos casos graves registrados, 1.894 evoluíram bem, receberam alta hospitalar e estão em isolamento domiciliar. Outros 1.332 estão internados, sendo 216 em UTI e 1.116 em leitos de enfermaria, tanto na rede pública quanto privada. Os dados foram atualizados na tarde deste sábado (2) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).

Ainda de acordo com a SES-PE, 2.097 profissionais de saúde das redes pública e privada testaram positivo para o novo coronavírus e outros 1.337 casos foram descartados.

Folhape

IPA viabiliza a aplicação de R$ 7.637.674,61 no Programa de Aquisição de Alimentos em PE

O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) viabiliza a aplicação de R$ 7.637.674,61 em compras de produtos da agricultura familiar, por meio do através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), modalidade Compra Simultânea. Nesse período, foram adquiridos 2.802,905 quilos de alimentos, adquiridos de 4100 agricultores familiares, que foram entregues a 699 instituições beneficentes cadastradas, de 108 municípios, dentro das ações do PAA.

A movimentação foi efetuada de março de 2019 até abril deste ano. A ação do IPA, dentro do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, é realizada por meio de parceria firmada com o Ministério da Cidadania, estabelecida no Termo do Adesão 003/2018, Proposta nº 000.005.046.26/2018.

Em Abril, foram adquiridos 163.459,67kg, totalizando R$ 413.366,26, beneficiando 358 agricultores em 43 municípios. A previsão é investir mais R$ 1.362.325,41, até maio, totalizando R$ 9.000.001,34. Em função das medidas protetivas recomendadas pelas autoridades em saúde pública e determinadas pelo Estado, as ações do PAA foram priorizadas, de forma a manter e ampliar o fornecimento de alimentos nas entidades cadastradas, especialmente as socioassistenciais de longa permanência.

Presente em 185 municípios pernambucanos, o IPA tem papel fundamental na execução do PAA. Por meio da prestação dos serviços de assistência técnica e extensão rural (ATER) é promovida a qualificação dos agricultores, o mapeamento da produção local, além do planejamento da aquisição e doação da produção.

A força da ação pode ser comprovada pelos resultados registrados no período compreendido entre 2015 e junho de 2018. Foram aplicados mais de R$ 30,5 milhões para aquisição de doação de R$ 9,2 milhões quilos de alimentos, adquiridos de 4,7 mil agricultores de base familiar, elevando em 25% os ganhos na comercialização.

Os produtos foram doados a mais de 600 entidades socioassistenciais, que forneceram refeições a cerca de 168 mil pessoas, em situação de insegurança alimentar e nutricional, em 115 municípios pernambucanos, em todas as regiões.

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi criado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), por meio do art. 19 da Lei nº 10.696, de 02 de julho de 2003. A finalidade é promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar.

Confira os critérios para participar:

Agricultores:

1) Possuir DAP ( Declaração de Aptidão ao PRONAF);

2) Ser agricultor familiar, assentados da reforma agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores artesanais, indígenas, quilombolas, integrantes de comunidades tradicionais;

3) Ser assistido pelo IPA.

Entidades:

1) Entidades da rede socioassistencial, municipais ou estadual, q atendam pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, q fornecem refeições, tem registro no Conselho Municipal de Assistência Social e cozinha minimamente apta para armazenar e preparar as refeições.