O Ramal do Agreste, obra que levará água do Projeto de Integração do Rio São Francisco à região de maior escassez hídrica em Pernambuco, já atingiu a marca de 54,95% de execução física. Com o pagamento de mais R$ 20 milhões nos últimos dias, os investimentos do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) já chegam a R$ 131,6 milhões em 2020. Desde o ano passado, foram R$ 722,7 milhões repassados para o empreendimento.
“Esses investimentos são parte de um conjunto de esforços do Governo Federal para garantir abastecimento a populações que historicamente enfrentam a escassez de água no Nordeste. Assegurar a execução do Ramal do Agreste e de outras obras estruturantes na região é compromisso do presidente Jair Bolsonaro”, destaca o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Desde a última semana, parte dos trabalhos em campo está voltada à concretagem da laje de fundo da Estação de Bombeamento, serviço que exigiu a escavação de 28 metros (aproximadamente um prédio de 9 andares). A Estação é uma estrutura fundamental para a funcionalidade do Ramal do Agreste, pois ajudará a superar uma diferença de nível de aproximadamente 220 metros para a passagem da água.
As equipes também atuam na construção de 43,4 quilômetros de canais e seis túneis – juntos somam 16 quilômetros de extensão –, além de cinco aquedutos, uma adutora de 7,2 quilômetros e dois reservatórios (barragens). No total, os serviços empregam 2,6 mil trabalhadores.
Situado no norte do estado, próximo à fronteira com a Paraíba, o Ramal está orçado em R$ 1,67 bilhão e possui 70,8 quilômetros de extensão – com uma capacidade de vazão de 8 mil litros por segundo. A previsão de entrega do empreendimento completo está prevista para fevereiro de 2021.
Mais de 70 cidades na região serão atendidas, garantindo água de qualidade para cerca de 2,2 milhões de habitantes do semiárido pernambucano. Entre os municípios que serão abastecidos com as águas do Rio São Francisco estão Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Belo Jardim e Arcoverde. Essas e outras localidades beneficiadas terão segurança hídrica e, ao mesmo tempo, expectativa de impulsionar o desenvolvimento econômico da região.
Programas socioambientais
Para o Governo Federal, cuidar do meio ambiente e da população que habita no entorno do Ramal do Agreste é tão importante quanto a execução da obra. Até momento, foram investidos R$ 50 milhões na execução de 17 programas ambientais.
As medidas visam compensar os impactos gerados durante a fase de construção, com ações de assistência às famílias que residem na faixa da obra e, também, voltadas à saúde e segurança dos trabalhadores do projeto. Equipes especializadas atuam, ainda, na preservação da fauna e flora local.
Outras atividades importantes estão relacionadas ao resgate de elementos históricos e arqueológicos que remontam as antigas civilizações, além de cuidados com solo e os recursos hídricos da região. As medidas adotadas pelo MDR foram recomendadas pelo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e pelo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) – ambas chanceladas pela Agência Estadual de Meio Ambiente do Pernambuco (CPRH).