Governadores do Sul e Sudeste declaram apoio à reforma da Previdência

Coletiva de imprensa com governadores (sala de Imprensa). Local: São Paulo/SP. Data: 27/04/2019. Foto: Governo do Estado de São Paulo

Articulados pelo governador de São Paulo, João Dória (PSDB), sete chefes de governos estaduais das regiões Sul e Sudeste se posicionaram a favor da reforma da previdência que tramita no Congresso. A carta com a posição dos governadores de Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, além de São Paulo, foi divulgada neste final de semana, após a reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste, no Palácio dos Bandeirante, sede do governo paulista.

O documento começa afirmando que os governadores “renovam seu apoio à Reforma da Previdência Social”. “É imperativo combater o déficit fiscal, recuperar a confiança de investidores, nacionais e internacionais, ingressar na fase de crescimento contínuo, gerando emprego e oportunidades ao brasileiros”, segue a carta.

A reforma da previdência ainda é apontada como o primeiro passo de um conjunto de reformas que garantiriam, no ponto de vista dos governadores do Sul e Sudeste, estabilidade fiscal e cumprimento das responsabilidades sociais de Municípios, Estados e União. “A aprovação da reforma da previdência vai provocar também o debate para a reforma tributária, estimulando o empreendedorismo, a competitividade e a modernidade econômica do Brasil”, argumentam.

Nenhuma crítica é feita ao texto em tramitação. Veja a carta na íntegra. O tom da mensagem dos governadores do Sul e Sudeste é oposto ao da carta dos governadores do Nordeste, divulgada em 14 de março e capitaneada por Flávio Dino (PCdoB), chefe do poder executivo do Maranhão. Nove governadores da região Nordeste, quase todos do PT, PSB, PDT e PCdoB, afirmaram que a reforma é “um debate necessário para o Brasil”, mas criticam pontos da proposta de emenda à Constituição (PEC) do governo Bolsonaro, como desconstitucionalizar parte das regras previdenciárias do país, proposta de implantação de um regime de capitalização, redução proposta do valor do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a deficientes e a idosos em situação miserável.

A primeira reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste ocorreu dois dias após a divulgação da carta dos governadores do Nordeste. O próximo encontro dos governadores do Sul e Sudeste deve acontecer em Gramado, Rio Grande do Sul, em 25 de maio.

Fonte: Congresso em Foco
Foto: Governo do Estado de São Paulo

Governo prepara fim do monopólio da Petrobras no gás para reduzir preço

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) será o epicentro do processo de derrubada do preço do gás anunciado pelos ministros Paulo Guedes (Economia) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

Diante de resistências internas da Petrobras, caberá ao órgão de defesa da concorrência abrir negociação com a estatal para a venda de ativos ou a liberação de acesso à infraestrutura de transporte do combustível. A ação do Cade é parte de um movimento organizado em conjunto por diversos setores do governo para tentar quebrar o monopólio da Petrobras e trazer competição ao setor, com o objetivo de promover no país um “choque de energia barata”, nas palavras de Guedes.

Estudos iniciais indicam que a redução do preço poderia adicionar à taxa de crescimento do país quase um ponto percentual ao ano e gerar mais de 12 milhões de novos empregos nos próximos dez anos. Um dos mentores da proposta, o economista Carlos Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas, estima que, ao incentivar a competição, é possível reduzir pela metade o preço do gás natural vendido no país, com impactos positivos na atividade industrial e na conta de luz.

“O que temos no mercado de gás no Brasil é um caso absurdamente clássico de sobreposição de monopólios”, afirma Langoni. “A Petrobras praticamente controla a totalidade da oferta e continua controlando a infraestrutura logística, principalmente os gasodutos. Do lado da distribuição, há monopólios também nos estados.”

A ideia é que, em até dois meses, o Cade e a Petrobras apresentem um plano para a venda de ativos no segmento. Em troca, a empresa se livra de processos que apuram práticas anticompetitivas e discriminação na venda de gás. As conversas iniciais já ocorreram e, a partir de agora, as duas partes devem evoluir para reuniões formais

Em parceria com a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), a área técnica do Cade fará estudos para definir propostas de estímulo à concorrência. O pacote em gestação inclui ainda outros três pilares: revisão do modelo tributário do setor, incentivo ao uso do gás para geração de energia e novo marco jurídico para a distribuição, para apoiar a figura dos consumidores livres de gás (que podem negociar o produto sem a distribuidora). O incentivo à competição pela oferta, porém, é visto como essencial para que os planos avancem.

Hoje, empresas privadas são donas de 25% do gás extraído no país –boa parte em campos em parceria com a Petrobras. Sem acesso a dutos, as sócias da estatal preferem lhe vender sua parcela sem competirem pelo mercado. A Petrobras é dona também das unidades que tratam o gás antes que ele seja injetado na rede e dos terminais de importação do produto por navios. E ocupa a maior parte da capacidade dos grandes gasodutos que transportam o combustível pelo país.

“A gente entende que o aumento da concorrência é que vai trazer um preço mais competitivo”, diz o secretário de Petróleo e Gás do MME (Ministério de Minas e Energia), Marcio Félix, ressaltando que há forte alinhamento do governo em torno das propostas. De acordo com dados do MME, a indústria brasileira paga pelo gás ao menos US$ 13 pelo metro cúbico –mais de quatro vezes o gasto de concorrentes nos Estados Unidos, onde o produto custa pouco mais de US$ 3. Na comparação com a Europa, a indústria brasileira pagou 50% mais caro em 2018.

A promessa de melhores condições para competir com o mercado já seduziu as principais entidades empresariais brasileiras. Em entrevistas sobre o tema, Guedes tem repetido que gás barato e abundante tem potencial para “reindustrializar” o país. O preço da energia tem forte impacto sobre o custo operacional das empresas e sobre a produtividade de toda a economia. No Brasil, esse insumo teve forte alta nos últimos anos, servindo de força contrária à expansão industrial. A Abrace (que reúne grandes consumidores de energia) chegou a encomendar um estudo para medir os impactos da proposta do governo. Segundo a análise produzida pela consultoria Ex Ante para a Abrace, entre 2000 e 2018, a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA, teve alta de 209%.

Nesses 18 anos, o custo unitário da energia elétrica para a indústria cresceu 497,4% acima da inflação. O custo do gás unitário teve crescimento mais impressionante ainda: aumento real de 1.200%. A conversão do valor para moeda estrangeira, que permite a comparação internacional, mostra o impacto sobre a competitividade.

Folhapress

TST se ajusta à reforma e libera empregados de bater ponto

O TST (Tribunal Superior do Trabalho) liberou empregados de bater o ponto todos os dias. Os trabalhadores só são obrigados a registrar saídas antecipadas, horas extras, atrasos, faltas ou licenças.

Uma decisão da SDC (Seção de Dissídios Coletivos) da mais alta instância da Justiça do Trabalho inverteu a lógica da jurisprudência da corte. O tribunal sempre exigiu que a empresa controlasse a entrada e a saída dos empregados.

Segundo especialistas, o TST começa a se ajustar ao princípio do negociado sobre o legislado da reforma trabalhista de Michel Temer (MDB) e à jurisprudência do STF (Supremo Tribunal Federal).

A decisão é do dia 8 de abril. Ela servirá de referência para primeira e segunda instâncias. O julgamento tratou de uma ação apresentada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) contra um acordo coletivo firmado entre um sindicato de metalúrgicos e uma empresa no Espírito Santo.

Os ministros autorizaram o chamado sistema de registro de ponto por exceção. Pelo acordo, o trabalhador não bate cartão, anota apenas as situações excepcionais. Pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), empresas com mais de dez funcionários devem supervisionar a jornada. O registro é manual, mecânico ou eletrônico.

A reforma, porém, acrescentou um dispositivo na CLT segundo o qual convenção e acordo coletivos se sobrepõem à lei em determinadas situações. Entre elas está bater ponto. A Constituição diz ainda que é direito do trabalhador o “reconhecimento das convenções e acordos coletivos”.

O relator Aloysio Corrêa da Veiga e o ministro Mauricio Godinho Delgado foram votos vencidos. O colegiado é composto por nove ministros. Participaram do julgamento sete deles, e o placar foi cinco a dois contra o pedido de anular a cláusula que estabelecia a autogestão da jornada. Cabe recurso.

A redação do acórdão, que ainda não foi publicado, ficou com o ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho. Segundo ele, a jornada pode ser negociada e flexibilizada. “Qual a forma mais eficaz de se mensurar o trabalho humano? A produtividade”, disse Gandra Filho à reportagem. “A jurisprudência era refratária à negociação coletiva.”

Professor de direito do trabalho da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), Ricardo Calcini vê a decisão como um marco histórico. “Não existia a opção de não ter controle.”

Calcini explicou que o caso decidido pela SDC é anterior à reforma trabalhista, de 2017. Segundo ele, a decisão leva em conta decisões que já reconheciam o princípio do negociado sobre o legislado.

O professor cita dois julgamentos do Supremo: um sobre o não pagamento referente ao tempo de deslocamento de empregados até o local de trabalho e outro sobre a proibição de se entrar na Justiça em caso de adesão a PDV (plano de demissão voluntária).

“A decisão também reforça o negociado sobre o legislado com base na reforma trabalhista”, destacou Calcini. A adoção da autogestão do controle de jornada não pode ser decidida entre empregador e empregado. O modelo deve estar em acordo coletivo e presume o cumprimento da jornada diária formal.

Segundo Cleber Venditti, sócio do Mattos Filho, essa marcação traz flexibilidade. “O modelo elimina que todo o dia o empregado tenha de marcar a entrada e a saída. A área de TI [tecnologia da informação], por exemplo, gosta de um ambiente mais flexível, a proposta me parecer conversar mais com o setor de serviços”, disse.

Há ainda conflitos no TST. As 4ª e 6ª Turmas do tribunal, colegiados formados por três ministros, têm tomado decisões divergentes. “A SDC, porém, abre um precedente importantíssimo”, afirmou Venditti.

A SDI-I (Seção Especializada em Dissídios Individuais I), composta por 13 ministros, deve uniformizar a jurisprudência do TST, o que ainda não há prazo para ocorrer.

Reajuste da conta de luz entra em vigor nesta segunda

Começa a valer nesta segunda-feira (29) o reajuste anual das contas de luz em todo o Estado de Pernambuco. O aumento médio nas tarifas será de 5,04%. Mas, para os consumidores residenciais, a conta deve subir 5,14%. Por isso, é importante ficar de olho até nos pequenos hábitos de consumo dentro de casa, para diminuir o gasto e sentir um pouco menos os efeitos do aumento no bolso.

Segundo o engenheiro de eficiência energética da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), Artur Costa, medidas como utilizar o chuveiro elétrico em modo verão, monitorar equipamentos em standby, ligar lâmpadas apenas ao entrar no ambiente e não deixar carregadores de celular na tomada após a carga completa devem ajudar a baratear a conta ao final do mês. “Outra coisa que o pessoal não se atenta muito é que existe um selo do Inmetro entre A e E. Além disso, há uma etiqueta do selo Prosel que garante que o equipamento é o mais eficiente da categoria”, acrescenta Costa. Vale lembrar que os equipamentos com o selo A do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) possuem melhor eficiência energética, e, consequentemente, gastam menos energia.

Engenheiro que pertenceu aos quadros da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e participa da ONG Ilumina (Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico Brasileiro), José Antônio Feijó também alerta sobre os caminhos que o pernambucano deve seguir para amenizar os efeitos do aumento da energia. “Os consumidores precisam consumir da maneira mais eficiente possível”, diz Feijó, que, no entanto, critica o reajuste. “Acho um absurdo esse modelo brasileiro. As empresas têm muito lucro, mas esse aumento é previsto na regulamentação legal”, afirma Feijó.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que autorizou a Celpe a reajustar suas tarifas na semana passada, o cálculo do reajuste considera a variação de custos associados à prestação do serviço. Entre os itens que contribuíram para o aumento da tarifa estão o custo de aquisição de energia, que teve peso de 4,45%; a inclusão de componentes financeiros, com 6,51% e os custos de distribuição, com 2,34%.

Tarifa Branca
Outro ponto em que o consumidor pode ficar atento é a posisbilidade de aderir à Tarifa Branca. Nesta tarifa, a taxa da conta de luz é mais barata em alguns horários, mas aumenta em horários de pico. Por exemplo, das 17h30 até às 20h29, a tarifa de consumo é elevada em 110%. No entanto, de 21h30 até às 16h29, o valor cai em 16%. “Para o cliente fazer essa escolha, ele precisa estar muito consciente do seu consumo de energia”, comenta Costa. O plano de Tarifa Branca passou a ser uma opção em janeiro deste ano, mas apenas para quem consome mais de 250 quilowatt-hora por mês (KWh/mês).

Painel solar é alternativa de longo prazo
Pensando a longo prazo, outra alternativa para escapar dos reajustes pode ser a energia solar. Afinal, através dos paineis fotovoltaicos, é possível gerar a própria energia. É por isso que o Programa PE Solar, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sdec-PE) e da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), visa estimular a implantação de microgerações e minigerações de fonte solar distribuídas em todo o Estado, permitindo e facilitando o acesso dos consumidores residenciais a essa tecnologia.

Lançado em 2015 com foco em pessoas jurídicas, o programa foi ampliado em janeiro deste ano para atender as pessoas físicas. Com isso, o consumidor pode entrar em contato com um dos 22 fornecedores credenciados pelos órgãos, listados no site www.energia.pe.gov.br, para adquirir e instalar um painel fotovoltaico na sua casa. “O PE Solar facilita a utilização dos paineis pelos consumidores. A pessoa tem a oportunidade de procurar uma empresa, pedir um orçamento e fazer o financiamento diretamente com a empresa”, explica o secretário executivo de energia de Pernambuco, Luiz Cardoso Ayres, dizendo que as parcelas desse financiamento podem ser pagos na conta da Celpe.

No entanto, é preciso estar atento ao investimento inicial. Em geral, cada quilowatt a ser instalado custa de R$ 4 mil a R$ 5 mil. Mas especialistas garantem que esse investimento logo é recuperado pelos consumidores. Segundo a Sdec, após a adesão aos painéis, um cliente residencial pode reduzir cerca de 10% do valor da sua conta, já considerando o pagamento das parcelas. Caso pague os paineis à vista, ele deve passar a pagar apenas a taxa mínima de luz: R$ 24 para residências e R$ 80 para estabelecimentos comerciais.

Para os pernambucanos, realmente tem sido um bom negócio. É que a adesão ao PE Solar tem crescido, passando de sete pessoas jurídicas para 1,2 mil consumidores, capazes de gerar 21 mil quilowatts-hora (kW/h).

Folhape

Vinte adolescentes são apreendidos após arrastão

Vinte adolescentes foram apreendidos no final da tarde deste domingo (28), no município do Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Policiais militares do 17º Batalhão da Polícia Militar foram acionados para conter um grupo de adolescentes que estaria promovendo um arrastão no Shopping Norte Way, assim como em estabelecimentos do entorno. De acordo com informações da assessoria da Polícia Militar, o grupo chegava a 70 pessoas.

A partir da análise das câmeras de monitoramento da região, um efetivo foi enviado ao local, conseguindo alcançar 20 pessoas. Elas foram levadas à delegacia da Polícia Civil, onde devem passar pelos procedimentos necessários.

Folhape

Greve dos caminhoneiros: ameaças ainda podem voltar

O Governo Federal anunciou a criação de uma agenda de trabalho de curto prazo em prol dos caminhoneiros autônomos do País na última semana. Foi uma forma de tentar manter o diálogo aberto com o setor e, o mais urgente, brecar a articulação de uma nova paralisação, que, mesmo sem uma adesão massiva, poderia ocorrer a partir desta segunda-feira. No entanto, talvez não seja possível manter o prometido por muito tempo. Afinal, o piso mínimo corre sério risco de deixar de existir e não há nenhum plano B que garanta a manutenção desta, que foi a principal conquista dos caminhoneiros após a paralisação do ano passado.

O risco existe porque, embora não tenham previsão de serem julgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), três ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) contra a tabela de frete estão sob relatoria do ministro Luiz Fux. Impetradas pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Associação dos Transportes do Brasil, as ações questionam a constitucionalidade do piso mínimo de frete, alegando que ele fere o princípio do livre mercado. “O tabelamento traz distorções para a economia e não representa solução eficaz para os problemas hoje enfrentados por caminhoneiros autônomos”, afirma o presidente da CNI em exercício, Paulo Afonso Ferreira.

Sobre a possibilidade do fim da tabela, caso o STF decrete sua inconstitucionalidade, o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas do Estado de Pernambuco (Sintracape), Wilton Neri, é enfático. “Não tenho dúvidas. A única coisa que pode provocar uma nova paralisação a nível nacional é o tribunal supremo do País considerar o piso mínimo de frete como inconstitucional”, revela o sindicalista.

Para ele, por mais que não esteja ocorrendo uma fiscalização correta de seu cumprimento, a tabela de preço mínimo de frete foi a maior conquista da categoria após o movimento paredista de 2018. “É preciso cumprir a tabela como se fosse um salário mínimo e punir quem não respeitá-la”, ressalta.

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) reitera a importância da manutenção do piso, visto que, para a entidade, a aplicação da lei que criou o piso mínimo de frete trouxe uma nova perspectiva para o processo de contratação do serviço. “O transportador sempre foi excluído do processo de contratação em virtude dos intermediadores. Sendo assim, o caminhoneiro termina recebendo muito menos que seu custo. Por isso, a lei dá maior segurança e estabilidade para contratante e contratado”, explica o presidente da CNTA, Diumar Bueno.

Sobre a fiscalização do cumprimento do piso mínimo, a entidade comenta que firmou, junto ao Ministério da Infraestrutura, na última segunda-feira, um projeto que prevê que os sindicatos da base da CNTA sejam uma ponte no recebimento das denúncias pelo descumprimento do piso mínimo. Para isso, a entidade está desenvolvendo, junto com a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT), uma maneira mais eficaz para o processo. “A confederação disponibilizará em breve um formulário inicial para colheita das denúncias e documentos, para que, assim, os sindicatos já possam ir recebendo reclamações, antes mesmo de todo o processo ser concluído”, comenta.

Procurada pela reportagem, mais uma vez, a ANTT afirmou que tem intensificado as fiscalizações sobre a aplicação da tabela de frete em seus postos de pesagem. Até o momento, segundo a agência, foram lavrados cerca de 3 mil autos de infração pelo não-cumprimento do preço mínimo.

Lazer em família e leilão beneficente marcaram competição de cavalos

O Hospital do Câncer e a Afeto Autismo, associação de famílias para o bem estar e tratamento da pessoa com autismo, foram beneficiadas no sábado (27) em um leilão que ocorreu na 1ª edição da Copa John Deere, em Gravatá. Cedido pela RV Ranch, um filhote de cavalo foi leiloado, ajudando as instituições com R$ 27 mil, cada.

Bastante conhecida no Sudeste, a “Competição de Três Tambores” conquistou também os pernambucanos nesse final de semana. Destacando as habilidades do cavalo e cavaleiro, onde ganha quem fizer o percurso em menos tempo, a competição levou apaixonados por cavalos e por esportes além de muitas famílias para curtir um lazer especial em Gravatá nessa sexta (26) e sábado (27), na Fazenda Poço das Pedras.

Além dos experientes, a Copa John Deere contou também com categoria para principiantes e amadores, onde participaram homens, mulheres e crianças. Além das competições, o evento contou com rodízio de vinhos, em parceria com o restaurante Tapa de Cuadril, show sertanejo, área kids e muita diversão para toda a família.

Prefeitura e MP realizam seminário sobre sofrimento na infância

Levar a temática das diversas formas de violência vivenciada por crianças e adolescentes para uma reflexão ampla do que acontece dentro e fora do contexto escolar foi o intuito do evento promovido nesta sexta-feira (26) pela Prefeitura de Caruaru, através das secretaria de Educação e Saúde, junto com o Ministério Público. O seminário “As novas formas de sofrimento na infância e adolescência: construindo possibilidades na saúde e educação” reuniu educadores da rede municipal de ensino na Unifavip-Wyden para debater o tema junto com representantes das secretarias municipais de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH) e de Políticas para Mulheres (SPM).

“Nosso grande propósito é promover essa reflexão junto com o Ministério Público, para que a gente possa, de fato, trazer a temática para uma reflexão ampla do que acontece dentro e fora do contexto escolar. Nós temos uma realidade em que os alunos vivenciam diversas formas de relações e como eles trazem esse retrato para dentro da escola. É uma forma da escola perceber onde estão esses problemas específicos relacionados com a saúde mental e social da criança e do adolescente para poder identificar e agir dentro de parâmetros científicos”, analisou a secretária de Educação, Marta Medeiros.

Segundo o secretário executivo municipal de Saúde, Breno Feitosa, que teve participação ativa no evento, o sofrimento infantil está cada vez mais precoce, trazendo consequências drásticas para a vida de crianças e jovens, e as secretarias de Saúde e Educação têm somado esforços para reverter esse quadro. “Esse trabalho já existe de forma intersetorial no município. O programa Aprender com Saúde, por exemplo, já trabalha essa integração com diversas ações sendo executadas nas escolas. O seminário faz com que a gente possa trazer essa temática do ponto de vista de qualificar ainda mais a nossa rede e os nossos profissionais”, pontuou.

O evento iniciou com a formação da mesa de honra com representantes das secretarias municipais. Pela Educação, esteve a secretária Marta Medeiros, pela Saúde, o secretário executivo Breno Feitosa, pela SDSDH, a gerente de Direitos Humanos, Joana Figueirêdo. Teve também a psicopedagoga e representante da pasta da Educação de Caruaru na SPM, Íris Jacyra e pelo Ministério Público, a promotora de justiça da Infância e Juventude de Caruaru, Silvia Amélia de Melo.

Contribuíram com o encontro os facilitadores: Thiago Rosa, psicólogo que desenvolveu o tema “Tirando a venda: se os alunos sofrem, a escola também”, com considerações sobre a saúde mental dos alunos, professores e acolhimento; Silvanilda Bezerra Florêncio, psicopedagoga especialista em educação especial inclusiva e gestão em organização escolar que discorreu sobre o tema “Reeducar: conversando sobre transtornos escolares”; Tarcísio Dutra, psicólogo do Ministério Público que trabalhou o tema “Comportamentos suicidas e automutilação: conceituação e características”; e com o psicólogo do TJPE, Robertson Ferreira, que promoveu a vivência “Colcha de Retalhos com equipe psicossocial: O que aspiro para minha escola?”.

A promotora de justiça da Infância e Juventude de Caruaru, Silvia Amélia de Melo, afirmou que o intuito da convocação foi o de unir forças para lidar com as situações que envolvam sofrimento de crianças e adolescentes. “Provocamos esse encontro para que a gente pudesse fazer um trabalho conjunto para discutir e aprender a enfrentar as novas formas de sofrimento na infância e adolescência, porque tem muitos casos de crianças e adolescentes com depressão, transtorno de ansiedade, se automutilando, e a gente precisa conversar e aprender sobre isso para enfrentar as situações que chegarem e poder acolher esse público para que eles possam transformar esse sofrimento em emoções mais saudáveis” Destacou a promotora.

Inadimplência das empresas cresce 3,30% em março

O número de empresas com contas em atraso e registradas nos cadastros de devedores cresceu 3,30% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado – trata-se da menor variação desde setembro de 2017, quando a alta fora de 2,62%. Na passagem de fevereiro para março de 2019, sem ajuste sazonal, a alta foi de 0,69%. Os dados foram calculados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a inadimplência das empresas tem crescido de forma mais moderada do que no auge da crise e sinaliza um cenário de acomodação para os próximos meses de 2019. “Mesmo com a lenta retomada da confiança, os empresários seguem cautelosos para investir. Com isso, há menos custos e menos tomada de crédito, consequentemente, há menos endividamento. Além disso, o crescimento econômico segue em ritmo abaixo do que era esperado do início do ano, com o mercado de trabalho demorando para reagir e a capacidade ociosa das indústrias em níveis elevados”, afirma Pellizzaro Junior.

Bezerrenses formam grupo de incentivo a leitura

Munidos do magno interesse de incentivo ao hábito da leitura, alguns bezerrenses formaram um pequeno grupo de leitores, e fundaram um grupo de leitura, denominando-o Centro Literário Ronaldo José Souto Maior, homenageando assim o pesquisador e historiador bezerrense mais laureado e autor de vários livros sobre a cidade dos papangus. O grupo foi idealizado pelo músico e maestro da Sociedade Banda Musical Cônego Alexandre Cavalcante, Hilton Souza e já conta com 07 membros, dentre eles o também músico Francisco Alves, o comunicador Lunas Costa Carvalho, o poeta e filosofo Célio Lima e o poeta cordelista Severino Pedro. Outros apreciadores de livros serão convidados para que o grupo possa atingir um máximo de 20 componentes.

As reuniões mensais tiveram início no mês de dezembro do ano passado, e acontecem na Estação da Cultura, na cidade de Bezerros, sendo que a 4ª reunião ocorreu na residência do homenageado, nesta sexta feira, dia 26, quando o mesmo foi comunicado e agradeceu dizendo sentir-se lisonjeado. Na ocasião o gripo pode constatar alguns documentos no rico acervo do historiador Souto Maior, assim como livros que retratam de forma documentada e com alto teor de pesquisa, assuntos importantíssimos para a história bezerrense como a sua emancipação e a criação de ícones da nossa cultura, que se encontra decadente, a olhos vistos; outros assuntos em pauta foram a Banda Musical Cônego Alexandre Cavalcante e a atuação da imprensa bezerrense. Nas próximas reuniões o grupo espera contar com novos membros e assim definirem um calendário de atuações para que a leitura seja um hábito constante da nossa população.