Saiba como fica a nova linha da Caixa para a compra da casa própria

Brasília – Agências da Caixa Econômica Federal do Distrito Federal e entorno estão abertas de 9h às 15h para atendimento exclusivo sobre contas inativas do FGTS neste sábado (18) (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A Caixa Econômica Federal colocou em prática a proposta de ampliação da oferta de crédito imobiliário no país. A estatal lançou uma nova linha de financiamento para compra de imóveis atrelada ao indicador oficial de inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Serão oferecidos empréstimos a taxa mínima de 2,95% e máxima de 4,95% ao ano, mais o IPCA, acumulados em 3,22% nos últimos 12 meses.

A medida oferece aos consumidores uma linha mais barata do que as atuais, que têm taxas que variam entre 8,5% e 9,75% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR), atualmente zerada. A Caixa calcula que a nova modalidade poderá proporcionar uma redução de 35% a 51% nas prestações. A linha prazo máximo de 360 meses (30 anos), com quota máxima de financiamento de 80%.

A instituição financeira estima que 150 mil contratos novos sejam fechados nessa modalidade de crédito, com lucro de R$ 10 bilhões. O tempo para que isso ocorra, no entanto, não foi estimado. Com a medida, o objetivo é contribuir para a redução do deficit habitacional, atualmente em 6 milhões de unidades. A nova linha, por hora, só está sendo adotada pela Caixa, que detém 70% do crédito imobiliário do país, mas a expectativa é de que outras instituições financeiras acompanhem a medida.

Para o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a taxa mais baixa na modalidade do IPCA possibilitará uma maior inclusão. “Faz com que muitas pessoas possam entrar (no mercado de crédito), passando a ser um sistema inclusivo”, sustentou. A expectativa, agora, é de um volume grande de novos financiamentos. “Temos total tranquilidade que é uma taxa boa para a Caixa e a sociedade como um todo. Estamos felizes porque conseguimos rentabilidade e é bom para a população brasileira”, afirmou.

Projeções
A Caixa trabalha com projeções do IPCA ao redor de 3,5% ao ano e, por isso, prevê uma demanda maior pela nova linha de crédito. “Vamos fazer análises mensais, trimestrais, pois é um produto novo. Temos demanda superior de R$ 30 bilhões por crédito imobiliário pelo IPCA”, ponderou.

O anúncio, feito em solenidade no Palácio do Planalto, foi comemorado pelo presidente Jair Bolsonaro. “Pelo que entendi, o crédito imobiliário terá uma redução de 30% a 50%. Quem, hoje, paga mensalidade de R$ 1 mil, a partir de amanhã, seria entre R$ 500 e R$ 600. Isso é muito bem vindo. A sociedade toda ganha”, celebrou. Os exemplos citados pelo chefe do Executivo federal, no entanto, só se aplicam à contratação de uma nova linha. Não será possível migrar um atual contrato, vigente em um crédito atrelado à TR, para um indexado ao IPCA.

Securitização
A novidade possibilitará que a o banco público amplie a venda de recebíveis imobiliários da Caixa no mercado de capitais via securitização. “Todos os bancos poderão aumentar a carteira de crédito imobiliário, pois poderá mitigar o risco vendendo para terceiros. Esses empréstimos têm possibilidade de rendimentos muito superiores. O segredo é gerar recebíveis de créditos interessantes para a população e fundos de investimentos”, destacou Guimarães.

A securitização é uma prática financeira que consiste em agrupar ativos financeiros e convertê-los em títulos padronizados e negociáveis no mercado de capitais. No caso da Caixa, possibilitará a venda do direito sobre o crédito tomado pelos consumidores no mercado de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Securitizando créditos atrelados ao IPCA, a estatal terá custos menores e poderá ofertar mais papéis no mercado de capitais. Dessa forma, a medida possibilitará o crescimento da oferta do crédito imobiliário no país, e pagar uma taxa mais alta ao investidor.

O setor da construção civil aprovou a medida. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) analisa que a transferência do indexador poderá atrair mais recursos para o financiamento, aumentar a concorrência entre os agentes financeiros e criar um mercado de recebíveis secundário, atuante, capaz de suprir o setor com o volume de recursos necessários para o crescimento.

Mais barato
Governo anuncia nova modalidade de financiamento habitacional indexada ao IPCA, que conviverá com as já existentes

Novas condições de empréstimo
Taxa mínima: IPCA + 2,95% ao ano
Taxa máxima: IPCA 4,95% ao ano
Prazo máximo: 30 anos
Condição de entrada: 20% do imóvel
Valor máxima a ser financiado: 80% do imóvel
»Adesão é opcional e a partir de 26 de agosto

Linhas já existentes
Sistema Financeiro de Habitação (SFH) financia imóveis avaliados em até R$ 1,5 milhão
Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) financia imóveis avaliados acima de R$ 1,5 milhão

Obs: Ambas as linhas continuarão em vigor e poderão ser contratadas pelo consumidor, a taxas mínima de 8,5% e máxima de 9,75% ao ano

Correio Braziliense

Caruaru abre 670 vagas de níveis fundamental, médio e superior

A Prefeitura de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, abriu uma seleção simplificada para contratar 670 profissionais de nível fundamental, médio e superior para atuar na Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 26 de agosto pela internet.

A remuneração varia de acordo com nível e a carga horária dos profissionais selecionados. Os salários são de R$ 998 a R$ 2.000,00, com contratos de três anos passíveis de renovação por mais três.

Para candidatos ao nível fundamental, a avaliação será somente por análise curricular. São 204 vagas nesse nível, como auxiliar de cozinha, auxiliar de serviços gerais e motoristas. Já para os candidatos de nível médio, são 300 vagas e três etapas avaliativas que incluem uma prova online, prova escrita e avaliação de títulos. Entre as oportunidades estão auxiliar administrativo, agente social e entrevistador de cadastro único. A mesma forma de seleção funcionará para os interessados nas vagas de nível superior. São 166 vagas, para cargos como assistente social, psicólogo e pedagogo.

Os editais estão disponíveis no site da Prefeitura de Caruaru.

Cooperação entre Sebrae e instituições vai alavancar exportações

O Sebrae assinou nesta terça-feira (20) um protocolo de intenções com os Ministérios da Economia e das Relações Exteriores, a Apex-Brasil e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para alavancar o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE), cujo objetivo é melhorar a participação brasileira no comércio internacional. O evento ocorreu durante seminário que discute estratégias de estímulo às exportações das micro e pequenas empresas. O encontro, que termina nesta quarta-feira (21) com treinamentos, teve a presença de representantes da Alemanha, Argentina e Reino Unido, que descreveram suas experiências. O PNCE vai unificar ações de todas as instituições públicas e o setor produtivo relacionados às exportações.

“Temos que aproveitar esse bom momento que o país está vivendo”, afirmou o presidente do Sebrae, Carlos Melles, ao se referir ao acordo assinado pelas cinco instituições. “Há muito mais a oferecer do que commodities, pois nos preocupamos com a geração de empregos e com a produtividade. A prioridade é simplificar o ambiente de negócios”, ressaltou Melles, lembrando que as micro e pequenas empresas representam mais de 90% dos negócios do país, assim como em outros países, mas o volume de exportação do segmento ainda é pequeno. “O faturamento hoje representa 27% e se conseguirmos chegar a 50%, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil pode subir 4% ao ano. “Temos que deixar de ser made in China e se tornar made in Brasil”, acrescentou o presidente do Sebrae.

Para o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, o acordo e o seminário são uma oportunidade para que as instituições possam discutir assuntos de interesses em comum. “São todos parceiros essenciais para a implantação do PNCE e que trabalham para simplificar o dia a dia dos negócios. Essa é uma oportunidade única para as micro e pequenas empresas buscarem a internacionalização”, observou Abijaodi. “Precisamos somar esforços e atuar em conjunto”, ressaltou o presidente da Apex-Brasil, Sérgio Segóvia.

A secretária-adjunta da Câmara de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Yana Alves, explicou que o PNCE é uma proposta promissora dotada com novas metodologias. “É um novo momento da agenda da cultura exportadora que vai nos levar ainda mais longe e que surgiu para aumentar a eficiência das empresas”, disse Yana. Segundo o embaixador Norberto Moretti, da Secretaria de Comércio Exterior do Itamaraty, a união entre as instituições vai possibilitar que as ações sejam mais bem coordenadas. “A articulação entre o governo e o setor privado vai ajudar na internacionalização”, observou o secretário, ressaltando que o Ministério das Relações Exteriores possui 121 setores voltados para o incentivo às exportações, além de diversos acordos comerciais com outros países.

Experiências
Participam do seminário representantes e técnicos de instituições que atuam com a temática de internacionalização de empresas e o desenvolvimento de competências para o comércio exterior. O evento, que está sendo realizado na sede do Sebrae Nacional, em Brasília, contou com a participação de representantes da Alemanha, Argentina e Inglaterra, que explicaram as estratégias para que os pequenos negócios possam exportar. Nesta terça-feira, debatedores do Ministério da Economia, da Apex-Brasil, da CNI e do Sebrae abordaram as experiências brasileiras para otimizar a governança no atendimento empresarial para internacionalização.

Segundo o gerente de Competitividade do Sebrae Nacional, Cesar Rissete, um dos maiores desafios atualmente para que os pequenos negócios exportem é a preparação. “Temos que sentar juntos, compartilhar as experiências e avançar”, observou Rissete, se referindo ao baixo volume de venda das micro e pequenas empresas para outros países.

O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Leonardo Diniz, o PNCE será fundamental para os pequenos se beneficiarem dos acordos comerciais, a mesma visão das gerentes da Apex-Brasil, Ana CláudIa Barbosa, e da CNI, Sara Saldanha. No segundo dia do evento acontecerá um treinamento na nova metodologia de atendimento empresarial e aplicação no PNCE.

Acordo com credor é estratégia para 35% dos inadimplentes

Quando a dívida já não cabe mais no bolso e as chances de pagá-la ficam cada vez mais distantes, procurar o credor para renegociar o débito acaba sendo a alternativa mais utilizada. Uma pesquisa feita em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que entre os consumidores inadimplentes que pretendem regularizar sua situação pelos próximos três meses, 35% querem tentar um acordo com o credor para parcelar o valor do débito. No total, 55% dos consumidores com contas atrasadas acreditam que terão condições de regularizar as dívidas, sendo que 35% pretendem pagar integralmente e 16% parcialmente. Por outro lado, 45% dos inadimplentes não se veem em condições financeiras de quitar suas dívidas em um horizonte de três meses.

Exemplo dessa dificuldade, é que caso utilizassem seus rendimentos para zerar as dívidas, 75% dos entrevistados comprometeriam o pagamento de contas básicas. Somente 21% garantem ter uma mais situação confortável diante desse cenário.

Na avaliação do educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, é importante analisar a dívida e as próprias condições financeiras antes de propor um acordo. “A primeira coisa a fazer é traçar um diagnóstico de receitas e despesas. O segundo passo é cortar todos os gastos desnecessários, dando atenção às dívidas com juros mais pesados, como cheque especial ou cartão de crédito. Renegociar com o credor é uma opção que vale a pena tentar. Outra alternativa é trocar a dívida por uma linha de crédito mais barata ou tentar a portabilidade em outro banco. De qualquer maneira, o consumidor deve estar preparado, tendo em mente o quanto deve, já considerando os juros, e quanto ele consegue pagar por mês para sair dessa situação”, orienta Vignoli.

Sesc Belo Ler Jardim inscreve para torneios de futebol

O Sesc Ler Belo Jardim está com inscrições abertas até o dia 26 de agosto para a Copa Sesc Esportivo de Futebol. As equipes podem se matricular nas categorias sub-13, sub-15 e sub-17, no Ponto de Atendimento da Unidade nas sextas, das 14h às 18h; sábados e domingos, das 8h às 12h. O investimento por equipe é de R$ 150 para o público geral, enquanto os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo têm desconto e pagam R$ 130.

O torneio vai ocorrer de 29 deste mês até o dia 2 de novembro. “Esse tipo de competição estimula a participação de associações, clubes e equipes da região, estabelecendo assim um intercâmbio esportivo, além de desenvolver o espírito de socialização entre os participantes”, comenta o instrutor de atividades recreativas do Sesc Ler Belo Jardim, Fabrício Lima.

Gratuidade – durante o mês de agosto, todas as unidades do Sesc Pernambuco vão oferecer gratuidade na confecção ou atualização do cartão para trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo de comerciários e seus dependentes. Ele garante descontos nas ações de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social, como hospedagens nos hotéis do Sesc, espetáculos, parque aquático e restaurantes das unidades. O titular pode incluir como dependentes cônjuge ou companheiro de união estável, pessoas sob guarda de menores de 21 anos, estudantes com idade até 24 anos, pai, mãe, madrasta, avó e avô. Para fazer a emissão, é necessário ir ao Ponto de Atendimento. Para outras informações e relação dos documentos necessários: www.sescpe.org.br.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 20 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

PMC realiza reunião de agosto do Comitê Permanente Municipal Juntos Pela Segurança

A prefeita Raquel Lyra, ao lado de representantes do poder público federal, estadual e demais entidades, realizou, na manhã desta terça-feira (20), a reunião ordinária do mês de agosto do Comitê Permanente Municipal Juntos Pela Segurança.

Após análise do mapa da violência municipal, realizada pela secretária de Ordem Pública, Karla Vieira, os membros do comitê discutiram sobre a redução da criminalidade nos bairros em que foram implantados os Conselhos de Segurança Cidadã dos Bairros e da Zona Rural (CONSECs), com destaque para a última implantação no Residencial Luiz Bezerra Torres. “A prefeita Raquel Lyra vem sendo a responsável pela união e integração desses órgãos e secretarias do município, desde 2017, quando constituiu o programa Juntos pela Segurança, ouvindo as pessoas e contribuindo diretamente para a sensação de segurança, prevenindo e combatendo a violência e a criminalidade nos territórios”, afirmou a secretária de Ordem Pública, Karla Vieira.

Durante a reunião, tivemos exibição de um vídeo institucional sobre o Ilumina Caruaru, na sequencia foi a vez das apresentações integradas da polícias civil e militar, além da polícia rodoviária federal, finalizando com exposição do projeto “Caixa de Natal Sem Fome”, emocionando a todos que estavam presentes. “Avalio como muito positiva a nossa reunião. Nós, que trabalhamos na repreensão dos crimes, destacamos a importância da prevenção, de evitar que os jovens entrem no mundo do crime. Anunciamos, durante a reunião, a chegada de cinco novos delegados, e esse trabalho conjunto será de extrema importância para as ações integradas por parte das forças de segurança”, avaliou o delegado da Polícia Civil, Bruno Vital.

“Estaremos realizando, no próximo mês, o 2º Fórum Municipal do Juntos pela Segurança, no dia 24 de setembro, no Centro de Convenções Empresário Djalma Farias Cintra (SENAC). Após dois anos de implantação, estaremos debatendo melhorias para o programa. Será um dia muito importante para a área de segurança em nossa cidade, com mais de 600 pessoas participando do fórum”, destacou a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra.

O Comunitas Open Society Foundations, entidade parceira do programa Juntos Pela Segurança, enviou um representante que, mais uma vez, contribuiu com propostas para melhorar ainda mais as ações do município. Além disso, o SAMU participou pela primeira vez da reunião, a fim de conhecer de perto o trabalho e a importância do Juntos Pela Segurança.

Sobre o Comitê – Consiste numa forte visão de governança, de ações integradas e de monitoramento da Prefeitura de Caruaru, em esforço articulado com entes como o Ministério Público, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil, Polícias Militar, Civil, Científica, Federal, Rodoviária Federal, Tiro de Guerra, Bombeiro Militar, Câmara Municipal, Ministério Público, Judiciário, Disque-Denúncia, FUNASE, BIESP, Conselho Tutelar, Penitenciária Juiz Plácido de Souza, sociedade civil, CONSECs e outras entidades convidadas.

Sarampo: Crianças de 6 meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas

A partir desta quinta-feira (22), todas as crianças de seis meses a menores de um ano devem ser vacinadas contra o sarampo em todo o país. Essa é uma medida preventiva que deve proteger quase um milhão e meio de crianças, que não receberam a dose extra, chamada de ‘dose zero’. O objetivo é intensificar a vacinação dessas crianças, uma vez que o sarampo é uma infecção muito contagiosa, que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade, mas é mais perigosa para as crianças, inclusive podendo levar à morte. Desta forma, a medida adotada pelo Ministério da Saúde, é uma resposta imediata por conta do aumento de casos da doença em alguns estados. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber, explica qual a recomendação da vacina.

“Essa faixa etária não está prevista no calendário vacinal. É uma dose adicional, uma dose zero porque essas crianças elas recebem os anticorpos da mãe. Mas a gente tem observado que muitas crianças neste grupo etário tem apresentado a doença. Então para evitar que elas evoluíram para casos graves e óbitos nós estamos recomendando a vacinação de crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias, adicionalmente”.

É importante ressaltar que a chamada “dose zero” não substitui a vacinação de rotina. Então, a recomendação é agendar para os 12 meses a vacina tríplice viral e para os 15 meses a dose da vacina tetra viral, conforme previsto no Calendário Nacional de Vacinação. Além de vacinar essas crianças, o Ministério da Saúde orienta aos estados e municípios a realizarem o bloqueio vacinal. Ou seja, em situação de surto ativo do sarampo, quando identificado um caso da doença em alguma localidade, é preciso vacinar todas as pessoas que tiveram ou tem contato com aquele caso suspeito em até 72 horas.

Congresso derruba MP que facilita privatização da Eletrobras

Foto: Arquivo/Agência Brasil
 (Foto: Arquivo/Agência Brasil
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Foto: Arquivo/Agência Brasil
O Congresso derrubou a medida provisória que previa repasses de R,5 bilhões à Eletrobras.
O texto, editado pelo presidente Jair Bolsonaro em abril previa os valores, a serem pagos até 2021, como forma de reembolsar a estatal por despesas de suas distribuidoras de energia no passado.
Ele caducaria nesta quarta-feira (21). Os parlamentares entraram em acordo na reunião de líderes da Câmara para derrubá-la e destravar a pauta de votações.
 Os deputados articulam rejeitar nesta terça-feira (20) a admissibilidade da medida, para que ela não chegue a ser discutida em seu mérito.
Segundo o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP), o governo já planeja enviar um projeto de lei para tratar do assunto. “A medida provisória que estava travando a pauta cai, porque não há mais tempo”, afirmou a líder da minoria, Jandira Feghali (PC do B-RJ).
Apesar do acordo, partidos como PT, PSB e PRB iniciaram um movimento de obstrução à votação da medida provisória. Pouco depois, o centrão retirou sua obstrução, mas a oposição conseguiu segurar a deliberação por cerca de quatro horas.
Eles tentavam impedir o avanço para o resto da pauta do dia, que incluía projetos sobre posse e porte de armas.
O motivo alegado foi a falta de tempo hábil para a votação nas duas Casas. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) havia dito a integrantes da equipe econômica que se os deputados votassem, garantiria a aprovação com os senadores, o que foi visto como improvável, já que não havia acordo sobre o texto.
O problema é que, como informou o Painel, a derrubada da medida pode prejudicar os planos do governo de privatizar a Eletrobras ainda neste ano. Sem os recursos que seriam advindos dela, a estatal terá que assumir dívidas de subsidiárias, o que comprometerá seu balanço e poderá afetar o preço de suas ações.
Os recursos viriam de um fundo setorial mentido com dinheiro da conta de luz, e poderão ser complementados por outorgas obtidas por meio de leilões de ativos.
A MP de Bolsonaro já é uma reedição. Em 2018, o então presidente Michel Temer editou medida com o mesmo conteúdo, mas ela caducou em abril depois de não ser votada pelo Congresso.
As distribuidoras foram privatizadas pela Eletrobras no fim do ano passado, mas parte das dívidas delas e também dos créditos que elas teriam a receber foi assumida pela estatal antes da venda. A operação tinha o objetivo de tornar os ativos mais atrativos à iniciativa privada.

Trump adia visita após recusa da Dinamarca em negociar Groenlândia

O cancelamento, anunciado em uma rede social nesta terça (20), acontece dois dias após o republicano ter dito a jornalistas que ser proprietário da Groenlândia -um território autônomo da Dinamarca- “seria bacana” para os EUA do ponto de vista estratégico.

Trump deveria visitar Copenhague, a capital dinamarquesa, em setembro, e o Ártico seria uma das pautas durante reuniões com os primeiros-ministros da Dinamarca e da Groenlândia. Mas não havia indicações de que conversas sobre a compra do território estivessem na agenda.

Em seu post nesta terça, Trump disse que a Dinamarca é “um país muito especial com pessoas incríveis”, mas que adiaria a reunião com a primeira-ministra Mette Frederiksen já que ela não teria interesse em discutir a comercialização da Groenlândia.

O republicano agradeceu o fato de Frederiksen ter sido tão direta, dizendo que ela poupou esforços e gastos financeiros tanto para os EUA quanto para a Dinamarca. Trump afirmou que espera remarcar a viagem. No final de semana, Frederiksen havia visitado a ilha e dito que a ideia de Trump de comprá-la era “absurda”, depois que as autoridades da Dinamarca rechaçaram a ideia. “A Groenlândia não está à venda. A Groenlândia não é dinamarquesa.

A Groenlândia pertence à Groenlândia. Espero sinceramente que essa proposta não seja séria”, disse a primeira-ministra ao jornal Sermitsiaq.

O jornal The Wall Street Journal noticiou na quinta-feira (15) que Trump tinha expressado interesse por essa grande ilha dinamarquesa, ao consultar assessores se seria possível aos Estados Unidos adquirir o território situado entre o Ártico e o Atlântico Norte.

A Dinamarca colonizou a ilha, com área de dois milhões de quilômetros quadrados, no século 18. A população é de apenas 57 mil pessoas, a maioria pertencente à comunidade indígena inuit. Trata-se de uma das áreas habitadas mais frias do mundo. A ilha depende do apoio econômico da Dinamarca, que também cuida de sua defesa e política externa, mas tem autonomia para resolver seus assuntos internos.

Caixa lança crédito imobiliário corrigido pela inflação

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil
A Caixa Econômica Federal lançou, nesta terça-feira (20), uma linha de crédito imobiliário corrigida pelo IPCA, índice oficial de preços, com o argumento de que o novo financiamento vai reduzir os juros para compra da casa própria -embora o indicador seja considerado mais instável que a TR (Taxa Referencial), usada hoje.
Segundo a Caixa, o saldo devedor será atualizado pelo IPCA, a exemplo do que ocorre com a TR, hoje zerada. As mudanças valem para o SFH (Sistema Financeiro de Habitação), para imóveis até R$ 1,5 milhão e que permite o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), e para o SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), para aqueles acima desse valor e sem a possibilidade de uso do Fundo.
A taxa mínima da nova linha, oferecida a clientes com melhor perfil de risco, será de IPCA + 2,95% ao ano, enquanto a máxima ficará em IPCA 4,95% ao ano. Hoje, o banco, que detém mais de 70% do crédito habitacional do país, cobra juros de 8,5% a 9,75% ao ano mais TR nas principais linhas de crédito imobiliário -no programa Minha Casa, Minha Vida, os juros são menores.
Os contratos poderão ter prazo de até 360 meses e valor máximo financiado de 80%. Para obter o financiamento, o cliente só poderá ter, no máximo, 20% de renda comprometida -hoje, o percentual é de 30%. Ou seja, a nova linha será oferecida a quem tem mais folga no orçamento e, portanto, risco menor de dar calote.
Para especialistas, a oscilação do IPCA pode tornar o financiamento mais arriscado e caro ao cliente, principalmente pelo longo prazo do crédito -o contrato pode ter duração de 35 anos. O IPCA é mais agressivo, respondendo mais rapidamente a alguma turbulência econômica. A TR é menos instável e hoje está zerada. O saldo devedor, portanto, não sofre correção na prática.
A mudança foi aprovada em reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) realizada na última semana.
Com a nova linha de crédito, a Caixa quer emprestar mais, ancorando-se na possibilidade de empacotar esse crédito e vendê-lo a investidores -que vão avaliar se vale correr o risco de inadimplência de clientes, em vez de optar pela segurança de um título público que, hoje, remunera IPCA mais 3% ao ano, em média.
Recentemente, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, estimou que poderá emitir até R$ 100 bilhões em papéis lastreados com financiamentos imobiliários. No primeiro ano, esse número seria de R$ 10 bilhões.
Cálculos conservadores indicam que a Caixa poderia dobrar sua carteira de crédito habitacional, passando dos atuais R$ 449 bilhões, no primeiro trimestre deste ano, para quase R$ 1 trilhão.
Nos EUA, o mercado de securitização imobiliária causou uma das mais graves crises financeiras mundiais. Em 2008, grandes bancos foram à lona por terem adquirido títulos podres de hipotecas americanas.
Com a mudança, a Caixa se alinha à estratégia do governo de reacender a economia -indicador do Banco Central sugere que o Brasil está em recessão técnica, apontando dois trimestres seguidos de queda do PIB (Produto Interno Bruto).
Em junho, a Caixa anunciou redução de 1,25 ponto percentual nas taxas de juros para financiamentos imobiliários concedidos com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), que hoje responde por quase 40% do total dos financiamentos.
Também abriu rodadas de renegociação de contratos em atraso concedendo, em alguns casos, até 90% de descontos de juros. Essa campanha atingiu 2,3 milhões de pessoas.