Crise dos mercados editorial e livreiro brasileiros e como ela pode ser resolvida

* Eduardo Villela

Nas últimas semanas o impacto da crise em editoras e livrarias brasileiras ganhou as páginas de jornais e revistas. Gigantes do setor, as livrarias Saraiva e Cultura confirmaram enfrentar graves problemas financeiros que afetam toda uma cadeia, desde as editoras até o leitor final. É, sem dúvida, uma situação preocupante que para entendê-la é necessário olhar para algumas razões que estão além de números.

Um ponto fundamental nessa história toda, a meu ver, tem ligação direta com o fato de que o hábito de leitura do brasileiro está em construção. Um grande desafio ao crescimento do número de leitores no país é a necessidade urgente de melhoria da qualidade do ensino fundamental na rede pública de ensino. Talvez até mais importante do que o papel da família, as escolas têm um peso fundamental na construção do hábito de leitura das crianças.

Além disso, com o crescimento dos índices de desemprego no Brasil, as famílias controlam mais o dinheiro, reduzem seu consumo de forma generalizada e evitam contrair novas dívidas. Isso impacta profundamente o consumo de bens e serviços culturais e educacionais, os quais não são considerados por grande parte dos brasileiros como prioritários. Nesse contexto, as vendas de livros são extremamente afetadas.

De acordo com uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a recessão na economia foi responsável pelo decréscimo de 21% no segmento editorial entre 2006 a 2017. Isso corresponde a uma perda de R$ 1,4 bilhões.

Por fim, com o barateamento dos smartphones e maior acesso da população a uma conexão web rápida e estável, várias novas opções de lazer tornaram-se disponíveis e estão tomando a maior parte do tempo dedicado a leitura de livros. É o caso de serviços de streaming como Netflix, AmazonPrime, YouTube, Spotify e tantos outros.

É preciso reequilibrar essa realidade. Afinal, todas as formas de entretenimento devem ter seu espaço em nossas vidas. Mas o livro vai além de uma simples distração momentânea e as pessoas não devem abrir mão do tempo dedicado à sua leitura. Além do prazer que nos trazem, boas obras nos agregam novos conhecimentos, melhoram a qualidade de nossas reflexões sobre assuntos que nos interessam, despertam a nossa criatividade e ampliam nossa sensibilidade e visão de mundo. É comum, por exemplo, lembrar como ‘Cem Anos de Solidão’ marcou a vida de um jovem aos 18 anos. O mesmo não se pode dizer do impacto de uma série de tevê na formação de alguém. São realidades distintas que precisam ser muito bem diferenciadas.

E como lidar com tais desafios?

Reforçando a importância fundamental do livro na formação educacional, cultural, social e humana principalmente das crianças e jovens.

É necessário que o brasileiro enxergue o valor dos bons livros e o que eles podem acrescentar à sua vida e de seus filhos. Esse é um trabalho de conscientização que precisa ser levado adiante em conjunto por governantes, editores, livreiros, educadores e todos os demais profissionais envolvidos com o universo dos livros.

Só, assim, os danos que os tempos difíceis trazem a editoras e livrarias poderão ser minimizados.

Que os brasileiros possam, em um futuro breve, encarar uma livraria como uma espécie de paraíso, tal como Jorge Luis Borges costumava dizer!

Eduardo Villela é book advisor e, por meio de assessoria especializada e personalizada, ajuda pessoas a escrever e publicar livros. Mais informações em www.eduvillela.com

Câncer de mama dificulta a reinserção no mercado de trabalho para as mulheres

O dia 8 de março é marcado pela reinvindicação feminina para melhores condições de trabalho e mesmo após 44 anos da oficialização da data, o cenário ainda está desfavorável. Pela questão de gênero, muitas mulheres perdem oportunidades, sofrem com a desigualdade salarial ou não conquistam postos de liderança. Uma pesquisa realizada pelo IBGE mostrou que as mulheres são o grupo que menos conseguem empregos, mesmo sendo o maior grupo em idade ativa para trabalhar.

Ao fazer o recorte dessa realidade no que se refere a mulheres com câncer, é possível notar que as taxas de sobrevivência têm crescido, mas pouco se fala sobre a qualidade de vida dessas mulheres. Um estudo recente liderado pela oncologista Luciana Landeiro, da equipe do Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB) / Grupo Oncoclínicas, revelou que mulheres com diagnóstico de câncer de mama, mesmo aquelas que já enfrentaram a doença, têm menos chances no mercado de trabalho.

A argumentação “Retorno ao trabalho após o diagnóstico do câncer de mama: Estudo prospectivo observacional no Brasil” é resultado da tese de doutorado da médica na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e foi publicada na Revista Câncer, publicação cientifica norte-americana e uma das principais revistas internacionais na área de oncologia.

A pesquisa foi realizada em mulheres com idade entre 18 e 57 anos que foram entrevistadas por telefone com 6, 12 e 24 meses após o diagnóstico de câncer de mama. Antes do diagnóstico, 81% das pacientes tinham emprego em tempo integral e 59,5% relataram que eram as principais responsáveis pela renda familiar. A maioria das pacientes (94%) gostava de sua atividade de trabalho e recebeu apoio de seu empregador (73%) depois da identificação da doença.

No entanto, apenas 29,1% de mulheres relataram ter sido oferecido algum tipo de ajuste no seu trabalho, condição importante para lidar com os efeitos adversos do tratamento. “As mulheres que receberam ajustes na função por parte de seus empregadores tiveram 37 vezes mais chances de retornar ao trabalho”, disse a pesquisadora.

Aproximadamente 80% das pacientes tinham baixa renda familiar (com menos de quatro salários mínimo/mês por família). Aos seis meses após o diagnóstico de câncer de mama, a taxa de retorno ao trabalho foi de 21,5%. Um ano após o diagnóstico, essa taxa ficou em 30,3% e após dois anos do diagnóstico da doença a taxa registrada foi de 60,4%. Segundo Luciana Landeiro, as taxas de retorno foram menores que as registradas em pesquisas realizadas na América do Norte e na Europa.

Pacientes submetidas à mastectomia (retirada cirúrgica completa da mama), que foram diagnosticadas com depressão após o câncer ou que experimentaram dor retornaram significativamente menos para suas atividades de trabalho. A pesquisa também revelou que a chance de retornar ao trabalho foi nove vezes menor entre as mulheres tratadas com terapia endócrina.

O estudo tmbém concluiu que as mulheres que recebiam dois ou mais salários mínimos tinham 17 vezes mais chance de retornar ao trabalho do que as que ganhavam menos. As mulheres que se submeteram à cirurgia conservadora (que retira o tumor e preserva a maior parte possível da mama) também apresentaram vantagens em comparação às que foram submetidas à mastectomia (retirada cirúrgica da mama). A chance de reinserção no mercado de trabalho foi nove vezes maior para elas.

De acordo com o INCA, cerca de 60 mil mulheres são diagnosticadas com câncer anualmente, por isso é preciso desenvolver estratégias com foco na assistência e reabilitação para a volta ao trabalho, assim como estimular o mercado a dar oportunidades às pacientes oncológicas.

“Após o tratamento, as pacientes precisam retomar sua vida normal. O retorno ao trabalho faz parte do retorno à normalidade, contudo esse tema é pouco visitado e discutido. Acredito que a criação de programas de inclusão no mercado de trabalho para pacientes oncológicos poderia ser uma das formas de melhorarmos o número de pacientes que retornam às suas atividades laborais após o câncer”, afirma a pesquisadora.

Sobre o Grupo Oncoclínicas

Fundado em 2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina. Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 11 estados brasileiros. Atualmente, conta com 55 unidades entre clínicas e parcerias hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado na melhor prática clínica.

Sebrae promove semana de palestras para empreendedores em Garanhuns

A Unidade Agreste Meridional do Sebrae vai realizar uma série de palestras para empreendedores em Garanhuns, no período de 18 a 28 de março. A programação conta com quatro encontros em que serão abordados temas como a criação de Persona e Mapa de Empatia, como vender o seu negócio e como introduzi-lo no marketplace. Os interessados já podem fazer as inscrições na própria Unidade, que fica na Avenida Rui Barbosa, 671, 1º andar, no bairro Heliópolis, ou na loja virtual do Sebrae: https://loja.pe.sebrae.com.br/loja.

Na segunda (18/03) e na terça (19/03), o tema “Persona: entenda seu cliente e aumente seus lucros” vai mostrar aos participantes que a criação de personas pode influenciar de forma muito positiva nas estratégias da empresa. Ao se ter uma persona bem definida, com as características dos clientes para facilitar a criação de uma estratégia pontual e assertiva, é possível enviar a mensagem certa para as pessoas certas, e assim, aumentar as chances de sucesso do negócio.

O tema “Mapa de Empatia: como seu cliente pensa” será apresentado nos dias 20 e 21 (quarta e quinta). No encontro, os participantes serão indagados sobre se atendem, de fato, às necessidades dos seus clientes e vão aprender a usar a ferramenta Mapa da Empatia para sintetizar observações, extrair insigths, inovar e se conectar melhor com o seu consumidor.

Na semana seguinte, mais duas palestras: “Pitch: aprenda a vender o seu negócio”, nos dias 25 e 26), em que os participantes vão aprender a desenvolver um discurso preciso, que permita aproveitar qualquer oportunidade de venda, investimento ou patrocínio; e “Como inserir sua empresa em marketplaces”, nos dias 27 e 28, quando serão apresentados o conceito, os fundamentos e o funcionamento das plataformas de Marketplace, espaços onde as empresas podem ter uma estrutura parecida com a de um e-commerce, porém com mais facilidade nos processos e custos, além de equipes reduzidas.

“Nosso objetivo com essas palestras é o de promover o crescimento dos empreendedores da região a fim de que eles possam despertar para elementos que têm efeitos positivos no impulsionamento dos negócios e que muitas vezes são ignorados por falta de conhecimento”, explica a analista do Sebrae Garanhuns, Alessandra Mendes.

As palestras serão realizadas no auditório da Unidade Agreste Meridional, sempre das 18h às 22h. O investimento é de R$ 60 para quem quiser participar de todas as palestras. Mas, pode-se optar por palestras individuais. Neste caso, o preço é de R$ 20. O Sebrae Garanhuns montou uma programação em que o participante pode escolher por dois combos de datas: 18, 20, 25 e 27 ou 19, 21, 26 e 28.

Serviço: Palestras para empreendedores em Garanhuns

Data: de 18 a 28 de março de 2019

Local: auditório da Unidade Agreste Meridional do Sebrae – Av. Rui Barbosa, 671, 1º andar, Heliópolis

Horário: das 18h às 22h

Inscrições: R$ 20 (palestras individuais) e R$ 60 (para todas as palestras), na própria Unidade ou na loja virtual do Sebrae (https://loja.pe.sebrae.com.br/loja)

Informações (87) 3221.3333

Núcleo de Trabalhabilidade da UNINASSAU realiza projeto Qualifica

Na sexta-feira (08), o Núcleo de Trabalhabilidade, Emprego e Carreira (NTEC) da Faculdade UNINASSAU Caruaru realiza o “Projeto Qualifica”. A atividade será voltada para os alunos da turma do sétimo período do curso de Pedagogia, no turno da noite, e abordará o tema “Técnicas de Oratória”. A temática será abordada na própria sala de aula e as inscrições são gratuitas e serão feitas no local e horário do evento, que acontece a partir das 19h.

O minicurso irá abordar a oratória como método de discurso, além de trabalhar a arte de como falar em público e trabalhar o conjunto de regras e técnicas que permitem apurar as qualidades pessoais do orador. O objetivo é desenvolver habilidades com técnicas para o aperfeiçoamento da comunicação.

O analista de carreiras da UNINASSAU Caruaru, Samuel Gomes, será o ministrante da temática. Ele ressalta a importância do tema para os estudantes. “A capacidade comunicativa é uma das ferramentas mais poderosas que o ser humano pode possuir. Mais do que nunca, é considerado um elemento fundamental no mundo contemporâneo. Por isso, é importante o Núcleo levar aos alunos técnicas de oratória e ajudá-los a ampliar ainda mais a sua forma de se comunicar”, ressalta.

Asala agora com o Boteco Chic

O Asala abriu o seu novo espaço, o Boteco Chic, em parceria com a Devassa, Eisenbahn e Baden Baden. São 11 rótulos de cerveja e deliciosos petiscos, caldinhos e defumados.

Destaque para o sanduíche de cupim com parmesão massaricado, caldinho de feijão, dadinho de tapioca, frango com bacon, mix de frios defumados, bem como pasteizinhos de cupim, queijo, palmito e frango com azeitona.

Vale a pena conhecer o novo conceito de boteco!!!

O Asala funciona na Avenida Marcionilo Francisco, na esquina com a Rodrigues de Abreu. De segunda a quinta-feira, está aberto do meio-dia às 22h30. Já às sextas e sábados, do meio-dia às 2h da manhã.

O almoço é servido durante todo o dia.

Pequenos negócios sustentam a geração de emprego no início de 2019

Em contrapartida às médias e grandes empresas, que fecharam mais de 25 mil vagas de trabalho, os pequenos negócios seguraram a geração de empregos no primeiro mês de 2019. Análise do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, relativos ao mês de janeiro, mostrou que as micro e pequenas empresas foram as principais responsáveis pela manutenção do nível de emprego no país. A exemplo do que ocorreu ao longo de todo o ano passado, elas mantiveram o saldo positivo de postos de trabalho, com a geração de 60,7 mil empregos formais. Já as médias e grandes empresas, ainda sofrendo o impacto da crise econômica, começaram o ano registrando uma extinção líquida de 25,7 mil vagas.

O estudo do Sebrae também confirma que os pequenos negócios do setor de Serviços lideraram a geração de empregos em janeiro, criando praticamente 40 mil postos de trabalho, mais de dez vezes a quantidade de postos gerados pelas médias e grandes neste setor. O desempenho do setor foi impulsionado principalmente pelas empresas que atuam no ramo imobiliário (19,6 mil empregos), nos serviços médicos e odontológicos (6,8 mil empregos) e nos serviços ligados à alimentação e bebidas (6,5 mil empregos). Na sequência, a Indústria de Transformação se destacou com a criação de 29 mil novas vagas. Em contrapartida, as micro e pequenas empresas do Comércio tiveram um saldo negativo (demitiram mais do que contrataram), no primeiro mês de 2019, tendo apresentado uma perda de 33,6 mil vagas de trabalho.

Segundo o presidente do Sebrae, João Henrique de Almeida Sousa, embora o saldo de empregos gerados pelos pequenos negócios no último mês de janeiro tenha ficado 26,4% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado, o resultado foi superior aos saldos verificados no mesmo mês de 2015, 2016 e 2017. “Os pequenos negócios continuam sendo a locomotiva que mantém a economia brasileira em movimento, em especial no que diz respeito à manutenção do nível de emprego”, comentou.

As MPE do estado de São Paulo foram as que mais geraram empregos em janeiro (15,8 mil empregos), acompanhadas pelas MPE de Santa Catarina (10,9 mil empregos) e do Mato Grosso (10,4 mil empregos). Apesar de as micro e pequenas empresas de São Paulo (região Sudeste) terem liderado a geração de emprego em janeiro/2019, foram os pequenos negócios da região Sul que criaram mais vagas de trabalho no primeiro mês deste ano (27,1 mil empregos), seguidas pelas MPE da região Centro-Oeste (18,9 mil empregos).

Data Lake é a bola da vez

Por Marco Aurélio de Oliveira*

Assim como o Big Data é um termo já inserido no dia a dia da maioria das grandes empresas, outros conceitos surgem a partir da transformação digital e vão ganhando cada vez mais visibilidade por meio de novos estudos, projetos e eventos com a participação de especialistas e profissionais da área. Um desses conceitos é o Data Lake que, em essência, significa estratégia de armazenamento de dados. Para quem trabalha com Tecnologia da Informação ter uma gestão eficiente e uma estratégia bem desenhada para armazenar informações reflete o nível de maturidade do negócio.

Isso porque, independentemente do tamanho da companhia, só é possível pensar em Data Lake depois de ter passado por algumas etapas importantes da cultura digital. Em uma fase mais avançada, empresas que rodam na nuvem já utilizam diversas fontes de dados- que podem ser estruturados ou não – para aprender com a jornada dos usuários na web e sugerir produtos e serviços de maneira mais assertiva. A aplicação de ferramentas de análises, como o Business Intelligence (BI), aumentam as chances de resultados positivos a partir de uma ação direcionada.

Dados não estruturados são todos aqueles que não são apresentados em planilhas, por exemplo, mas estão disponíveis na web para quem souber extraí-los. Podem ser gerados a partir de postagens nas redes sociais, comentários em determinadas publicações, etc. Posso garantir que as possibilidades são quase infinitas e, por conta do grande volume de informações possíveis de serem coletadas, é preciso um repositório que comporte esses dados em seu estado cru antes que sejam filtrados e classificados.

A utilização desse tipo de dado para tomada decisões ainda é uma novidade dentro do Data Lake e abre diversas possibilidades, entre elas, a análise dessas informações em tempo real. Vamos supor que você atua em uma empresa que vende passagens aéreas, utilizando de dados não estruturados você pode monitorar as redes sociais e saber, por exemplo, que está acontecendo um desastre na Flórida e que não será uma boa ideia sugerir passagens para essa região aos seus clientes.

Por isso é importante pensar no Data Lake como uma estrutura complexa que pode viabilizar a implementação de diversas ferramentas eficazes como o Machine Learning, que é o aprendizado de máquinas a partir de dados comportamentais. Entretanto, há muito mais em jogo no mundo da tecnologia do que podemos aplicar no nosso dia a dia. E é por esse dinamismo que acredito que os profissionais de engenharia de dados e os cientistas serão cada vez mais requisitados nas companhias. Eles terão o papel fundamental de apoiar as organizações nessa realidade em que os dados valem ouro, desde que sejam armazenados e manipulados corretamente com segurança.

UNINASSAU realiza palestra sobre declaração de IR com auditor da Receita

A Faculdade UNINASSAU Caruaru realiza, no próximo dia 11 de março, uma palestra gratuita sobre os principais tópicos que abrangem a declaração de Imposto de Renda (IR) da Pessoa Física. O evento será realizado no auditório da Faculdade, a partir das 19h, e é aberto ao público, com foco em estudantes do curso de Ciências Contábeis e profissionais das áreas contábil e administrativa. As inscrições serão feitas no local e horário da atividade, que está organizada pelo curso de Ciências Contábeis da instituição.

O tema será ministrado pelo delegado da Receita Federal do Brasil em Caruaru, Luiz Gonzaga Ventura, que atua como delegado desde o ano de 2008. Ele abordará, principalmente, as novidades quanto ao processo de declaração para este ano, além das principais regras vigentes.

O coordenador do curso de Ciências Contábeis da UNINASSAU Caruaru, Rildo Feitosa, destaca a importância do evento. “Esse é o momento oportuno para tratar desse assunto, visto que estamos bem próximo da realização de mais um período de declaração do IR. Convido a todo público, em geral, a participar, junto com professores e alunos, desde momento impar em nossa instituição”, convida o coordenador.

Sobre a declaração do IR

A declaração do Imposto de Renda 2019 corresponde ao ano-base de 2018 e possui novidades. Entre elas, o prazo para entrega, que será menor, do dia 7 de março até 30 abril – nos outros anos, as declarações começavam a ser recebidas no 1º dia útil de março. Deve declarar o IR quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.

Serviço

Evento – Palestra gratuita sobre a declaração do IR 2019, com auditor da Receita Federal

Quando – Dia 11/03- segunda-feira, 19h

Local – Auditório da UNINASSAU Caruaru

Inscrições – no horário e local do evento

Inflação para famílias com renda mais baixa fica em 0,49% em fevereiro

O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que calcula a variação dos valores cobrados pela cesta de compras de famílias com renda até 2,5 salários mínimos, registrou inflação de 0,49% em fevereiro, abaixo do 0,61% de janeiro. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador acumula taxas de 1,1% no ano e 4,81% nos últimos 12 meses.

Apesar da queda em relação a fevereiro, o IPC-C1 teve taxa mais alta do que a registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que calcula a inflação para todas as faixas de renda e que, em fevereiro, registrou índices de 0,35% no mês e de 4,38% no acumulado de 12 meses.

De janeiro para fevereiro, o IPC-C1 teve queda nas taxas de quatro das oito classes de despesa pesquisadas: habitação (de 0,19% em janeiro para 0,4% em fevereiro), saúde e cuidados pessoais (de -0,02% para 0,50%), alimentação (de 0,84% para 0,97%) e vestuário (de -0,56% para -0,04%).

Por outro lado, houve queda nas seguintes classes de despesa: transportes (de 1,84% para 0,22%), educação, leitura e recreação (de 2% para -0,24%), despesas diversas (de 0,27% para 0,08%) e comunicação (de 0,01% para -0,05%).

Agência Brasil

Sobe para 25 o número de vítimas das agulhadas em Pernambuco

Durante o período carnavalesco, várias pessoas dirigiram-se ao hospital Correia Picanço – referência estadual no tratamento de doenças infecto-contagiosas – no bairro da Tamarineira, relatando terem sido furadas por seringas. Durante o período da folia, até ontem, cerca de 10 pessoas teriam dado entrada na unidade de saúde. Na manhã desta quarta (6), a Secretaria de Saúde do Estado divulgou boletim afirmando que este número de vítimas subiu para 25. Deste quantitativo registrado, pelo menos 15 eram mulheres, com idade variando entre 17 e 46 anos.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou ainda que, desde o último sábado (02) de Carnaval, está monitorando os registros da saúde por meio do software Ambiente de Monitoramento de Risco (Amber). Afirma que todos os pacientes admitidos na unidade passaram pela profilaxia pós-exposição (PeP), tratamento padrão usado na prevenção da infecção pelo HIV, e foram liberados após avaliação médica, com a orientação de retorno após 30 dias para conclusão do tratamento. A SES informa, ainda, que, segundo os relatos repassados pela maioria das vítimas, as autoridades policiais não chegaram a ser acionadas. Os pacientes foram orientados a procurar os órgãos competentes para investigação das ocorrências, já que as investidas podem ser tipificadas como crime.

Por fim, a SES destaca que os registros da saúde estão sendo monitorados, 24 horas por dia, no Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS), sala de situação instalada na sede da SES. O trabalho funciona conectado às notificações do AMBER, que produz relatórios em tempo real com os dados gerados nos serviços de saúde.

Um dos casos – Uma moradora de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, teria sofrido um ataque de um seringa durante o show do Monobloco na madrugada da última segunda-feira. O relato foi feito por uma amiga que estava presente, Maria Rita Aderaldo, que veio do Distrito Federal para curtir o Carnaval. O relato foi dado por Maria Rita que quis preservar a identidade da amiga. “No meio do show de Monobloco, no Marco Zero, estamos de saída quando um homem, vestido de branco, veio na direção oposta e furou a minha amiga”, relata.

Como em casos como este, a primeira suspeita é de infecção com o vírus HIV, Maria Rita, que estava acompanhada do marido, levou a amiga para o hospital Correia Picanço, que é especializado em infectologia. “Chegando lá, o segurança, alguma enfermeiras e a chefe do plantão nos informaram que, no dia anterior, durante o galo da madrugada, mais oito pessoas haviam dado entrada na emergência pelo mesmo motivo”, destaca a turista.

Seguindo o protocolo, a moradora atacada fez o exame para constatar a presença ou não do vírus. “Como foi informado pela chefe de plantão, era preciso constatar se minha amiga havia sido, de fato, infectada. Esperamos duas horas pelo resultado do exame, que foi negativo, para ela poder tomar o coquetel profilático, que garante até 100% de não contaminação”, aponta Maria Rita.

Diante do ocorrido, a turista decidiu não mais participar do Carnaval do Recife. “Nós ficamos com medo e, por isso, decidimos ir para a casa de parentes em Fortaleza. Infelizmente, depois do que aconteceu, eu não tenho mais vontade de voltar”, finaliza.

Diario de Pernambuco