Anvisa quer regulamentar maconha para uso farmacêutico e científico

Prestes a entrar em debate na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a proposta de dar aval para o cultivo de maconha no país deverá ter foco na pesquisa e produção de medicamentos, sem que haja espaço para outros produtos, afirmou à Folha de S.Paulo o diretor-presidente da agência, William Dib.

“Precisa ficar claro o seguinte: não estamos liberando a Cannabis, mas liberando medicamentos à base de Cannabis”, disse. “Ah, mas cigarro [de maconha] é bom para cefaleia [dor de cabeça].’ Não pode. Essa forma de administração não vai existir. Se quiser xampu à base de cannabis, também não terá.”

Na próxima semana, diretores discutirão a possibilidade de submeter à consulta pública duas propostas de resoluções: uma que regulará o plantio de Cannabis no Brasil para pesquisa e outra com regras para registro de medicamentos, pós-registro e monitoramento desses produtos.

Hoje, o plantio de Cannabis é vetado no Brasil. Desde 2006, no entanto, a lei 11.343 prevê a possibilidade de que a União autorize o cultivo “para fins medicinais e científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização”.

O novo debate, assim, representa o primeiro passo para a regulamentação do tema, o que poderá aumentar o espaço para o uso medicinal da maconha no país.O objetivo, de acordo com Dib, relator das propostas, é facilitar o acesso a pacientes que hoje buscam aval da agência para importar medicamentos à base da planta.

“Fazendo essas duas regulações, a população vai ter acesso a um remédio mais seguro, de melhor qualidade e a preço menor do que hoje. Além disso, vamos abrir espaço a mais medicamentos.”

Desde 2015, a Anvisa autoriza pedidos para importação de óleos e medicamentos à base principalmente de canabidiol –substância da maconha que tem alguns efeitos terapêuticos e não é psicoativa, ou seja, não dá “barato”.

Alguns dos produtos, porém, podem ter também uma menor concentração de THC (tetrahidrocanabinol), esse, sim, que gera efeitos psicoativos e tem ganhado atenção em pesquisas de saúde.Ao todo, 6.789 pacientes já obtiveram o aval para importar produtos com canabidiol, condicionado a documentos e laudos médicos.

As doenças mais frequentemente tratadas são epilepsia, autismo, dor crônica, doença de Parkinson e alguns tipos de câncer. O problema, porém, é que os custos são altos. Um tratamento por três meses chega a R$ 2.000, o que tem feito crescerem as ações judiciais para que planos de saúde e no SUS forneçam os produtos.

Daí, segundo Dib, a necessidade de regular o tema. “É um processo que vai ser baseado na segurança do paciente, de quem já faz uso e de quem possa vir a fazer, dependendo de prescrição médica.”

Ainda assim, os remédios “não serão para tudo nem para todos”, afirma. Segundo ele, a ideia é que o processo resulte na liberação de medicamentos e extratos de derivados da Cannabis apenas para doenças em que esse tipo de tratamento tiver evidências clínicas de eficácia em determinadas concentrações.”Até porque não acredito que Bombril e suas mil e uma utilidades exista na medicina”, compara.

Atualmente, o Brasil tem apenas um medicamento registrado à base de Cannabis: o Mevatyl, produto composto por canabidiol e THC e indicado para tratamentos de espasmos para pacientes com quadro de esclerose múltipla. Mas, além do uso restrito, o custo também é alto: em torno de R$ 2.600 a embalagem.

Para Dib, com o aval ao cultivo, o Brasil poderá aumentar o número de medicamentos e, por consequência, baixar os preços.Para que isso ocorra, o plantio e produção serão restritos a empresas, que devem obter um tipo de licença especial. “Como todas que mexem com produtos de saúde, será preciso apresentar um projeto que será aprovado antes de se instalar e abrir as portas.”

A ideia é que haja cotas de produção, em modelo semelhante ao praticado hoje em outros países, como o Canadá, onde o cultivo é autorizado e monitorado pelo governo.Ele nega que haja possibilidade de abertura para uso recreativo e diz que a proposta vetará também qualquer abertura para produção por pessoas físicas, ainda que haja a justificativa de uso medicinal.

Nos últimos anos, cresceu o número de famílias com aval na Justiça para cultivo da Cannabis. Dib, porém, vê problemas nesse processo.”Ninguém tem condição na sua casa de dosar o que tem de canabidiol, de THC, e nem de dosar a quantidade que seu filho pode usar. Isso não é chá de boldo, em que tomar um pouco a mais ou um pouco a menos que não vai mudar muito. Precisa de conhecimento e dosagens científicas.”

MEC estuda rever suspensão para criação de novos cursos de medicina no país

O MEC (Ministério da Educação) tem desenvolvido estudos para analisar uma possível revisão da portaria que suspendeu a abertura de novos cursos de medicina no país. Publicada em abril de 2018, ainda no governo Michel Temer (MDB), a medida congelou a oferta de novas graduações na área por cinco anos.

A análise técnica ocorre por conta da Secretaria de Regulação do Ensino Superior do MEC, a pedido do ministro da Educação, Abraham Weintraub. A subpasta já recebeu em maio informações do Ministério da Saúde sobre demandas por médicos no país. De acordo com Marco Aurelio de Oliveira, secretário substituto da Seres (Secretaria de Regulação do Ensino Superior) do MEC, os estudos estão sendo produzidos para municiar a decisão final, que será, segundo ele, do ministro Weintraub.

O plano é que essa análise termine no segundo semestre.”Estamos buscando elementos em localidades onde possa ter aumento das vagas de medicina, um trabalho em conjunto com o Ministério da Saúde”, disse ele, após palestra no 12º Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular, que ocorre em Belo Horizonte até sábado (8).

Segundo ele, o MEC também analisa se manterá o atual formato para a criação de cursos de medicina. Vigente desde antes da suspensão de oferta, o governo realiza um edital de chamada pública para credenciar as instituições que vão montar o curso.

Marco Aurelio ressaltou que a “decisão política” para uma possível revisão da moratória será do ministro, que avaliará as informações técnicas. “Como é uma demanda muito grande, um pedido muito grande principalmente dos parlamentes, mas também dos mantenedores [de instituições privadas de ensino], é uma demanda geral da sociedade. É lógico que temos de ter o estudo em dia”, disse ele, que é diretor de Regulação da Educação Superior da Seres e compareceu ao

Congresso em substituição do titular da subpasta, Ataíde Alves.
Na abertura do evento, na última quinta-feira (6), Weintraub defendeu o fortalecimento do ensino superior privado e disse que o governo pretende relaxar as regras de regulação de cursos e instituições. A fala ocorre após ataques a universidades federais e bloqueios de recursos.

O argumento do governo Temer para essa moratória de cinco anos, que vale para instituições particulares e públicas, foi a necessidade de fazer uma avaliação e adequação da formação médica no Brasil por causa do avanço no número de novos cursos nos últimos anos.

A decisão agradou entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina. Por outro lado, entidades que representam as instituições de ensino superior privado são críticos da proibição.

Para organizações como o Semesp (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior), o ato representa reserva de mercado e contraria as próprias ferramentas de avaliação de cursos aplicadas pelo MEC.

Há cerca de 31 mil vagas de curso de medicina atualmente. Por praticar altas mensalidades e contar com grande demanda de alunos, cursos de medicina tem elevado valor de mercado no âmbito do ensino superior privado.

A relação no país é de 2,1 médicos para cada mil habitantes, próximo de países desenvolvidos. Mas esse volume é muito concentrado nas capitais e há falta de médicos em diversas regiões.

O 12º Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular é organizado pelo Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior. Neste ano, o evento registrou a participação de mais de 500 pessoas, entre proprietários de instituições e de grupos educacionais, investidores do setor, pesquisadores e professores.

Folhapress

Cantor Agnaldo Timóteo é transferido de Salvador para o HC em SP

O cantor Agnaldo Timóteo, de 82 anos, foi transferido do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, para o Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo, na manhã deste sábado, 8, um dia após os médicos alertarem para piora do quadro clínico do músico.

Segundo informações do HGRS, a família do artista conseguiu reservar um leito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HC. Em razão dos riscos de transporte, ele foi entubado e respirou com auxílio de aparelhos. O voo partiu da capital baiana por volta das 7h30 da manhã.

Ao dar entrada no centro médico, o cantor estava com pressão alta, vômito e glicemia baixa. Ele foi transferido para o Hospital do Oeste da Bahia na noite do mesmo dia. Além disso, o filho Márcio Timóteo disse ao E+ no dia 21 de maio, que o músico foi diagnosticado com Acidente Vascular Cerebral (AVC). No mesmo dia, ele foi transferido para a UTI do HGRS em uma aeronave cedida pelo governo do Estado, onde permaneceu até a manhã deste sábado.

“Devido aos riscos do transporte, ele foi entubado e colocado em respiração por aparelhos. Toda equipe do HGRS, em Salvador, está em vibrações positivas pela recuperação do mesmo. Em São Paulo, ele terá o acolhimento de seus familiares com mais facilidade pela menor distância com o Rio de Janeiro”, destacou em nota o hospital de Salvador.

O problema de saúde fez com que Agnaldo Timóteo precisasse cancelar um show agendado na cidade baiana Santa Rita de Cássia.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o músico apareceu deitado na cama do hospital e mandou um recado aos fãs.

Piora no quadro clínico

Em 27 de maio, a saúde de Agnaldo Timóteo se agravou. Foi diagnosticado com infecção urinária e outras complicações, precisando respirar com a ajuda de aparelhos e também entrou em coma induzido. Dias depois, os sedativos começaram a ser retirados e voltou a respirar sem o auxílio de aparelhos.

No domingo, 2, o quadro clínico do cantor estava estável, mas ele não tinha se adaptado à dieta via oral.

Na segunda-feira, 3, ele apresentou um quadro de confusão mental segundo informou o boletim médico divulgado na ocasião. “[Timóteo] Apresenta um quadro de desorientação flutuante compatível com delirium (confusão mental comum em idosos hospitalizados)”, esclareceu a nota.

Na quinta-feira, 6, o Hospital Geral Roberto Santos informou que o músico tinha autorização médica para ser transferido de Salvador para São Paulo.

No entanto, o cantor apresentou retrocesso do padrão neurológico na sexta-feira, 7, informou a assessoria de imprensa do HGRS, onde estava internado. O boletim médico divulgado pelo hospital informava que quadro do cantor era crítico. Neste sábado, foi transferido para São Paulo.

Estadão Conteúdo

Prefeitura de Sanharó inaugura moderna Unidade Básica de Saúde na zona rural

A Prefeitura de Sanharó inaugurou, neste sábado (08), a moderna Unidade Básica de Saúde (UBS) Júlio Bezerra de Melo, localizada no Sítio das Moças. O novo espeço conta com recepção, farmácia, sala de vacina, consultório médico, sala de acolhimento sala de curativos, sala de coleta de exames, consultório odontológico, e banheiros para servidores e pacientes. A solenidade contou com as presenças do prefeito Heraldo Oliveira, da primeira-dama e secretária de Desenvolvimento Social, Flávia Didier, secretários, lideranças e muitas pessoas da comunidade.

Todas as salas já estão equipadas e uma nova médica foi contratada pela Prefeitura para atender a comunidade. O prefeito Heraldo Oliveira destacou que a estrutura, que conta com acessibilidade e ambiente climatizado, e a qualidade dos equipamentos são semelhantes aos de boas clínicas particulares.

“Saúde e educação são nossas prioridades, são os pilares de onde podemos construir uma sociedade mais justa e uma cidade melhor. Uma Unidade Básica de Saúde como essa não existe na nossa região, muito menos na zona rural”, acrescentou. Heraldo Oliveira pontuou ainda que mais duas novas UBS’s serão inauguradas nos próximos meses, uma no distrito de Jenipapo, com estrutura de um pequeno hospital, e outra na comunidade Nossa Senhora de Fátima.

UFPE recebe ameaças de ataque armado e toma providências

Começou a circular nesse sábado (8), em grupos de Whatsapp de estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), prints de conversas na deep web (parte da internet não acessível pelos mecanismos de busca e oculta do grande público) de um suposto ataque armado prestes a acontecer. De acordo com os prints, o endereço virtual onde estaria sendo organizado o ataque se chama Dogolachan, mesmo espaço em que teria sido planejado o ataque a uma escola de Suzano (SP). As conversas afirmam, inclusive, que uma das pessoas que estão planejando o ataque já teria levado uma AR-15 para a UFPE no último dia 05 de junho e espera apenas “uma falha na segurança”. Muitos alunos estão com medo de frequentar o Campus Recife da UFPE.

Nas conversas no Dogolachan, a pessoa que estaria planejando o ataque diz que “um dos poucos lugares me causa tanto nojo como a UFPE”. Ele também diz que a universidade está “repleta de marxistas, psolistas e petistas” e que “eles vivem utilizando o espaço da faculdade para implantar suas fantasias e criticar Bolsonaro e a reforma da previdência”.

A reitoria da UFPE já está ciente da situação. Em nota, a instituição informa que providências já estão sendo tomadas em relação às ameaças. “A fim de tranquilizar a comunidade acadêmica da UFPE, a Reitoria informa que já estão sendo tomadas providências em relação às informações difundidas nas redes sociais sobre um possível ataque armado que estaria sendo tramado para ocorrer no Campus Recife”.

Ainda de acordo com a nota da UFPE, a Administração Central tomou conhecimento sobre as ameaças nesse sábado (8), por volta das 23h, e imediatamente acionou a Superintendência de Segurança Institucional (SSI) da Universidade, que já está trabalhando com as autoridades policiais – Polícia Federal, Polícia Militar e Secretaria de Defesa Social – na investigação do caso. Todo o material coletado pela UFPE na internet já foi encaminhado pela SSI às autoridades.

A articulação do ataque surgiu em um grupo da deep web e prints da discussão passaram a circular nas redes sociais. O texto que está viralizando diz, inclusive, que uma tentativa do suposto atirador havia sido frustrada pela presença da Polícia Militar, que faz rondas no campus. “A SSI reforça, neste momento, a importância do trabalho integrado realizado na instituição com os órgãos de segurança pública, que funciona de forma preventiva. De acordo com a superintendência, a Polícia Federal e a Secretária de Defesa Social já estão monitorando o caso, o que também está sendo feito pela própria segurança da UFPE”, afirmou a nota.

Diario de Pernambuco

Forrozeiros seguiram para o segundo final de semana do São João de Caruaru

Dezenas de caravanas de diversos locais desembarcaram neste sábado (8), no Alto do Moura, em Caruaru, para curtir a tradição do forró nas ruas e no arraial do Polo Mestre Vitalino. O bairro, que já é o tradicional destino dos forrozeiros nos finais de semana, também é procurado pelos admiradores da cultura e o artesanato nordestino, por ser considerado o maior Centro de Artes Figurativas das Américas.

Alegria e energia não faltaram para o grupo de dona Quitéria Gomes que veio de Xexéu – PE em um ônibus de viagem, numa caravana com 30 pessoas, para curtir o festejo. “Viemos numa caravana de Santa Tereza, de Xexéu, para curtir o melhor São João da região. Todos os anos estamos aqui e é sempre assim: brincando e nos divertindo sem parar, mesmo sem banda no palco, com os trios de forró de pé de serra”, destacou Quitéria.

O local também foi destino de pequenos grupos e de famílias, como a de Adilene Silva, do Recife, que, mesmo tendo vindo pelo terceiro ano consecutivo com o marido e a filha, não deixou de visitar a Casa Museu Mestre Vitalino. “O São João do Alto do Moura significa para mim tradição. É a cultura sertaneja, agrestina, representada pelo Mestre Vitalino. É o São João da nossa tradição, da nossa cultura pernambucana”, destacou Aldilene.

O grupo de Dona Quitéria, que estava na Casa Museu Mestre Vitalino, não ficou parado. Seguiu, em um verdadeiro cortejo, pela Avenida Mestre Vitalino, junto com um trio de forró pé de serra que animava os visitantes. Aos poucos muitos outros “forrozeiros” se juntaram ao “cordão” e a festa não parou. Gente como o casal Michelle Lima e Altamir Cordeiro, da cidade de São Paulo, acompanharam tudo de perto, e, em clima junino, entraram na brincadeira. “São João aqui em Caruaru é o melhor que tem no mundo. Eu vim de São Paulo com um namorado que arrumei aqui agora”, brincou Michelle. “O São João de Caruaru não tem igual”, afirmou Altamir.

O improviso também foi bem vindo, e, de “forrozar”, Rafael Gama, do Recife, entende bem. Veterano dos festejos do polo, ele veio preparado com triângulo na mão e o argumento na ponta da língua que convenceu a esposa de aproveitar, por mais um ano, a tradição de se divertir no Alto do Moura. “Sou de Recife e venho todo ano para cá. Faço um acordo com minha mulher que gosta de carnaval e eu gosto de São João, e nessa época eu venho para o Alto do Moura com minha turma do Recife, porque aqui é que tem tradição”, explicou Rafael.

Apesar dos visitantes fazerem a alegria do Alto do Moura, a festa foi garantida no palco do polo, por onde passaram neste sábado (8) o Trio Pedrinho do Acordeon, o cantor Joquinha Gonzaga e Rogério Lima da Banda Pingo D’água.

Pátio de Eventos atrai grande número de forrozeiros neste sábado (8) em Caruaru

Mesmo com um clima frio e chuvoso, que surpreendeu a todos no início da noite deste sábado (8), os forrozeiros curtiram no Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga, polo mais tradicional e prestigiado do São João de Caruaru, o cantor Batista Lima, que subiu ao palco ao som do ritmo romântico, com músicas cantadas na época da banda Limão com Mel, a qual comandou por diversos anos. As canções estavam na boca do povo, com sucessos como “Tome Amor”, “Toma Conta de Mim”, além de músicas cantadas pelo artista Edson Lima, como “Leilão”, “Imortal” e outros hits de sucesso. Batista, em coletiva, anunciou, ainda, a gravação de mais um DVD da sua carreira, denominado de “Amor Não Para”.

Dando sequência à grade de atrações, o trio Fulô de Mandacaru levantou a multidão ao som do típico forró nordestino. Com irreverência e autenticidade em suas canções, levou o público ao delírio, trazendo ao palco o forró raiz, com canções de sua autoria, como “Só o Mie”, além de sucessos nacionais, com músicas da Banda Eva, Alceu Valença, Tim Maia, entres outros.

Encerrando o segundo sábado de mais de um mês de festa na cidade, o cantor Jonas Esticado animou ainda mais o público da noite. Com canções do seu repertório tradicional, o jovem artista não deixou ninguém parado. Sucessos como “Com o Amor Não se Brinca” e a “Moça do Espelho”, o público foi ao delírio, cantando todos, em uma só voz, os grandes hits da carreira do artista.

Com um público estimado em 70 mil pessoas, a noite contou, ainda, com homenagens ao cantor Gabriel Diniz nas vozes de Batista Lima e Fulô de Mandacaru.

Público lota Sanharó no primeiro dia de São João

Muita animação marcou o primeiro dia do São João de Sanharó, na noite deste sábado, madrugada de domingo, quando milhares de pessoas lotaram a praça central da cidade. A festa este ano homenageia os aboiadores, cordelistas e poetas, personagens que estiveram presentes na solenidade de abertura.

A programação começou com apresentação de Edson Caruara e Jô do forró, que animaram o público cantando o autêntico forró. Quando a cantora Maria Clara subiu ao palco, o espaço já estava completamente lotado e o público cantou em coro os antigos e novos sucessos da estrela. Quem encerrou a primeira noite da festa foi o cantor Pedrinho Pegação, que deixou a multidão com gostinho de quero mais.

O que só vai acontecer no próximo sábado (15), quando Sanharó fará seu segundo final de semana de São João, com shows de Avine Vinny, Galera do Limão (ex-Limão com Mel), Thiaguinho e Franklin dos Teclados. Quem sobe ao palco no dia 22 são Eric Land, Edson e Aldair, e a banda Mel com Terra. A festa encerra no dia 29, com shows de Wallas Arrais, Priscila Senna (Musa), e Lulinha Vaqueiro.

“O nosso primeiro dia de festa foi um sucesso, com praça lotada e o público cantando em coro. Quero convidar a todos a participarem desta festa, que vai ficar cada dia melhor”, disse o prefeito Heraldo Oliveira.

O São João de Sanharó acontece em dois polos de animação. No primeiro, na praça central, são realizados os principais shows. A estrutura do espaço conta camarotes e barracas de comidas e bebidas. No segundo polo, mais cultural, ao lado da antiga Estação Ferroviária, acontecem apresentações e concursos de quadrilhas tradicionais e estilizadas e encontros de grupos culturais, como bacamarteiros e de coco. Neste polo, a programação é realizada também durante o dia.

A estrutura conta ainda com uma Unidade Móvel de Artesanato, onde o público pode conferir o melhor do artesanato pernambucano, como peças decorativas, roupas infantis, brinquedos populares, e bijuterias.

Localizado a 196 km de Recife, Sanharó conta com cerca de 25 mil habitantes e se destaca economicamente pela produção de queijo e leite. O turismo também é importante no município, famoso pela realização de vaquejadas. O nome Sanharó veio de uma espécie de abelha negra existente neste local, denominada sanharó, que em vocábulo indígena significa zangado ou excitado.

VANGUARDA veiculará Especial 100 Anos do Central

Formação da Patativa diante do Jocaru

No próximo sábado (15), data que marcará o aniversário de 100 anos do Central, o Jornal VANGUARDA veiculará um caderno especial recontando jogos memoráveis da história centralina.

Nele, os torcedores alvinegros poderão conferir a partida em que a Patativa se sagrou pela primeira vez campeã da LDC, a que marcou a transferência do craque Tcháu para o Botafogo-RJ, as vitórias espetaculares sobre o Flamengo e o Santa Cruz, respectivamente, pelo Brasileirão da Série A e B, além de tantas outras inesquecíveis na trajetória de muitas emoções do maior time do Interior de Pernambuco.

ARTIGO — Haja risco

Maurício Assuero

Na pauta de julgamento do STF encontra-se a necessidade de autorização do Congresso para venda de estatais, sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski. Para ele, como a criação de uma estatal precisa de autorização do congresso, a venda também deveria ter autorização. No mínimo ridículo o pensamento do ministro, mas se houver um posicionamento favorável a isso, significa uma nova pá de cal na cara desse cadáver ambulante chamado Brasil. A economia será sufocada, mais ainda.

O principal argumento da proposta econômica desse país é a privatização para que com isso a gente consiga reduzir a dívida pública e faça o Brasil crescer. Remeter um processo desses a aprovação do congresso significa submeter travar as negociações e atender demandas de sindicatos, particularmente, contrários ao processo de privatização. São ações dessa natureza que provocam desconfiança dos investidores e afetam o comportamento do mercado.

Fala-se muito da reforma previdenciária, mas esta, por si só, não significa plenitude econômica. Há uma série de ações intermediárias e complementares que se coadunam os pilares da economia e que foram externadas de forma clara pelo Ministro Paulo Guedes. Estamos falando de reforma tributária e reforma administrativa. Não faz pouco tempo (semana passada) tivemos a Medida Provisória que reduzia o número de ministérios ameaçada de não aprovação. Não pode ser assim.

É preciso um olhar mais nítido sobre uma massa de desempregado da ordem de 13 milhões de pessoas. No meio dessa massa de desempregados, há pessoas que precisam de requalificação profissional ou porque estão há muito tempo fora do mercado ou porque mudanças tecnológicas afetaram seu campo de atuação. Dessa forma, usa-se o argumento de as privatizações contribuirão para aumentar o desemprego. Essa discussão é ampla e não é aqui que ela será apaziguada. Todos sabem que grande parte das estatais foram criadas, exatamente, para aumentar emprego e renda de alguns, mas não a produtividade do setor público.

Logicamente, não faço aqui apologia ao desemprego nem considero funcionário público vagabundo. Há pessoas comprometidas com o bem estar social e que, por isso, se destacam naquilo que fazem. Não se pode deixar de retratar que outras economias funcionam melhor que o Brasil com uma quantidade de funcionários públicos, proporcionalmente, menor. No bojo de tudo, o concurso público tornou-se mais difícil e perdeu o atrativo que tinha no passado. O FGTS, por exemplo, era trocado pela estabilidade e pela aposentadoria integral. Essa última deixou de existir desde o governo Lula. A situação do Brasil parece paradoxal: o problema aparenta ser simples, mas a solução…nem tanto.