Feirão da Serasa pode ajudar 33 milhões de consumidores

Até 1º de dezembro, consumidores de todo o Brasil poderão negociar suas dívidas e contas atrasadas pelo site do Serasa Consumidor (braço da Serasa Experian voltado ao cidadão) com descontos que podem chegar a 95%. Os consumidores com dívidas atrasadas que ainda não foram enviadas para o banco de dados dos órgãos de proteção ao crédito, e/ou negativada, dívidas atrasadas e que já foram incluídas no banco de dados dor órgãos de proteção ao crédito, já contam com a oportunidade de renegociar seus débitos pelo computador, tablet ou celular com condições especiais. É a 22ª edição do Feirão Limpa Nome do SerasaConsumidor, que começa nesta semana. Na versão online anterior, realizada em novembro de 2017, mais de 1 milhão de pessoas renegociaram suas dívidas.

A plataforma permite a renegociação pela internet diretamente com os credores e de qualquer lugar, com comodidade, segurança e de forma gratuita. Nomes como: Ipanema, Tribanco, Porto, Itaú, Claro, NET, Recovery e Vivo. Todos oferecendo oportunidades exclusivas, com prazos de pagamentos diferenciados, além de descontos para a quitação das contas em atraso.

Segundo estudo desenvolvido pela Serasa Experian, em setembro de 2018, o número de consumidores inadimplentes no país chegou a 61,4 milhões, 1,51% a mais do que em setembro de 2017, quando eram 60,5 milhões. O montante alcançado pelas dívidas no nono mês deste ano foi de R$ 274,1 bilhões, com média de quatro dívidas por CPF, totalizando R$ 4.462,00.

Setor produtivo investe R$ 15 milhões em projetos voltados para a Internet das Coisas

Por Camila Costa

Para tornar a indústria 4.0 acessível a todos no País, um dos caminhos é o do investimento. Pensado para fomentar projetos e novas ideias ligadas ao mundo digital, o Edital de Inovação da Indústria abre uma chamada específica para financiar propostas que se proponham a aplicar a internet das coisas no processo produtivo. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) se juntaram para destinar R$ 15 milhões às empresas que apresentarem projetos inovadores que estejam em sintonia com o edital.

Internet das Coisas é o conceito do poder da tecnologia em conectar as pessoas com tudo por meio da internet. Seja com outras pessoas ou com objetos. Fusão do “mundo real” com o “mundo digital”, fazendo com que o indivíduo possa estar em constante comunicação e interação. Este Edital de Inovação priorizará os segmentos das indústrias automotiva, têxtil, mineradora e de óleo e gás. As empresas ou consórcios interessados em participar da chamada devem apresentar um plano de inovação com a proposta detalhada de montagem e operação das experiências. Cada projeto terá financiamento mínimo de R$ 1 milhão, dos quais serão destinados recursos não-reembolsáveis que poderão chegar a 50% dos itens financiáveis.

Os valores vão ser investidos na construção de ambientes de testes de soluções tecnológicas (testbeds), plataformas estruturadas em ambientes controlados que reproduzem um cenário real. Os recursos serão aplicados, por exemplo, em obras de infraestrutura de laboratórios, na compra de equipamentos nacionais, importados e de softwares, na remuneração da equipe, entre outras despesas necessárias para a realização dos projetos.

A contrapartida das empresas poderá ser por meio de outros instrumentos de crédito do BNDES ou de parceria com os Institutos SENAI de Inovação. A ideia do edital partiu de um estudo financiado pelo banco para a implantação dessa tecnologia no Brasil. O levantamento verificou o potencial aumento na produtividade, o que pode alavancar a lucratividade das indústrias. O impacto econômico estimado no país é de US$ 50 a 200 bilhões por ano, valor que representa cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo o gerente de Operações do SENAI, Gustavo Leal, o Edital de Inovação ajuda empresas há mais de 10 anos e, com este novo aporte, quer otimizar a produtividade no Brasil, por meio da incorporação de novas tecnologias, como a Internet das Coisas. “É muito importante para a indústria brasileira a incorporação. Uma enorme oportunidade de aumento de produtividade e muitas das empresas ainda desconhecem isso. Então, o objetivo desta chamada específica é exatamente difundir o uso dessas tecnologias no processo produtivo das empresas”, explica.

Diversas consultorias têm estimado os impactos que o avanço da digitalização da economia poderá ter sobre a competitividade. A Accenture, por exemplo, estima que a implementação das tecnologias ligadas à Internet das Coisas, nos diversos setores da economia, deverá impactar o PIB brasileiro em aproximadamente US$ 39 bilhões, até 2030. O ganho pode alcançar US$ 210 bilhões, caso o País crie condições para acelerar a absorção das tecnologias relacionadas, o que dependerá de melhorias no ambiente de negócios, na infraestrutura, nos programas de difusão tecnológica, no aperfeiçoamento regulatório e na qualificação profissional. Leia mais sobre novas tecnologias aqui.

Segundo o professor da Universidade de Brasília Antônio Isidro Filho, especialista em Núcleo inovação e estratégia, a Internet das Coisas permitirá maior conectividades das pessoas, com melhor uso de recursos e maior assertividade nas tomadas de decisões. “Se você tem vários sistemas que são interconectados dentro de um empresa você poderá ter condições de ter números indicadores de vão te ajudar na melhor alocação de recursos, melhor hora de contratar, melhor hora de fazer aquisição com fornecedor, melhor hora de aumentar a produtividade, melhor hora de diminuir um pouco a produção caso o mercado não esteja absorvendo, isso é um exemplo de como as tecnologias estão impactando as relações de mercado e as relações no mercado”, afirma o pesquisador.

Estudo sobre mercado de sucata destaca importância do setor para economia

O Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa) e o Sindicato das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Sindinesfa) lançam, no próximo dia 23 de novembro, um novo estudo sobre o setor, com informações inéditas e detalhadas. O levantamento trará ainda dados do segmento de sucatas não ferrosas.

O estudo será divulgado durante a Waste Expo Brasil, entre 21 e 23 de novembro, um dos eventos mais importante voltado à gestão de resíduos sólidos.

O levantamento foi preparado pela consultoria GO Associados, do economista Gesner Oliveira. Trará detalhes do mercado de reciclagem no Brasil, impacto positivo ao meio ambiente e o papel das empresas na geração de emprego direto e indireto.

Delegação japonesa participa dos Jogos Escolares da Juventude 2018

A convite do Comitê Olímpico do Brasil (COB), uma delegação japonesa composta por 25 integrantes, entre atletas, treinadores e oficiais, está em Natal (RN) para participar dos Jogos Escolares da Juventude, entre os dias 12 e 25 de novembro. Todos os membros da equipe japonesa, incluindo os oito jovens nadadores, vêm de cidades que servirão como base de aclimatação do Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020: Chuo, Hamamatsu, Sagamihara, Saitama e Ota.

“Esta é a primeira viagem internacional deles e isso já tem um impacto positivo. Eles estão gostando de Natal, ficaram impressionados com as belas paisagens naturais”, conta Nobuyuki Hiramatsu, 47 anos, que é Consultor de Negócios e Cultura Japonesa, e dá suporte ao COB na operação das bases japonesas para aclimatação do Time Brasil antes e durante os Jogos Olímpicos Tóquio 2020.

Mais conhecido como Nobu, o consultor é o intérprete da delegação japonesa nos Jogos Escolares, mas sua atuação é fundamental no suporte ao Time Brasil para Tóquio 2020. Em agosto deste ano, por exemplo, ele auxiliou as seleções brasileiras de natação e maratona aquática durante a disputa do Pan-Pacífico, na capital japonesa. Além delas, todas as equipes do Brasil que passaram pelo Japão para treinar, competir e conhecer as bases brasileiras tiveram o apoio de Nobu. E agora, em Natal, ele orienta os oficiais e atletas da comitiva nipônica a conhecerem os hábitos brasileiros:

“Esse é outro objetivo da viagem. Eles estão inspecionando as instalações, buscando entender como as coisas funcionam por aqui. Há uma atenção especial com a comida brasileira, por exemplo. Outra diferença importante entre os países é a consciência esportiva, porque os treinamentos no Japão estão mais voltados à educação, enquanto aqui há também o lazer e a diversão”, disse Nobu.

Esta não é a primeira participação dos japoneses nos Jogos Escolares. Na edição de Brasília 2017 (15-17 anos), seis atletas disputaram provas de natação e atletismo. Três deles, inclusive, subiram ao pódio no evento: Ayumi Kozaka, ouro nos 100m borboleta feminino; Azuki Nakatsugawa, prata no salto em distância masculino; e Sena Suzuki, bronze nos 100m rasos feminino.

O intercâmbio do COB com outros Comitês Olímpicos Nacionais vem se tornando cada vez mais frequente nos Jogos Escolares. Além de receber observadores técnicos de diversos países, atletas estrangeiros também têm marcado presença na competição. Em Cuiabá 2012, a Grã-Bretanha enviou uma delegação que contava com o nadador James Guy, medalhista de prata nos Jogos Olímpicos Rio 2016 (4x100m medley e 4x200m livre). Em 2016, foi a vez de chilenos e argentinos conquistarem medalhas na natação e no atletismo, respectivamente.

Nesta terça-feira, dia 13, os atletas japoneses já disputam as provas de natação dos Jogos Escolares. Na segunda, 12, eles foram ovacionados ao serem apresentados durante a Cerimônia de Abertura dos Jogos. Antes disso, puderam conhecer alguns pontos turísticos da capital do Rio Grande do Norte.

“Fizemos um tour pela cidade e visitamos feiras de artesanato e o Cajueiro de Pirangi (o maior cajueiro do mundo). Comemos bastante castanha de caju. Eu achei muito gostoso. A cidade de Natal é muito bonita, tem uma paisagem linda. O clima é bem diferente se compararmos com o Japão, e parece muito fácil de se viver aqui, disse o nadador Yuzuki Tokuhara, de 15 anos.

Competição – Organizados pelo COB desde 2005, os Jogos Escolares da Juventude são a principal competição estudantil do país. A edição nacional de Natal terá a participação de mais de 5 mil atletas de 2.136 escolas públicas e privadas de todo o Brasil, mais uma delegação do Japão, sede dos próximos Jogos Olímpicos.

A etapa nacional terá 14 modalidades em disputa: basquete, futsal, handebol, vôlei, atletismo, badminton, ciclismo, ginástica rítmica, judô, natação, tênis de mesa, vôlei de praia (apenas na categoria 15 a 17 anos), xadrez e wrestling.

Os Jogos Escolares da Juventude já revelaram vários atletas para o alto rendimento, como a campeã olímpica Sarah Menezes e a campeã mundial Mayra Aguiar, ambas do judô. Além delas, nomes como Hugo Calderano, Raulzinho, Ana Claudia Lemos e Leonardo de Deus, que integraram o Time Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016, deram seus primeiros passos no esporte nos Jogos Escolares. Já nos Jogos Pan-americanos Toronto 2015, 75 atletas da delegação brasileira tiveram passagem pelos Jogos Escolares.

Os Jogos Escolares da Juventude são organizados e realizados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), correalizados pelo Ministério do Esporte e Grupo Globo, com patrocínio da Coca-Cola e parceria do Governo do Estado do Rio Grande do Norte.

Artigo: Bill, obrigado. O mundo é um lugar melhor

Omarson Costa (*)

Eternizado na capa da revista Time, o agradecimento de Steve Jobs a Bill Gates por ter salvo a Apple da falência em agosto de 1997 com um investimento de US$ 150 milhões é apenas uma das cenas que marcou a “rivalidade amistosa” dos dois maiores gênios da computação, mais precisamente, dos criadores dos fundamentos que nos trouxeram até aqui, na revolução 4.0.

Dez anos depois, em 2007, os dois se encontraram em uma entrevista histórica em que recordaram os dias difíceis em que começaram a construir os primeiros protótipos, cada um do seu lado, das indústrias de hardware e software.

A história é conhecida: Jobs sempre apostou no design impecável – dos Apple I e II, em 1976 e 1977, ao iPhone em 2007 – com sistemas operacionais que só funcionam nos equipamentos da marca; enquanto Gates colocou todas as fichas em softwares que poderiam ser executados em qualquer equipamento, incluindo os da Apple.

A teimosia de Jobs sempre foi considerada pelos analistas como um grande risco que poderia levar a maçã a apodrecer. Mas a obsessão da Apple em lançar produtos únicos, revolucionários, sempre com sua visão de “pensar diferente”, se mostrou, ao menos até aqui, uma decisão acertada. Foi sua persistência na inovação que a levou ao topo – a primeira empresa (7 anos após a morte de Jobs) a alcançar em agosto passado o valor de US$ 1 trilhão!

“Eu cresci na classe média, na baixa classe média, e nunca me importei muito com dinheiro. Eu olho para nós como os dois maiores sortudos do planeta porque encontramos o que amamos fazer e estivemos no lugar certo na hora certa. É difícil ser mais feliz”, disse Jobs sobre seu sentimento em relação ao que ele e Gates tinham realizado e que veio a digitalizar o destino da humanidade.

Talvez o desprendimento pelo dinheiro tenha trazido a coragem necessária para arriscar tanto e, ao final do dia, mesmo não tendo recebido a graça de estar vivo pra ver, edificar a primeira empresa trilionária do planeta (a segunda foi a Amazon, que será tema do meu próximo artigo).

Depois de chegar ao ápice, as perguntas que ficam são: o que o futuro reserva para maçã? Como ela continuará se mantendo saborosa? O que fazer para não perder seu appeal?

Minha dúvida é se a empresa mudaria sua crença fundamental e começaria a desenvolver softwares para qualquer tipo de hardware (assista o minuto 16 do encontro histórico com Bill Gates).

Será que a Apple abriria sua da plataforma de voz (Siri) para desenvolver aplicativos para uma infinidade de dispositivos na nascente era da Internet das Coisas – de telefones a geladeiras, de carros à casas inteligentes, de smartspeakers a qualquer coisa que possa ser comandada por sua voz? Será que pela primeira vez em sua história, ela irá dissociar um sistema proprietário de seus hardwares e permitirá que outros fabricantes embarquem sua tecnologia de voz em produtos de outras marcas?

Me parece óbvio que o futuro dominado pela IoT criará (já está criando), uma disputa acirrada pela sua voz. E me parece evidente também que se mantiver a Siri exclusiva para seus hardwares, há uma grande chance da Apple ficar muda, assistindo concorrentes como Amazon, Google, Samsung e a própria Microsoft do amigo-rival Gates abocanharem novos mercados na indústria de eletrônicos, eletrodomésticos, automóveis e outras tantas que irão fabricar coisas conectadas.

A recuperação da Apple de uma quase-falência para se tornar a primeira corporação de US$ 1 trilhão parece desafiar todas as regras do capitalismo e ser um golpe de sorte. O fato é que Jobs conseguiu construir uma legião de amantes de seus produtos, especialmente o iPhone, que se tornou objeto de desejo dos Apple-maníacos e o responsável por 56,15% da receita (venda de 413 milhões de aparelhos) de US$ 53,3 bilhões e um lucro líquido de US$ 11,52 bilhões apenas no segundo trimestre deste ano.

No início de setembro, a marca lançou seus novos produtos, entre eles a nova linha de iPhones e o watchOS 5, que integra um aplicativo para realizar eletrocardiograma. Não dá para dizer que os novos equipamentos são surpreendentemente inovadores; é um pouco mais do mesmo, mas a empresa continua acreditando, e tem razões para isso, que o amor por sua marca continuará seduzindo seus leais consumidores a continuar trocando seus smartphones pelas novas versões.

Mas será que o sucesso do iPhone continuará sendo suficiente para manter a Apple no topo entre as empresas mais valiosas do Globo?

Desde que Steve Jobs e Steve Wozniak lançaram o Apple I a empresa vem assinando a evolução dos computadores e colaborando para cada uma de suas mais significativas mudanças em maior ou menor proporção. Wozniak teve papel importante no desenvolvimento dos teclados. O Macintosh foi o primeiro computador a utilizar ícones e mouse em 1984.

A partir dos anos 90, o ‘touchscreen’ começa a fazer parte de nosso dia a dia e sua popularização veio com o iPhone, que abriu as portas de uma nova geração de smartphones com telas interativas. A Apple já tinha incursionado nesta seara, em 1993, ao lançar o MessagePad, que foi um fracasso de vendas, ao contrário do seu descendente atual, o iPad.
Nesta sequência da linha do tempo das interfaces, vivenciamos atualmente a ascensão dos comandos por voz. Por isso, não me surpreenderia, e não imagino outra saída, se os executivos da Apple estiverem pensando em um novo modelo de negócios que transponha a fronteira do hardware, oferecendo licenças da Siri para dispositivos de outras marcas.

Integrada ao iOS desde 2011, o software Siri foi desenvolvido pela Siri Inc, cujos donos eram Tom Gruber, Adam Cheyer e Dag Kittlaus. A companhia desenvolveu um promissor assistente de voz, que recebeu investimentos de mais de US$ 25 milhões antes de ser adquirido pela Apple, em 2010.

Em julho deste ano, Gruber, último dos criadores originais da Siri, deixou a Apple para se dedicar a projetos pessoais após oito anos encabeçando a equipe de Desenvolvimento Avançado da Siri. John Giannandrea, até então chefe de buscas e IA do Google, assumiu seu posto.

Fontes que acompanham de perto o desenvolvimento tecnológico do universo Apple garantem que a contratação tem a ver com melhorias que a assistente de voz precisa realizar para não ficar atrás de outras soluções, como o Google Assistant e a Alexa, da Amazon.

Segundo artigo da Apple Insider, uma possível melhoria para a Siri tem relação com a aquisição da startup Workflow. O aplicativo permitirá que usuários da assistente criem fluxos de trabalho semelhantes aos criados com a Alexa. Na prática, isso significaria melhores comandos de voz para casas conectadas. O site Macrumors também especula que a companhia deve integrar a assistente ao aplicativo de fotos do iOS, o que facilitaria a busca de imagens usando a voz.

Para além da dança de cadeiras, o departamento encabeçado por Gruber deixou de existir para integrar um ecossistema maior, que envolve esforços de machine learning e inteligência artificial. Embora tais mudanças sejam recentes, os boatos de uma possível reorganização na estrutura interna da Apple, visando unir a Siri a outros esforços de Inteligência Artificial da empresa, já davam indícios de que aconteceria, mesmo a Apple negando, sempre que era questionada.

É evidente que a companhia está em busca de seu próximo grande sucesso em espaços como o de saúde, realidade aumentada e carros autônomos. Hoje, as duas principais áreas nas que mais investe em capital humano são Engenharia de Hardware (34%) e Engenharia de Software (28%). A área de Vendas corresponde a 9% e a de Operações a 8%.

Neste percurso, não podemos deixar de observar o HomePod, a resposta da Apple ao mercado de voicebots e que será um campo de provas para a Siri e seus esforços de casa inteligente. Entre seus pares, a Apple é a última a comercializar um assistente de voz doméstico. Para se diferenciar, a marca enfatiza o áudio premium e de qualidade do HomePod como um dispositivo de reprodução de música.

Seja qual for a performance do HomePod no mercado, ele representa uma mudança mais ampla para o mercado doméstico inteligente. A Apple tem um histórico de ser um participante tardio, mas transformador, no mercado de tecnologia. Portanto, o sucesso com o HomePod e potenciais dispositivos auxiliares não deve ser descartado. Mas não podemos esquecer, volto a sublinhar, que o sucesso da empresa irá depender de mais de uma plataforma aberta ao novo paradigma proposto pela era da Internet das Coisas.

A companhia vem investindo nas mais diversas áreas, como entretenimento, carro autônomo e até a construção de casas inteligentes. Correu riscos e perdeu a liderança nas áreas de inteligência artificial e dispositivos de voz, mas está adiantada no campo da realidade aumentada e virtual. Agora, empenha-se em melhorar a Siri e fazer sua assistente “aprender”.

Quem acompanha a Apple sabe que a empresa é reconhecida por rejeitar repetidamente a sabedoria convencional, apostando em grandes macrotendências e acertando. Foi assim com o mercado de smartphones, quando muitos disseram que um produto assim não poderia ser produzido pela “empresa do iPod”. Jobs provou que todos estavam errados. Mais tarde, investiu em smartwatches e wearables, quando muitos analistas estavam convencidos que era perda de tempo. Hoje, vem apresentando um domínio antecipado na área.

O novo enfoque em IA ​​tem se refletido em suas fusões e aquisições e a companhia se classificou como a segunda mais ativa na compra de startups da área, com um total de 12 negócios nos últimos cinco anos. Os acordos mais recentes incluem as aquisições da Init.ai, da plataforma de imagem REGAIND, e da Lattice Data por US$ 200 milhões. A empresa também já desenvolveu a capacidade de projetar seus próprios chips GPU otimizados para IA, como provou no iPhone X.

Nesta direção da Apple rumo ao futuro, anotem aí, a Siri será (terá que ser, pois definirá o futuro da empresa) o próximo “iPhone”. Para isso, a empresa precisará quebrar seu principal paradigma e, ao invés de embarcar sua tecnologia de voz somente em hardwares próprios, deverá (ao menos deveria) considerar o modelo de plataforma open source.

Isto não quer dizer que a marca mais valiosa do mundo precisará abrir mão de seu DNA disruptivo e sepultar as palavras de Jobs: “Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se acomode”.

(*) Omarson Costa é formado em Análise de Sistemas e Marketing, tem MBA e especialização em Direito em Telecomunicações. Em sua carreira, registra passagens em empresas de telecom, meios de pagamento e Internet

Adutora do Agreste vai receber R$ 39,2 milhões

Um novo aporte foi liberado para as obras da Adutora do Agreste, empreendimento hídrico do interior de Pernambuco. O Ministério da Integração Nacional autorizou o repasse de R$ 39,2 milhões para o governo do Estado. Por sua vez, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) confirmou a liberação dos recursos. Ontem, a Integração também informou que as estruturas da Adutora começaram a abastecer a cidade de Pesqueira, no Agreste do Estado, no último domingo.

Cerca de 65 mil habitantes de Pesqueira passaram a ser beneficiados com as águas do Eixo Leste do Projeto de Integração do São Francisco. De acordo com o governo estadual, as primeiras regiões de Pesqueira que receberam água foram Centenário, Prado e o centro da cidade. A estrutura do Agreste, que está em fase de pré-operação já entregou a água para os municípios de Sertânia e Arcoverde, no Sertão do Estado.

O aporte federal de R$ 39,2 milhões teve ordem bancária liberada na última sexta-feira. Segundo o ministério, os recursos são repassados de acordo com o andamento da obra. O governo estadual, então, fica responsável por aplicar o investimento no empreendimento. No último mês de outubro, a pasta liberou R$ 28,9 milhões para a Adutora.

Quando concluída a primeira fase da Adutora, a água chegará para 1,3 milhão de pessoas de 23 municípios pernambucanos. Ao todo, beneficiará 2 milhões de pessoas que vivem em situação crítica com a seca. Em dezembro do ano passado, o ministério liberou mais de R$ 126 milhões para a continuidade dos serviços. No entanto, a Adutora estava prevista para ter a primeira fase concluída em 2015, o que mostra seu atraso.

Folhape

Dom Helder está próximo da beatificação

O processo de beatificação e canonização de dom Helder Câmara está mais próximo do Vaticano, em Roma, Itália. Segunda-feira, após realização da missa que celebrou a contagem regressiva para o Congresso Eucarístico Nacional de 2020, na Matriz do Espinheiro, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, comunicou que a fase diocesana será concluída no dia 16 de dezembro, após três anos da abertura do procedimento. “Essa fase é referente ao recolhimento de vários depoimentos de pessoas que conviveram com dom Helder; os estudos escritos por ele e tudo que foi publicado sobre sua vida”, explicou monsenhor José Alberico, secretário geral do Congresso Eucarístico.

A partir de agora, a documentação será enviada as comissões dos teólogos e dos bispos do Vaticano para formulação do parecer, inclusive, com as menções de milagres atribuídas ao sacerdote. “Já sabemos que há um milagre e que se conta que foi dom Helder, mas isso corre sob sigilo e só será divulgado após a beatificação”, afirmou Alberico. Trata-se de uma pessoa que foi curada pela interseção do bispo. Comprovado o milagre, o sacerdote poderá ser nomeado beato e passará para a fase da canonização. Nesta etapa, é preciso a comprovação de dois milagres para ser nomeado de santo.

Professor da graduação de Teologia, da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Degislando Nóbrega, falou sobre a importância desse processo e do que representa a santificação de dom Helder Câmara. “Será o reconhecimento da Igreja Católica a alguém que viveu e encarnou as grandes virtudes cristãs, da caridade e do amor. A santidade tem a ver com essa profunda intimidade com Deus, que transborda na vida. Então, quem conheceu dom Helder mais de perto percebeu essas características nele”, declarou. Um homem que não agia pelo ódio, mas pelo diálogo, atuante em defesa dos mais necessitados e da liberdade de expressão em uma época difícil da história do Brasil, o regime militar, é como muitos o descrevem.

A Unicap em parceria com o Instituto Dom Helder Câmara (IDEC), tem um projeto de extensão do curso de História, que envolve pesquisa e organização de alguns aspectos da obra dele.

“Ele não foi apenas o arcebispo de Olinda e Recife, ele era o bispo da Igreja como um todo, conforme se apresentou em seu discurso de posse. E este papel foi encarnado posteriormente muito bem, principalmente quando ele encarou a censura rígida no Brasil e estabeleceu os auditórios do mundo inteiro a sua tribuna”, destacou o professor do programa Ciências da Religião da Unicap, Newton Cabral.

Congresso

O 18º Congresso Eucarístico Nacional será realizado no Recife de 12 a 15 de novembro de 2020 – a última vez que a Capital sediou o evento foi em 1939, na terceira edição. Segundo monsenhor José Alberico, secretário geral do Congresso, esse será um momento de profunda fé para os cristãos, que consideram a presença de Jesus por meio da Eucaristia. “O tema desta edição será ‘Pão em todas mesas’ porque cremos que o pão do santíssimo deve nos ajudar para que o outro pão chegue nas mesas dos nossos irmãos e ninguém passe fome”, afirmou.

A abertura do Congresso será na Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata. No segundo dia, cerca de seis mil crianças e adolescentes farão a primeira comunhão também na Arena. O terceiro dia será marcado pela celebração simultânea de uma missa pelos bispos do Brasil a todas as igrejas. Já o quarto dia será marcado pelo encerramento do Congresso, no Marco Zero, bairro do Recife. Em paralelo, o Centro de Convenções (Cecon), em Olinda, receberá uma programação de palestras, simpósios e seminários.

Folhape

ARTIGO – Projetos veiculares demandam multimateriais

O setor automotivo brasileiro registra sinais de recuperação após longo período de recessão e já avança em direção às novas tendências da mobilidade urbana no mundo, que apresenta uma transformação sem precedentes, rumo à eficiência enérgica e à segurança veicular, inclusive com o uso de sistemas de propulsão alternativos no lugar dos convencionais motores de combustão interna.

Considerada irreversível, essa transformação traz impactos diretos aos projetos veiculares, que precisam ser inovadores, mas sem aumento de custo da fabricação – equação que pode ser resolvida com multimateriais. Em amplo portfólio, destacam-se aços avançados de alta resistência, ligas de alumínio, ligas de magnésio e compósitos. Pesquisas avançadas já anunciam novas ligas de aços com alta capacidade de conformação.

A indústria da mobilidade ainda trabalha muito com metais, que têm o grande desafio de fazer a conformação e a soldagem de materiais dissimilares, o que exige que os processos devam ser cuidadosamente analisados a fim de atender os mais elevados requisitos de projeto. É preciso encontrar um meio termo, no qual todos os materiais envolvidos atuem de forma cooperativa, em vez de competitiva, para a garantia da integridade.

Aplicações de multimateriais nos projetos veiculares representam uma alternativa para a superação das limitações de materiais convencionalmente utilizados, a exemplo de diversos tipos de aços, na medida em que demonstram a capacidade de viabilizar melhores índices de redução de peso e espessura de trabalho, que são requisitos para integridade estrutural, segurança e conforto dos ocupantes.

Em um primeiro momento, uma tecnologia bastante desenvolvida para superar essas limitações é a estampagem a quente de metais. Outro recurso muito utilizado é o emprego de alumínio em componentes não estruturais e partes móveis do veículo. Ao se trabalhar com esses materiais, o desafio é o elevado custo para sua aplicação, se comparado ao aço.

Outros desafios se relacionam à soldagem de metais dissimilares e à produção em larga escala. Trabalha-se, então, com a reciclabilidade do alumínio e o baixíssimo peso específico do magnésio. Uma das potenciais tecnologias para se trabalhar com multimateriais é a Tailor Welded Blank, que permite a solda de chapas de diferentes materiais por meio de processos não convencionais antes da conformação.

Essa alta complexidade de projetos, cada vez mais dotados de multimateriais, exige um ambiente de cooperação entre parceiros para que haja sinergia entre processos de produção. Quem tiver interesse em conhecer mais e discutir o assunto está convidado para o 9º Simpósio SAE BRASIL de Materiais, dia 22 de novembro, na Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), em Belo Horizonte, MG.

* Ana Carolina Souza é co-chairperson do 9º Simpósio SAE BRASIL de Materiais

Fábrica da Moda não funcionará no Feriado da Proclamação da República

O empreendimento Fábrica da Moda, situado no Parque 18 de Maio, em Caruaru, não funcionará na próxima quinta-feira (15) de novembro, Feriado da Proclamação da República. Na sexta-feira dia (16), o Centro de Compras retorna normalmente as atividades, abrindo as portas das 8h às 18h. Vale lembrar ainda, que o Fábrica da Moda estará funcionando nos dois últimos domingos de novembro (18 e 25) e todos os domingos de dezembro (02, 09, 16, 23 e 30), a alteração no calendário é devido as vendas de fim de ano. O horário de funcionamento será das 7h às 15h.

Ao todo são 135 lojas no segmento de vestuário feminino e masculino, moda praia, calçados, gráfica rápida, moda plus size, evangélica, senhora, jeans, cosméticos, perfumaria, eletrônicos, praça de alimentação, estacionamento, ponto de ônibus e táxi. As lojas são em sua maioria de fábrica, sendo assim o valor do preço de compra é diferenciado e os consumidores, sejam no varejo ou atacado optam por esse diferencial.

O empreendimento está localizado na Avenida Lourival José da Silva, Bairro Petrópolis, no Parque 18 de Maio ao lado da Feira do Artesanato. O horário de funcionamento de segunda a sexta-feira é das 8h às 18h e aos sábados das 8h às 15h.

Prefeitura de Caruaru realiza o 1º Camp Internacional de Flag Football

Alunos entre 12 e 14 anos da rede pública e privada de Caruaru vivenciaram uma experiência única de intercâmbio esportivo, neste final de semana, com a realização do 1º Camp Internacional de Flag Football. O evento promovido pela ONG americana LIFE League aconteceu no Ginásio Municipal Poliesportivo Prof. Erlandsen Rodrigues da Silva, no município, e contou com o apoio da Prefeitura de Caruaru, através da Gerência de Esportes e Lazer da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH).

A modalidade esportiva, que é uma variação do futebol americano – conhecido nos Estados Unidos apenas como “football” – foi novidade para boa parte dos alunos que entraram nas disputas. Por esse motivo, o evento foi dividido em dois momentos: o teórico, com a demonstração do esporte e os ensinamentos didáticos pela equipe da ONG, na parte da manhã, e as disputas práticas, que aconteceram no período da tarde. Todos os alunos receberam uniforme oficial para disputarem as medalhas de primeiro, segundo e terceiro lugares.

O Brasil foi o primeiro país a receber a ação internacional da LIFE League, sendo Caruaru, em Pernambuco, a primeira cidade brasileira a sediar o projeto. O contato da League foi através do americano Brandon Brown, fundador da ONG 4way Mentoring, amigo de Jeffrey Tarver, CEO da LIFE League USA, que esteve no município a convite do time de futebol americano “Caruaru Wolves” e falou para Jeffrey do trabalho desenvolvido pelo time da cidade.

O CEO da LIFE League USA, o americano Jeffrey Tarver, falou do objetivo do intercâmbio esportivo que pretende levar o flag football para outras nações. “O nosso maior objetivo é expandir o projeto para todos os países, menos Antártida, além de levar a mentalidade de crescimento para as crianças e a interculturalidade entre os povos. Queremos ensinar as lições que serão boas para a vida de todas as crianças, independente de nacionalidade e de suas escolhas”, destacou Jeffrey.

“Eu já treino numa escolinha de futebol de flag, mas essa experiência para quem está chegando agora é muito boa para que outros estudantes também possam ter a noção do esporte. Aconselho todo mundo a praticar, pois, além do conhecimento de uma nova modalidade, a prática esportiva, de modo geral, é boa para a saúde do atleta”, avaliou o estudante do Colégio Interativo Marcelo Augusto Feijó, de 12 anos.

Sobre o Flag Football

As regras básicas do flag football são similares as do football, mas em vez de derrubar o jogador com a bola ao chão, o defensor deve retirar uma fita para parar um “down” (chance). Na maioria das jogadas, os jogadores usam um cinto na cintura onde as duas flags (faixas coloridas) estão presas por um velcro. O jogo é disputado com oito jogadores simultâneos em cada time.

ONG LIFE League

A LIFE League é uma organização sem fins lucrativos que incorpora esportes e atividades com oficinas educacionais e de crescimento pessoal. O objetivo é influenciar jovens de 5 a 18 anos a buscar a grandeza através do desenvolvimento pessoal e da educação. A abordagem é realizada através da simulação de algumas fases importantes na vida do jovem, promovendo a simulação do recrutamento universitário, os jogos do colegial e a vida como atleta profissional.

O projeto no Brasil manterá sua essência em incentivar a excelência dos jovens em reduzir comportamentos de alto risco, proporcionando atividades que visem maximizar seu potencial por meio de uma educação de alta qualidade. A Life League no Brasil iniciará como programa esportivo, com a inserção do basquetebol e do Flag Football, para, posteriormente implementar os demais programas.

A intenção é proporcionar para os alunos inscritos no programa, que apresentarem excelência no desempenho escolar e esportivo, a possibilidade de realizar uma vivência/intercambio de curto prazo nos EUA, para participar dos acampamentos da Life League.