Ciro intima Bolsonaro para debate e o chama de ‘nota de três reais’

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, intimou Jair Bolsonaro (PSL) a comparecer ao debate que será promovido pela Rede Globo nesta quinta-feira (4), o último antes da votação em primeiro turno, no domingo (7).

“Aqui é uma democracia que vai sobreviver a você e eu vou tirar a sua máscara. Você não pode deixar de ir ao debate. Você está mentindo e atestado médico falso é crime. Vá ao debate da Globo e vou mostrar que você é uma cédula de três reais”, afirmou.
O candidato participou de ato no diretório do partido em São Paulo nesta quarta-feira (3).

Ele não quis comentar a nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta terça (2), em que segue estagnado com 11% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro chegou a 32%, mas fez uma análise sobre os atos contra o candidato.

Apesar de dizer que a mobilização de mulheres, que usou a hashtag “#elenão”, foi a coisa mais linda que esse país já viu, Ciro afirmou que o movimento acabou alimentando o cenário de polarização no país.

“Não tem ‘#elenão’ na urna. O que tem na urna é 12 e 12”, afirmou, citando ainda o número dos presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e Marina Silva (Rede) e chamando a população para ir às ruas defender seu candidato.

Em tentativa de chegar ao segundo turno, o pedetista disse que está disposto a incorporar praticamente todos os pontos do programa de Marina e algumas coisas de Geraldo Alckmin (PSDB). Ciro falou ainda que aceitaria o apoio dos dois para, em suas palavras, defender a democracia.

Folhapress

Bolsonaro chega a 32% e Haddad vai a 23%, diz Ibope

Os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) ampliaram a distância sobre os demais candidatos na corrida presidencial, de acordo com a mais nova pesquisa Ibope, de 1 e 2 de outubro. O Datafolha da corrida presidencial divulgado nesta terça-feira (2) foi a campo no dia 2 de outubro.

O capitão reformado aparece com 32% das intenções de voto, contra 23% do petista. Ciro Gomes (PDT) tem 10% e Geraldo Alckmin (PSDB), 7%. Marina Silva (Rede) está com 4%.

Brancos e nulos somam 11%, enquanto 6% não souberam ou preferiram não responder. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Em relação ao levantamento anterior, Bolsonaro oscilou um ponto para cima, e Haddad, dois. Já Ciro e Alckmin oscilaram negativamente um ponto cada.

Considerando apenas os votos válidos, que excluem brancos e nulos, o capitão reformado chega a 38%, contra 28% do petista.

Jair Bolsonaro (PSL): 32%
Fernando Haddad (PT): 23%
Ciro Gomes (PDT): 10%
Geraldo Alckmin (PSDB): 7%
Marina Silva (Rede): 4%
João Amoêdo (Novo): 2%
Henrique Meirelles (MDB): 2%
Alvaro Dias (Podemos): 1%
Cabo Daciolo (Patriota): 1%
Guilherme Boulos (PSOL): 0%
Vera Lúcia (PSTU): 0%
João Goulart Filho (PPL): 0%
Eymael (DC): 0%
Branco/nulos: 11%
Não sabe/não respondeu: 6%

Segundo turno
Em um eventual segundo turno, Haddad e Bolsonaro apresentam empate técnico (43% para o ex-prefeito de São Paulo contra 41% do deputado). Bolsonaro e Haddad também lideram os índices de rejeição junto ao eleitorado: 42% não votariam de jeito nenhum no candidato do PSL, enquanto 37% rejeitam Haddad.

Na simulação de segundo turno, Ciro Gomes tem 46% e Bolsonaro, 39%, enquanto branco/nulo soma 13% e não sabe, 3%. Entre Bolsonaro e Geraldo Alckmin, o ex-governador soma 41% e o deputado federal, 40% – branco/nulo são 16% e não sabe, 3%.

Entre Bolsonaro e Marina na simulação de segundo turno, ele tem 43% e ela, 39%, enquanto branco/nulo é 16% e não sabe, 2%.

A pesquisa, contratada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo, está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-08245/2018. O instituto ouviu 3.010 eleitores em 209 municípios. O nível de confiança é de 95%.

Folhapress

Aliado de Bolsonaro rasga placa em homenagem a Marielle

O candidato a deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ) rasgou uma placa feita em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada no início do ano.

Aliado próximo do candidato ao Senado Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidenciável Jair Bolsonaro, Amorim afirmou que o objetivo foi protestar contra a “bagunça socialista”. A placa era uma réplica não-oficial de indicação de rua no Rio de Janeiro e foi colocada sobre a da praça Floriano, nome oficial da Cinelândia, onde fica a Câmara dos Vereadores.

“O episódio da Marielle é tenebroso. Foi um crime bárbaro. Tem que ser investigado e os assassinos banidos da sociedade, seja na cadeia ou cemitério. Mas ela é só mais uma brasileira entre 60 mil vítimas de homicídios. Não pode ter tratamento diferenciado”, disse ele.

“Foi uma ação em represália aos grupos de esquerda que colocaram à revelia da lei uma placa nos moldes das indicativas de rua e colaram arbitrariamente, abusivamente, ilegalmente por cima da placa da praça Floriano”, disse ele.

A retirada ocorreu no domingo (30) à noite. No dia seguinte, Amorim levou a placa -feita de papel- para Petrópolis, onde foi fotografado com ela rasgada ao meio. Ele afirmou que o cartaz foi danificado no momento da retirada, embora o vídeo em que ele divulga a retirada do poste aparece apenas um rasgo na ponta.

“Na hora de tirar a placa ela partiu. No dia seguinte, narramos esse ato num discurso contra a esquerda e mostramos a placa. Nem sei onde está mais. Não sei se está no lixo”, disse ele.

Mais da metade dos candidatos de Pernambuco às eleições não fez faculdade

Nenhum político nega a importância da educação, mas na prática menos da metade concluiu o ensino superior. Dos mais de 27 mil políticos brasileiros na disputa por um cargo público nessas eleições, 13 mil, ou 49,6%, têm na parede um diploma universitário. O levantamento foi feito pelo Quero Bolsa, principal plataforma de inclusão de estudantes no ensino superior brasileiro por meio de bolsas de estudo, ao apurar as informações disponíveis no Repositório de Dados Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O estado de Pernambuco tem 44,8% dos políticos com diploma universitário. Já o Rio de Janeiro é o estado com a menor proporção de candidatos com nível superior. Dos 3.494 políticos registrados na disputa eleitoral, 1.419 (40,6%) fizeram faculdade. Acre (42,1%) e Rondônia (43,9%), estados com uma rede de ensino superior muito menor do que a do Rio de Janeiro, aparecem na sequência.

Dos cargos em disputa, o de Deputado Estadual reúne os candidatos com menor escolaridade. Dos mais de 17 mil políticos que concorrem a cadeiras nas Assembleias Legislativas, 10,8% têm, no máximo, o ensino fundamental completo, 3% não completaram o ensino médio e 31,8% têm nível médio completo. Candidatos com ensino superior completo somam 45,3%.

Entre os candidatos a Deputado Federal há 7.986 inscritos nos tribunais eleitorais, sendo que 54,6% têm nível superior completo, 25,3% concluíram o ensino médio e 7,9% têm, no máximo, o ensino fundamental completo.

Dos candidatos ao Senado, 81,3% fizeram faculdade. Já entre os que concorrem ao governo dos estados, 87,2% têm nível superior. Os presidenciáveis são os candidatos com maior participação de formados em faculdades. São 92,3%, ou seja, dos 13 candidatos, apenas um, João Goulart Filho, do Partido Pátria Livre, informou não ter diploma de nível superior.

De acordo com Marcelo Lima, diretor de relações institucionais da plataforma Quero Bolsa, o resultado precisa ser analisado sob dois aspectos. Primeiramente, a participação de políticos com ensino superior completo é bem maior do que a média da população brasileira. Enquanto apenas 15,3% dos brasileiros com mais de 25 anos concluíram faculdade, entre os candidatos a cargos eletivos a média é mais de 3 vezes maior. “Por outro lado, nos preocupa a capacidade de entendimento dos problemas nacionais por parte destes políticos. Entender a estrutura do estado, os desafios do país e propor soluções viáveis demanda conhecimento e cultura. Candidatos pouco preparados certamente terão dificuldade em apresentar e avaliar propostas para o País. É certo que um diploma universitário não é garantia para tanto, mas é um bom indicador”, explica Lima.

“Em momentos decisivos, Pernambuco soube mudar”, afirma Armando

Animado com a receptividade nas ruas, Armando Monteiro, candidato a governador da coligação Pernambuco Vai Mudar, disse nesta quarta-feira (3) estar confiante no desejo de mudança expresso pela população em todos os lugares onde esteve, nos últimos meses, do litoral ao Sertão.

“Pernambuco já experimentou nos últimos três anos e meio um modelo de gestão deficiente e um governante fraco, que é bom de promessa e ruim de serviço. O governo Paulo Câmara não correspondeu às expetativas de Pernambuco”, disse. “Portanto, em momentos decisivos da nossa história, Pernambuco soube mudar”, acrescentou, durante caminhadas no Ibura, no Recife, e em Ponte dos Carvalhos, no Cabo de Santo Agostinho.

Na avaliação de Armando, Pernambuco caminha para uma disputa no segundo turno com o candidato do governo, Paulo Câmara, que tem feito ataques sistemáticos com mentiras e insinuações maldosas. “A rua está nos dizendo que vai ter segundo turno. O pernambucano quer dar uma chance à mudança, principalmente porque, com a mudança, todo mundo ganha, ninguém perde. Agora, se não mudar, fica tudo como está”, argumentou.

PRESIDENTE – Questionado pelos jornalistas sobre qual candidato receberia seu apoio na sucessão presidencial, Armando afirmou que, mais do que nomes, o importante é que, ao chegar ao governo, terá uma relação próxima com o futuro presidente. “Conheço todos de perto e vamos defender Pernambuco com qualquer um que assuma”, destaca.

Armando aproveitou para traçar um perfil do candidato que desejaria apoiar: “Tem que ter 100% de compromisso com a ordem democrática; tem que defender a estabilidade econômica, o controle da inflação para garantir a geração de emprego”. Além disso, acrescentou: “O candidato que quero precisa ter uma postura firme e compromisso em relação à segurança no nosso país; precisa valorizar a família; cuidar dos mais pobres; e precisa ser, acima de tudo, um patriota”.

Prefeita Raquel Lyra sanciona leis que beneficiam as mulheres de Caruaru

Foi diante de muita emoção e celebração que a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, sancionou, nesta quarta-feira (03), duas leis voltadas para as mulheres do município. O ato aconteceu no auditório da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) e reuniu militantes de movimentos sociais, estudantes, representantes de núcleos de estudos de gênero, usuárias dos serviços da secretaria e do Centro de Referência da Mulher Maria Bonita.

Uma das proposituras estabelece políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher em situação de vulnerabilidade social, que após aprovação, se transformou na Lei 7.829 / 2018. O documento traz, entre os seus artigos, a obrigação de assegurar vagas em creches e escolas para os filhos das vítimas da violência familiar próximas à residência da mãe solicitante, ou mesmo a transferência da criança de endereço para assegurar a segurança da família. A outra propositura alterou a Lei Municipal nº 4.928, de 05 de abril de 2010 e foi aprovada como Lei sob o número 7.830 / 2018, onde se prevê a reestruturação do Conselho Municipal da Mulher.

As duas leis foram aprovadas, por unanimidade, em duas seções plenárias na Câmara Municipal de Vereadores, com a última discussão realizada no dia 13 de setembro deste ano. “É mais um passo na afirmação de políticas públicas para as mulheres do nosso município, resultado de um trabalho que já vinha sendo feito de forma articulada, dialogada com a sociedade civil organizada, com os vários segmentos de mulheres, e que agora se transforma em realidade. Com muita alegria damos agora esse passo a mais, no sentido de fortalecer a vida de nós, mulheres de Caruaru”, destacou Raquel.

Para a secretária da SPM, Juliana Gouveia, a efetividade das políticas para as mulheres de Caruaru será a contribuição que as leis irão deixar para o município. “É um marco no direito das mulheres de Caruaru, que conseguiram conquistar esse espaço. De hoje por diante, muitos projetos serão feitos, muitos programas executados. Daqui para frente é só vitória, e lutar, para cada vez mais, construir políticas públicas realmente efetivas e que transformem a vida das nossas mulheres”, ressaltou Juliana.

O momento foi de muita comoção e festa, pontuado com intervenções culturais da secretaria, que desenvolve, além do trabalho pontual, atividades lúdicas e educativas para divulgar as ações realizadas. Uma delas, diz respeito ao Coral Cantando a Vida, da SPM, que, regido pela maestrina Perpétua Dantas, secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Caruaru, apresentou um repertório de sucessos do cantor Roberto Carlos. A diretora da Oficina Terapêutica de Teatro para Mulher – OTTM (também da SPM), Paula Monteiro, apresentou uma esquete e declamou um poema de cordel, de autoria própria, em que faz a apresentação da equipe e dos serviços oferecidos pela secretaria.

Em Vicência, Sistema de Abastecimento inicia fase de pré-operação

Após acompanhar o andamento de importantes obras hídricas em Paudalho e Lagoa do Carro, nesta quarta-feira (03.10), o governador Paulo Câmara fez questão de visitar a Zona Rural do município de Vicência para vistoriar a fase de testes do Sistema de Abastecimento de Água do distrito de Borracha. Com um investimento de R$ 900 mil, a estrutura irá reforçar o abastecimento local, levando água tratada e de qualidade para cerca de cinco mil pessoas.

“Um grande pleito da comunidade de Vicência, principalmente do distrito de Borracha, que era abastecido por carro pipa, poços artesianos sem cloração. Isso significa que a população não recebia água de qualidade. No seminário ‘Pernambuco em Ação’ houve esse pleito, nós atendemos e, hoje, chegamos aqui para acompanhar essa fase de pré-operação. Nós testamos o sistema, vistoriamos essa obra que nos próximos dias ficará disponível para a população”, destacou o governador.

A obra é composta pelo assentamento de 6,5 km de sistema adutor, com diâmetro de 150 mm, e construção de estação elevatória a partir do Sistema Siriji até o reservatório apoiado existente no distrito de Borracha. O equipamento tem capacidade para transportar 9 L/s de água tratada na ETA Murupé até a população do distrito beneficiado.

Para o presidente da Compesa, Roberto Tavares, esta ação representa mais saúde e dignidade para a população. “Essas obras são muito importantes porque dialogam com a saúde pública, atendendo populações mais pobres e que estão distantes. Então, hoje, pudemos acompanhar obras que estão em distritos, fora dos centros urbanos, mas que merecem a mesma atenção e dedicação, e que tiveram investimento significativo”, frisou.

Rands diz que recebe elogios e apoios por onde passa

O dia começou cedo e foi recheado de elogios, nesta quarta-feira (dia 3), para Maurício Rands. Líder da coligação O Pernambuco que você quer (PROS, PDT, Avante), Maurício Rands, foi aclamado como o vencedor do debate da TV Globo, realizado na noite anterior. Por onde passou, Rands foi saudado por estudantes, agentes comunitários, escrivães de política e cidadãos em geral. “Foi uma experiência rica e ser reconhecido como o melhor candidato é gratificante”, reconheceu.

O debate da TV Globo é um dos grandes eventos das campanhas para os cargos executivos e o resultado do evento influencia o interesse dos eleitores pelas propostas dos candidatos. Isso foi verificado na sabatina com os estudantes do Colégio Ideia, em um evento comemorativo dos dirigentes do Sindacs (Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate às Endemias de Pernambuco), em uma apresentação na União dos Escrivães de Polícia de Pernambuco (Uneppe) e ao caminhar pelas ruas da Aurora e da Imperatriz, na Boa Vista. “Peço seu apoio, para mudarmos Pernambuco para melhor”, falou, diretamente, para os eleitores.

Rands se apresenta na rua exatamente como anuncia em debates e nas entrevistas: candidato de uma campanha franciscana, sem grandes estruturas, austera e tecnológica. Utiliza o próprio carro para seus deslocamentos, não é cercado por militantes pagos e caminha apenas na companhia de dois assessores e amigos. “Nós estamos falando a verdade e os eleitores notam a diferença da nossa proposta”, disse Maurício Rands.

Os elogios com relação ao seu desempenho no debate da Globo ocorreram o dia inteiro. “Você foi o melhor”, disse sr. Paulo, chaveiro da Rua da Aurora. “Ganhou o debate”, elogiou Marcos Rodrigues, presidente da Uneppe. Os comprimentos ocorreram durante todo o dia, por onde Maurício Rands caminhou.

Por trás do Cine São Luiz, na Praça Machado de Assis, Maurício Rands ouviu fotógrafos que queriam comentar as propostas apresentadas no dia anterior, no debate da Rede Globo. “Essa ideia de um trem ligando Goiana a Suape é boa”, disse um eleitor. “É boa e eu sei que é possível fazer e até como conseguir os recursos”, argumentou Rands.

Entre os escrivães que lotaram o auditório da Uneppe, na Boa Vista, o assunto mais comentado foi o programa Nome Limpo. “Até o outro candidato disse que o programa era bom”, puxou conversa um escrivão. Maurício Rands explicou melhor: “Ele gostou da ideia e nós poderemos transformar o Programa Nome Limpo em realidade, trazendo de volta ao consumo cerca de 500 mil pernambucanos que estão negativados no SPC e no Serasa”, prometeu, Maurício Rands.

Água Preta
À noite, Maurício Rands participou do grande comício e caminha na cidade de Água Preta. A cidade é uma das principais bases do presidente estadual do PROS, o deputado João Fernando Coutinho, candidato a reeleição. Além de Maurício Rands, participaram do evento a candidata ao Senado, Lídia Brunes (PROS) e líderes políticos da região.

Eleições: mais de 500 municípios terão reforço das forças federais

O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, na sessão administrativa , mais dois pedidos de requisição de forças federais para atuar nas Eleições 2018. A decisão de hoje autoriza a atuação dos militares no município de Santa Isabel do Rio Negro, no Amazonas, e em 12 municípios do Piauí (Oeiras, Santa Rosa do Piauí, Cajazeiras do Piauí, São Miguel do Fidalgo, São Francisco do Piauí, São João da Varjota, Colônia do Piauí, Uruçuí, Itainópolis, Vera Mendes, Isaías Coelho e Paes Landim).

Em sessões anteriores, os ministros do TSE já haviam aprovado o envio de forças federais para diferentes localidades no Amazonas e no Piauí, bem como para seções eleitorais de outras nove unidades da Federação: Acre, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Tocantins. Até o momento, são 510 as localidades que contarão com o apoio dos militares no pleito de outubro.

A atuação das forças federais nas eleições está prevista no inciso XIV do artigo 23 da Lei nº 4.737/1965 (Código Eleitoral), com a finalidade de garantir a normalidade do pleito, o livre exercício do voto e o bom andamento da apuração dos resultados.

Os pedidos aprovados pelo TSE na sessão desta terça serão encaminhados ao Ministério da Defesa, órgão responsável pelo planejamento e execução das ações empreendidas pelas Forças Armadas.

TSE identifica mais de 12 mil irregularidades em doações de campanha

A primeira rodada da identificação de indícios de irregularidades do financiamento das Eleições 2018 apontou 12.172 casos de inconsistência em doações e gastos de campanha. O levantamento foi realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) com base na movimentação declarada à Justiça Eleitoral.

A amostragem englobou os dados disponíveis até o dia 29 de setembro e totalizou o valor de R$ 42.338.450,40. Entre os casos identificados encontram-se, por exemplo, doadores inscritos no programa Bolsa Família, desempregados, parentes de candidatos e até mesmo mortos.

Segundo técnicos da Justiça Eleitoral, a quantidade de casos e os valores identificados como suspeitos nesta primeira rodada de verificações são pequenos e podem ser explicados em boa parte pela predominância do financiamento público das campanhas eleitorais. Até 30 de setembro, os registros indicavam que o financiamento público correspondia a 78% dos gastos. Já o financiamento privado, equivalente aos 22% restantes, dividia-se da seguinte forma: 10% de recursos oriundos de autofinanciamento e apenas 12% oriundos de doações de pessoas físicas.

As informações apontadas pelo TCU são compartilhadas com os demais órgãos que integram o Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral para apuração dos indícios de irregularidades, de acordo com a materialidade e a relevância. A Justiça Eleitoral utiliza os dados como informação de inteligência para o exame da prestação de contas de candidatos e partidos.

Integram o Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral, além do TCU, o Ministério Público Federal (MPF), o conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), a Receita Federal (RFB) e o Departamento de Polícia Federal (DPF).