Presidente da Compesa recebe prefeito Mota e autoridades de Riacho das Almas

O prefeito Mota e uma comitiva de autoridades de Riacho das Almas foram recebidos nesta segunda-feira (14) no Recife pelo presidente da Compesa Roberto Tavares. Em pauta, o cumprimento do cronograma que fará as águas do sistema Prata- Pirangi abastecerem o município, que vive situação de colapso na distribuição de água desde que a barragem de Jucazinho secou em decorrência do extenso período de estiagem enfrentado no estado de Pernambuco nos últimos anos. “Estamos há mais de um ano lutando para que esta obra chegue em Riacho das Almas”, ressaltou Mota, que também é membro do Comitê Estadual de Recursos Hídricos.

Ainda de acordo com o prefeito, embora o empenho maior seja para que a água beneficie a população riachense, as obras também ampliarão a oferta de água em outros municípios da região: “Com esta obra, não só Riacho mas também Cumaru, Passira e Salgadinho também terão mais água. O nosso esforço é conjunto”, pontuou.

Para o presidente da Compesa Roberto Tavares, a presença dos prefeitos acompanhando de perto esses processos é importante: “O prefeito Mota tem sido ativo na cobrança da Compesa em relação a isso. Nós já temos a adutora do Pirangi concluída e o governador Paulo Câmara assinou uma ordem de serviço para que sejam investidos R$ 2,6 milhões na melhoria das estações elevatórias”, disse ele.

Roberto Tavares explicou também que a capacidade de distribuição da ETA do Salgado em Caruaru, que é responsável pela distribuição de água para Riacho das Almas e demais municípios da região, será ampliada de 600 para 900 litros por segundo: “Com esse acréscimo, conseguiremos fazer uma inversão das bombas que possibilitará o abastecimento dessas cidades”, esclareceu.

De acordo com ele, a previsão é que em dezembro as obras na estação elevatória que contemplará o município de Riacho das Almas além de Passira, Cumaru e Salgadinho deve começar a distribuição de água.

Laura Gomes homenageia Compesa

A deputada Laura Gomes, do PSB, apresentou na Assembleia Voto de Aplauso à Compesa, nesta segunda (14), por ter conquistado o inédito Prêmio de Melhor Empresa de Saneamento do Brasil, em evento ocorrido semana passada, em São Paulo. A Companhia pernambucana concorreu com todas as similares do país, públicas e privadas, passando por rigorosa avaliação da situação econômico-financeira, patrimonial e de planejamento estratégico. O evento envolveu as 300 melhores empresas nacionais, distribuídas em 27 setores especializados.

Ao ato de entrega foi prestigiado pelo governador Geraldo Alckmin e por representantes dos principais setores empresariais brasileiros. Para alcançar a vitória a Compesa passou por rigoroso escrutínio técnico e institucional. Os critérios utilizados para a escolha foram muito além do mero desempenho financeiro da empresa. Foram consideradas as práticas de Recursos Humanos, a capacidade de inovar, a responsabilidade socioambiental, a visão de futuro e a governança corporativa. Foram analisados os dados da companhia no ano de 2016, assim como o planejamento a longo prazo e as estratégias seguidas em 2017.

A edição do Anuário Época Negócio 360º teve as parcerias técnicas com a Fundação Dom Cabral – na metodologia, pesquisa de campo e processamento final das informações – e a Boa Vista SCPC, que coligiu os balanços e fez o processamento dos dados financeiros. A Economática elaborou os rankings de companhias abertas. As campeãs setoriais foram avaliadas por um júri formado pelo diretor de redação da Época Negócios, Dárcio Oliveira, e especialistas em cada uma das dimensões usadas para formar o ranking das 300 melhores empresas.

Nos últimos dez anos a Compesa, investiu mais de R$ 6 bilhões em obras de expansão e melhorias de saneamento em Pernambuco. Só ano passado foram aplicados R$ 491 milhões. Os projetos mais significativos em saneamento no Estado, nos últimos dez anos, foram a construção do Sistema Produtor Pirapama – para atender Recife, Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes – e a Adutora do Agreste, a maior obra hídrica estruturadora em andamento no País, que terá, no futuro, mais de 1.500 quilômetros de tubulações assentadas e atenderá 68 municípios do Agreste.

Também no interior de Pernambuco, 4,7 milhões de pessoas serão beneficiadas com a implantação de sistema de esgotamento sanitário por meio do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca e do Projeto de Sustentabilidade Hídrica de Pernambuco, em parceria com bancos internacionais (BID e Banco Mundial).

 

Homenagem a Onildo Almeida no Polo Caruaru entra na programação da X Semana do Patrimônio Cultural

Uma homenagem ao compositor Onildo Almeida, autor de “A Feira de Caruaru”, que será realizado no próximo sábado (19/08) no Polo Caruaru, vai encerrar a X Semana do Patrimônio Cultural de Caruaru. O evento teve início na manhã desta segunda-feira (14/08) e tem como tema as políticas públicas e a gestão do patrimônio.

No Polo Caruaru, Onildo será homenageado com uma exposição biográfica, a exibição do documentário “Onildo Almeida – Groove Man”, de Helder Lopes e Cláudio Bezerra e o lançamento do livro “Onildo Almeida – Cidadão da Feira”, de Marcelo Leal. Tudo acontece no espaço País de Caruaru a partir das 9h. O livro será lançado às 10h30.

“A inclusão de Caruaru no roteiro de eventos da X Semana do Patrimônio de Pernambuco representa uma conquista para todos nós, já que se trata de uma ação educativa e de sensibilização para que tenhamos ainda mais aliados em defesa da causa da salvaguarda dos nossos bens. E ao homenagearmos Onildo Almeida, fazemos justiça a um dos nossos ícones, como autor da música que ajudou a imortalizar nosso patrimônio maior e elevar ainda mais a nossa autoestima”, destaca o historiador Walmiré Dimeron, parceiro para projetos culturais do Polo Caruaru.

A X Semana do Patrimônio Cultural é realizada em alusão ao Dia Nacional do Patrimônio Histórico, que se comemora no dia 17 de agosto. Além da programação no Polo Caruaru, o evento terá ainda palestras, conferências e visitação turística pela cidade. A Semana é uma realização da Câmara Setorial de Arquitetura e Urbanismo da Acic e do Conselho Municipal de Política Cultural de Caruaru e tem o apoio do Polo Caruaru, através do projeto País de Caruaru, da Prefeitura de Caruaru, através da Fundação de Cultura e Turismo, do Instituto Histórico de Caruaru e do Sesc.

Encontro Nacional de Lazer acontece pela 1ª vez em Caruaru

No período de 15 a 18 de novembro de 2017, o Centro Universitário Tabosa de Almeida (Asces-Unita), realizará, no município de Caruaru-PE, a 29ª edição do Encontro Nacional de Recreação e Lazer (ENAREL). Nesta edição o tema será ”Lazer e Urbanização: Viver ComUnidade”, em torno da qual será desenvolvida programação científica e cultural diversificada. As atividades acontecem no Centro de Convenções Djalma Cintra, na Asces-Unita e em diversos ambientes públicos na cidade como Parques ambientais e Alto do Moura.

Evento bastante difundido e consolidado Brasil a fora, o ENAREL tem ao longo dos anos com seu caráter itinerante, se constituído como um espaço privilegiado de diversos setores dos estudos e atuação no lazer, tais como animadores, gestores, pesquisadores e professores. Confira a programação completa aqui e participe!

10 anos depois, o ENAREL volta a Pernambuco, desta vez no interior do estado. O evento tem como principal intenção criar um marco para a promoção do lazer em Caruaru e região, de modo a impactar diretamente no cotidiano dos atores locais, ou seja, a população local, gestores públicos e privados, a academia e o terceiro setor.

260.726 novas vagas de emprego formal para os jovens no Brasil

Os jovens foram os principais beneficiados pelo crescimento do emprego formal no Brasil no primeiro semestre de 2017. De janeiro a junho, enquanto o saldo geral ficou positivo em 67.358 vagas, entre os trabalhadores classificados como jovens (até 29 anos) esse número chegou a 260.726. Ou seja, a juventude equilibrou a geração de empregos no país este ano.

Em junho, mês do dado mais recente, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou que houve desempenho positivo em todas as faixas etárias onde a juventude se enquadra. O saldo ficou em 10,4 mil novos postos para empregados até os 17 anos, em 55,9 mil para quem tinha de 18 a 24 anos e em 2,2 mil para as pessoas com idades entre 25 e 29 anos. O total foi de 68.333 novas vagas.

Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, esse é um sinal de que a juventude está tendo melhores oportunidades. “O dado nos mostra que os jovens, que sempre estiveram entre os que mais sofrem com o desemprego, estão conseguindo se colocar no mercado formal. Essa é uma boa notícia, pois mostra que nossos filhos estão precisando recorrer menos à informalidade e ao subemprego”, enfatiza o ministro.

Onde os jovens estão trabalhando – A presença dos jovens no mercado formal é positiva em quase todos os setores de atividade. Em junho de 2017, para a faixa etária até 17 anos, houve criação de vagas principalmente nos setores de Serviços (5,4 mil), Comércio (4,3 mil), Agropecuária (499) e Indústria da Transformação (227). A única exceção foi o setor Extrativo Mineral, que apresentou déficit de 26 postos.

Os jovens entre 18 e 24 anos se destacaram nos Serviços (24,4 mil postos de trabalho), Comércio (12,4 mil), Agropecuária (9,4 mil) e Indústria da Transformação (8,4 mil). E os que tinham entre 25 e 29 anos obtiveram saldo positivo especialmente na Agropecuária (5,2 mil postos de trabalho), nos Serviços (1,1 mil) e na Administração Pública (234).

Alimentador de linha de produção, vendedor e trabalhador da agricultura estão entre as principais ocupações da juventude. Os mais jovens ocupam ainda as vagas de auxiliar de escritório.

Eleição Patativa deverá ter bate-chapa

Eleição Central (1)

Do Giro dos Esportes

Os bastidores das eleições do Central estão esquentando.

E a tendência é que vamos ter um bate-chapa.

De um lado: Márcio Porto, Sivaldo Oliveira, Edson Rosal, Jandoval Bezerra, Bodeiro, Alexandre do Carrancão, Clovis Lucena, Antônio Arruda, Caetano Neto, Warley Santos, Walter Jones, Mário Afonso, Alberto Freire, Rubens Oliveira, Júnior Tecidos, Júnior Veloso entre outros.

Do outro lado: Aírton Júnior, Mauricio Neves, Ronaldo Lima, Cícero Moreira, Claudio Mendonça, Adauto Freire, Tiago Gervasio entre outros.

As chapas estão sendo definidas e serão divulgadas nos próximos dias.

Vamos aguardar!

Bancos não oferecem consignado com garantia do FGTS

Do G1

Anunciado em abril pelo governo como nova opção de crédito e uma alternativa para o trabalhador trocar uma dívida cara por outra mais barata, o crédito consignado com o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia ainda é promessa e não está sendo oferecido pelos bancos.

O crédito consignado pode ser contratado por servidores públicos, privados e aposentados. Trata-se de umas linhas de crédito com menor risco para os bancos, já que a parcela do empréstimo é descontada na folha de pagamento ou da aposentadoria.

A proposta da nova linha com garantia do FGTS prevê reduzir ainda mais o risco para os bancos – e consequentemente as taxas de juros cobradas dos clientes. Se o trabalhador não pagar, o banco pode reter parte do seu FGTS para quitar o saldo devedor.

Em caso de inadimplência, o banco pode ficar com até 10% do saldo do trabalhador. E, se ele for demitido, o banco tem acesso a 100% da sua multa rescisória, que equivale a 40% do saldo do seu Fundo.

Baixa adesão

O G1 confirmou que Caixa Econômica, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Citibank ainda não lançaram linhas de crédito nessa modalidade. O único entre os grandes bancos que oferece a linha é o Santander, mas apenas em um projeto-piloto com uma única empresa.
As instituições financeiras ainda não estão totalmente confortáveis em relação à atratividade e garantias da nova modalidade, apurou a reportagem.

Procurados pelo G1, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Citibank informaram que ainda avaliam como operar a nova modalidade para poder começar a oferecer esta linha de crédito para os funcionários de empresas que já têm convênios com os bancos.
A Caixa afirmou que “está desenvolvendo as adequações internas necessárias, a fim de proporcionar o início das contratações”. O Banco do Brasil disse que “continua avaliando a medida”.

O Itaú Unibanco afirmou que “está desenvolvendo o produto para disponibilizar a modalidade aos seus clientes”. O Bradesco informou que “está avaliando as condições para oferta da linha”. O Citibank também disse estar avaliando, destacando que “não há data definida ou as condições em que será ofertado”.

Mercado financeiro eleva para 3,5% projeção de inflação este ano

O mercado financeiro aumentou pela quarta semana seguida a projeção para a inflação este ano, após o aumento da tributação sobre combustíveis. Desta vez, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,45% para 3,5%. A estimativa consta do boletim Focus, uma publicação divulgada no site do Banco Central (BC) todas as semanas, com projeções para os principais indicadores econômicos.

Para 2018, a projeção para o IPCA é mantida de 4,2%, há quatro semanas consecutivas. As estimativas para os dois anos permanecem abaixo do centro da meta de 4,5%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa meta tem ainda um intervalo de tolerância entre 3% e 6%.

Selic

Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 9,25% ao ano. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.

A expectativa do mercado financeiro para a Selic ao final de 2017 e de 2018 segue em 7,50% ao ano. A estimativa do mercado financeiro para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país), foi mantida em 0,34%, este ano, e em 2%, em 2018.

Máquina acelera em até cinco vezes o beneficiamento de feijão verde

Uma máquina que quintuplica a produtividade da debulha de feijões ainda verdes deverá auxiliar milhares de agricultores familiares que trabalham com essa cultura no Nordeste brasileiro. O processo manual de separação do grão da casca, conhecido como debulha, quando executado por uma pessoa adulta, rende de quatro a seis quilos por hora. Com a máquina, o pequeno produtor consegue debulhar até 25 quilos de grãos de feijão verde por hora.

Desenvolvido com apoio do Banco do Nordeste pelos pesquisadores César Nogueira, da Embrapa Meio-Norte (PI), e Francisco Freire Filho, Embrapa Amazônia Oriental (PA), o equipamento mede 45 centímetros de comprimento por 43 de altura, pesa 12 quilos e funciona com um motor elétrico de 250 Watts.

“Esse avanço acelera o rendimento da mão de obra e incrementa a renda”, destaca César Nogueira, lembrando que a debulha de 25 quilos de feijão verde por hora é suficiente para atender à demanda de grupos familiares que vendem a produção a restaurantes, supermercados e em feiras.

A produção de feijão verde, majoritariamente da espécie caupi (Vigna unguiculata), no Nordeste brasileiro é manual do plantio ao beneficiamento. Nogueira explica que o processo de debulha é relativamente fácil quando se trata de quantidade para o consumo diário de uma família. “No entanto, quando a atividade visa à comercialização, se torna um trabalho cansativo e com baixo rendimento”, frisa o cientista.

“É importante que os agricultores saibam que a máquina pode ser usada também para debulhar o feijão seco ou maduro, com umidade do grão inferior a 15%”, detalha o pesquisador. Na debulha de feijões ainda verdes, a umidade do grão deve estar entre 35% e 60%. “Mas se a umidade estiver no intervalo de 16% a 35%, há uma tendência de amassar os grãos pelo fato de as vagens e os grãos estarem em estágio plástico”, alerta.

Ponto certo da colheita
Outra orientação dos pesquisadores que deve ser seguida à risca pelos produtores é sobre o momento da colheita. O agricultor que produz feijão verde sabe qual é o ponto ideal. Ele ocorre quando as vagens atingem o volume máximo de desenvolvimento e começam a mudar da cor verde para a roxa ou amarela, dependendo da cultivar.

Nesse momento, os grãos atingem o peso máximo. Ou seja: é o ponto em que os grãos param de crescer, dando início ao processo de desidratação natural. Isso é importante sob o aspecto econômico, porque o grão rende mais e pode ser mais bem trabalhado. Segundo Nogueira, nesse intervalo a umidade pode variar entre 40% e 60%.

Simplicidade
Criada para ser usada em feiras livres, a máquina é simples, de fácil construção e de baixo custo. Se produzida por unidade, em Teresina (PI), seu custo fica em cerca de R$ 800,00, ou mais. Se a produção for em série de pelo menos dez, o preço diminui para R$ 500,00 ou até menos do que isso, de acordo com César Nogueira.

Os pesquisadores levaram dois anos para desenvolver a debulhadora e contaram com investimentos de R$ 15 mil. Para chegar ao projeto definitivo da máquina, os cientistas foram buscar detalhes em um equipamento que debulha ervilha desenvolvido nos Estados Unidos.

Revolução na agricultura familiar
A primeira comunidade agrícola beneficiada com a debulhadora foi a Cooperativa dos Produtores Agropecuários do Portal do Parnaíba (Cooperagro), na zona rural norte de Teresina. Vinte famílias já testam a máquina há cerca de um ano e com ela conseguiram mudar de vida. “Essa debulhadora está sendo uma revolução na agricultura familiar”, exalta Marcos Venicíos Andrade de Araújo, 48 anos, presidente da cooperativa.

Segundo ele, com o uso da máquina, a Cooperagro deu um salto de eficiência no beneficiamento de feijão verde. “O que antes parecia impossível, hoje se tornou uma realidade. Antes, debulhávamos uma média de 30 quilos de feijão por dia. Hoje, com apenas um operador, conseguimos alcançar cerca de 200 quilos por dia”, comemora Araújo.

Além da velocidade no beneficiamento de feijões verdes, que têm vida curta de prateleira, a debulhadora está permitindo que os agricultores façam o plantio de forma escalonada, com irrigação, podendo colher o produto no tempo certo. “Estamos atendendo o mercado consumidor com maior rapidez e precisão”, comemora Araújo.

Cooperado-padrão
Domingos Ferreira Silva, de 50 anos, o Dominguinho, agente de saúde da Prefeitura de Teresina e nas horas vagas agricultor, obteve destaque da produção de feijão verde na Cooperagro. Trabalhando sempre com a cultivar de feijão-caupi BRS Guaribas, desenvolvida pela Embrapa, ele foi o cooperado que mais teve ganho real em 2016 e é o agricultor que mais vem se beneficiando da debulhadora na cooperativa.

Além de faturar mil reais todo mês, Dominguinho obteve seis mil reais de ganho real, no fim do ano passado. Também foi eleito cooperado-padrão pelo desempenho na produção, beneficiamento e comercialização de feijão verde. Sozinho, ele produziu 1,2 tonelada em pouco mais de um hectare. “Foi um esforço grande que fizemos, em horários fora do meu expediente de trabalho na prefeitura, para conseguir essa produção”, explica.

“A debulhadora desenvolvida pela Embrapa é um grande avanço na melhoria de vida da comunidade agrícola do Portal do Parnaíba, ” considera Dominguinho. O cooperado conta que as famílias estão entusiasmadas com a perspectiva de aumentar ainda mais a produção de feijão verde ao longo do ano. “Isso porque aquele trabalho duro de debulhar à mão acabou. É uma evolução”, sentencia.

A Cooperagro, mesmo ainda em construção, conseguiu produzir, beneficiar e comercializar cerca de três toneladas de feijão verde no ano passado, ao preço de doze reais o quilo, faturando quase R$ 40 mil. A cooperativa produz, beneficia e vende também macaxeira, outro produto nordestino de forte apelo culinário em todo o País.

Estratégico e fonte de proteínas

O pesquisador Francisco Freire Filho lembra que o feijão-caupi, feijão-de-corda ou feijão macassar (Vigna unguiculata), como é conhecido principalmente pelos nordestinos, continua sendo uma das mais importantes fontes de proteínas nas regiões tropicais e subtropicais no mundo. No Nordeste brasileiro, ele é estratégico na segurança alimentar e vem gerando emprego e renda.

A cultura também tem ganhado força e destaque na produção agrícola das regiões Norte e Centro-Oeste do País. O Mato Grosso é o estado que vem liderando nos últimos anos a produção de feijão-caupi. Em 2015, por exemplo, segundo o Levantamento Sistemático de Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram produzidas 230.897 toneladas, numa área colhida de 224.683 mil hectares.

De origem africana, o feijão-caupi aportou no Brasil na segunda metade do século XVI, no Estado da Bahia, então centro administrativo do País, pelas mãos dos colonizadores portugueses. De lá, o produto foi levado para os outros estados nordestinos, onde conquistou espaço na agricultura e na mesa dos sertanejos.

Saúde suplementar cria empregos, na contramão do mercado

O total de trabalhadores empregados pela cadeia de saúde suplementar (que engloba os fornecedores de materiais, medicamentos e equipamentos; prestadores de serviços de saúde; e, operadoras e seguradoras de planos de saúde) cresceu 1,5% nos 12 meses encerrados em junho de 2017, de acordo com o “Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar”, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). No mesmo período, o total de empregos no mercado nacional recuou 2,3%. “O indicador mostra, claramente, que a cadeia de saúde suplementar é mais estável e resiliente à crise econômica brasileira do que o conjunto da economia do País”, avalia Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS. No total, o setor emprega 3,4 milhões de pessoas, ou 7,9% da força de trabalho no País.

Para deixar mais clara a relação entre os empregos gerados pelo setor de saúde suplementar e o conjunto da economia nacional, o IESS criou um indicador de base 100, tendo como ponto de partida o ano de 2009. Em junho de 2017, o índice para o estoque de empregos do mercado nacional é de 109, enquanto o índice da cadeia da saúde suplementar é de 135.

Carneiro destaca que desde o segundo semestre de 2014, o indicador geral tem apresentado queda nos demais setores da economia. Por outro lado, o saldo da cadeia produtiva atrelada à saúde suplementar continuou crescendo. “Note que, no período de setembro de 2014 a junho de 2017, mais de 2,6 milhões de beneficiários saíram dos planos de saúde e, mesmo assim, o setor continuou contratando”, analisa.

Na cadeia da saúde suplementar, o subsetor que mais emprega é o de prestadores de serviço (médicos, clínicas, hospitais, laboratórios e estabelecimentos de medicina diagnóstica), que responde por 2,4 milhões de ocupações ou 71,3% do total do setor.

Já o subsetor de fornecedores emprega 821,2 mil pessoas. O que equivale a 24,2% dos empregos na cadeia da saúde suplementar. As operadoras e seguradoras empregam 149,8 mil pessoas ou 4,4% do total.

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.