Sucessora de Janot diz que intensificará fiscalização sobre delações e promete agir com rigor contra vazamentos

Do Congresso em Foco

Escolhida por Michel Temer para suceder o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que deixará o cargo no dia 17 de setembro, a procuradora Raquel Dodge afirmou que criará um grupo de trabalho na Procuradoria-Geral da República (PGR) para monitorar se os delatores estão cumprindo com obrigações assumidas no acordo de colaboração premiada. De acordo com ela, caso não esteja de acordo com o prometido, os benefícios poderão ser revistos e o acordo rescindido. As declarações de Raquel foram dadas ao jornal Valor Econômico e divulgadas nesta sexta-feira (30).

Questões como a devolução do dinheiro dentro do prazo estipulado e a apresentação de provas sobre os relatos serão observadas com rigor por Raquel. De acordo com o jornal, a procuradora também pretende criar um “protocolo da cadeia de custódia dos documentos sigilosos” para evitar vazamentos de termos e delações antes que o sigilo seja levantado. Ela explicou que o mecanismo identificaria quem teve acesso ao documento, acompanhado de informações como dia e hora. A partir daí, uma investigação sobre o vazamento poderia ser mais eficaz.

“Muitas vezes a exposição equivocada, antecipada, pode produzir erro, como no caso de uma testemunha ser vista como agente do crime”, defendeu Raquel à repórter Maíra Magro.

Para a procuradora, delações premiadas só devem deixar de ser sigilosas no momento do recebimento da denúncia pelo Judiciário, quando o acusado passa a ser réu. Ela aponta que a Lei 12.850, que regulamenta o uso da delação, diz que “o acordo de colaboração deixa de ser sigiloso assim que recebida a denúncia”.

Na gestão de Janot, “o argumento dos procuradores da Lava-Jato é que a retirada do sigilo no momento da abertura do inquérito se justifica quando envolver fatos de interesse público – um argumento que tem como base valores mencionados na Constituição” e que vem sendo utilizado em boa parte dos inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF). Inclusive, atualmente, o levantamento do sigilo, em muitos casos, vem sendo feito logo após a abertura do processo de investigação na Corte. Em muitas situações, a pedido do próprio PGR. A proposta da procuradora inviabiliza o levantamento do sigilo antes da aceitação da denúncia e o conhecimentos dos casos antes dessa fase.

Raquel Dodge também afirmou que convidará as atuais equipes de trabalho da Operação Lava Jato a permanecer à frente dos trabalhos, inclusive as equipes de Curitiba e da PGR.

Raquel Dodge ficou em segundo lugar na lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), encabeçada por Nicolao Dino – o mais próximo a Janot – e também integrada por Mário Bonsaglia. Ela precisará ser sabatinada e ter o nome aprovado pelo Senado para tomar posse, no dia 17 de setembro.

Nas discussões internas do Ministério Público, Dodge vinha fazendo críticas ao que considerava excessiva mobilização de recursos materiais e humanos para a Operação Lava Jato, argumentando que o MP tem outras frentes importantes para atuar.

Ao escolhê-la, Michel Temer quebrou a prática adotada nos últimos 14 anos pelos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff de endossar o procurador mais votado pelos membros do MPF. Embora tal procedimento tenha sido inaugurado pelo PT, era severamente criticado por integrantes do partido, por tolher a liberdade de escolha do chefe do Executivo perante uma instituição já extremamente poderosa.

Raquel Dodge é mestre em Direito pela Universidade de Harvard (EUA) e é, dos três, a mais distante do atual procurador-geral, com quem Temer se encontra em guerra aberta. Com longa atuação em matéria criminal, Dodge atuou na equipe que obteve a condenação dos membros da quadrilha liderada pelo ex-deputado Hildebrando Pascoal, no Acre, e na Operação Caixa de Pandora, que levou ao afastamento do então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Ela está na carreira do MPF desde 1987.

Petrobras poderá reajustar preços de combustíveis até diariamente

Da Exame

A Petrobras informou na sexta-feira (30) que a diretoria executiva da companhia aprovou na véspera revisão da política de preços do diesel e da gasolina comercializados em suas refinarias, com o objetivo de aumentar a frequência dos ajustes nos preços, que poderão ser feitos a qualquer momento, “inclusive diariamente”.

Em fato relevante, a Petrobras disse que a nova política entra em vigor em 3 de julho e “permitirá maior aderência dos preços do mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo e possibilitará a companhia competir de maneira mais ágil e eficiente”.

Segundo a nova política de preços, a área técnica de marketing e comercialização da Petrobras poderá realizar ajustes nos preços a qualquer momento, desde que os reajustes acumulados por produto estejam, na média Brasil, dentro de uma faixa determinada, de entre redução de 7 por cento e alta de 7 por cento.

Alterações fora dessa margem precisarão de autorização do Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP), composto pelo presidente da Petrobras e os diretores executivos de Gás e Refino e de Finanças e Relação com Investidores.

“A avaliação feita pelo GEMP…é de que os ajustes que vinham sendo praticados, desde o anúncio da nova política em outubro de 2016, não têm sido suficientes para acompanhar a volatilidade crescente da taxa de câmbio e das cotações de petróleo e derivados.”, disse a companhia no fato relevante desta sexta.

No último reajuste, em 14 de junho, a Petrobras reduziu o preço médio da gasolina nas refinarias em 2,3 por cento e do diesel em 5,8 por cento, citando posteriormente preocupação devido à concorrência com produtos importados.

ARTIGO — A pequena empresa não consegue acessar o judiciário; mas temos uma proposta

Por Alexandre Damásio

Segundo pesquisa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea) publicada como “Diagnóstico dos Juizados Especiais Cíveis”, posteriormente abordadas no artigo “Juizado especiais cíveis: informalidade e acesso à Justiça em perspectivas”, publicado na Revista Diálogos Sobre a Justiça-2014 e mais recentemente na pesquisa “Perfil do Acesso à Justiça nos Juizados Especiais Cíveis” coordenada pela Universidade de São Paulo, podemos concluir que a pessoa jurídica possui mais dificuldade de acesso ao Poder Judiciário.

Segundo essas pesquisas, a pessoa jurídica pouco demanda no Juizado Especial Cível e na análise dos dados percebemos que, ainda que pequena, a quantidade de ações são, em sua maioria, ofertadas pelas empresas do setor de comércio; tanto nos processos de conhecimento em matéria de consumo como nas execuções fundadas em título extrajudicial. Isso é um dado extremamente relevante se imaginarmos o perfil das empresas desse setor: pesquisa CNDL/SPCBrasil mapeou o perfil das MEI- empresas que possuem faturamento bruto anual de R$ 60.000,00, das micros que faturam até R$ 360.000,00 e das pequenas que faturam até R$ 3.600.000,00 e apontou que 52,5% dessas empresas pertencem ao segmento do comércio e 81,6% delas optaram pelo regime tributário do Simples- são mais de seis milhões de microempreendedores individuais segundo dados do Portal Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.

Relevante ainda é o apontamento que 21,6% dos gestores admitem que confundem as finanças da empresa com as finanças pessoais.

Conclui-se facilmente que, em sua maior parte, o empresário do comércio possui a característica de ser uma pessoa física “vestida” de pessoa jurídica, de forma que se avaliarmos por essa ótica (pessoas físicas transformadas em pessoas jurídicas para efeitos tributário/legal) podemos nos apropriar de outra pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que produz uma série de Indicadores de Percepção Social (SIPS), e afirmar que, em avaliação ao Poder Judiciário, usando uma gradiente de zero e quatro, o item “baixo custo para que todos os cidadãos possam defender seus direitos” recebeu nota 1,45: significa dizer que mais da metade das pessoas percebem que litigar é caro.

Ampliar o acesso do Mei, do Micro e do Pequeno empresário, passar por uma premissa: no Brasil a pessoa jurídica é apenas uma ficção obrigacional para inclusão dos cidadãos em política públicas de incentivo e políticas públicas fiscalizatórias; e por uma constatação: há diversas legislações que delega ao profissional de contabilidade a possibilidade de análise objetiva da capacidade econômica do litigante pessoa jurídica que requer os benefícios da gratuidade.

Ao aplicarmos a premissa da confusão patrimonial do empresário e da pessoa jurídica e ao entendermos que a responsabilidade do profissional de contabilidade está erigida no Código Civil, mais modernamente na Resolução n° 1445/13 que impõe ao particular, profissional de contabilidade, agir como investigador dos seus próprios clientes para denunciá-los ao Coaf – quando há suspeita de lavagem de dinheiro – e art.20 §2° da Resolução nº 1370/ 2011- que trata da fé pública do Contador, ambas do Conselho Federal de Contabilidade, importa em afirmar que a simples aferição desses instrumentos legais já imporiam ao judiciário o deferimento do benefício da gratuidade para empresa que anexa no seu pedido de Justiça Gratuita um declaração de um profissional de contabilidade afirmado a incapacidade momentânea de arcar com as taxas e emolumentos judiciais.

Alexandre Damásio é diretor jurídico da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo- FDCLESP e especialista em Direito Autoral pela Universidade de Brasília e em Direito Público pela ESA-OAB/SP

Governo cogita elevar Cide para não alterar meta fiscal

Da Exame

O governo estuda elevar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico sobre combustíveis para conseguir cumprir a meta fiscal de 2017, que prevê um déficit de R$ 139 bilhões, disseram, sob condição de anonimato, um integrante da equipe econômica e uma pessoa a par das discussões.

Na análise da Fazenda e do Planejamento, a Cide é a melhor alternativa entre os tributos porque depende apenas de um decreto do poder Executivo. Um dos cálculos analisados prevê uma arrecadação de R$ 3,7 bi ao ano para cada R$ 0,10 de Cide por litro de combustível.

Mas, como a contribuição só pode ser cobrada 3 meses após assinatura do decreto, se elevada em julho, ela só entraria em vigor em outubro.

A ideia do governo é de só elevar a Cide se as conta não fecharem com as medidas já anunciadas e em tramitação no Congresso, disseram as pessoas.

O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, insiste em não alterar a meta fiscal e busca se distanciar da prática adotada pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff que, ao encontrar dificuldades para fechar as contas, enviava ao Congresso diferentes estimativas para o resultado primário, disse uma das pessoas.

A necessidade por mais recursos acontece no momento em que o presidente Michel Temer precisa de margem de negociação no Congresso para manter votos de aliados, após pedido de abertura de investigação feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal.

Com crise política mais aguda, recuperação da economia acontece de forma mais lenta e tramitação de matérias econômicas no Congresso – o equivalente a R$ 20 bi sem as reformas – estão sendo afetadas.

Para o Novo Refis, a expectativa é de um aumento de R$ 15 bilhões nas receitas, sendo que, antes de mudanças no programa, estimativa era de arrecadar R$ 6 bilhões.

O projeto de lei que permite que União recolha precatórios não-sacados poderá adicionar mais R$ 8,6 bilhões ao primário. A renegociação da dívida previdenciária dos estados e municípios também deve ajudar as contas com R$ 2 bilhões.

Com a reoneração da folha, anunciada por Meirelles e que também depende de aprovação do Congresso, o governo espera recolher mais R$ 4,8 bilhões.

A segunda rodada de repatriação de recursos de brasileiros no exterior pode render outros R$ 10 bilhões e, caso as concessões saiam do papel neste ano, mais R$ 20 bilhões integrarão as contas. Há ainda a previsão de arrecadar R$ 20 bilhões com leilão de petróleo e gás.

A equipe econômica fará até 22 de julho nova reavaliação de receitas e despesas. O governo avalia que o limite para a frustração de receitas sem medidas adicionais é o que está colocado no último relatório de receitas e despesas, publicado em maio.

Para não sobrecarregar ainda mais o fiscal, a equipe econômica acertou com a área política que novas medidas para acalmar os ânimos dos congressistas e dos governadores serão adotadas através do BNDES.

O governo também reforça que já há emendas impositivas contabilizadas no orçamento de 2017 para serem distribuídas aos partidos.

Economist: Temer deve completar seu mandato, mas segue vulnerável

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Do Estadão Conteúdo

A revista britânica The Economist avaliou que o presidente do Brasil, Michel Temer, conta com boas chances de completar o seu curto mandato.

Na edição que chega às bancas e aos assinantes amanhã, o veículo destaca, no entanto, que ele segue vulnerável no cargo por causa de acusações de corrupção.

Para a publicação, desde maio, quando uma gravação de Temer, parecendo discutir o pagamento de subornos, havia a expectativa de que os promotores do país atuassem.

Então, em 26 de junho, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez a primeira acusação desse tipo contra um presidente no cargo.

Janot, explica o semanário, baseia suas acusações no áudio e no testemunho de Joesley Batista, o empresário bilionário que a gravou secretamente.

Isso resultou em uma operação em que o ex-assessor do presidente, Rodrigo Loures, foi filmado recebendo R$ 500 mil por, supostamente, ter intercedido na agência antitruste em nome de sua empresa.

Janot suspeita que o dinheiro, mais outros R$ 38 milhões prometidos por Batista, foi, de fato, destinado a Temer. O presidente se diz inocente e ressalta que seu relacionamento com Loures é tudo o que o liga ao pagamento.

A reportagem lembra que, mesmo antes das acusações, o governo Temer registrou a menor popularidade da história, com apenas 7% de aprovação.

Em junho, ele se manteve no cargo quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu liberá-lo e também a Dilma Rousseff, de quem era vice-presidente antes do impeachment no ano passado, de acusações de financiamento de campanhas ilícitas em 2014. Mas, segundo a The Economist, ele mantém apoio onde importa mais: no Congresso.

Para que o caso de Janot prossiga, é necessária a aprovação por dois terços dos deputados na Câmara. Temer, de acordo com a revista, parece ter apoio suficiente para tornar isso improvável.

Os deputados parecem ter decidido, de acordo com o veículo, que duas coisas são necessárias para dar-lhes uma chance de reeleição em 2018: uma retomada econômica e uma contenção da vasta investigação de corrupção chamada Lava Jato.

“Em nenhum dos pontos, a remoção de Temer os serviria bem”, avaliou o semanário. Na primeira, o presidente tem conseguido reduzir a inflação e obteve um retorno ao crescimento no primeiro trimestre do ano, bem como sinais de que suas reformas pró-mercado estão dando frutos. A reforma trabalhista mais flexível parece estar em progresso, conforme a publicação.

Quanto à Lava Jato, a revista cita que políticos de todos os lados estão sob suspeita, então a maioria concorda com a conveniência de enfraquecê-la.

Em 28 de junho, Temer anunciou que Raquel Dodge substituiria Janot quando seu mandato terminar em setembro. Eles esperam que ela tenha uma abordagem menos enfática.

Entre os insatisfeitos está Dilma, do Partido dos Trabalhadores (PT), de esquerda, que considera sua substituição um “golpe”. A reportagem salienta também que, a qualquer momento, o Superior Tribunal Federal (STF) pode se pronunciar contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda o político mais popular do Brasil, que tem meia dúzia de casos pendentes contra ele por corrupção e lavagem de dinheiro.

“Tudo isso significa que o Sr. Temer tem um bom espaço para completar os últimos 18 meses de seu mandato. Mas ele continua vulnerável”, considerou a The Economist.

Por exemplo: o Congresso pode procurar suavizar uma revisão impopular das pensões públicas, que reduzem o orçamento. Pode pedir mais em troca de apoio. E Janot, continua a publicação, deverá apresentar uma série de outras acusações contra o presidente – por aceitar outros subornos, bem como a obstrução da justiça. Vários de seus colegas já estão na prisão, como Loures, ou podem estar em breve.

“Os brasileiros, que marcharam em milhões para exigir o impeachment de Dilma, estão cansados de protestar. Mas outras revelações surpreendentes poderiam leva-los de volta às ruas.”

Rendimento médio do trabalhador fica em R$ 2.109 em maio

Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

O rendimento médio real habitual do trabalhador brasileiro ficou em R$ 2.109 no trimestre encerrado em maio deste ano. O valor é relativamente estável em relação aos observados no trimestre encerrado em fevereiro deste ano (R$ 2.102) e em abril de 2016 (R$ 2.062).

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com fevereiro, entre os grupamentos de atividade, apenas os trabalhadores domésticos tiveram crescimento no rendimento (1,5%), os demais se mantiveram estáveis. Na comparação com maio do ano passado, apenas o segmento de agricultura e pecuária teve crescimento de 7,8%, os demais se mantiveram estáveis.

A massa real de rendimentos, que é o total recebido habitualmente por todos os trabalhadores brasileiros, também ficou relativamente estável nos dois tipos de comparação, ao somar o valor de R$ 184,42 bilhões no trimestre encerrado em maio. Em fevereiro deste ano, o valor havia sido de R$ 183,07 bilhões e, em maio de 2016, de R$ 182,7 bilhões.

Caruaru tem racionamento de água reduzido

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Pedro Augusto

Apesar de terem provocado estragos nas infraestruturas de alguns municípios, os elevados índices de chuvas que caíram nas últimas semanas no Estado também trouxeram bons fluídos para a população pernambucana. Um bom exemplo disso se referiu à redução no sistema de racionamento de água, que estava sendo empregado desde março em Caruaru, provocando transtornos e muita dor de cabeça para os moradores locais. Após reunião realizada entre o governador Paulo Câmara e o presidente da Compesa, Roberto Tavares, na tarde da última segunda-feira (26), no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, ficou definido que, agora, o rodízio referente ao abastecimento nas torneiras dos caruaruenses corresponderá a cinco dias com água para 15 dias sem.

Até a confirmação da nova medida, encontrava-se em vigor na Capital do Agreste o sistema de rodízio de cinco dias com água para 20 dias sem. Em entrevista ao VANGUARDA, na manhã da última terça-feira (27), o gerente regional da Compesa, Mário Heitor, não só creditou os altos volumes de chuvas como fator preponderante para a redução no racionamento, mas também outro fator determinante. “O Governo do Estado vem destinando bastante recursos nos últimos anos para garantir uma segurança hídrica aos pernambucanos, através da implantação de novas barragens, como a do Pirangi, por exemplo, e com esses elevados volumes de chuvas que foram registrados nas últimas semanas, acabamos conseguindo diminuir o sistema de racionamento de água em Caruaru.”

O novo rodízio foi iniciado na Capital do Agreste ainda na terça, animando os caruaruenses, que assim como os moradores de outros municípios do Agreste, vêm sofrendo bastante com a escassez de água nas torneiras. “Graças a Deus tem chovido muito na região, desde o último mês de maio, e a situação aos poucos vem melhorando para todos nós que necessitamos de abastecimento. Esperamos que, agora, um volume de maior chegue até as nossas residências para que possamos ter uma vida melhor”, comentou o funcionário público Cleiton Souza. “Torcemos para que a Compesa cumpra à risca o novo calendário de abastecimento, que deverá ser divulgado para que a população não saia prejudicada”, reforçou a auxiliar contábil, Samara Monteiro.

De acordo com informações repassadas pela Gerência Regional da Compesa, até a manhã da última terça-feira a Barragem do Prata, que fica localizada em Bonito, e tem sido utilizada para abastecer Caruaru e mais cinco cidades do Agreste, encontrava-se com 79,8% da sua capacidade total de armazenamento, que é de 42 milhões de metros cúbicos de água. Para se ter ideia, este volume acumulado já garante segurança hídrica para prorrogar o uso da água do Prata até o próximo verão. “Os grandes temporais que vêm caindo trouxeram logicamente muita água para a nossa região, mas também proporcionaram alguns transtornos em relação aos nossos sistemas de abastecimento. Um exemplo disso foi a inundação da Estação Elevatória 1 do Pirangi, que acabou culminando na suspensão do abastecimento para Caruaru, através desta barragem”, acrescentou Mário Heitor.

Segundo a estimativa da Compesa, o sistema Pirangi deverá voltar a operar atendendo as demandas dos municípios no prazo máximo de 45 dias. Isso porque as fortes chuvas acabaram queimando painéis eletrônicos impedindo o funcionamento da Estação de Bombeamento. “Tão logo esses equipamentos foram danificados, a companhia encontra-se mobilizada para realizar os seus reparos. Acreditamos que até este prazo que foi divulgado, o manancial do Pirangi volte a contribuir para com o abastecimento de água em Caruaru. Desta forma, a cidade passará a contar com a atuação de dois sistemas”, finalizou o gerente regional.

A Compesa também tem como expectativa reduzir ainda mais o calendário de distribuição e, assim, ofertar mais água para a Capital do Agreste e demais cidades da região. Isso ocorrerá assim que a obra para ampliação das estações de bombeamento do Sistema do Prata/Pirangi for concluída, em setembro deste ano. O governador Paulo Câmara autorizou o investimento de R$ 2,6 milhões para instalação de novos conjuntos de moto bombas mais potentes, cujas obras estão em andamento, o que possibilitará, na prática, o aumento da capacidade de transporte de água do sistema de 740 litros por segundo para 950 litros por segundo.

“Sabemos das dificuldades que a seca prolongada trouxe e ainda está trazendo para todo o Agreste e o governo tem feito o possível para reduzir esse impacto. Esta foi mais uma medida nessa direção”, ressaltou o governador.

A recuperação da Barragem do Prata trouxe uma grande esperança para Caruaru, que teve o rodízio ampliado desde o colapso da Barragem de Jucazinho, localizada em Surubim, em setembro de 2016. Neste período, foi preciso implantar um calendário de quadro dias com água e 12 dias sem, que vigorou até fevereiro de 2017. Em março o calendário foi novamente ampliado para cinco dias com água e 20 dias sem, o que permaneceu até a implantação da nova medida.

ARTIGO — Proposta indecente

Por Maurício Assuero

Esta semana o Ministro da Fazenda anunciou que havia um estudo relacionado ao uso do FGTS em substituição ao seguro desemprego. Para ser mais claro: o FGTS do trabalhador demitido sem justa causa, seria pago em até 3 parcelas e somente após esse período seria pago o seguro desemprego. Caso ele conseguisse um emprego novo dentro desses três, obviamente, não haveria necessidade de seguro desemprego a ser pago. Simples assim.

Diga-se de passagem que o FGTS do trabalhador brasileiro não retrata, nem de longe, qualquer remuneração pelo tempo de serviço. O saldo da conta do FGTS é atualizado à taxa de 3% ao ano, acrescido da variação da TR – Taxa de Referência que é o mesmo indexador da caderneta de poupança e que é menor do que qualquer índice de inflação oficial. A TR é uma média da taxa de captação dos vinte maiores bancos do Brasil e tem sido usada, equivocadamente, como indexador de preço.

Em linhas gerais o governo se esforça para cortar gastos e salvar o orçamento. As ações adotadas são medíocres e estão no mesmo nível de dignidade de um presidente fraco, corrupto, vaidoso, que só enxerga o cargo e não o interesse da economia e da sociedade brasileira. Temer não tem moral para representar o país e a recente visita a Noruega foi taxativa. Muito triste um presidente ser cobrado publicamente para colocar um freio num sistema de corrupção que o envolve. Muito triste sabermos que por conta do aumento do desmatamento o fundo da Amazônia perdeu US$ 200 milhões. É lamentável o presidente reunir seus principais aliados para definir liberação de verbas para deputados se posicionarem contra o pedido de investigação. Junte tudo isso e analise se o Brasil vai sair dessa crise com este governo.

Estamos num momento de reavaliar a política econômica incentivando o emprego. A taxa de juros está sendo reduzida gradativamente e a expectativa de inflação está abaixo da meta, mais precisamente em 3,8% ao ano. Ótimo, agora falta renda para alavancar a economia. A proposta trabalhista está ameaçada no senado. A previdenciária tem tudo para não decolar e se fizer mais concessão, pode dizer adeus ao controle dos gastos.

Finalmente, como desgraça geralmente vem em “quilo”, a posição dos Estados Unidos em não comprar carne in natura foi um golpe duro para o setor. Acertada a decisão do Ministro da Agricultura em viajar para tentar reverter esta decisão. O que não pode é permitir que a economia seja mais enfraquecida. O Brasil não aguenta mais.

Taxa de desemprego no país se mantém em 13,3%, diz IBGE

Da Agência Brasil

A taxa de desemprego no país ficou em 13,3% no trimestre encerrado em maio deste ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa manteve-se estável em relação ao trimestre encerrado em fevereiro. Na comparação com o trimestre encerrado em maio de 2016, no entanto, houve um aumento de 2,1 pontos percentuais, já que naquela ocasião a taxa havia sido de 11,2%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada hoje (30) pelo IBGE. Esta foi a maior taxa de desocupação para um trimestre encerrado em maio desde o início da série da pesquisa, em 2012.

O nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas em idade de trabalhar, também atingiu o menor nível da série histórica da pesquisa para trimestres encerrados em maio (53,4%). Em relação a maio de 2016, houve queda de 1,3 ponto percentual (54,7%).

Segundo a Pnad, a população desocupada chegou a 13,8 milhões de pessoas, permanecendo estável em relação a fevereiro e crescendo 20,4% em relação a maio de 2016 (2,3 milhões de pessoas a mais).

A população ocupada, de 89,7 milhões, também manteve-se em relação a fevereiro, mas caiu 1,3% (menos 1,2 milhão de pessoas) em relação a maio de 2016. Os empregos com carteira assinada somaram 33,3 milhões, 1,4% a menos do que fevereiro (menos 479 mil pessoas) e 3,4% a menos do que maio de 2016 (menos 1,2 milhão de pessoas).

DeVry|Unifavip oferece cursos de ensino à distância em Caruaru

O Centro Universitário do Vale do Ipojuca (Devry|Unifavip) agora conta com cursos de Ensino à Distancia (EAD) para alunos de Caruaru. Serão seis cursos tecnológicos de dois anos de duração com ambiente de estudos totalmente virtual e toda a estrutura do Unifavip à disposição dos alunos. As inscrições já estão disponíveis no site da instituição e a prova, em formato de seriado, dá direito à matricula e reserva de vagas para formação de turmas.

Os cursos que estarão à disposição para o EAD do Unifavip são Logística, Recursos Humanos, Marketing, Processos Gerenciais, Gestão Financeira e Gestão Comercial. Os alunos estudarão em ambiente completamente online durante todo período do curso, exceto uma vez na semana, quando terão aulas com um professor orientador, para a construção de um projeto que unirá tudo o que foi aprendido nas disciplinas e que deverá ser entregue ao final do módulo. Luciana Lemos, Pró-reitora Acadêmica da instituição, explica que o EAD também oferece toda a estrutura do Unifavip para os alunos. “Os alunos desta modalidade vão ter o mesmo beneficio dos alunos presenciais, ou seja, a casa, a biblioteca, as aulas de inglês online e toda nossa estrutura”.

As provas que darão ingresso às vagas no EAD do Unifavip acontecem nas quartas e nos sábados. O exame terá 20 questões mais uma redação. Após a realização da prova, o aluno poderá se matricular e reservar vaga para as turmas de 2017.2. Mais informações e inscrições através do https://www.devrybrasil.edu.br/unifavip ou pelo telefone 4020-4900.