Jogos educativos ajudam a reduzir a ansiedade da matemática nas escolas brasileiras

As plataformas de jogos educativos são hoje grandes aliadas para reduzir a ansiedade da matemática. A afirmação é da pedagoga Ana Paula Carmagnani, especialista educacional da Matific Brasil, startup israelense especializada em gamificação para o estudo da matemática desde a educação infantil até o sexto ano.

Segundo a especialista, pesquisas mostram que as crianças podem gostar ou não da matemática e que tudo vai depender de como são ensinadas e de quais crenças são passadas a elas pelos pais e educadores. “O ideal é dizermos às crianças o quanto é importante aprender os conceitos da matemática, principalmente em um mundo altamente tecnológico em que vivemos”, explica Ana Paula. A prevalência da ansiedade da matemática varia muito ao redor do mundo. Alguns estudos mais recentes apontam uma prevalência estimada de 17 a 30% da população em geral.

Para a pedagoga, muitos jogos educativos trazem para as crianças situações reais do dia a dia, o que ajuda o aluno a entender os conceitos mais abstratos da matéria. “Como os jogos educativos contribuem para a construção do conhecimento, graças ao seu aspecto lúdico, tais plataformas têm ajudado a reduzir de forma significativa o medo da disciplina, além de aumentar o envolvimento dos alunos com a matéria”, diz Ana Paula

A plataforma da Matific é utilizada atualmente por cerca de 100 mil alunos de São Paulo, de mais de 100 colégios públicos do estado paulista, além das principais instituições particulares.

Ansiedade da matemática é uma reação emocional debilitante relacionada à disciplina, que causa sentimentos de tensão que interferem no aprendizado, na vida acadêmica e na vida diária de forma geral. “A ansiedade da matemática pode ser leve ou severa e não afeta apenas a vida escolar, mas também todo o desenvolvimento. Pessoas que desenvolvem essa condição podem, por exemplo perder oportunidades de trabalho ao longo da vida, por exemplo”, explica Ana Paula.

Durante os anos escolares, é natural, segundo a pedagoga, ter certo nível de ansiedade em relação aos conteúdos, e esse sentimento até ajuda no aprendizado. “Entretanto, se a ansiedade está fora do controle, esse sentimento inibe a predisposição para aprender, porque desorganiza as respostas cognitivas”, explica. “A ansiedade interfere também na memória de trabalho, aquela que permite que a mente retenha diversas informações de uma vez. A ansiedade “rouba” recursos dessa memória, afetando o processo de aprendizagem”, acrescenta a pedagoga.

“Como os conceitos matemáticos são abstratos, o aprendizado da matéria é um verdadeiro desafio e pode se tornar um problema emocional para boa parte dos estudantes, que acabam desenvolvendo a chamada ‘ansiedade da matemática. Os jogos educativos online, como os oferecidos pela Matific, podem mudar esse cenário’, conclui a pedagoga Ana Paula Carmagnani.

Sobre a Matific (https://www.matific.com/bra/pt-br)

A Matific é uma empresa startup Israelense que desenvolveu um premiado sistema educacional de matemática, projetado por uma equipe de especialistas e professores de matemática, engenheiros de software e desenvolvedores de jogos. A pedagogia é baseada no trabalho do professor Raz Kupferman da Universidade Hebraica (Hebrew University) em Jerusalém, e do professor Shimon Schocken do Centro Interdisciplinar de Herzelia. O sistema Matific é adotado em mais de 40 países, com um milhão de alunos, três milhões de jogos executados por mês e diversos prêmios internacionais por sua pedagogia e tecnologia.

Dia “D” da Campanha de Vacinação Antirrábica será neste sábado

A Campanha Nacional de Vacinação Antirrábica, que foi iniciada na zona rural de Caruaru desde o dia 15 de maio, terá seu dia “D” realizado neste sábado (27). Serão 47 postos de vacinação, espalhados em cerca de 30 bairros da cidade.

Ainda na pré-campanha, nos dia 26, as equipes estarão vacinando na comunidade de Lages, zona rural de Caruaru. Neste ano, a meta é vacinar 44.668 animais, sendo 35.168 cães e 9.500 gatos. Para isso, a ação contará com mais de 250 profissionais, 12 estudantes de veterinária da UFRPE, voluntários, além do apoio de bombeiros civis.

Os criadores de cães e gatos deverão levar os seus animais até o posto de vacinação mais próximo de sua residência para que eles possam ser vacinados. O departamento de Vigilância Ambiental salienta que os cães de pequeno porte devem estar de coleira e guia, já os cães maiores deverão estar com focinheira. Crianças não podem ser as condutoras dos animais na hora da vacinação.

A gerente de Vigilância Ambiental, Claudia Agra, alerta que a raiva é uma doença perigosa e precisa ser evitada, por isso a importância da vacina.

Confira os bairros que receberão os postos de vacinação.

LISTA DE BAIRROS

Salgado
Alto da Boa Vista
Santa Maria Gorete
São João da Escócia
Cohab III
Morada Nova
Rendeiras
Cedro
Inocoop
Antônio Liberato
Indianópolis
Maria Auxiliadora
João Mota
Caiucá
Kennedy
Padre Inácio
Jose Carlos de Oliveira
Nova Caruaru
Jardim Panorama
Boa Vista I
Divinópolis
Centenário
São Francisco
Centro
Maurício de Nassau
Vassoural
Agamenon Magalhães
Santa Rosa
Petrópolis
Severino Afonso
Alto do Moura

Ministro anuncia retomada de mais de 2.600 unidades habitacionais em PE

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, anunciou na manhã da última sexta-feira (26), no Recife, a retomada de 2.600 unidades habitacionais da Faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida em todo o Brasil, o que representa mais de R$ 200 milhões em investimento. Na oportunidade, durante abertura do Feirão da Caixa Econômica Federal, o ministro autorizou o reinício das obras de 576 unidades habitacionais dos Residenciais Dona Lindu I e II na Granja Luciana, antigo Engenho Roncari, no município de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife.

Com investimento de R$ 36 milhões, mais de duas mil pessoas devem ser beneficiadas com os residenciais.

“Eram 60 mil unidades paralisadas em todo o Brasil. Já retomamos mais de trinta e três mil e, semana que vem, vamos anunciar, em Pernambuco, novos empreendimentos da Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida para o estado. Todas as grandes obras realizadas aqui estão sendo executadas com recursos do Governo Federal”, destacou o ministro.

Ao longo da próxima semana, Araújo já antecipou que deve ser retomada a construção de mais 20 mil unidades habitacionais em todo o Brasil.

Durante a solenidade, o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Nelson Souza, desejou bons negócios na 13ª edição do evento e ressaltou a atuação do Ministério das Cidades. “O ministro vem realizando um trabalho eficiente, equilibrado e com resultados muito positivos”, enfatizou.

Araújo ressaltou a importância da parceria com a Caixa Econômica Federal e, após a abertura oficial do evento, visitou diversos estandes do Feirão, acompanhado pelo vice-presidente da Caixa, funcionários da instituição e pela representante do Ministério das Cidades em Pernambuco, Izabel Urquiza. “Espero que neste ano o Feirão tenha um resultado ainda melhor”, finalizou o ministro.

Apenas 14% poupam pensando na aposentadoria

Entre os consumidores que não pouparam em março, a principal justificativa foi a renda baixa, mencionada por 44% dos entrevistados. Os imprevistos também se destacaram, citados por 16% e outros 13% disseram estar sem renda no momento. Além destes motivos, 9% citaram o fato de não conseguirem controlar os gastos e 6% a falta de disciplina.

“Se o consumidor ganha pouco, não é preciso guardar muito. O importante é criar o hábito de poupar. É isso que faz toda a diferença, pois afasta o mau hábito de gastar além do orçamento e constitui uma reserva financeira contra imprevistos”, diz Marcela Kawauti.

Já entre os entrevistados que conseguiram poupar, a maior parte (37%) se diz motivada por imprevistos como doenças, mortes e problemas diversos. Há também 31% que falam em garantir um futuro melhor para a família e 22% que pretendem reformar ou quitar um imóvel. A preocupação com a aposentadoria não é algo que se destaca, citada somente por 14% dos que pouparam.

“Há uma priorização da realização dos planos de consumo na comparação com o preparo para a aposentadoria, mas não se deve negligenciar esse último objetivo: a boa prática financeira recomenda que se faça uma reserva para imprevistos, incluindo aí a contingência do desemprego, para a realização de sonho de consumo e outra para o longo prazo, para a aposentadoria”, conclui Kawauti.

Metodologia

O indicador calcula a poupança do brasileiro baseada no dinheiro guardado no mês anterior a pesquisa. A pesquisa abrangeu 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

64% dos que poupam escolhem a poupança como destino da reserva financeira

O indicador ainda mostra que, em março, entre aqueles que possuem reserva financeira, mais da metade (55%) fizeram uso dos recursos poupados. Os principais motivos foram o pagamento de contas da casa (13%), imprevistos (11%), despesas extras (9%), viajar (4%) e comprar uma casa ou apartamento (4%).

Considerando o destino dos rendimentos, 64% escolhem a caderneta de poupança. Em segundo lugar, 20% dos entrevistados decidem manter o dinheiro guardado na própria casa. Em seguida, aparecem os fundos de investimento (10%); a Previdência Privada (7%); o CDB (6%); e o Tesouro Direto (4%).

Segundo a economista, a escolha da modalidade deve sempre levar em conta o propósito da reserva. “Se o objetivo é de longo prazo, o poupador deve buscar o melhor rendimento. Essa busca implica, muitas vezes, disciplina e um esforço de pesquisa dos melhores tipos de investimentos existentes mas pode levar a escolhas melhores. Já se o objetivo é constituir uma reserva contra imprevistos, será mais conveniente optar por um investimento com maior liquidez, isto é, mais facilidade de saque, como a poupança e os CDBs sem carência, por exemplo”, analisa Kawauti.

65% dos brasileiros não possuem reserva financeira

O Indicador de Reserva Financeira, calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 65% dos brasileiros não possuem reserva financeira. Em março, 76% dos consumidores não conseguiram poupar, contra 19% que conseguiram guardar dinheiro.

Observando os dados por classe de renda, a proporção de poupadores foi maior nas classes A e B do que nas classes C, D e E. No primeiro caso, 37% pouparam, ante 60% que não pouparam. Já entre aqueles com menor renda, 13% pouparam, ante 80% que não reservaram nenhuma quantia. Apesar da diferença, em ambas as classes a maioria não poupou em março.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o baixo número de poupadores tem relação direta com a crise econômica, que potencializa a falta de cultura de poupar. “O desafio de boa parte das famílias é superar a queda da renda decorrente do aumento do desemprego e do avanço recente da inflação, que corroeu o poder de compra do consumidor.”

Em média, aqueles que conseguiram poupar guardaram R$ 502 em março – um total de R$ 14,2 bilhões poupados no mês.

Remédio barato – faturamento de farmácias populares cresce 83,44% no último ano

A aposta em um modelo de farmácias atrativas, com aparência chamativa, instalações práticas e preços competitivos fez com que as 417 lojas das redes populares ligadas à Farmarcas conquistassem um expressivo crescimento, muito acima do mercado.

Somando todas as lojas das redes Ultra Popular, Super Popular e Maxi Popular, se obtém um índice de crescimento orgânico no faturamento de 83,44%, chegando ao montante de R$683 milhões; em 2015, o valor foi de R$372,5 milhões. Os números são o resultado da soma do crescimento do número de lojas e do aumento do faturamento individual.

Um fato que se destaca é que mesmo farmácias que já adotam há mais de três anos esse modelo popular obtiveram um grande crescimento, atingindo o índice de 20,38% apenas em dezembro. O dado é relevante, pois, geralmente, as empresas apresentam um crescimento maior logo após a mudança de modelo de trabalho, contudo, essas lojas mostraram uma evolução acima do mercado mesmo após a consolidação do modelo.

Em relação ao número de farmácias, as redes populares começaram 2016 com 255 lojas abertas em todo o país e terminaram atingindo a marca de 402 estabelecimentos. Mas o mais relevante é a conquista de mercados estratégicos que pareciam muito complexos pela distância geográfica, como é o caso de aberturas de unidades no Acre e Pará.

“Temos o objetivo de atuar nas mais variadas localidades do país, por isso, montar uma logística para atender associados nessas localidades e acompanhar os ótimos resultados obtidos é fundamental para a Farmarcas. Isso garante que não existem fronteiras dentro do país para esse modelo inovador de farmácia”, explica Edison Tamascia, presidente da Farmarcas, acrescentando que já existem lojas em 18 estados.

Posicionamento estratégico

As redes populares possuem um posicionamento estratégico bem definido: serem reconhecidas em qualquer lugar do Brasil como referência em preço baixo ao consumidor com um alto nível de atendimento, mesclando isso à padronização de layout e excelência na gestão.

“Infelizmente, ainda se tem uma percepção por parte dos empreendedores de que lojas populares não priorizam a qualidade e a boa gestão, mas com o modelo adotado e os resultados apresentados quebramos esse paradigma. A satisfação dos proprietários das lojas é tão positiva que grande parte está projetando ou abrindo novas farmácias”, conta Tamascia.

A Farmarcas busca proporcionar constante capacitação para as farmácias das redes associadas e um modelo de gestão de negócios inovador, oferecendo facilidade no acesso a informações estratégicas para a tomada de decisão.

Outro benefício se dá na negociação coletiva com fornecedores, como ocorre com a obtenção de taxas mais competitivas junto às operadoras de cartão de crédito e débito e com compras em condições comerciais agressivas.

Porém, para que os resultados sejam atingidos é necessário que os associados se atentem a uma séria de ajustes que proporcionam a excelência nas operações, tendo um acompanhamento muito próximo por parte da sede central, localizada em São Paulo. Mas, para as farmácias, as estratégias são passadas de forma simples e ágil, permitindo que o proprietário tenha maior foco e assertividade em ações que visem o crescimento do negócio.

Vereadores de Caruaru querem a saída de Temer

Wagner Gil

Depois que alguns vídeos e gravações da delação do Grupo JBS vieram à tona e envolveram o nome do presidente Michel Temer (PMDB), no país não se fala em outra coisa a não ser a saída do chefe do Executivo nacional. Na última quarta-feira (24), um protesto tomou conta do Congresso, fazendo com que ele autorizasse o uso das forças militares para conter os manifestantes. No dia seguinte, devido à péssima repercussão desse ato, o Palácio do Planalto publicou edição extra do Diário Oficial da União cancelando a decisão.

Em Caruaru, no mesmo dia dos protestos, a reportagem VANGUARDA foi à Casa Jornalista José Carlos Florêncio ouvir a opinião dos edis. Nesse dia, quatro faltaram: Lula Torres (PDT), Cecílio Pedro (PMDB), Leonardo Chaves (PDT) e Edjaílson da CaruForró (PRTB). Os 19 presentes foram a favor da saída do presidente. Quem puxou o coro foi Marcelo Gomes (PSB), que usou a tribuna para defender o impeachment de Michel Temer. “O mais grave é a conversação ter comprovado que o Governo Federal se tornou um espaço normal de negociações indevidas com a concordância do chefe do Executivo”, disparou o socialista.

Heleno Oscar (PEN) disse que estava decepcionado com a política nacional e, dificilmente, irá votar para presidente em 2018. “Desses nomes que estão aí sendo colocados, não voto em nenhum”, completou Heleno.

Para Ranílson Enfermeiro (PDT), quanto maior for a demora da queda, a população é que pagará ‘o pato’. “Ele não tem a mínima condição de ficar no cargo. Quanto mais tempo ele passar, só vai aumentar o caos no país e tudo ficará cada vez pior. Seja na saúde, na educação e, principalmente, na economia. A tendência é só piorar”, disse.

Única mulher na Câmara, Zezé Parteira (PV) também é a favor da saída do presidente. “O país dava sinais de reação em algumas áreas e, de repente, uma bomba dessas. Tem que sair, não pode ficar”, argumentou. “Temer não tem as mínimas condições de permanecer no cargo de presidente da República. É importante que esses fatos apareçam para que a população possa a cada ano fazer uma filtragem na política”, comentou Ricardo Liberato (PDT).

DIRETAS JÁ

Também teve vereador que, além de defender a saída do presidente, quer eleições diretas. De acordo com a constituição atual, caso haja vacância no cargo de presidente (Temer já era o vice de Dilma e assumiu com o impeachment), o primeiro na linha sucessória é Rodrigo Maia (DEM-RJ) e, na sequência, o presidente do Senado, Eunício Oliveira. Os dois também são investigados na Lava Jato por receberem suborno e utilizarem recursos de caixa 2 em campanhas eleitorais.

Atualmente o Supremo Tribunal Federal tem o entendimento de quem está sendo investigado não pode entrar na linha sucessória da Presidência da República. Esse parecer veio há alguns meses, pois havia a possibilidade do ex-deputado Eduardo Cunha assumir a Presidência do país, caso a chapa Dilma/Temer fosse cassada no TSE. Cunha foi condenado na Operação Lava Jato e perdeu o mandato de deputado, continuando preso na carceragem da PF em Curitiba.

O vereador Daniel Finizola (PT) quer eleições diretas. “Seria mais legítimo o povo escolher e, na atual linha sucessória, todos estão sendo acusados ou investigados de algo”, alertou o edil. “O país estava andando bem e recuperando empregos. Agora o presidente não tem mais condições de ficar”, alertou Galego de Lages (PSD).

Para Sérgio Siqueira (PT do B) é “inadmissível o envolvimento do presidente em falcatruas, ou até mesmo na prevaricação de crimes, como sugere o áudio que foi amplamente divulgado nas mídias”. “Quando o cidadão chega ao cargo de presidente, deve dar exemplo. Quem atua na vida pública tem que agir de forma correta e transparente. O presidente perdeu essas condições”, disse.

Líder da oposição, Alberes Lopes (PRP) também defendeu a renúncia. “Realmente fica difícil para o presidente reconquistar a credibilidade junto ao mercado. As mudanças que estão sendo propostas por seu governo são importantes, mas, com ele no comando, a tendência é de mais tumultuo e traz um futuro incerto”, analisou.

Dos vereadores que faltaram, nossa equipe conseguiu falar com um que também quer a saída de Temer. “Ele perdeu todas as condições de credibilidade e de permanecer no cargo mais importante do Poder Executivo”, disse Leonardo Chaves. “Homem público não pode se envolver em falcatruas. Não pode querer levar vantagem”, completou o edil.

O presidente da Casa, Lula Torres, estava doente e Cecílio Pedro e Edjaílson haviam viajado.

Audiências marcaram semana na Câmara de Vereadores

Wagner Gil

Esta semana a Casa Jornalista José Carlos Florêncio foi tema de várias audiências públicas que debateram ações importantes e que podem contribuir de forma significativa para o desenvolvimento da cidade em vários aspectos, que vão do LGBT, passando pelos cuidados com a reserva ecológica de Serra dos Cavalos, até a importância da 3ª Entrância em Caruaru.

A primeira AP da semana foi realizada na manhã da terça-feira (23), debatendo sobre ‘Cidadania LGBT’, com a participação de movimentos sociais, mães e pais de LGBTs e representações institucionais. A audiência contou ainda com as presenças de Gi Carvalho, do Coletivo Mães Pela Diversidade; Roberta Granville, do Núcleo de Gênero do Centro Universitário Tabosa de Almeida (Asces-Unita); Maxwell Vignolli, promotor público; Ana Dourado, secretária executiva de Direitos Humanos, e Émerson Santos, do Coletivo Lutas e Cores, representando o Conselho Estadual LGBT.

Também estiveram presentes familiares de Marlon Wesley, espancado até a morte em mais um crime de homofobia. Marlon tinha apenas 24 anos e teve traumatismo craniano. Encaminhado para o Hospital da Restauração, no Recife, o jovem não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia 27 de abril último. “Não é só pelo meu irmão que nós estamos aqui, porque dessa vez foi ele, mas poderia ser qualquer outro”, disse Ingrid Lucas. “Foi um evento importante e prestigiado. Precisamos avançar nessa causa de combate ao preconceito em todas as suas esferas”, afirmou o vereador Daniel Finizola (PT), propositor da AP.

PARQUE ECOLÓGICO

Já na quinta-feira (25) o debate foi sobre a atual situação do Parque João Vasconcelos Sobrinho, conhecido como a Reserva de Serra dos Cavalos. A audiência, que foi proposta pelo vereador e presidente da Comissão de Meio Ambiente, Fagner Fernandes (PTdoB), reuniu representantes de órgãos ligados ao meio ambiente e à segurança pública. Entre os presentes estavam os vereadores que integram a Comissão de Meio Ambiente, Heleno Oscar (PEN) e Bruno Lambreta (PDT), além do secretário executivo de Sustentabilidade e Desenvolvimento Agrário, Felipe Mendonça.

Durante o encontro, Fagner Fernandes apresentou relatório que foi elaborado, tendo como base a visita ao local realizada no dia 13 de fevereiro. Dentre vários pontos, o relatório apresentou falta de segurança, poucos servidores trabalhando, ausência de equipamentos, como rádios comunicadores, e transporte insuficiente para cobrir toda a área.

Após as reivindicações descritas no relatório, a Polícia Militar se comprometeu com a retomada das rondas durante os fins de semana. Já a Secretaria de Sustentabilidade e Desenvolvimento Agrário prometeu destinar recursos provenientes de compensações ambientais para o planejamento e execução de estratégias que possam garantir a preservação e a segurança no local. “Saber que a nossa única reserva ecológica está sendo destruída pela mão humana é lamentável. Temos que lutar para garantir a preservação de uma de nossas maiores riquezas”, argumentou o edil.

3ª ENTRÂNCIA

O objetivo do encontro, promovido por Leonardo Chaves (PDT), foi debater o tema de forma ampla com autoridades e representantes da sociedade civil, destacando a necessidade na melhoria dos serviços do Judiciário no município. Estiveram presentes o vice-presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, dr. Adalberto de Oliveira Melo; o secretário Geral da OAB-PE, Fernando Ribeiro, além dos deputados Laura Gomes (PSB) e Tony Gel (PMDB).

A 3ª Entrância pode significar um maior aporte de recursos e melhor estrutura de servidores. Isso terá um impacto positivo no andamento dos processos, por exemplo. No caso dos juízes que atuam na cidade, eles seriam estimulados a permanecerem prestando serviços à população de Caruaru.

A 3ª Entrância refere-se a assuntos de natureza administrativa à organização do Judiciário. Ao mesmo tempo, representa um degrau na carreira de juiz, como também classificação das comarcas, de acordo com a sua importância. A entrância caracteriza-se pelo volume de processos da região, a força do município, número de habitantes, eleitores, entre outros critérios.

Benefícios em acordo de delação premiada de Joesley e Wesley, donos da JBS, podem ser revistos

O acordo de delação premiada do grupo J&F, realizados pelos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista, está envolto por polêmicas devido aos benefícios concedidos aos irmãos. Os dois não responderão criminalmente pelo esquema de propinas que revelaram a procuradores da República, poderão viver nos Estados Unidos livremente, não usarão tornozeleiras eletrônicas e terão dez anos para pagar uma multa de R$ 225 milhões.

Nenhum outro delator conseguiu os benefícios concedidos aos donos da JBS. Conforme reportagem do O Estado de S. Paulo, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não descartam a possibilidade de revisar os benefícios aos empresários no acordo de delação premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR). No entanto, a situação não é consenso entre os 11 membros da Corte.

Ao homologar as delações executivos, o ministro relator da Operação Jato no STF, Edson Fachin, “grifou, em seu despacho, trecho sobre a não realização de “juízo de valor” sobre os fatos delatados. Fachin ainda escreveu que “não cabe” ao Judiciário, “neste momento, a emissão de qualquer outro juízo quanto ao conteúdo das cláusulas acordadas” – informa reportagem.

Dois ministros do STF já sinalizaram que a revisão dos benefícios concedidos aos empresários pode acontecer. O ministro Marco Aurélio afirmou publicamente que “quem fixa os benefícios é o Poder Judiciário”. Indicado ao cargo pelo presidente Michel Temer, Alexandre de Moraes, também já deu sinais de que o acordo pode mudar. De acordo com ele, a fixação dos benefícios para os delatores só deve ser feita na fase final do processo, após ficar comprovado que o que foi dito pelos delatores é verdade e foi essencial para desbaratar a organização criminosa.

Aos repórteres Isadora Peron, Beatriz Bulla e Breno Pires, em off, outro ministro do STF também admitiu a revisão da colaboração da JBS. Para outros integrantes da Corte, “se a investigação não confirmar os fatos revelados em razão de problemas na delação, o delator pode ficar sem os benefícios previstos. O que foi dito e produzido em termos de provas continua sendo aproveitado pelo Ministério Público Federal” – diz trecho da matéria publicada nesta sexta-feira (26).

Extradição

Na última quarta-feira (24), O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) protocolou no Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, um requerimento oficial em que pede a extradição de Joesley Batista, dono da JBS.

No documento, o parlamentar alega que há crimes contra a ordem econômica que não estão englobados no acordo firmado entre os sócios do Grupo JBS e a Procuradoria-Geral da República (PGR).