86% dos brasileiros querem a saída de Eduardo Cunha, aponta Ibope

Pesquisa realizada pelo Ibope, entre os dias 5 e 9 de dezembro, constatou que 86% dos brasileiros querem a cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O parlamentar é investigado pela Operação Lava Jato, acusado de ter recebido US$ 5 milhões de propina. Cunha mentiu ao Congresso, em depoimento da CPI da Petrobras, alegando que não tinha dinheiro no exterior, razão pela qual é processado no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar. Seu afastamento do comando da Câmara já foi pedido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal.

Do total de 2002 entrevistados em todo o país pelo país, apenas 9% desejam que ele permaneça no cargo. Outros 5% não responderam. Os que querem Cunha sem mandato superam aqueles que defendem o impeachment de Dilma Rousseff.

De acordo com a mesma pesquisa, 67% apoiam o impedimento, enquanto 28% são contrários. 4% não responderam. Segundo o Ibope, 90% dos que são favoráveis ao impeachment também querem a cassação de Cunha.

Os número do Ibope são mais expressivos do que os revelados pelo Datafolha do final de novembro. Pesquisa realizada pelo instituto nos dias 25 e 26 de novembro mostrou que 81% dos brasileiros acham que o presidente da Câmara deveria ter o mandato cassado. No levantamento, 7% são contra a cassação do deputado, enquanto 4% são indiferentes e 9% não souberam responder. Na estratificação, 90% dos eleitores com nível superior de escolaridade querem a cassação de Cunha, percentual idêntico ao apurado entre o segmento dos mais ricos, aqueles com renda familiar mensal acima de dez salários mínimos 

Depois do feriadão, LEVA volta em janeiro 

A Associação das Empresas de Transportes de Passageiros de Caruaru – AETPC informa que os serviços do cartão Leva, realizados no Shopping Difusora, estarão suspensos durante o feriadão de Ano Novo. Nesta quinta-feira (31), o atendimento será das 8h às 12h.

O atendimento volta a ser realizado na próxima segunda-feira (04/01), em horário normal, das 8h às 18h e aos sábados, das 10h às 14h, no 3º piso do Shopping Difusora.

“Em virtude das comemorações de fim de ano, o atendimento ao cartão LEVA estará suspenso, retornando apenas no dia 4 de janeiro. Orientamos aos usuários do transporte coletivo que neste período procurem os postos de recarga espalhados na cidade para recarregar o cartão”, explicou Ana Rebeca Passos, Assessora Institucional da AETPC.

Prefeitura comemora dados de aprovação do Instituto Freud 

 A Administração de Caruaru é aprovada por 64% dos participantes, somatório dos Indicadores, Ótimo, com 35% e Bom, com 29%, em pesquisa realizada pelo Instituto Freud, no mês de dezembro. A amostra de 306 entrevistas, cobre as populações urbana e rural do município. A margem de erro adotada foi de 3%.

A pesquisa não coletou dados sobre a atuação individualizada dos diversos setores do Governo Municipal. Informação recente do anuário da FIERJ dá conta de que Caruaru conta com a saúde básica em nível de excelência, o que deve ter se refletido na aprovação da Administração.

Para 12% dos entrevistados a ação da municipalidade é vista como Regular, enquanto para 9% a avaliação é negativa, somando Ruim e Péssimo. Os números colocam Caruaru numa situação privilegiada quando comparada a diversos municípios de Pernambuco.

Zona Rural recebe mutirão de combate à dengue nesta terça 

 A Prefeitura de Caruaru realiza nesta  terça-feira (29), a partir das 8h da manhã um grande mutirão contra o Aedes na Zona Rural. As localidades beneficiadas serão os sítios de Lages e Malhada de Barreiras Queimadas. 50 agentes de endemias estão escalados para os trabalhos de controle do mosquito. As ações seguem até meio dia.

As atividades da equipe serão inspeção, tratamento e eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti em visitas domiciliares, controle mecânico com remoção de materiais inservíveis e recolhimentos de pneus; tratamento de imóveis de difícil acesso; distribuição de peixes larvófagos com orientações a população para o controle do vetor; identificação e notificação de imóveis, terrenos e estabelecimentos comerciais que põe em risco a saúde pública ; notificação de pacientes suspeitos de dengue, zica e chikungunya pela Vigilância Epidemiológica, além de distribuição de panfletos. 

Sefaz Caruaru prorroga atendimento para pagamentos de tributos

Para quem deseja regularizar débitos em atraso e começar o ano sem pendências, a Secretaria da Fazenda Municipal terá seu atendimento prorrogado esta semana, das 7h às 17h na segunda, terça e quarta-feira. Já no dia 31, o atendimento será até às 13h. É uma ótima oportunidade para aproveitar os últimos dias do Refaz em 2015.

Os contribuintes que estão com débitos de IPTU, ISS, ITBI e taxas atrasadas podem aproveitar para fazer uma negociação através do programa Refaz, que oferece descontos de 70% nos juros e multas ou parcelamento em até 6 vezes. Quem não aproveitar esta última chance será incluído na dívida ativa do município. A Sefaz é localizada no Centro Administrativo, na avenida Rio Branco, nº 315, Centro.

Confira os ganhadores do Caruaru da Sorte

1º PRÊMIO CINCO MIL REAIS (R$ 5.0OO,OO)
GANHADOR: CLARICE JUSSINO DOS SANTOS GANHADOR: JOSÉ REGINALDO XAVIER
CERTIFICADO: 60.479 CERTIFICADO: 83.399
ENDEREÇO: TRAV. REDENTOR Nº 28 ENDEREÇO: RUA JOAQUIM TABOSA Nº 124
CIDADE: SÃO PEDRO – BEZERROS CIDADE: CENTRO – TORITAMA
VENDEDOR: ANDRÉ DA FARMACIA VENDEDOR: DIST. PREGUINHO
BOLAS: 59 17 23 46 32 35 22 05 56 20 37 13 50 39 10 58 51 54 24 41 33 44 28 18 26 15 14 38 36 06 25 49 31 30 52 21 42.
2º PRÊMIO CINCO MIL REAIS (R$ 5.000,00)
GANHADOR: ARLINDO DEODATO BATISTA
CERTIFICADO: 53.929
ENDEREÇO: RUA MARIA FRANCISCA RAMOS Nº101
CIDADE: BELA VISTA – SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE
VENDEDOR: SANDRO – DIST. RENATO E JANIQUELE
BOLAS: 09 19 41 01 05 10 13 17 11 22 24 12 33 44 25 02 48 59 23 38 43 39 14 57 35 20 55 37 04 30 07 26 16 32 54.
3º PRÊMIO CINCO MIL REAIS (R$ 5.000,00)
GANHADOR: DAMIÃO FELICIANO DA SILVA
CERTIFICADO: 33.986
ENDEREÇO: SÍTIO CURRAL VELHO
CIDADE: ZONA RURAL – SÃO CAETANO
VENDEDOR: THAIS CÍCERA – DIST. ALCICLEIDE
BOLAS 31 59 12 07 16 05 26 50 57 19 24 08 28 58 36 27 41 34 17 47 46 45 20 42 30 18 01 15 32 09 23 35 40 25 51 29 60.
4º PRÊMIO SESSENTA MIL REAIS (R$ 60.000,00)
GANHADOR: GIVALDO PEDRO DE LIMA GANHADOR: ADRIANO LIMA DE VASCONCELOS
CERTIFICADO: 8.265 CERTIFICADO: 30.785
ENDEREÇO: RUA JOÃO BARBOSA Nº47 ENDEREÇO: RUA ANDRÉ LUIS Nº149
CIDADE: CENTRO – TAQUARITINGA DO NORTE CIDADE: SALGADO – CARUARU
VENDEDOR: ANA PAULA PONTES VENDEDOR: GILDERLANE – DIST. JANE E NECO

GANHADOR: LUCIENE DE ANDRADE GANHADOR: ANDRÉ PEREIRA DE LIMA
CERTIFICADO: 41.087 CERTIFICADO: 117. 405
ENDEREÇO: RUA EVOLUÇÃO Nº13 ENDEREÇO: RUA JÚLIO CESAR
CIDADE: BOA VISTA II – CARUARU CIDADE: RUA VELHA – TACAIMBÓ
VENDEDOR: DJANIRA – DIST. MOACIR VENDEDOR: PAULO CÂNDIDO

GANHADOR: PAULO FELIPE TABOSA
CERTIFICADO: 72.025
ENDEREÇO: RUA SÃO LOURENÇO Nº65
CIDADE: VASSOURAL – CARUARU
VENDEDOR: ANDERSON BEZERRA – DIST. EDSANDRA E JÚNIOR
BOLAS: 16 17 40 47 27 34 09 22 37 42 38 39 12 53 41 11 52 45 19 21 25 13 30 33 46 50 10 20 35 15 18 51 08 06 14 54 01 04 57 32.
Modalidade Giro da Sorte R$ 500,00 (Quinhentos Reais )
1º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 139.943
GANHADOR: ROSIVONE MARIA DE AQUINO OLIVEIRA
ENDEREÇO: RUA 63 Nº25
RENDEIRAS – CARUARU 2º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 72.423
GANHADOR: ARIANNE RAISY DA SILVA ALVES BATISTA
ENDEREÇO: RUA ALCIDES ARQUEDAS Nº134
SANTA ROSA – CARUARU 3º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 43.079
GANHADOR: IVONETE ELVIRA VELOSO DE MORAIS
ENDEREÇO: RUA DA COMPESA Nº556
BAIRRO DA IMENDA – LAGOA DOS GATOS 4º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 22.378
GANHADOR: CELSO LUÍZ MORETO
ENDEREÇO: RUA ADEMAR PEREIRA DE QUEIROZ Nº65
MARIA AUXILIADORA – CARUARU 5º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 97.664
GANHADOR: GUILHERME WANDERLEY SANTOS
ENDEREÇO: 2º TRAV. SÃO SALVADOR Nº 24
SALGADO – CARUARU
6º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 124.829
GANHADOR: REGINA LÚCIA ROCHA DA SILVA
ENDEREÇO: RUA JOÃO BALBINO Nº210
CENTRO – SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE 7º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 1.100
GANHADOR: ANA CLEIDE DA SILVA
ENDEREÇO: RUA DA GLÓRIA Nº124
CENTRO – PANELAS 8º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 110.067
GANHADOR: JOSÉ LUIZ DA SILVA
ENDEREÇO: RUA NOSSA SENHORA DAS SORES Nº39
NOVA ESPERANÇA – BARRA DE GUABIRABA 9º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 131.562
GANHADOR: DANIEL JOSÉ NOGUEIRA
ENDEREÇO: RUA DOUTOR JOSÉ NERI Nº198
CENTRO – BREJO DA MADRE DE DEUS 10º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 101.615
GANHADOR: MARIA JOSÉ RODRIGUES VIANA
ENDEREÇO: VILA BARRA DO JARDIM
ZONA RURAL – AGRESTINA
11º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 137.077
GANHADOR: ANDREZZA DA COSTA BARBOSA
ENDEREÇO: RUA CARDEAL Nº470
VILA ANDORINHA – CARUARU 12ª RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 5.195
GANHADOR: MARIA DE ANDRADE
ENDEREÇO: RUA FAGUNDES VIEIRA Nº74
SALGADO – CARUARU 13º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 89.516
GANHADOR: JOSÉ ABEL NUNES IRMÃO
ENDEREÇO: RUA MARIA JOAQUINA DOS SANTOS Nº45
CENTRO – SÃO JOAQUIM DO MONTE 14º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 62.749
GANHADOR: ALUÍZIO GREGÓRIO DA SILVA
ENDEREÇO: SÍTIO DUAS BARRAS
ZONA RURAL – QUIPAPÁ 15º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 16.183
GANHADOR: ALRISTELA MARIA DA SILVA
ENDEREÇO: RUA ENGENHO DIAMANTE Nº35 A
ZONA RURAL – PALMARES
16ª RODADA DA SORTE
CERTIFICADOR: 124.795
GANHADOR: SEVERINO ANTÔNIO DA SILVA
ENDEREÇO: RUA QUITILIANO BERNARDO DA CRUZ Nº225
CENTRO – SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE
17ª RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 106.824
GANHADOR: SILVIO ALBERTO DE F. REGO
ENDEREÇO: AV. CEARÁ Nº382
BAIRRO UNIVERSITÁRIO – CARUARU 18ª RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 16.442
GANHADOR: EMILENE DANIELY
ENDEREÇO: RUA LOURENÇO DE MIRANDA Nº 45
SANTO ANTÔNIO – PALMARES 19ª RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 8.360
GANHADOR: ADRIANO AMARO OLIVEIRA SILVA
ENDEREÇO: RUA DOM MOURA Nº112
CENTRO – TAQUARITINGA DO NORTE 20º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 84.481
GANHADOR: LUCIANE DE ANGÊLO RAMALHO
ENDEREÇO: RUA JOÃO GONÇALVES Nº50
DUQUE DE CAXIAS – TORITAMA

Bezerros comemora investimentos de R$7o milhões no polo industrial em 2015

A cidade de Bezerros comemora o ano de 2015 com um dos maiores investimentos no quesito indústria. Com a implantação do novo polo às margens da BR 232, quilômetro 108, parceria da Prefeitura e Governo do Estado, os investimentos para esse período já somam R$ 70 milhões de reais.

Ao todo já são quatro empresas no município. A primeira delas é a Herval com a instalação concretizada e funcionando. Com sede no Rio Grande do Sul, ela veio para Pernambuco trazendo uma unidade em busca de um novo mercado fabricando móveis, estofados entre outras peças com espuma e acolchoamento. O investimento total gira em tora de R$ 25 milhões gerando 724 empregos.

Outra que já está implantada é a USMatic, especializada em paineis solares. A unidade também está localizada no polo industrial e vai gerar cerca de 60 empregos com investimento de R$ 18 milhões.

Mais duas empresa estão com lugar garantido e esperando o início das obras. A Santa Luzia que vai injetar R$ 21,3 milhões para gerar 390 empregos e a Pressure com investimento de R$ 6,5 milhões e capacidade de comportar até 100 trabalhadores. Essa última já está instalada provisoriamente em um galpão na cidade, mas terá local fixo no polo.

Alta dos juros vai pressionar dívida pública

Do Estadão Conteúdo

O aperto da Selic esperado por boa parte do mercado financeiro em 2016 terá efeito negativo importante sobre a dívida pública, que é em boa medida indexada à taxa básica de juros, o que reforça a percepção de que a relação entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB) deve chegar aos 70% – patamar que acende alerta sobre a trajetória de sustentabilidade – ainda no primeiro semestre de 2016.

Especialistas consultados pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, calculam um impacto entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões no serviço da dívida num cenário em que a Selic avança 1 ponto porcentual. Para efeito de comparação, o governo estima arrecadar R$ 32 bilhões por ano com a retomada da cobrança da CPMF, se aprovada pelo Congresso.

Não por acaso, a influência nociva do aperto no juro sobre a área fiscal está entre os argumentos de parte da corrente dos economistas que é contra um aumento da taxa. Porém, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, vem deixando claro que a autoridade monetária não limitará suas ações pelos possíveis impactos fiscais e que o BC tem conduzido sua política monetária de forma autônoma e continuará a fazê-lo para trazer a inflação de volta à meta.

Segundo os dados mais recentes do Banco Central (BC), referentes a outubro, a dívida bruta está em R$ 3,813 trilhões, ou 66,1% do PIB – a maior da série histórica iniciada em dezembro de 2006. A expectativa do BC é de que feche novembro em 66,7% do PIB. Atualmente, a participação da parcela atrelada à Selic na dívida bruta é de 40,8%, considerando tanto a parte pós-fixada da Dívida Pública Mobiliária Federal (DPMF) quanto a parte dos estoques das operações compromissadas.

O Broadcast solicitou a economistas cálculos sobre o quanto um aumento da Selic de 1 ponto porcentual teria de impacto direto na dívida bruta, considerando somente a parcela atrelada à taxa básica. Ou seja, o cálculo é conservador, pois não leva em conta eventuais pressões nos custos de captação de papéis prefixados, por exemplo, normalmente registradas num quadro de alta do juro. Por outro lado, também não inclui possíveis mudanças na remuneração de títulos atrelados ao IPCA, se, de fato, a alta da Selic for bem-sucedida em combater a inflação.

Nos cálculos da Tendências Consultoria Integrada, haveria necessidade de pagamento de juros extras de R$ 17,5 bilhões, sem considerar eventuais mudanças na composição da dívida. Ou seja, para manter a dívida bruta estável, seria necessário um resultado primário adicional neste valor para dar conta de um avanço da Selic daquele porte.

“Se a meta em 2016 fosse um superávit de 0,7% do PIB (aproximadamente R$ 43 bilhões), difícil de ser obtido e insuficiente para estabilizar a dívida, então, para acomodar essa pressão dos juros sobre a dívida, essa meta deveria ser elevada para algo como 1% do PIB, para manter a trajetória de endividamento inalterada”, explicou Fábio Klein, economista da consultoria Tendências.

Essa missão ficou ainda mais complicada, pois o governo aprovou, na semana retrasada, redução da meta de superávit primário em 2016 de 0,7% para 0,5% do PIB. Já a RC Consultores estima que uma alta da Selic de 1 ponto provocaria aumento direto de cerca de R$ 15 bilhões no montante de juros pagos no ano, considerando a parcela indexada à Selic que é pouco superior a 40% da dívida geral total.

O valor é conservador, pois não computa o efeito secundário sobre o custo de captação dos papéis prefixados que ainda serão emitidos. “Dessa forma, o valor pode superar a casa de R$ 20 bilhões”, afirma o economista Thiago Biscuola, da RC.

 

Veículos novos devem ficar mais caros em 2016

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Do Estadão Conteúdo

Depois de terminar 2015 com a pior queda nas vendas em quase 30 anos, o mercado automotivo brasileiro se prepara para adotar uma estratégia arriscada em 2016: deixar o veículo mais caro no momento em que o consumo se retrai, o desemprego sobe e o crédito tende a ficar mais restrito.

Embora o reajuste seja uma decisão de cada montadora, todas as marcas passam, segundo analistas e executivos do setor, por uma forte pressão de custos, em especial do câmbio. Uma projeção feita pela consultoria Tendências aponta que os preços dos veículos novos deverão subir em 2016 no mesmo ritmo da inflação medida pelo IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), pondo fim a um período de 10 anos em que a variação sempre ficou em um patamar abaixo.

Na previsão da consultoria, os veículos novos deverão ter aumento de 5,8% em 2016, a mesma estimativa para o IPC. Para este ano, a expectativa é de que os preços dos carros subam 5,4% abaixo dos 8,4% previstos para a índice geral. A última vez em que houve queda dos veículos foi em 2012, de 5,0%.

À época, as montadoras ainda contavam com a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). O benefício, criado pelo governo em 2011 para estimular o consumo, deixou de vigorar em 31 de outubro de 2014. A extinção, que contribuiu para que os preços subissem em 2015, deve continuar pressionando o mercado no ano que vem.

Responsável pelo levantamento da Tendências, o economista Rodrigo Baggi diz que a pressão de custos já havia atingido as montadoras neste ano, em razão da forte depreciação do câmbio e do aumento da energia. No entanto, como as vendas caem no ritmo mais forte desde 1987, as empresas evitaram ao máximo repassar o reajuste para o consumidor.

“O aperto nas margens já aconteceu e aconteceu bem. Uma parte do reajuste que precisava ter sido feito em 2015 não foi feito porque as montadoras não queriam perder volume de venda”, avalia.

“Agora, para 2016, as montadoras terão mais espaço para subir os preços”, prevê o economista, referindo-se à expectativa do setor de que as vendas tenham uma queda mais tímida no ano que vem. Segundo a Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores), o volume de veículos novos vendidos em 2015 deve cair 27% em comparação com 2014, para cerca de 2,53 milhões de unidades. A retração esperada para 2016 é de 5%, para algo em torno de 2,4 milhões.

“Os repasses (de preços ao consumidor) só serão limitados se houver uma deterioração muito absurda do cenário (no ano que vem)”, afirma Baggi.

No cenário que se desenha para 2016, o câmbio será novamente o principal vilão dos custos das fabricantes, aponta o economista Fábio Silveira, diretor de pesquisas econômicas da consultoria GO Associados.

“Tivemos uma acentuada depreciação do câmbio ao longo de 2015, mas só uma pequena parte foi repassada ao consumidor, porque ainda havia muito estoque com o câmbio mais apreciado. A outra parcela vai ser repassada ao consumidor no ano que vem. Será algo que as montadoras não vão conseguir segurar, caso contrário, fecham o negócio”, diz Silveira. Em suas contas, o patamar médio do câmbio em 2015 será de R$ 3,33 e em 2016, deverá subir para R$ 4,09.

Por questões ligadas à estratégia de mercado, as montadoras que lideram as vendas no Brasil evitam abrir o jogo em relação à política de preços. No entanto, admitem que a pressão de custos seguirá em 2016.

“O preço é algo que será definido pela dinâmica do mercado no ano que vem, mas que existe uma forte pressão de custos, existe sim”, disse o vice-presidente de relações institucionais da Ford, Rogelio Golfarb, em evento realizado pela montadora neste mês. Em um congresso do setor, dois meses antes, ele já havia afirmado que “lucro é coisa do passado”.

“O problema agora é falta de caixa para arcar compromissos. Em um momento como esse, fica mais agudo o dilema de subir ou não subir o preço”, afirmou.

Mais sensíveis ao câmbio, as importadoras são mais abertas em relação a reajustes. A Kia Motors, líder em venda de carros importados no Brasil, já trabalha com um cenário de alta dos preços em 2016.

“Eu não tenho dúvida de que todos terão de repassar a alta do dólar no ano que vem. É impossível qualquer marca instalada no Brasil continuar vendendo o carro no preço que está. Comprar carro importado no Brasil hoje é como comprar dólar a R$ 2,30, porque ninguém repassou. Nós estamos vendendo o Ceratto a R$ 69,9 mil, que antes era vendido a R$ 76,9 mil, porque precisamos cumprir o objetivo que traçamos para a Coreia do Sul (matriz da Kia)”, disse o presidente da montadora no Brasil, José Luiz Gandini.

Para aliviar o custo da mão de obra, algumas montadoras aderiram ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), medida do governo federal que permite a redução das jornadas dos trabalhadores em até 30%, com diminuição salarial no mesmo nível. Metade da perda salarial, contudo, é compensada pelo governo, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Entre as companhias estão a Volkswagen, a Mercedes-Benz e a Ford. Mas a chinesa Chery, que instalou sua fábrica no Brasil no ano passado, teve de trilhar o caminho contrário, realizando em 2015 dois reajustes salariais superiores à inflação.

De acordo com o vice-presidente da companhia chinesa no Brasil, Luis Curi, será inevitável realizar uma “adequação dos custos sofridos” em 2015. “O porcentual ainda não foi definido, mas seguirá duas diretrizes: acompanhar os reajustes do mercado e chegar o mais perto possível da incidência dos aumentos que impactaram os nossos custos. Essa adequação será feita gradativamente, aos poucos, no decorrer de 2016″, afirmou. Desde que chegou ao Brasil, a montadora não encontrou vida fácil. A fábrica instalada em Jacareí, no interior de São Paulo, tem capacidade para produzir 50 mil veículos por ano, mas só deverá produzir algo próximo de 5 mil.

CAMINHÕES E ÔNIBUS – Enquanto as montadoras de automóveis ainda esperam para ver qual será a primeira a anunciar reajuste em 2016, as de caminhões e ônibus já se anteciparam. Nos últimos meses, os anúncios foram feitos por Scania (+3% para todos os modelos), Mercedes-Benz (+5% para todos os modelos) e MAN (+2,5% para todos os modelos). Esta última já adiantou que vai aplicar novo reajuste em janeiro também de 2,5%, e uma terceira alta de 7,5% ao longo de 2016. A Ford seguirá o mesmo caminho, com avanço de 5% no primeiro trimestre. A queda nas vendas de pesados é ainda mais forte que a de automóveis. Os caminhões acumulam queda de 46,5% até novembro, enquanto os ônibus recuam 38,4%.

Em 2015, consumidores falaram menos ao celular e aumentaram o uso de internet

Uma mudança de comportamento dos usuários de telefonia móvel fez com que, em 2015, o número de linhas de celulares caísse no país pela primeira vez. Serviços como o de TV por assinatura e telefonia fixa também tiveram sua primeira queda no número de usuários, motivada pela crise econômica. No entanto, os serviços de internet fixa e móvel, especialmente na tecnologia 4G, tiveram forte expansão no ano.

O setor de telefonia celular, que vinha crescendo a cada mês, apresentou uma queda de 2,8% no número de linhas ativas neste ano. Em janeiro, havia 281,7 milhões de linhas ativas no país e, em outubro (número mais recente da Anatel), o número havia caído para 273,8 milhões. A tendência de queda na telefonia celular era esperada só para daqui a dois ou três anos pelos agentes do setor, mas começou a ocorrer em junho deste ano.
Boa parte da queda é atribuída à diminuição do número de celulares com chips pré-pagos, segmento que teve redução de 4,5%. O percentual corresponde a uma queda de 10 milhões de chips. No mesmo período, os celulares pós-pagos apresentaram leve aumento, de 0,3%.

A queda no número de usuários de celular pode ser explicada por uma mudança de comportamento dos brasileiros. Em vez de ter dois ou três chips em cada aparelho para usar os serviços de voz, os clientes estão optando por trocar mensagens de texto e de voz por meio de aplicativos como o WhatsApp, que utilizam apenas dados de internet.

“O brasileiro tinha dois ou três chips para se comunicar com pessoas de várias operadoras. Na medida em que ele passa a se comunicar por meio de mensagens, ele não precisa mais disso, o que precisa é de um pacote de dados. Então, vemos o usuário descartando esse segundo ou terceiro chip, o que está levando a um encolhimento da base de pré-pagos”, diz Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco. Segundo ele, essa tendência deve continuar porque o usuário está abandonando o serviço de voz e passando a gastar em dados.

Por causa desse comportamento, o acesso à internet móvel, que já tinha aumentado em mais de 50% no ano passado, cresceu 13,5% entre janeiro e outubro de 2015. O destaque foi para o crescimento dos acessos em 4G, que passaram de 7,8 milhões em janeiro para 20,4 milhões em outubro. A banda larga fixa teve um aumento de 5,4% no número de assinantes. Em janeiro eram 24,1 milhões de usuários, e em setembro cresceu para 25,4 milhões.

O setor de TV por assinatura foi outro que apresentou uma queda pela primeira vez este ano. Em janeiro, eram 19,65 milhões de assinantes, mas os números começaram a cair em maio. Os dados mais recentes divulgados pela Anatel são de outubro e mostram que o número de assinantes passou para 19,39 milhões, uma queda de 1,3%. No ano passado, o setor havia crescido 8,7%. Entre 2010 e 2014, o número de assinantes dobrou.

A crise econômica foi um dos principais motivos para a queda do número de assinantes. O especialista Eduardo Tude explica que a principal queda foi na tecnologia por satélite, que oferece planos mais baratos para atender famílias de renda mais baixa. “Esse pessoal acabou cortando a TV por assinatura e isso deu um impacto este ano. Acredito que, com a melhoria da situação econômica, o setor pode voltar a crescer”.

Na telefonia fixa também houve queda no número de usuários. Em janeiro, havia 45 milhões de linhas ativas e, em outubro, foram registradas 44,04 milhões de linhas de telefonia fixa, uma queda de 2,2%. A crise econômica também pode ser apontada como a causa da redução do número de usuários. “Já havia uma migração dos usuários de concessionárias para as autorizadas, mas o número total se mantinha estável, com um pequeno crescimento, e este ano estamos vendo uma queda. Acredito também que seja devido à crise econômica”, diz o especialista.