Evento gratuito da Fiepe discute gestão de recursos hídricos na região

Com o Nordeste enfrentando a pior seca dos últimos 50 anos, a Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) promove a palestra “Gestão de Recursos Hídricos para Região do Agreste”, no próximo dia nove de dezembro, a partir das 18h30, na Unidade Regional localizada na Rua Padre Félix Barreto, nº 79, no bairro Maurício de Nassau, em Caruaru. O evento, que é uma realização do projeto Fiepe Ambiental, irá contar com a participação do secretário executivo de recursos hídricos de Pernambuco, Almir Cirilo.

O cenário de estiagem prolongada, a diminuição dos níveis dos reservatórios de água e, consequentemente, a redução do rodízio de abastecimento nos municípios são fatores que têm preocupado a população. O objetivo da Federação é proporcionar mais um espaço de diálogo entre a comunidade e o poder público, tendo em vista que a Entidade tem o compromisso com o meio ambiente e a responsabilidade social entre seus valores.

O secretário Almir Cirilo também é doutor em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor titular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Coordenador de projetos de pesquisa e de cooperação internacional, é comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico e atua nas áreas de hidrologia, hidráulica fluvial, macrodrenagem, geoprocessamento, gestão de recursos hídricos e otimização e sistemas de suporte à decisão.

Para o diretor regional, Andrerson Porto, o engajamento coletivo é fundamental para o enfrentamento do período de dificuldades. “A Fiepe cumpre o objetivo para o qual foi concebida, contribuindo, decisivamente, para a formação de uma massa crítica sobre um tema de tamanha relevância”, disse. “Será uma oportunidade de conhecer as ações que já estão sendo desenvolvidas nessa área e sugerir novas soluções para enfrentar esse momento tão difícil para região”, destacou a gerente interina da Fiepe Agreste, Marcela Cabral.

Os interessados devem entrar em contato através do e-mail: geri@fiepe.org.br para garantir presença no Fiepe Ambiental. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas.

Miguel Coelho critica falta de transparência da Prefeitura de Petrolina

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O Tribunal de Contas do Estado divulgou, ontem (01), um ranking para medir o nível de transparência dos dados públicos das prefeituras. Petrolina ficou entre os municípios com pior desempenho, na 130ª posição no índice que conta com 184 cidades. O desempenho foi classificado pelo deputado estadual Miguel Coelho (PSB) como vexatório e perigoso para a capital do São Francisco.

O levantamento do TCE mostra a situação de Petrolina como crítica. A cidade, que tem um dos maiores orçamentos do estado, teve pontuação de 240,50 num ranking onde o máximo é 1.000,00. “A nota de Petrolina é quase zero. Esse desempenho é um vexame para Petrolina e só comprova o quanto essa gestão é nebulosa. A falta de transparência é muito perigosa porque a população não tem o direito legítimo de saber o que está sendo feito com a verba pública”, criticou.

O deputado ainda afirmou que vai procurar o Tribunal de Contas para saber quais as medidas serão adotadas para que a Prefeitura se ajuste à legislação de transparência e acesso à informação. “Petrolina vai na contramão quando temos nas ruas tanta manifestação por transparência, tanto grito por mais clareza nos gastos públicos. Vamos procurar o Tribunal de Contas para cobrar medidas contra a Prefeitura e para que os cidadãos de Petrolina tenham o direito de saber o que tem sido feito com o dinheiro público”, reforçou Miguel Coelho.

É a primeira vez que o Tribunal divulga um levantamento desse tipo. O TCE analisou cerca de 30 mil dados dos portais das prefeituras e apresenta cinco categorias de transparência (desejado, moderado, insuficiente, crítico e inexistente). Apenas o Recife ficou no nível “desejado”. 49 cidades estão classificadas no nível moderado, 76 tiveram desempenho insuficiente enquanto Petrolina e mais 51 cidades ficaram em condição crítica. Cinco prefeituras tiraram zero na classificação por não contar com nenhum portal de transparência.

Shineray assume terceira posição no total de emplacamentos

De acordo com os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o segmento de duas Rodas apresentou alta de 18,34% entre os meses de outubro e novembro de 2015 apesar de uma queda no acumulado dos últimos doze meses ou até mesmo em se comprando o período de novembro de 2014 e 2015. E o item responsável pelo crescimento são os ciclomotores da marca, que apresentaram 449% de aumento de registros entre os dois meses (1.067 em outubro contra 5.858 unidades emplacadas no mês subsequente).

Credita-se a isso a obrigatoriedade de emplacamento das chamadas cinquentinhas a partir da implantação da Lei 16.154/2015, que repassou aos estados a responsabilidade do licenciamento e registro dos produtos. No levantamento da Fenabrave, liberado nesta terça (1 de dezembro), a fábrica pernambucana Shineray assumiu a terceira posição no total de emplacamentos no segmento de duas rodas n país, com uma fatia de 6,51% no total de registros em novembro de 2015.

A Shineray do Brasil – Desde 2005, quando chegou ao Brasil, a marca Shineray trouxe um novo cenário para o segmento de duas rodas, oferecendo produtos a preços acessíveis e de qualidade. Consolidada no mercado nacional Duas Rodas, a Shineray inaugurou em junho sua primeira montadora fora do país de origem, instalada no Complexo industrial de Suape. A planta industrial é a primeira do Brasil a fabricar motos fora da Zona Franca de Manaus. Em uma área de aproximadamente 210 mil m², a montadora recebeu investimentos de R$ 130 milhões e a unidade terá uma capacidade de produção total de 250 mil unidades por ano com emprego de 250 profissionais.

Côrte Real solicita apoio para aprovar PL em favor dos “Boinas Azuis”

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Em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à nação brasileira, o deputado federal Jorge Côrte Real (PTB-PE) prometeu solicitar apoio para aprovação do Projeto de Lei 8254/14, que concede pensão especial vitalícia aos ex-integrantes do “Batalhão Suez”, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. O parlamentar recebeu em seu gabinete, em Brasília, ontem (2), a visita dos ex-combatentes Denio de Saboya e Carlos Alberto Medeiros, que integraram a primeira força de paz da ONU, entre os anos de 1957 a 1967.

Os ex-combatentes solicitaram que o deputado Jorge Côrte Real procure os membros da Comissão de Finanças e os sensibilizem para aprovar o referido projeto, que está em tramitação no colegiado. A proposta vai beneficiar mais de 1,4 mil ex-integrantes do Batalhão de Suez com pagamentos de pensões vitalícias no valor de dois salários mínimos. A proposição determina que o benefício será concedido ao ex-militar que comprove renda mensal não superior a dois salários mínimos ou que não possua meios para prover a sua subsistência e a de sua família.

Embora não integre a Comissão de Finanças, o deputado Jorge Côrte Real comprometeu-se com os ex-combatentes em procurar os parlamentares do colegiado em buscar o apoio pela aprovação da proposta. “Esse projeto é justo e tem o seu mérito. Vou encampar esse pleito e solicitar aos deputados o apoio ao texto”, afirmou o petebista.

O Batalhão Suez foi formado por 20 contingentes do Exército Brasileiro, enviados ao Oriente Médio como parte da primeira Força de Paz da ONU no conflito entre o Estado de Israel, o Egito e vizinhos árabes a partir de 1957. O grupamento do Brasil juntou-se a militares de diversos países, que lutaram lado a lado em operação no Egito, ao longo do Canal de Suez. Cerca de 6 mil homens do País deram a sua contribuição na missão de paz. Em 1988, o trabalho executado pelos “boinas azuis” – como são conhecidos – foi reconhecido com o Prêmio Nobel da Paz.

Deputada cobra da SDS audiência para tratar do assassinato do pastor Evandro

A deputada e presidente do PT em Pernambuco Teresa Leitão ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa na tarde de ontem (2) para repercutir a notícia do assassinato do pastor e militante político Evandro Krillis, alvejado na zona rural de Orobó, no último dia 20 de novembro. A deputada justificou que sua ida à tribuna dez dias após o assassinato se dá não para tornar público o fato, mas para cobrar da Secretaria de Defesa Social uma posição a respeito de ofício enviado à SDS, pedindo uma audiência urgente para tratar da questão. “Solicitei essa audiência desde a semana passada e sabemos que no caso de um crime com esse perfil, quando mais for demorada a investigação, mais fica difícil”, registrou.

Teresa explicou que todos os encaminhamentos necessários em apoio à família foram adotados, mas que apenas uma investigação profissional, que aponte um caminho para encontrar os culpados, poderá dar conforto à família. “Não existe nenhuma notícia sobre o crime, nem pistas. Fiz o pedido de audiência com o Secretário de Defesa Social por escrito e faço publicamente hoje porque é uma vida que se foi e a apuração desse crime precisa ser feita”, reforçou.

O crime – O pastor Evandro foi morto por dois homens, quando seu carro foi interceptado na zona rural de Orobó, momento em que ele estava em companhia de sua esposa e filha. No dia seguinte ao crime, o PT soltou uma nota lamentando o assassinado e pedindo providências para a solução do crime.

Raquel Lyra promove encontro para debater desafios de Caruaru

Caruaru, a cidade que precisamos. Esse será o mote do encontro promovido pela deputada estadual Raquel Lyra (PSB), que acontece neste próximo sábado (05/12)
, no Centro de Convenções de Caruaru, às 8h. Segundo a atual presidente da Executiva Municipal do PSB, a reunião será o início de um ciclo de discussões sobre os desafios da maior cidade do agreste pernambucano.
 
“Vamos reunir pessoas que se interessam pelo avanço do município. Caruaru hoje apresenta diversos potenciais, porém, também concentra um conjunto de limitações que devemos superar para termos um lugar melhor para se viver, trabalhar e prosperar. Vamos trocar ideias com diversos grupos sociais, econômicos, culturais e pensarmos o caminho que precisamos trilhar para termos esses avanços”, adianta Raquel. A socialista também informa que o evento será aberto para aqueles que desejam contribuir para uma cidade melhor.

No encontro, será ministrada palestra do arquiteto e urbanista Francisco Cunha, que abordará o tema principal. Além de urbanista e de pensador sobre as cidades, Cunha é consultor em gestão empresarial nas áreas de estratégia, estrutura organizacional e equipes de trabalho. Também contribuirão com o debate o músico e diretor-musical Anderson do Pife, além do arquiteto e urbanista Pedro Vilarim.
  

 
SERVIÇO:
Evento: Caruaru, a cidade que precisamos
Local: Centro de Convenções de Caruaru
Hora: 8h

Brasil está livre da Rubéola, afirma OMS

O Brasil está oficialmente livre da rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para receber o título, o país comprovou não registrar casos da transmissão endêmica das doenças desde 2008 e 2009, respectivamente. O anúncio foi marcado pela entrega do Certificado de Eliminação da Rubéola ao ministro da Saúde, Marcelo Castro, nesta quarta-feira (02/12), na Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Brasília.

“O certificado de eliminação da rubéola é muito significativo para o Brasil. Nada mais efetivo para a saúde pública do que a vacina e foi a vacinação em massa contra a rubéola e o sarampo que alcançamos esse status. Em breve, esperamos eliminar o sarampo também”, destacou o ministro da Saúde, Marcelo Castro.

A entrega do documento ocorreu durante a Reunião do Comitê Internacional de Especialistas para Eliminação do Sarampo e Rubéola nas Américas. O reconhecimento de território livre da rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) foi possível a partir de dados epidemiológicos apresentados pela OPAS/OMS e por países membros. A partir deles, o Comitê concluiu que, no Brasil, não há evidência de transmissão endêmica da rubéola ou SRC por cinco anos consecutivos, período maior que os três anos requisitados para declarar a doença eliminada.

“É muito importante para o Brasil receber o certificado de eliminação da rubéola, para comemorarmos essa conquista exemplar do Sistema Único de Saúde do Brasil. Agradeço ao trabalho das instituições parceiras que nos ajudaram no trabalho de monitoramento e vigilância da doença no Brasil”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Antonio Nardi.

Em abril deste ano, a OMS reconheceu toda a América como a primeira região do mundo a alcançar a eliminação da rubéola e da SRC – a exemplo do que ocorreu em 1971, com a erradicação da varíola, e em 1994, com a eliminação da poliomielite.

“A América é o primeiro continente do mundo que pode chegar a conclusão de que eliminou o vírus da rubéola. O Brasil se uniu ao seleto grupo de países em que não há mais circulação desse vírus. Esse é o motivo de estarmos aqui hoje e entregando este certificado”, ressaltou Joaquim Molina, representante da OPAS/OMS no Brasil.

O resultado positivo está alinhado à estratégia continental definida em 2003, pelo Conselho Diretor da OPAS, que estabeleceu a meta de eliminar a Rubéola e a SRC do Continente Americano até 2010. A meta foi alcançada um ano antes, quando os últimos casos endêmicos foram notificados.

AÇÕES – O Brasil desenvolveu uma série de ações estratégicas, ao longo dos anos, para atingir esse objetivo, como campanhas de prevenção e a intensificação das ações de rotina de vacinação. Em 2004, o Brasil participou da Semana Ibero-Americana de Imunizações priorizando as áreas de fronteira. Em uma semana, os serviços de saúde promoveram vacinação da população casa a casa e em postos fixos, em 87 municípios de fronteira.

Em 2008, o Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, vacinou 67,9 milhões pessoas durante a campanha nacional contra a doença, que alcançou 96,7% do público-alvo, formado por 70,1 milhões pessoas, entre 20 e 39 anos. Em Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, a vacinação incluiu adolescentes de 12 a 19 anos. Nas Américas, foram vacinadas mais de 250 milhões adolescentes e adultos contra rubéola e sarampo.

Humberto Costa diz que Cunha agiu por retaliação 

Congresso em Foco

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), declarou na noite desta quarta-feira (2) que a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff autorizada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é “uma retaliação de baixo nível ao Governo e ao PT”. 
  
Para Humberto, o deputado só tomou a iniciativa contra a presidenta hoje depois de saber que os deputados do PT integrantes do Conselho de Ética iriam votar a favor da continuidade das investigações sobre as denúncias que pesam contra o peemedebista. 

“Não há razão para a abertura do impeachment, até porque não há nenhuma fundamentação jurídica que resulte no impedimento de Dilma. Trata-se de um golpe contra uma presidenta democraticamente eleita pelo povo brasileiro”, afirmou.

O parlamentar reiterou que a chefe do Poder Executivo não cometeu qualquer crime e que não há absolutamente nada contra ela. “Não podemos tratar um tema tão relevante como este como uma retaliação. Isso é brincar com o país. Acredito que a opinião pública nacional está absolutamente esclarecida de que é uma retaliação”, disse. “Todos sabem quem é Dilma e quem é Cunha. Todos conhecem a biografia de cada um.”

O senador destacou a existência de “chantagem” por parte do presidente da Câmara. “Nós saímos de uma condição de estarmos sendo chantageados. Isso já é uma coisa importante”, comentou. 

Como a abertura do processo de impeachment é regimental, o líder do PT avalia que o partido e os seus aliados vão partir para o debate no Congresso Nacional em defesa do mandato da presidenta.

Dilma reage e diz que não cede a barganhas 

Em pronunciamento à imprensa, a presidente Dilma Rousseff disse ter recebido com “indignação” a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de autorizar nesta quarta-feira (2) a abertura de processo de impeachment contra ela. Segundo a petista, as denúncias são “inconsistentes” e “improcedentes”. Ao fazer sua defesa, Dilma citou algumas das suspeitas que pairam sobre o peemedebista, como a ocultação de bens no exterior e o desvio de dinheiro público, e disse que jamais cedeu a qualquer tipo de “barganha”.

“Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim. Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público. Não possuo conta no exterior, nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais. Nunca coagi ou tentei coagir instituições ou pessoas na busca de satisfazer meus interesses”, declarou.

A presidenta negou ter mantido com Cunha qualquer tipo de negociação para que deputados da base aliada e do PT votassem contra sua cassação para impedir a abertura de processo de impeachment.

Segundo aliados, Eduardo Cunha ficou muito irritado com a decisão da bancada do PT de votar pela abertura do processo de cassação contra ele, no Conselho de Ética. No PT, por outro lado, tanto parlamentares quanto a cúpula partidária concluíram que qualquer proteção ao presidente da Câmara desmoralizaria a agremiação de uma vez por todas, além de dar margem para o deputado peemedebista no futuro voltar com a “chantagem do impeachment” sempre que se visse em dificuldades.

Leia o pronunciamento de Dilma:

“Ainda hoje recebi com indignação a decisão do presidente da Câmara de processar pedido de impeachment contra mandato democraticamente conferido a mim pelo povo brasileiro. São inconsistentes e improcedentes as razões que fundamentam esse pedido.

Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim. Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público. Não possuo conta no exterior, nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais. Nunca coagi ou tentei coagir instituições ou pessoas na busca de satisfazer meus interesses.

Meu passado e meu presente atestam a minha idoneidade e meu inquestionável compromisso com as leis e a coisa pública.

Nos últimos tempos, e em especial nos últimos dias, a imprensa noticiou que haveria interesse na barganha dos votos de membros da base governista no Conselho de Ética da Câmara. Em troca, haveria arquivamento dos pedidos de impeachment.

Eu jamais aceitaria ou concordaria com quaisquer tipos de barganha, muito menos aquelas que atentam contra as instituições democráticas do meu país, bloqueiam a Justiça ou ofendam os princípios morais e éticos que devem governar a vida pública.

Tenho convicção e absoluta tranquilidade quanto à improcedência desse pedido, bem como quanto ao seu justo arquivamento.

Não podemos deixar as conveniências e os interesses indefensáveis abalarem a democracia e a estabilidade de nosso país.

Devemos ter tranquilidade e confiar nas nossas instituições e no Estado democrático de direito. Obrigado a todos e boa noite.”

Imprensa internacional destaca crise política

Congresso em Foco

Jornais de várias partes do mundo noticiaram a abertura do processo de impeachment da presidenta da República Dilma Rousseff na Câmara. O Wall Street Journal, dos Estados Unidos, citou a frase do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que disse não estar feliz por tomar a decisão. O El País, da Espanha, fez uma longa matéria sobre o caso.

O jornal espanhol citou a rejeição das contas de 2014 do governo, que chamou de “manobras fiscais irregulares”, como o argumento do pedido de impeachment aceito por Cunha. O periódico lembrou que, caso o impeachment se confirme, o vice Michel Temer seria o sucessor e falou ainda que “a semana começou mal para o governo”, com o anúncio da queda de 4,5% no Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro semestre.

O argentino El Clarín disse que o caso “provoca uma grande incerteza política, acentuando uma crise que se prolonga desde o início do ano”. O site da revista inglesa Time noticiou que Cunha disse estar abrindo o processo de impeachment com base em acusações de que o governo Dilma quebrou leis de responsabilidade fiscal.

O inglês The Guardian disse que o Brasil entra em “sua pior crise política deste século”. O jornal também informa que, “depois de meses de disputa política”, Eduardo Cunha deu sinal verde ao impeachment depois que deputados do PT anunciaram que decidiram votar contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética.