Romildo Oscar defende o fim das coligações partidárias

O vereador Romildo Oscar (PTN) participou na última semana do Congresso Estadual de Vereadores e Servidores de Câmaras e Prefeituras Municipais, promovido pela União dos Vereadores de Pernambuco (UVP), em Triunfo. DSC_3833 (1)

Durante o evento Romildo defendeu o fim das coligações partidárias com o propósito de estabelecer o direito que o candidato tem para escolher o seu partido. ” O vereador não poderá concorrer na eleição caso não consiga montar um quadro que vá atingir o coeficiente eleitoral de um partido de menor representação. Isso precisa ser mudado” destacou o parlamentar.

O congresso que teve início na quarta-feira (25) e seguiu até a sexta – feira (27) trouxe vários debates sobre o papel do parlamentar em sua cidade, entre eles a fiscalização do transporte escolar e dos Regimes Próprios de Previdência Social – RPPS, reforma eleitoral e seus efeitos sobre a administração pública e a implantação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas nos municípios.

São João de Caruaru 2015 tem data definida

Os forrozeiros de plantão podem começar o aquecimento, pois o maior e melhor São João do mundo já tem data para começar. O arrastapé terá início no dia 30 de maio e seguirá até o dia 29 de junho. A grade de programação, estrutura, polos de animação e outros detalhes da festa serão divulgados em breve.

“É muito importante divulgarmos o São João com antecedência. É bom para o setor de turismo, pois as empresas negociam pacotes de viagens. É favorável também para os visitantes e turistas, pois eles conseguem se programar para vir dançar forró em Caruaru. A economia local também é diretamente beneficiada. No fim todos saem ganhando”, pontua a presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Lucia Lima.

 

7ª edição do Parada Obrigatória movimentou o fim de semana em Caruaru

Alto do Moura, Estação Ferroviária e Feira do Artesanato, pontos conhecidíssimos de Caruaru, que comumente atraem milhares de visitantes, quer seja para conhecer a história do local, desfrutar da gastronomia, da arte ou da cultura. E foi com esses atrativos que a Capital do Forró recebeu, no sábado e domingo, visitantes e turistas. Essas características fazem com que, durante a Semana Santa, Caruaru seja “Parada Obrigatória”.

O “Parada Obrigatória” 2015 começou com tudo e com atrações para todos os gostos. Teve muita música regional, com apresentação de trios pé-de-serra, poesia, repente, MPB e pagode. “Consideramos muito positivo esse fim de semana. É inquestionável que o Parada é consolidado”, comenta a presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Lúcia Lima.

E ainda tem muito por vir. Na quarta, 01, o evento será retomado. Vai ter Gisele Coutinho, Azulinho, Almério, Valdir Santos, Zé do Estado e muito mais.

Gestão Pública Educacional em discussão em Caruaru

O vice-governador do Estado, Raul Henry, será o conferencista de abertura do IV Congresso de Administração Pública da Faculdade Asces, na quarta-feira (08/04), no auditório da ACIC/Caruaru.

O tema da exposição é “Gestão Pública Educacional: Os desafios, as demandas sociais e as decisões dos gestores”. O evento tem programação também na quinta-feira (09/04). As inscrições estão abertas no site www.asces.edu.br. O investimento é de R$ 40 (estudantes) e R$ 60 (profissionais).web_email-marketing_02

Na Mata Norte, Paulo entrega Sistema de Abastecimento de Água e obras do FEM

O Governo do Estado levou, de uma só vez, ações de segurança hídrica e infraestrutura para a Mata Norte pernambucana. Durante agenda administrativa em São Vicente Férrer e Machados, nesse sábado (28), o governador Paulo Câmara entregou a segunda etapa do Sistema de Abastecimento de Água do Siriji, responsável por tirar oito municípios da região do racionamento de água. O chefe do Executivo pernambucano também vistoriou e inaugurou obras que receberam recursos do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM).
 
O empreendimento inaugurado em Siriji, distrito de São Vicente Férrer, beneficiará mais de 100 mil pessoas. Com investimento total de R$ 72 milhões (nas duas etapas), a obra vai produzir 300 litros por segundo a mais de água para a população, um acréscimo de 100% na produção. Nesta segunda etapa, foram beneficiadas as cidades de Macaparana, Machados e São Vicente Férrer. Em abril de 2014, o ex-governador Eduardo Campos entregou a primeira fase do sistema, que contemplou Buenos Aires, Vicência, Aliança, Condado e Itaquitinga.
Paulo Câmara defendeu a priorização dos recursos. “Toda a equipe tem a minha determinação de entregar obras que envolvam resoluções de médio e longo prazos, mas também de curto. Temos que fazer mais sistemas simplificados de abastecimento e poços, além de viabilizar dessalinizadores para algumas áreas e cisternas. Dar condições para que as pessoas tenham o mínimo para conviver com esse período de estiagem”, argumentou.
 
Moradora do Siriji há 19 anos, a dona de casa Inês Maria da Silva comemorou o fim do racionamento. “A água que a gente estava usando não era boa. Estávamos sofrendo com a falta de água, usando a do rio porque não estava chegando nas torneiras. Agora, estou muito feliz porque o governador está dando essa felicidade para a gente: água tratada e todos os dias na nossa casa”, disse, sorridente.  
O presidente da Compesa, Roberto Tavares, ressaltou que o sistema tem um “símbolo especial” e vai atender a quem mais precisa. “Siriji não é a sede da cidade; aqui moram 3.700 pernambucanos que viviam em uma situação de racionamento muito dura. Nós vamos mais do que dobrar a oferta de água, vamos sair de 22 metros cúbicos por hora para 50 metros cúbicos por hora. Isso vai acontecer em todas as cidades que são abastecidas por esse sistema”, explicou.
 
Ainda em São Vicente Férrer, o governador inaugurou obras de pavimentação, drenagem e sinalização no loteamento Limeira, com aportes de R$ 471,2 mil do FEM. De lá, o chefe do Executivo pernambucano seguiu para a cidade de Machados. Festejado pela população, Paulo Câmara entregou a Praça São Sebastião, projeto que também foi executado com recursos do fundo, no valor de R$ 112 mil. O gestor  ainda prestigiou a inauguração do Mercado Multicultural da cidade, erguido pela prefeitura.

Governo reúne principais instituições que se dedicam ao tema da Educação no Brasil

O Governo do Estado promove, nesta segunda-feira (30), no Palácio do Campo das Princesas, o Encontro dos Amigos da Educação. O evento foi formatado com o objetivo de realizar um debate com alguns dos principais nomes nacionais que se dedicam ao tema. Em pauta, “Como melhorar a qualidade da educação?”. O governador Paulo Câmara participa do ato junto com o vice-governador Raul Henry, organizador do fórum.
 
O encontro terá início às 14h30, com uma apresentação do secretário estadual de Educação, Fred Amâncio, sobre os avanços dos últimos anos. O titular da pasta também abordará as ações a serem realizadas pelo atual governo até 2018. Ao final, os presentes participarão de um debate.
 
Na lista dos convidados constam representantes do Todos pela Educação, Fundação Lemann, Instituto Ayrton Senna, Instituto Natura, Instituto Unibanco, Instituto de Co-Responsabilidade da Educação (ICE), Universidade de São Paulo (USP) e Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets).

Ex-braço direito de Tony Gel, Reginaldo França assume secretaria Executiva de Governo

 O prefeito José Queiroz deu posse nea tarde da última sexta-feira (27) a Reginaldo Franca como secretário executivo de Governo. O titular da pasta é Rui Lira. Novo reforço na administração municipal, Reginaldo França foi secretário de Governo de Tony Gel, sendo homem de confiança do então prefeito. 

Ele se manteve se na prefeitura como aliado de Neguinho Teixeira que assumiu o cargo por nove meses com a desincompatibilização de Gel para disputar uma vaga de vereador. Reginaldo também presidiu o PMDB, mas não conseguiu levar o partido para a coligação que apoiou José Queiroz, nas eleições  de 2012. 

 

Com a indicação de França, Queiroz espera melhorar o diálogo com à Cãmara de Vereadores e também buscar lideranças para reforçar seu palanque nas eleições de 2016. A ideia de França no Governo é ‘minar’ territórios do ex-prefeito Tony Gel (PMDB), que deve ser um dos candidatos na sucessão municipal em 2016. 
Reginaldo França também vem preencher uma lacuna deixada por Davi Cardoso e vai tentar atrair partidos pequenos e potenciais candidatos a vereador para o palanque governista.

Vereador faz pedido de informação à prefeitura

O vereador Antonio Carlos (DEM) solicitou à Mesa Diretora da Câmara Municipal de Caruaru que fossem encaminhados, à prefeitura, quatro pedidos de informação. O vereador quer cópias dos editais de licitação das obras de revitalização das avenidas Agamenon Magalhães, Rio Branco, Manoel de Freitas e Oswaldo Cruz, dos contratos da PMC com as empresas vencedoras, e dos contratos de manutenção dessas avenidas. “Pedi ainda relação dos recursos já pagos, discriminados por paisagismo, iluminação, pontos de acessibilidade e cruzamentos, bem como sinalização vertical e horizontal”, complementa o vereador.

Leite – O parlamentar pediu ainda cópias do edital de licitação do fornecimento de leite às escolas da rede municipal, relativo a 2013 e 2014, e do contrato feito com a empresa que venceu a licitação, além da relação das escolas atendidas com a distribuição do leite e a quantidade de litros que cada uma recebe.

Fardamento – Outro pedido refere-se ao fornecimento do fardamento escolar. O vereador solicitou cópias do edital da licitação desse serviço, também relativo a 2013 e 2014, e do contrato com a empresa vencedora, além da relação dos aditivos de valores do contrato (se houve), as escolas que receberam, a quantidade entregue a cada unidade de ensino e quantos alunos foram atendidos.

Serviços Urbanos – Além das obras de revitalização do centro, do fornecimento de leite e de fardamento às escolas, o vereador quer saber, também, sobre os serviços realizados pela empresa LOCAR na varrição, capinação e pintura de meio-fio, com a identificação das ruas onde os serviços foram executados, desde o dia 1º de janeiro.

“É uma questão de transparência. Fiz os pedidos para ter informações precisas, pois muito se fala”, diz o vereador. “O programa do leite é muito interessante, por exemplo. Por que não está mais acontecendo?”, questiona o democrata.

Informe Guanabara Comunicação/AscomCâmaraVereador Antonio Carlos

O problema é o processo

*Por Sérgio Fernando Moro e Antônio Cesar Bochenek

A denominada Operação Lava Jato revelou provas, ainda pendentes de exame definitivo pelo Judiciário, da aparente existência de um esquema criminoso de corrupção e lavagem de dinheiro de dimensões gigantescas. Se confirmados os fatos, tratar-se-á do maior escândalo criminal já descoberto no Brasil. As consequências são assustadoras.

A Petrobrás sofreu danos econômicos severos, ilustrados pelo pagamento de propinas milionárias a antigos dirigentes e pelo superfaturamento bilionário de obras. Além dos danos imediatos, a empresa sofreu grave impacto em sua credibilidade. A própria economia brasileira, carente de investimentos, sofre consequências, com várias empresas fornecedoras da Petrobras envolvidas no esquema criminoso.

 
 

Mais preocupante ainda a possibilidade de que o esquema criminoso tenha servido ao financiamento de agentes e partidos políticos, colocando sob suspeição o funcionamento do regime democrático. Embora se acredite que, com o apoio das instituições democráticas e da população em geral, tais problemas restem ao final superados, inclusive com o fortalecimento da democracia e da economia brasileiras, a grande questão a ser colocada é como se chegou a esse ponto de deterioração, no qual a descoberta e a repressão de crimes de corrupção geraram tantos efeitos colaterais negativos?

Uma das respostas é que o sistema de Justiça Criminal, aqui incluído Polícia, Ministério Público e Judiciário, não tem sido suficientemente eficiente contra crimes desta natureza. Como resultado, os problemas tendem a crescer, tornando a sua resolução, pelo acúmulo, cada vez mais custosa.

A ineficiência é ilustrada pela perpetuação na vida pública de agentes que se sucedem nos mais diversos escândalos criminais. Não deveria ser tão difícil condená-los ao ostracismo. Parte da solução passa pelo incremento da eficiência da Justiça criminal. Sem dúvida com o respeito aos direitos fundamentais dos investigados e acusados, mas é necessário um choque para que os bons exemplos de eficiência não fiquem dependentes de voluntariedade e circunstâncias.

 
Sem embargo de propostas de alterações do Direito Penal, o problema principal é óbvio e reside no processo. Não adianta ter boas leis penais se a sua aplicação é deficiente, morosa e errática. No Brasil, contam-se como exceções processos contra crimes de corrupção e lavagem que alcançaram bons resultados. Em regra, os processos duram décadas para ao final ser reconhecida alguma nulidade arcana ou a prescrição pelo excesso de tempo transcorrido. Nesse contexto, qualquer proposta de mudança deve incluir medida para reparar a demora excessiva do processo penal.

A melhor solução é a de atribuir à sentença condenatória, para crimes graves em concreto, como grandes desvios de dinheiro público, uma eficácia imediata, independente do cabimento de recursos. A proposição não viola a presunção de inocência. Esta, um escudo contra punições prematuras, impede a imposição da prisão, salvo excepcionalmente, antes do julgamento. Mas não é esse o caso da proposta que ora se defende, de que, para crimes graves em concreto, seja imposta a prisão como regra a partir do primeiro julgamento, ainda que cabíveis recursos. Nos Estados Unidos e na República francesa, dois dos berços históricos da presunção de inocência, a regra, após o primeiro julgamento, é a prisão, sendo a liberdade na fase de recurso excepcional.

Não se ignora, por evidente, a possibilidade do erro judiciário e de eventual reforma do julgado, motivo pelo qual se propõe igualmente que as Cortes recursais possam, como exceção, suspender a eficácia da condenação criminal quando presente, por exemplo, plausibilidade do recurso. Mas a exceção não invalida a proposição. O problema da legislação atual é o de supor como geral o erro judiciário e, como consequência, retirar toda eficácia da sentença judicial, transformando-a em mera opinião, sem força nem vigor. No Brasil, chegou-se ao extremo de também retirar-se a eficácia imediata do acórdão condenatório dos Tribunais, exigindo-se um trânsito em julgado que, pela generosidade de recursos, constitui muitas vezes uma miragem distante. Na prática, isso estimula recursos, quando não se tem razão, eterniza o processo e gera impunidade.

A AJUFE – Associação dos Juízes Federais do Brasil apresentará, em breve, proposição nesse sentido ao Congresso Nacional. O projeto de lei foi previamente aprovado pela ENCCLA – Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de dinheiro no ano de 2014, em grupo de trabalho que contou com membros dos três Poderes.
Pelo projeto, o recurso contra a condenação por crimes graves em concreto não impedirá, como regra, a prisão. Permite ainda o projeto que o juiz leve em consideração, para a imposição ou não da prisão, fatos relevantes para a sociedade e para a vítima como ter sido ou não recuperado integralmente o produto do crime ou terem sido ou não reparados os danos dele decorrente. Exige-se ainda alguma cautelaridade para a prisão, mas não como antes do julgamento.

Não se trata aqui de competir com as proposições apresentadas pelo Governo Federal ou pelo Ministério Público, mas contribuir, usando a experiência da magistratura, com a apresentação de projeto que pode mudar significativamente, para melhor, a Justiça.

O Brasil vive momento peculiar. A crise decorrente do escândalo criminal assusta. Traz insegurança e ansiedade. Mas ela também oferece a oportunidade de mudança e de superação. Se a crise nos ensina algo, é que ou mudamos de verdade nosso sistema de Justiça Criminal, para romper com sua crônica ineficiência, ou afundaremos cada vez mais em esquemas criminosos que prejudicam a economia, corrompem a democracia e nos envergonham como País.

* Sergio Fernando Moro, juiz federal responsável pela Operação Lava Jato, e Antônio Cesar Bochenek, juiz federal, Presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe)

*Artigo publicado na página 2 de O Estado de S. Paulo, edição de domingo, 29 de março de 2015