Morre o deputado federal Sérgio Guerra; corpo será cremado no Morada da Paz

O parlamentar ocupava a presidência do PSDB de Pernambuco (Foto: PSDB/Divulgação)

Do Blog de Jamildo

O corpo do deputado federal pernambucano Sérgio Guerra (PSDB) será velado nesta sexta-feira (7) na Assembleia Legislativa de Pernambuco, no bairro da Boa Vista, região central do Recife. O velório deve começar por volta das 11h, quando o corpo do parlamentar deverá chegar de São Paulo. O corpo será cremado às 16h, no Morada Paz, no município vizinho de Paulista, numa cerimônia fechada para a família. Sérgio Guerra faleceu na manhã desta quinta-feira em São Paulo, aos 66 anos. Guerra, que era presidente do PSDB de Pernambuco, estava internado havia mais de 20 dias no Hospital Sírio Libanês.

A assessoria nacional do PSDB, do qual ele já foi presidente, divulgou uma nota afirmando que o motivo do falecimento teria sido um câncer no pulmão. Por meio de nota, o Hospital Sírio-Libanês, onde ele estava internado, informou que o falecimento ocorreu em decorrência de um quadro infeccioso.

Segundo informações apuradas pelo Blog de Jamildo, Sérgio Guerra havia adquirido um câncer que se espalhou do pescoço para a cabeça. Desde que ele foi internado pela última vez, estava entubado e não houve nenhuma melhora. O quadro teria se agravado por uma pneumonia. O pernambucano era diabético e perdeu um rim aos 12 anos. Há seis anos, o deputado extraiu parte do intestino delgado. Ele deixa dois filhos e duas filhas.

Natural de Recife, Sérgio Guerra era economista, pecuarista e escritor. O deputado formou-se em economia no ano de 1969 pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), especializando-se em economia internacional na Universidade de Harvard, EUA, em 1970.

Como político, ocupou o mandato de deputado federal entre os anos de 1995 e 2003, quando foi eleito senador. Guerra retornou à Câmara dos Deputados em 2011. No final do ano passado, conduziu o PSDB de Pernambuco para a base do governador Eduardo Campos (PSB).

Desde 1981, o deputado foi filiado a quatro partidos políticos: PMDB, PDT, PSB e PSDB, no qual ele estava desde 1999. Guerra assumiu a presidência nacional do partido em 2007. Ele coordenou as campanhas presidenciais tucanas de Geraldo Alckmin, em 2006, e de José Serra, em 2010.

O governador Eduardo Campos se solidarizou com o falecimento de Guerra. “A perda de Sergio Guerra nos entristece profundamente. Convivo com ele há mais de trinta anos, desde que, muito jovem, comecei a trabalhar com Dr Arraes, que tinha nele um amigo e um aliado de todas as horas. Formos colegas de secretariado duas vezes e colegas de Parlamento em três mandatos, compartilhando momentos importantes da vida brasileira, mais próximos em determinadas situações, mais afastados em outras, mas sempre mantendo a capacidade do diálogo e o desejo do entendimento que constrói dias melhores para o país e para o nosso povo. Em meu nome pessoal, da minha família e do povo pernambucano, expresso minhas condolências aos familiares e amigos deste pernambucano que lutou todos esses anos para a construção de um Pernambuco melhor e de um Brasil mais justo”, divulgou em nota.

Também por meio de nota, o senador Armando Monteiro (PTB) afirmou que o Estado perdeu um político de dimensão nacional. “Pernambuco perde um político de dimensão nacional. Sérgio Guerra sempre revelou atributos de liderança e grande capacidade de articulação. Quero neste momento apresentar a toda a sua família a expressão de meu pesar e solidariedade”, afirmou o senador.

Presidente do PSDB do Recife, a vereadora Aline Mariano declarou que o partido perdeu um dos seus maiores líderes nacionais. “Ele fez o PSDB em Pernambuco. Foi o principal responsável por construir o partido no Estado. Pessoalmente, perdi um grande amigo”, disse.

Por meio do Twitter, os deputados estaduais Daniel Coelho e Terezinha Nunes manifestaram apoio ao deputado federal. “É uma grande perda para todos nós. O PSDB, Pernambuco e o Brasil vão sentir sua falta”, escreveu Daniel. “Um grande líder do PSDB que dirigiu o partido e o conduziu de forma exemplar”, afirmou Terezinha.

Na mesma rede social, o também deputado estadual Betinho Gomes deixou um recado de pesar. “Lamento profundamente a morte do grande líder tucano Sérgio Guerra. Perdi um companheiro de partido e amigo”, escreveu.

Vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB) lembrou como amigo do deputado tucano. “Lamento a morte do deputado Sérgio Guerra. Atuamos juntos na bancada de oposição na Assembleia Legislativa entre 1983 e 1987 e fomos sempre amigos”, disse.

* Post atualizado às 14h53.

OPINIÃO: Você escolhe a concordância

Por MENELAU JÚNIOR

menelau colunaVeja essa manchete do Jornal do Commercio: “Faltam estrutura e médicos no Cisam”. A frase merece uma análise mais cuidadosa no que se refere à concordância verbal.

No padrão formal da linguagem, o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito. Entretanto, quando o aparece antes do sujeito, é relativamente comum que não ocorra a concordância, principalmente na fala. Por isso, ouvimos por aí frases como “Falta cinco minutos para começar o jogo” (deveria ser “faltam”), “Cabe cinco pessoas no carro” (deveria ser “cabem”) e “Morreu três pessoas no acidente” (deveria ser “morreram”).

Entretanto, quando o sujeito é composto (tem dois ou mais núcleos) e o verbo o antecede, há duas concordâncias possíveis: o plural, levando em consideração os dois núcleos, ou com o elemento mais próximo.

No caso do título sob análise, temos um sujeito composto: “estrutura e médicos”. O verbo está anteposto: “Faltam”. E agora? Bem, o Jornal do Commercio acerta quando emprega o plural, fazendo o verbo concordar com “estrutura e médicos” – aliás, essa é a concordância mais adequada, uma vez que leva em consideração todos os elementos que compõem o sujeito. Entretanto, a forma “Falta estrutura e médicos no Cisam” (com verbo no singular) também estaria correta, mas aí o verbo estaria concordando apenas com o núcleo mais próximo, que é “estrutura”.

Marisa Monte, em sua canção “Gentileza”, nos dá um exemplo dessa concordância com o elemento mais próximo: “Apagaram tudo, pintaram tudo de cinza/ Só FICOU no muro TRISTEZA e tinta fresca”, canta a bela. Nesse caso, a forma “ficou” tem como sujeito “tristeza e tinta fresca”, mas se optou pelo singular fazendo-se a concordância apenas com “tristeza”.

Portanto, não se esqueça: nos casos em que o sujeito é composto e o verbo o antecede, você escolhe a concordância: no plural ou com o núcleo mais próximo.

Até a próxima semana.

menelau blog

 

Menelau Júnior é professor de língua portuguesa. Escreve para o blog todas as quintas-feiras. E-mail: menelaujr@uol.com.br

Eduardo Campos não corresponde à fidelidade de Aécio Neves

Do PE247

O presidenciável Eduardo Campos (PSB) dá sinais de que pode não subir ao palanque da oposição à presidente Dilma Rousseff caso o tucano Aécio Neves vá para o segundo turno.

Os dois presidenciáveis se aproximaram nos últimos meses para tentar impedir que a presidente leve a disputa já no primeiro turno.

Nas duas últimas vezes em que visitou o Recife, Aécio foi enfático ao declarar fidelidade ao socialista: “Espero que, futuramente, eu possa construir um projeto nacional ao lado do governador Eduardo Campos”.

No entanto, Campos não retribuiu os afagos: “Eu e o senador Aécio não estamos no mesmo palanque nacional desde a campanha das Diretas, em 1984”.

Campos acredita que não ficará de fora da disputa. Mas caso isso não aconteça, pretende se manter fiel a sua trajetória política e deve manter a neutralidade no segundo turno. O mesmo aconteceu em 2010 com sua aliada de chapa, a ex-senadora Marina Silva (PSB).

Até anunciar oficialmente sua candidatura em 2014, o PSB fazia parte do governo Dilma e Campos era tido como uma aposta do ex-presidente Lula para se lançar como candidato em 2018 para substituir Dilma.

Leia aqui a matéria do Valor sobre o assunto.

OPINIÃO: A festa da carne

Por DANIEL FINIZOLA

Até parece que a sexta não vai acabar! Os planos e as malas já estão prontas desde a quinta à noite. O trabalho mal acabou e as pessoas já trocam mensagens de texto marcando a hora e local do encontro para partir e curtir. Na bagagem, fantasias irônicas, políticas, engraçadas e até sexuais, além de muita expectativa e alegria. A alma do brasileiro é tomada por um fenômeno que em Pernambuco ferve, na Bahia ginga e no Rio samba.

É assim que a festa da carne vai se espalhando Brasil afora, mistura irreverência, animação, culturas e uma boa dose de insanidade saudável, se é que podemos falar assim. Afinal de contas, subir e descer as ladeiras de Olinda com um calor de 40 graus no quengo, com toda aquela multidão gritando, suando, dançando e se melando, não me parece algo de muita sanidade! O nosso carnaval é muito mais que uma expressão cultural, é uma entidade que reside no inconsciente da maioria de cada cidadão e cidadã brasileira. Ao som dos clarins de Momo, ela ganha vida, toma seu corpo, se transforma em energia para enfrentar dias de muita festa – sem se alimentar direito, dormindo pouco, bebendo muito, beijando, romantizando e profetizando o Pierrô e a Colombina que residem em cada um de nós.

O cosmopolitismo é uma marca dessa festa, e em Pernambuco isso traz um tempero diferente ao caldeirão que ferve ao som de todos os ritmos. Samba, frevo, maracatu, marchinhas, caboclinho, rock, rap, eletrônico, tudo cabe no carnaval de Pernambuco, em especial o de Recife, que se notabilizou pelo slogan “Carnaval Multicultural”. Um reflexo do Leão do Norte negro, branco, indígena, cafuzo, mameluco, caboclo; um motor econômico que sempre protagonizou a produção cultural do país conectando o local com o universal. Seguimos mostrando para o Brasil e para o mundo quais as particularidades da cultura pernambucana, gerando turismo e dividendos para o Estado. Também propicia a todas as gerações de espectadores, artistas e produtores sentir novas sensações sonoras e culturais que só encontramos no carnaval multicultural de Recife.

Mas é preciso fazer uma crítica à forma como vem sendo conduzida a organização do carnaval em algumas cidades do país. Hoje, estamos vendo um fenômeno que diminui os espaços públicos em detrimento dos espaços privados. Camarotes e cordões de isolamento vêm privatizando a festa mais popular deste país. Até quando vamos permitir?

Enquanto isso, o carnaval caruaruense é marcado por uma diáspora para as praias do litoral sul. Já se tentou um pouco de tudo para ressignificar o carnaval de Caruaru. Já foi da La Ursa ao retiro espiritual, contrariando os tempos de Cacho de Coco, um grande carnavalesco caruaruense. Mas, aos poucos, a semana pré-carnavalesca em Caruaru vem ganhado força. Festa como a de Sucata, na rua João Condé, ganha – a cada ano – mais adeptos, os quais todos os anos marcam presença e desenvolvem um novo ritual carnavalesco na cidade.

O carnaval de Sucata é mais um exemplo de manifestação cultural caruaruense que merece a atenção do poder público. Vem crescendo de forma natural, feito por amigos que trazem na alma o desejo de transmitir alegria para cada rua e coração do “País de Caruaru”.

Até semana que vem.

daniel finizola

 

@DanielFinizola, formado em ciências sociais pela Fafica, é músico, compositor e educador. Escreve todas as quartas-feiras para o blog. Site: www.danielfinizola.com.br

Profissionais da saúde municipal farão assistência no carnaval

A partir desse sábado (01) até a próxima quarta-feira (5), a Secretaria de Saúde estará com todas as unidades de urgência e emergência funcionando normalmente. Estarão abertas a UPA do Vassoural, Hospital Manoel Afonso, Policlínica do Salgado, Hospital do Coração e Casa de Saúde Bom Jesus. O SAMU também estará à disposição dos caruaruenses.

Nas cinco unidades de urgência e emergência, 120 médicos estarão revezando seus plantões. O Samu atuará com cinco ambulâncias, sendo quatro básicas e uma de suporte avançado.

Marcelo Gomes ressalta sucessão de Eduardo Campos

Nesta quinta-feira (27), durante a Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Caruaru, o vereador Marcelo Gomes (PSB), falou sobre o processo de sucessão do governo do Estado, comandado pelo governador Eduardo Campos.

O parlamentar afirmou que é precipitado as críticas que os vereadores estavam fazendo contra Eduardo Campos pela escolha do secretário Paulo Câmara como seu sucessor e que, o vice-governador João Lyra Neto, terá o comando de Pernambuco por nove meses.

“Votei no vice-governador João Lyra Neto em todas as ocasiões em que tive oportunidade, ele sabe disso. Mas o governador Eduardo Campos é o comandante da sua sucessão e achou por bem escolher o secretário Paulo Câmara. Eu espero que Caruaru saiba reconhecer todo o trabalho que Eduardo Campos fez pela cidade, como a saúde, com a construção de hospitais. Após a sua passagem pelo governo do Estado, Caruaru nunca mais será a mesma na área da saúde”, frisou Marcelo.

Defesa de vereadores sofre revés no Tribunal de Justiça

Foi publicada na tarde de ontem (27), a decisão terminativa denegatória de Habeas Corpus preventivo impetrado pelos Vereadores José Evandro Francisco da Silva, Erivaldo Soares Florêncio, Jadiel José do Nascimento, Averaldo Ramos da Silva Neto, Joseval Lima Bezerra, Lourinaldo Florêncio de Morais, José Givaldo Francisco de Oliveira, Aníbal Eduardo de Miranda Barros Cantarelli, Cecílio Pedro da Silva e Jaílson Soares de Oliveira Batista.

A defesa dos vereadores alegou perante o Tribunal que há fundado receio que esteja em curso mais uma operação, alcunhada por eles de Operação Ponto Final III, objetivando não serem novamente sujeitos a um eventual decreto de prisão preventiva que poderia ser exarado pelo Poder Judiciário local, na pessoa do MM. Juiz de Direito Pierre Souto Maior, à pedido do Delegado Erick Lessa.

A pretensão da defesa não foi acolhida pelo relator Gustavo Augusto Rodrigues de Lima, nos autos do processo nº 0001791-68.2014.8.17.0000 (327559-8), que sequer permitiu a tramitação do Habeas Corpus na Câmara Criminal, denegando o pedido sumariamente.

Segue abaixo trecho da decisão:

“Com efeito, esguardando os argumentos articulados na peça de ingresso e os documentos a ela acostados, não se visualiza a ameaça ao direito de locomoção dos pacientes na forma propugnada pelos impetrantes. A simples existência de boatos de que o Delegado de Polícia iria representar pela prisão preventiva dos pacientes, no curso de uma operação policial denominada Ponto Final III, não se constitui em ameaça concreta a ensejar a concessão da ordem preventiva. Por outro lado, as considerações pessoais do magistrado acerca da suposta conduta delituosa dos pacientes, formuladas quando da edição do decreto de prisão preventiva exarado em desfavor dos parlamentares acusados, não tem o condão, de per si, de infundir o temor de que o referido magistrado venha novamente a determinar a custódia interina dos acusados.

As graves alegações expendidas pelos impetrantes em face da autoridade reputada coatora, restritas ao campo da retórica, não guardam qualquer pertinência com o descabido propósito engendrado no presente writ, o que robustece a compreensão de inidoneidade do presente meio processual, inclusive para tal desiderato.”

Prefeitura de Caruaru realiza mudanças no secretariado

A Prefeitura de Caruaru realizará mudanças no primeiro escalão da administração municipal, em conformidade com a Reforma Administrativa, aprovada pela Câmara de Vereadores, em dezembro do ano passado.

O Secretário de Infraestrutura, Bernardo Vinhas, será substituído pelo engenheiro Bruno Lagos. Na Educação, o professor Welson Costa cede lugar ao professor Antonio Fernando Santos Silva. O radialista Davi Cardoso sai da Secretaria-Executiva de Relações Institucionais.

Por outro lado, em cumprimento do mesmo texto legal aprovado pelo Legislativo, serão nomeados para ocupar pastas recém criadas, os Secretários Louise Caroline, na Participação Social; Rui Lira, nos Assuntos Estratégicos; e Paulo Cassundé, nos Projetos Especiais.

O Governo informa, ainda, que as mudanças serão precedidas por um processo de transição a fim de evitar disfunções administrativas e garantir a eficaz prestação de serviços à população de Caruaru.