Vice-prefeito tem alta de hospital
O vice-prefeito de Caruaru, Jorge Gomes (PSB), recebeu alta do Hospital Santa Efigênia, no início da noite deste sábado (28).
Na manhã de hoje, ele apresentou um quadro de arritmia. O cardiologista Marcelo Baguetti acompanhou o paciente e recomendou apenas repouso.
*Post atualizado às 20h48
Jovens do PSD representam Caruaru em confraternização do partido
O Restaurante da Hora, no Recife, foi o lugar escolhido para a confraternização do PSD de Pernambuco. Estiveram presentes lideranças da sigla de todo o Estado e também de outros partidos, como o prefeito Geraldo Julio (PSB), o deputado André Campos (PT) e o vice-governador João Lyra Neto (PSB).
Representando o PSD de Caruaru, compareceram ao encontro, realizado na tarde de ontem, o presidente estadual da JPSD, John Silva, e o jovem Alisson Xavier.
PT vai debater permanência no governo Queiroz; PTB deve continuar
O PT de Caruaru deve abrir, já na primeira semana de janeiro, um debate sobre a participação da sigla no governo do prefeito José Queiroz (PDT) por conta da eleição de 2014. O presidente do partido, Adilson Lira, negou que exista uma recomendação das executivas Estadual e Nacional para que a legenda só ocupe cargos em gestões que declararem apoio à reeleição de Dilma Rousseff.
“Na verdade, em todo o país o partido vai avaliar se é melhor ou não fazer parte de determinados governos. A prioridade é a reeleição de Dilma e isso não quer dizer que devemos deixar o governo Queiroz. Pode ser que em Caruaru o melhor para a reeleição de Dilma seja o PT no governo municipal”, ponderou Lira.
Ele lembrou que atualmente o Partido dos Trabalhadores ocupa três pastas na gestão municipal – Mulher (Elba Ravane), Participação Social (Louise Caroline) e Saúde (Aparecida Souza). Além disso, o blog apurou que o PT possui cerca de 40 cargos no governo. “Realmente não tenho essa informação. Vamos nos reunir em janeiro para debater a nossa prioridade, que é a reeleição da presidente Dilma. Se essa participação dentro do governo for importante, o partido decidirá”, ressaltou.
Em relação ao PTB, que também já tem pré-candidato ao Governo do Estado (o senador Armando Monteiro), a situação é muito parecida. O prefeito, mesmo tendo amizade pessoal com Armando, declarou que não vota nele por gratidão a Eduardo Campos (PSB). Mas isso não deve abalar o prestígio da sigla, que vai marchar com Dilma Rousseff em 2014, na administração de José Queiroz.
“O PTB se comprometeu em apoiar Queiroz no âmbito municipal e estamos fazendo isso”, resumiu o suplente de senador, Douglas Cintra.
Kiko Beltrão contraria Douglas e defende saída de petebistas da prefeitura
O pré-candidato a deputado federal Kiko Beltrão (PTB) disse discordar da opinião dos colegas de partido. Para ele, a sigla deve sair logo do governo José Queiroz (PDT), já que o prefeito de Caruaru vai seguir com Eduardo Campos (PSB). “Vou lutar para que o PTB deixe a prefeitura. Não faz sentido estarmos ligados a uma pessoa que pede votos para outros candidatos”, afirmou o engenheiro.
Na cidade, o PTB ocupa somente uma pasta, porém bastante estratégica: a de Relações Institucionais. A secretaria, que é controlada por Marco Casé, cuida basicamente da relação do Executivo com a Câmara.
O partido conta ainda com dois vereadores no município: Cecílio Pedro e Ranílson Enfermeiro. Juntos, eles somaram mais de dez mil votos em 2012.
Em coletiva, vereadores negam que tenham cobrado propina
Uma hora depois da entrevista coletiva da Polícia Civil, os dez vereadores presos na Operação Ponto Final reuniram a imprensa em um hotel de Caruaru para dar suas versões, mas só três deles foram escalados pelos colegas para representar o grupo: Val (DEM), Sivaldo Oliveira (PP) e Evandro Silva (PMDB).
O primeiro a falar foi Evandro. Ele negou que tenha feito qualquer tipo de proposta ou recebido dinheiro e desafiou as autoridades a apresentarem provas contra sua pessoa. “O que aconteceu foi uma armação. Eu sempre fui um crítico do governo José Queiroz e nunca, nunca dirigi a palavra ao prefeito. Ele mesmo disse em uma emissora de rádio que nunca recebeu proposta alguma de vereador”, disse.
Já Sivaldo Oliveira rechaçou qualquer possibilidade de ser um dos mentores do grupo. “Isso não existe. Aqui existem homens de bem, empresários e pessoas públicas que prestam serviço a Caruaru. No meu caso, votei pela aprovação de mais de 90% dos projetos que foram enviados pelo Executivo. Agora, alguns projetos tiveram que ser discutidos mesmo”, justificou.
O líder da oposição, Val (DEM), também fez sua defesa e dos demais colegas. Segundo ele, as acusações são absurdas e querem prejudicar o trabalho que a bancada oposicionista vem fazendo na Câmara. “Isso é pura armação. Eles nos acusaram, nos prenderam e não apresentaram provas de nada. Passei por constrangimento, invadiram minha casa e até hoje minha família sente os males causados por essa truculência”, afirmou o democrata.
Ele também negou qualquer tipo de reunião com o prefeito ou o secretário Marco Casé (Relações Institucionais). “Não tenho acesso a esse rapaz (Marco Casé)”, reforçou Val. Já Sivaldo admitiu ter conversado com Casé, mas nunca para pedir propina. “São reuniões normais, inclusive a Secretaria de Relações Institucionais é para cuidar do relacionamento da Câmara com a prefeitura”, finalizou.
Polícia Civil conclui inquérito e aponta chefes de esquema de corrupção
A Polícia Civil concluiu nesta sexta-feira (27) o inquérito que apura a participação de dez vereadores em um esquema de cobrança de propina para aprovar projetos de interesse do Executivo, em Caruaru. A Operação Ponto Final, que resultou na prisão dos parlamentares, foi deflagrada no último dia 18.
Os vereadores são acusados dos crimes de concussão, corrupção passiva e de integrar organização criminosa. Segundo o delegado Salustiano Albuquerque, a operação serviu de exemplo para várias cidades do Estado. “Já fomos procurados por prefeitos de outros municípios que estão vivendo situações parecidas. Essa operação é um marco que pode servir de exemplo para todo o país”, observou o chefe da Dinter 1 (Diretoria Integrada do Interior).
Durante a coletiva, o delegado Erick Lessa, que chefiou uma equipe de mais três delegados, apontou os mentores do grupo: Cecílio Pedro (PTB), Sivaldo Oliveira (PP) e Val (DEM). “Concluímos o inquérito com quase 800 páginas e remetemos ao Ministério Público. O trabalho foi muito bem feito pelo delegado Erick Lessa e sua equipe. Temos a certeza de que foi concluído com muita responsabilidade. Tudo que foi realizado através de escutas e interceptações teve autorização da Justiça”, acrescentou Salustiano.
Lessa informou ainda que a polícia pode abrir novas linhas de investigação por causa das informações colhidas nesse primeiro inquérito. “São informações que não podem ser repassadas nesse momento para não atrapalhar as investigações, mas o trabalho continua”, completou o delegado.
Bruno Martiniano participa de série de entrevistas de emissora
O prefeito de Gravatá, Bruno Martiniano (PTB), foi um dos cinco gestores da região a participar de uma série de entrevistas promovida pela TV Jornal de Caruaru. As conversas tiveram como objetivo fazer uma avaliação da gestão em 2013 e apontar as perspectivas para o ano que vem.
“Aproveitamos o momento para apresentar à população um pouco do que fizemos e o que pretendemos executar no próximo ano”, detalhou o prefeito.
A entrevista deve ir ao ar no próximo dia 3 de janeiro. Foram ouvidos os prefeitos de Caruaru, Garanhuns, Santa Cruz do Capibaribe e Serra Talhada, além de Gravatá.
OPINIÃO: Mobilidade urbana e o Plano Diretor (Parte I)
Por MARCELO RODRIGUES
O assunto em si despertou – e desperta – a atenção das maiores metrópoles do mundo, das médias e pequenas cidades, por ser, dentre as questões urbanas, o que mais cresce em importância e gravidade, pois, além de consumir cada vez mais tempo, energia, espaço e dinheiro, vem comprometendo a saúde e a sadia qualidade de vida pelos enormes congestionamentos.
É sabido que a crise da mobilidade é resultado de uma política pelo favorecimento dos gestores em atender às indústrias de automóveis, dando preferência ao transporte individual, quando a própria Carta Magna de 1988 considera o transporte público como sendo um serviço público essencial e transfere aos municípios a responsabilidade de gerir os serviços de transporte e trânsito. Essa transferência perniciosa, na prática, retirou o governo federal de cena e ignorou que os problemas existentes não poderiam – e não podem – ser resolvidos localmente.
Os números por si só demonstram as consequências dramáticas para a mobilidade urbana: 55 milhões de brasileiros não têm acesso ao serviço de transporte público, por ser caro e ineficiente; 30 mil mortes, 350 mil feridos, 120 mil deficientes físicos a cada ano, que comprometem 30% dos recursos do SUS, a um custo de R$ 5,3 bilhões anuais; e 90% do espaço viário é ocupado por automóveis e, pasme, para transportar 20% das pessoas. Só em São Paulo e no Rio de Janeiro, para servir como parâmetro, são gerados 123 mil toneladas de monóxido de carbono e 11 mil toneladas de hidrocarbonetos (dados retirados de várias ONGs, SUS e ONU).
Na verdade, nos deparamos com conflitos de circulação entre os vários modais (automóveis de toda a natureza, motos, bicicletas, etc.) pela disputa de espaço para o deslocamento e estacionamento, e daí surgem os alargamentos de ruas, viadutos e passarelas; o número cada vez mais elevado de acidentes de trânsito; a baixíssima qualidade dos sistemas de transporte coletivo que não se integram; o prejuízo insofismável de natureza ambiental pela emissão cada vez maior de poluentes, que resulta no aumento do número de atendimentos médicos por conta das internações motivadas por doenças respiratórias e alérgicas; o custo do modelo de mobilidade adotado e suas externalidades negativas.
Vale ainda mencionar sempre a lei, suas diretrizes e princípios fundamentais do Estatuto da Cidade, com destaque para a gestão democrática; a justa distribuição dos ônus e benefícios decorrentes do processo de urbanização; a recuperação dos investimentos do poder público que tenham resultado em valorização de imóveis urbanos; e o direito a cidades sustentáveis, à moradia, à infraestrutura urbana e aos serviços públicos.
Criar novos paradigmas para uma mobilidade sustentável é construir e contribuir para uma cidade equânime, onde os benefícios do desenvolvimento urbano sejam democraticamente distribuídos e o ônus minimizado. Também deve haver favorecimento aos transportes coletivos de qualidade, menos agressivos ao ambiente, diminuindo ao máximo os congestionamentos e melhorando o deslocamento dos cidadãos ao trabalho, estudo, serviços, lazer, etc.
Na realidade, a cidade deve ser discutida com os cidadãos, e daí definir e executar ações locais, com foco em um desenvolvimento de uma nova e indispensável cultura participativa entre os agentes sociais e institucionais.
Por fim, a mobilidade sustentável deve ser sempre um produto de políticas públicas que estabeleçam o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, reduzindo a segregação espacial e contribuindo para a inclusão com foco na preocupação da sustentabilidade ambiental.
Marcelo Rodrigues foi secretário de Meio Ambiente da Cidade do Recife. É advogado e professor universitário. Escreve todas as sextas-feiras para o blog