O governador Eduardo Campos (PSB) defendeu, nesta terça-feira (13), um “olhar” e um “recorte” regional sobre as políticas de desenvolvimento nacional para colocar fim às desigualdades econômicas no Brasil. A posição do socialista foi exposta durante o Exame Fórum Nordeste, evento promovido pela Revista Exame com o objetivo de discutir a expansão da economia na região.
“O recorte diferenciado dos investimentos vai legar ao Brasil não depender do governante do dia, nem das decisões de quem conhece mais”, explicou Eduardo, que integrou o painel de governadores do Nordeste, ao lado de Ricardo Coutinho (Paraíba), Rosalba Ciarlini (Rio Grande do Norte) e Jaques Wagner (Bahia), para expor perspectivas sobre “As estratégias adotadas pelos estados da região Nordeste para atrair investimentos e gerar mais emprego e renda”.
Para uma plateia composta por empresários e executivos, Eduardo apresentou um retrato dos momentos vivenciados pelo Brasil, desde “as décadas perdidas” até o tempo da estabilidade econômica, e seus reflexos na economia regional. O governador lembrou também que a desigualdade sempre foi um “freio” ao desenvolvimento do país.
“Quando o Brasil vai bem, nós podemos ir bem. Mas quando o Brasil vai mal, nós podemos ir muito pior”, disse, ao destacar que o Nordeste concentra 28% da população brasileira, mas apenas 13% do PIB.
Para superar as desigualdades econômicas e sociais, o governador também destacou que é necessário fazer uma reflexão intrarregional. “A desigualdade não está só no Nordeste em relação ao Brasil. Existem vários ‘Nordestes’ dentro do Nordeste, ao mesmo tempo em que há estados nordestinos que se assemelham aos ricos existentes em outras regiões do Brasil”, esclareceu.