Período junino impulsiona demanda por fogos

Com a chegada do mês de junho iniciam as comemorações do São João e como já é tradição em Caruaru, a venda de fogos de artifício aumenta nesta época. Os fogos são peças fundamentais na diversão das crianças e adultos, principalmente nas festas de bairros e comunidade que fazem fogueiras para animar a vizinhança.

Um dos comerciantes mais antigos que aproveita o São João para aumentar as vendas é Marcus Bezerra. Sua família comercializa os artefatos há 136 anos e há 12 ele possui uma barraca no estacionamento do Colégio Machadinho, no Centro. “Nós vendemos fogos o ano todo, além de fornecemos para muitas prefeituras da região. Porém é nesse período que conseguimos ter um lucro maior. Este ano, por exemplo, identificamos um aumento de 30% nas vendas, porém já tivemos anos melhores, mas entendemos que a crise vem atrapalhando um pouco o nosso comércio. Mesmo assim, estamos satisfeitos com o movimento”, comemorou Marcus.

O gerente da Casa do Fogueteiro, Adenilson Félix, também destacou o crescimento na demanda. “Por conta de sua tradição é claro que o São João vem impulsionando a procura pelos fogos e com a queima de sua fogueira, a tendência é de vendermos bem nesta semana. Porém, este ano estamos observamos uma queda na demanda de 30% ante o mesmo período do ano passado. A crise e o aumento nos valores dos produtos são dois dos fatores que tem provocado tal desempenho”.

Para manusear os fogos são necessários alguns cuidados preventivos, principalmente quando as crianças forem utilizá-los. “Não vendemos fogos para crianças que não estejam acompanhadas dos pais, mesmo que sejam artefatos mais simples, indicados para elas. Caso a criança esteja acompanhada por responsável, nós vendemos conforme as indicações de idade, pois sabemos que eles podem se machucar e evitamos esses tipos de acidentes”, ressaltou o vendedor de fogos.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Caruaru, o mais importante é evitar a compra dos fogos em locais clandestinos. “O primeiro passo é comprar os fogos de artifício em um local autorizado, que possua alvará de funcionamento da prefeitura e vistoria do Corpo de Bombeiros. Além disso, cada produto pirotécnico possui classificação adequada por idade, de acordo com a norma do Ministério do Exército, isso deve conter na embalagem”, destacou o bombeiro, Gleyson Vilela.

Ainda, segundo Vilela, existem outros cuidados básicos. “Nunca deve-se transportar os fogos dentro de bolsos, não acendê-los próximo ao rosto, não fazer queima dos mesmos após ingestão de bebida alcoólica, jamais tentar desmontar os fogos e manter sempre as crianças longe dos locais de queima”. Ele ainda orientou que em caso de acidentes, o ideal é lavar a queimadura com água limpa e corrente, cobri-la com pano limpo e úmido, até chegar a uma unidade de saúde.

Seguem as classificações estabelecidas pelo Ministério do Exército:
Classe A – Infantil: Podem ser vendidos a menores e sua queima é livre. (sempre recomenda-se a presença de adultos para o manuseio)
Classe B- Juvenil: Podem ser vendidos a menores, mas a queima é proibida em locais fechados ou próximos demais das vias públicas.
Classe C- Adulto: Venda proibida a menor de 18 anos.
Classe D- Profissionais: Venda proibida a menor de 18 anos. Só pode ser queimado com licença prévia da autoridade competente, no caso, Bombeiros.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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