Do Blog da Folha
As análises iniciais dos restos das peças do jatinho que caiu vitimando o ex-governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB), assessores e pilotos, na última quarta-feira (13), apontaram que os flaps da aeronave estavam recolhidos. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o dado sobre o instrumento é considerado fundamental para a avaliação das causas do acidente.
Quando vai aterrissar, o piloto precisa “baixar os flaps”, equipamentos que ajudam na sustentação e frenagem do avião no solo.
De acordo com a instrução do jato, se os flaps forem recolhidos como avião a mais de 370 km/h, ocorre um baque muito forte, movimento que puxa a aeronave para baixo, tirando a estabilidade do avião.
Para os investigadores, se os flaps estão recolhidos é porque há duas opções: o procedimento pode ter sido realizado no tempo certo, com velocidade certa, ou o flap foi recolhido após a arremetida, em alta velocidade.
A análise dos peritos se volta para a possibilidade de um eventual baque, “put down” como é chamado, tendo sido motivado por um suposto recolhimento do equipamento acima dos 370 km/h, contribuindo, desta forma, para o acidente.
Alguns fatores ainda são vistos como motivos que teriam dificultado as investigações. O jato não tinha como equipamento de série um gravador de dados, não foram gravadas as conversas mantidas pelo piloto e copiloto na cabine e, além disso, os investigadores ainda consideram um problema o fato de não existir torre de controle em Santos (SP), mas apenas uma estação de rádio.