PIB do Estado dá sinais de recuperação

O PIB (Produto Interno Bruto) de Pernambuco apresentou uma elevação real de 0,4% no terceiro trimestre do ano passado na comparação com o trimestre anterior, a preços de mercado e considerando a série com ajuste sazonal. Esse resultado decorreu do movimento dos setores da agropecuária e da indústria, que cresceram, respectivamente, 0,3% e 2,3%. Por outro lado, o segmento de serviços apresentou queda de 0,2%. Os dados foram da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa (Condepe/Fidem) e retrataram uma tendência de recuperação gradual da economia pernambucana, que deve se intensificar a partir de 2017.

Enquanto isso, a economia brasileira segue em queda. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicaram um recuo de 0,8% no terceiro trimestre em relação ao segundo, também levando em consideração a série ajustada. Em relação ainda aos intervalos específicos, o valor adicionado do PIB do Estado registrou um crescimento de 0,1%, enquanto os impostos líquidos sobre a produção cresceram 0,6%. Em valores correntes, o PIB pernambucano do terceiro trimestre de 2016 alcançou R$ 40,8 bilhões.

Nos nove primeiros meses do ano passado, na comparação com o mesmo período de 2015, o PIB do Estado apresentou uma redução de 4,3%. O estudo indicou também um comportamento abaixo da média de todas as atividades produtivas no período: agropecuária (-7,5%), indústria (-6,3%) e serviços (-3,9%). Na comparação acumulada, de janeiro a setembro de 2016 sobre igual período de 2015, a estimativa do IBGE mostrou uma queda de 4% no PIB brasileiro.

Em outra ótica, quando comparados os últimos quatro trimestres do PIB estadual com os quatro trimestres imediatamente anteriores, a economia pernambucana apresentou os seguintes resultados: agropecuária (-0,1%), indústria (-7,3%), serviços (-4,6%), valor Adicionado (-5,0%), impostos (-4,0%) e PIB-PM (-4,8%). O presidente da Agência Condepe/Fidem, Flávio Figueiredo, comentou que a economia pernambucana vem se recuperando lentamente, mas a previsão é de que os números já se mostrem positivos a partir deste ano. “Apesar do ritmo lento, a economia pernambucana vem se destacando em relação a do Brasil e dos demais estados brasileiros que realizam também estes estudos”, comentou o gestor.

Tanto Figueiredo quanto Maurício Cruz, secretário executivo de Desenvolvimento do Modelo de Gestão da Secretaria de Planejamento e Gestão, afirmam que o resultado positivo para a economia pernambucana é resultante de uma política econômica adotada desde a gestão Eduardo Campos da descentralização dos polos econômicos (houve a chegada de grandes empreendimentos em Vitória de Santo Antão, Salgueiro, Bom Conselho, entre outros) e da manutenção dos investimentos. “Recentemente, o governador Paulo Câmara anunciou investimentos de R$ 1,5 bilhão, destinados principalmente para ações de infraestrutura”, ressalta Maurício Cruz.

O cálculo do PIB estadual do 3º trimestre de 2016 feito pela Agência Condepe/Fidem contempla a revisão dos cálculos dos anos de 2002 a 2009 (série retropolada) incorporando as mudanças conceituais e de classificação introduzidas com a série de referência 2010, a exemplo do que foi realizado em nível nacional

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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