PMC promove primeiras discussões para a revisão do Plano Diretor

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No sábado (08), a gestão da prefeita Raquel Lyra deu início às primeiras oficinas de trabalho para discutir a revisão do Plano Diretor do Município de Caruaru. Foram dois encontros que aconteceram de forma simultânea na Zona Rural do município, um na Escola Cesarina Moura, na Vila do Rafael, e o outro na Escola Maria Bezerra Torres, no Murici. A escolha das localidades se deve ao fato das primeiras discussões serem voltadas para a área rural. Na oportunidade foi apresentado um levantamento urbanístico dos problemas e potencialidades dessa região específica.

Os moradores dos quatro distritos rurais e entidades da sociedade civil que compareceram às plenárias de hoje, puderam discutir o diagnóstico urbanístico municipal local que foi apresentado durante o encontro. No total estiveram presentes representantes de 18 comunidades: Cachoeira Seca, Dois Riachos, Gonçalves Ferreira, Jacaré Grande, Juá, Lages, Malhada de Barreiras Queimadas, Normandia, Riacho Doce, Sítio Caiberas, Sítio Gruta Funda, Sítio Reinado, Vila do Rafael, Xicuru, Murici, Terra Vermelha, Sítio Cipó e Malhada de Pedra.

O Plano Diretor é uma espécie de indutor para os investimentos de infraestrutura e desenvolvimento urbano das cidades, mas deve ser feito de forma participativa, como explicou o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão de Caruaru, Rubén Pecchio: “O Estatuto da Cidade define que o Plano Diretor é a ferramenta que orienta o desenvolvimento dos municípios brasileiros e o planejamento deve ser elaborado para construir soluções junto com a população em diversos setores. O que a gente faz em Caruaru é escolher as prioridades do que deve ser investido, tanto no público quanto no privado, para desenvolver melhor nossa cidade”, pontuou.

Para Ranúzia Melo, sócia da Associação Conhecer e Preservar, as oficinas de trabalho de hoje foi mais uma oportunidade que teve com a prefeitura para falar sobre o Parque Natural Municipal Professor João Vasconcelos Sobrinho. “O Plano Diretor vai procurar fazer o diagnóstico dos problemas e da potencialidade da cidade como um todo. Como hoje a discussão é a Zona Rural, onde está inserido o Parque Natural, frisei a potencialidade do equipamento para Caruaru, como área de preservação ambiental, composto pela floresta remanescente de mata atlântica e o bioma de brejo de altitude”, frisou Ranúzia.

O Plano Diretor estabelece diretrizes urbanas para promover as melhorias que o município precisa como mecanismo indutor de investimentos públicos e privados em diversos setores como transporte, moradia, saneamento, atividades produtivas, entre outros. A metodologia da revisão do Plano Diretor envolve diversas oficinas com segmentos institucionais, comunitários, acadêmicos e produtivos, tanto nas áreas rurais quanto nas áreas urbanas do município. Para isso ele será consolidando em dois momentos que culminam em um processo estruturado de participação, escuta e colaboração entre poder público e sociedade civil, que são as fases de “diagnóstico” e “proposições”.

O planejamento prevê a realização de oito encontros com oito horas de duração cada um, o que totaliza 64 horas dedicadas à escuta e a participação popular. São cinco encontros na fase de diagnóstico e três na fase de proposições. Agora são as fases de diagnósticos e as próximas oficinas estão previstas para acontecer na Acic, no dia 19 de abril, para se discutir as áreas do centro e as zonas norte e oeste da cidade.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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