Polícia conclui que empresário Sérgio Falcão foi assassinado

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Da Folhape

Às vésperas de completar cinco anos da morte de Sérgio Falcão, a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) concluiu que o empresário da construção civil que, na época tinha 52 anos, foi assassinado pelo próprio segurança, o policial militar reformado Jaílson Melo, de 58 anos. Com oito volumes, o inquérito foi remetido pela delegada Vilaneida Aguiar, na última sexta-feira (25), ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Os detalhes da investigação – como a motivação do crime e a participação de outras pessoas – não foram repassados pela delegada. Apesar da PCPE concluir o inquérito como homicídio, os laudos periciais do Instituto de Criminalística (IC) apontam que o dono da Construtora Falcão cometeu suicídio. De acordo com a perícia, o tiro foi disparado na boca e transfixou a cabeça. Na roupa do PM, não havia pólvora. Também não havia sinais de luta corporal.

Por telefone, o promotor que acompanha o caso, André Rabelo, confirmou que recebeu o documento às 16h da última sexta e que vai “se debruçar” no material durante esta semana. O promotor tem 30 dias para analisar todo o inquérito policial e, após a análise, vai definir se vai oferecer denúncia ou se vai pedir, novamente, novas diligências. Questionado sobre as divergências das conclusões da PCPE e do IC, André Rabelo informou que ainda não pode repassar detalhes, já que ainda não teve acesso ao inquérito. Procurado pela reportagem do FolhaPE, o advogado de Jaílson Melo, André Fonseca, não atendeu às ligações.

O empresário Sérgio Barros Falcão foi encontrado morto, com um tiro na cabeça, no dia 28 de agosto de 2012, no próprio apartamento, no Edifício 14 Bis, na avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O PM reformado Jaílson Melo, que prestava serviços eventuais como segurança do empresário, esteve no apartamento no dia da morte do dono da Construtora Falcão.

Jaílson foi filmado pelas câmeras de segurança do edifício. Nas imagens, depois de ir ao apartamento de Falcão, o PM reformado aparece entrando no elevador e guardando uma arma na cintura. Na época, em depoimento, Jaílson disse que o empresário pedido para que o PM fosse até o local e teria tomado a arma dele, uma pistola 380, e se suicidado.

Logo após a tese de suicídio ser levantada, a família de Sérgio Falcão se pronunciou e descartou a possibilidade do empresário ter se matado. A família, no entanto, acredita que a morte tem causas financeiras, já que a construtora estava em crise, com diversas obras paralisadas no Recife e em Maceió. Os familiares também informaram que, na época, Sérgio estaria em depressão profunda, sendo acompanhado por médicos psiquiatras e tomando remédio controlado.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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