O agente da Polícia Civil de Pernambuco Fábio Luiz de Melo teve a demissão pedida pela Secretaria de Defesa Social, com portaria publicada no Boletim Geral da SDS, no sábado (24), oito anos após ser acusado de cobrar uma propina de R$ 10 mil. Ele e outro policial, assassinado em 2019, foram considerados culpados pelo governo em um caso envolvendo a liberação de produtos sem nota fiscal em Boa Viagem, em 2014. Outros quatro policiais civis denunciados por envolvimento no caso também estão no processo administrativo.
Segundo o documento da Secretaria de Defesa Social, há provas da “participação efetiva” de Fábio Luiz e Peclísio Leal Bezerra Neto, que estariam de folga no dia do ocorrido para tirar “vantagem indevida” do denunciante. As investigações apontaram que os dois estavam no local quando o valor foi solicitado “após serem encontrados produtos sem notas fiscais” e que Fábio teria “se apropriado de um relógio da marca Michael Kors e de um perfume, escondendo-os por baixo da cueca”.
Ainda de acordo com o boletim da SDS, a pena de demissão de Fábio foi solicitada por “valer-se do cargo para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade da função policial” e por “praticar ato que importe em escândalo ou que concorra para comprometer a dignidade da função policial”.
O arquivamento da denúncia contra o agente Peclísio Leal foi solicitado em razão do seu falecimento e também contra os outros policiais envolvidos “considerando a absolvição destes imputados na esfera criminal, com trânsito em julgado”.
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