Povos de Terreiros se reúnem em caminhada alusiva ao Dia da Consciência Negra em Caruaru

O Dia Consciência Negra, comemorado na última terça-feira, em 20 de novembro, é celebrado em diversas cidades brasileiras em homenagem à Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares e herói da resistência negra, morto em 20 de novembro de 1695. Em Caruaru, a data foi marcada pela realização da Semana da Consciência Negra que segue até esta terça-feira (27) com a continuidade da programação voltada à reflexão da inserção do negro na sociedade brasileira.

O calendário de eventos iniciado no dia 19 deste mês contou com palestras, oficinas e apresentações culturais, esquetes teatrais, além de workshops e diversas outras intervenções que vêm sendo realizadas no município. A mais emblemática aconteceu no último sábado (24), com a Caminhada dos Povos de Terreiros em homenagem ao orixá Ogum e a Yalorixá Neide de Yemanjá (em memória), percorrendo as ruas do centro de Caruaru, em direção ao Marco Zero da cidade, com músicas e cânticos de louvor.

“Independentemente do segmento religioso que nós façamos parte, somos povo de Deus, porque Deus é um só e todos os nossos irmãos de fé são dignos de respeito. Eu, que fui professora por muito tempo de socioantropologia pela Asces e trabalhei muito a religiosidade, sei exatamente o que a luta dos povos de terreiros significa, deve ser respeitada, e precisa estar nos espaços públicos. Sejamos todos resistência e luta sempre”, destacou em sua fala ao final da caminhada do último sábado (24), a secretária da SDSDH, Perpétua Dantas.

A programação continua nesta segunda-feira (26) com a realização de um evento inédito: uma ação de saúde no Terreiro do Ilê Axé Sangó Airá, a partir das 14h. O encerramento será na terça-feira (27), com uma palestra na Escola Municipal Altair Porto Nunes, promovida pela SPM, às 19h. A Prefeitura de Caruaru, através da coordenação de Promoção de Igualdade Racial, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH), junto com as secretarias de Saúde e de Políticas para Mulheres (SPM) e Fundação de Cultura e Turismo possibilitou as intervenções junto à comunidade.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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