Depois de nomear o pai Brivaldo Alves (DEM), ex-prefeito, secretário de Governo, Planejamento e Articulação política e a mãe Héldna Alves na pasta de Administração e Gestão de Pessoas, o prefeito de Bodocó, Túlio Alves (DEM), escolheu Maria Luiza Brito para Secretária de Ação Social, da Mulher e Igualdade Racial. Além de se enquadrar também no critério do nepotismo, por ser irmã do vice-prefeito Edmilson Brito Alencar, a jovem tem um precedente no mínimo conflituoso para cuidar de igualdade racial.
Em 2004, ainda universitária, com apenas 27 anos, ela se envolveu numa confusão e acabou presa acusada de racismo. Conforme registro de jornais da época enviados ao blog, Luiza chegou a ser levada à Colônia Feminina do Bom Pastor, no Recife. Foi autuada em flagrante, na Delegacia de Santo Amaro, para onde foi levada pela vítima de preconceito, o soldado da PM Leonildo Hilário Nunes.
Nunes havia sido chamado para resolver uma discussão entre a universitária e mais três amigos com um taxista, que transportara o grupo de estudantes até o bairro da Ilha do Leite, onde ela mora. O desentendimento com o taxista teria sido pela falta de R$ 2,00 para pagar a corrida. De acordo com a queixa do policial, ela o teria destratado e xingado, o discriminando por ser negro, durante a intervenção no caso com o taxista.
O policial teria desrespeitado o capitão PM Alexandre Menezes, que é amigo da estudante e foi chamado por ela, por telefone, para interferir. Maria Luíza e seus colegas negaram a versão do policial, detido por desacato ao oficial na Corregedoria da Polícia Militar. Ao final da reportagem, a agora secretária é identificada como natural de Bodocó, no sertão, estudante de Serviço Social na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). A prática de racismo, ainda segundo a reportagem, é crime desde 1989 e o acusado pode pegar pena de um a três anos de prisão.